domingo, 30 de julho de 2017

Nº 21.972 - "Jessé Souza: Feita de imbecil pela elite, classe média brasileira perpetua um país forjado na escravidão"


30/07/2017 

Jessé Souza: Feita de imbecil pela elite, classe média brasileira perpetua um país forjado na escravidão


Do Viomundo - 30 de julho de 2017 às 11h02

Jessé Souza: “A classe média é feita de imbecil pela elite”
Os extratos médios, diz o sociólogo, defendem de forma acrítica os interesses dos donos do poder e perpetuam uma sociedade cruel forjada na escravidão
por Sergio Lirio, CartaCapital
Em agosto, o sociólogo Jessé Souza lança novo livro, A Elite do Atraso – da Escravidão à Lava Jato.
De certa forma, a obra compõe uma trilogia, ao lado de A Tolice da Inteligência Brasileira, de 2015, e de A Ralé Brasileira, de 2009, um esforço de repensar a formação do País.
Neste novo estudo, o ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada aprofunda sua crítica à tese do patrimonialismo como origem de nossas mazelas e localiza na escravidão os genes de uma sociedade “sem culpa e remorso, que humilha e mata os pobres”.
A mídia, a Justiça e a intelectualidade, de maneira quase unânime, afirma Souza na entrevista a seguir, estão a serviço dos donos do poder e se irmanam no objetivo de manter o povo em um estado permanente de letargia. A classe média, acrescenta, não percebe como é usada. “É feita de imbecil” pela elite.
CartaCapital: O impeachment de Dilma Rousseff, afirma o senhor, foi mais uma prova do pacto antipopular histórico que vigora no Brasil. Pode explicar?
Jessé Souza: A construção desse pacto se dá logo a partir da libertação dos escravos, em 1888. A uma ínfima elite econômica se une uma classe, que podemos chamar de média, detentora do conhecimento tido como legítimo e prestigioso. Ela também compõe a casta de privilegiados. São juízes, jornalistas, professores universitários. O capital econômico e o cultural serão as forças de reprodução do sistema no Brasil.
Em outra ponta, temos uma classe trabalhadora precarizada, próxima dos herdeiros da escravidão, secularmente abandonados. Eles se reproduzem aos trancos e barrancos, formam uma espécie de família desestruturada, sem acesso à educação formal. É majoritariamente negra, mas não só. Aos negros libertos juntaram-se, mais tarde, os migrantes nordestinos. Essa classe desprotegida herda o ódio e o desprezo antes destinados aos escravos. E pode ser identificada pela carência de acesso a serviços e direitos. Sua função na sociedade é vender a energia muscular, como animais. É ao mesmo tempo explorada e odiada.
CC: A sociedade brasileira foi forjada à sombra da escravidão, é isso?
JS: Exatamente. Muito se fala sobre a escravidão e pouco se reflete a respeito. A escravidão é tratada como um “nome” e não como um “conceito científico” que cria relações sociais muito específicas. Atribuiu-se muitas de nossas características à dita herança portuguesa, mas não havia escravidão em Portugal. Somos, nós brasileiros, filhos de um ambiente escravocrata, que cria um tipo de família específico, uma Justiça específica, uma economia específica. Aqui valia tomar a terra dos outros à força, para acumular capital, como acontece até hoje, e humilhar e condenar os mais frágeis ao abandono e à humilhação cotidiana.
CC: Um modelo que se perpetua, anota o senhor no novo livro.
JS: Sim. Como essa herança nunca foi refletida e criticada, continua sob outras máscaras. O ódio aos pobres é tão intenso que qualquer melhora na miséria gera reação violenta, apoiada pela mídia. E o tipo de rapina econômica de curto prazo que também reflete o mesmo padrão do escravismo.
CC: Como isso influencia a interpretação do Brasil?
JS: A recusa em confrontar o passado escravista gera uma incompreensão sobre o Brasil moderno. Incluo no problema de interpretação da realidade a tese do patrimonialismo, que tanto a direita quanto a esquerda, colonizada intelectualmente pela direita, adoram. O conceito de patrimonialismo serve para encobrir os interesses organizados no chamado mercado. Estigmatiza a política e o Estado, os “corruptos”, e estimula em contraponto a ideia de que o mercado é um poço de virtudes.
CC: O moralismo seletivo de certos setores não exprime mais um ódio de classe do que a aversão à corrupção?
JS: Sim. Uma parte privilegiada da sociedade passou a se sentir ameaçada pela pequena ascensão econômica desses grupos historicamente abandonados. Esse sentimento se expressava na irritação com a presença de pobres em shopping centers e nos aeroportos, que, segundo essa elite, tinham se tornado rodoviárias.
A irritação aumentou quando os pobres passaram a frequentar as universidades. Por quê? A partir desse momento, investiu-se contra uma das bases do poder de uma das alas que compõem o pacto antipopular, o acesso privilegiado, quase exclusivo, ao conhecimento formal considerado legítimo. Esse incômodo, até pouco tempo atrás, só podia ser compartilhado em uma roda de amigos. Não era de bom tom criticar a melhora de vida dos mais pobres.
CC: Como o moralismo entra em cena?
JS: O moralismo seletivo tem servido para atingir os principais agentes dessa pequena ascensão social, Lula e o PT. São o alvo da ira em um sistema político montado para ser corrompido, não por indivíduos, mas pelo mercado. São os grandes oligopólios e o sistema financeiro que mandam no País e que promovem a verdadeira corrupção, quantitativamente muito maior do que essa merreca exposta pela Lava Jato. O procurador-geral, Rodrigo Janot, comemora a devolução de 1 bilhão de reais aos cofres públicos com a operação. Só em juros e isenções fiscais o Brasil perde mil vezes mais.
CC: Esse pacto antipopular pode ser rompido? O fato de os antigos representantes políticos dessa elite terem se tornado alvo da Lava Jato não fragiliza essa relação, ao menos neste momento?
JS: Sem um pensamento articulado e novo, não. A única saída seria explicitar o papel da elite, que prospera no saque, na rapina. A classe média é feita de imbecil. Existe uma elite que a explora. Basta se pensar no custo da saúde pública. Por que é tão cara? Porque o sistema financeiro se apropriou dela. O custo da escola privada, da alimentação. A classe média está com a corda no pescoço, pois sustenta uma ínfima minoria de privilegiados, que enforca todo o resto da sociedade. A base da corrupção é uma elite econômica que compra a mídia, a Justiça, a política, e mantém o povo em um estado permanente de imbecilidade.
CC: Qual a diferença entre a escravidão no Brasil e nos Estados Unidos?
JS: Não há tanta diferença. Nos Estados Unidos, a parte não escravocrata dominou a porção escravocrata. No Brasil, isso jamais aconteceu. Ou seja, aqui é ainda pior. Os Estados Unidos não são, porém, exemplares. Por conta da escravidão, são extremamente desiguais e violentos. Em países de passado escravocrata, não se vê a prática da cidadania. Um pensador importante, Norbert Elias, explica a civilização europeia a partir da ruptura com a escravidão. É simples. Sem que se considere o outro humano, não se carrega culpa ou remorso. No Brasil atual prospera uma sociedade sem culpa e sem remorso, que humilha e mata os pobres.
CC: Algum dia a sociedade brasileira terá consciência das profundas desigualdades e suas consequências?
JS: Acho difícil. Com a mídia que temos, desregulada e a serviço do dinheiro, e a falta de um padrão de comparação para quem recebe as notícias, fica muito complicado. É ridícula a nossa televisão. Aqui você tem programas de debates com convidados que falam a mesma coisa. Isso não existe em nenhum país minimamente civilizado. É difícil criar um processo de aprendizado.
CC: O senhor acredita em eleições em 2018?
JS: Com a nossa elite, a nossa mídia, a nossa Justiça, tudo é possível. O principal fator de coesão da elite é o ódio aos pobres. Os políticos, por sua vez, viraram símbolo da rapinagem. Eles roubam mesmo, ao menos em grande parte, mas, em analogia com o narcotráfico, não passam de “aviõezinhos”. Os donos da boca de fumo são o sistema financeiro e os oligopólios. São estes que assaltam o País em grandes proporções. E somos cegos em relação a esse aspecto. A privatização do Estado é montada por esses grandes grupos. Não conseguimos perceber a atuação do chamado mercado. Fomos imbecilizados por essa mídia, que é paga pelos agentes desse mercado. Somos induzidos a acreditar que o poder público só se contrapõe aos indivíduos e não a esses interesses corporativos organizados. O poder real consegue ficar invisível no País.
CC: O quanto as manifestações de junho de 2013, iniciadas com os protestos contra o reajuste das tarifas de ônibus em São Paulo, criaram o ambiente para a atual crise política?
JS: Desde o início aquelas manifestações me pareceram suspeitas. Quem estava nas ruas não era o povo, era gente que sistematicamente votava contra o projeto do PT, contra a inclusão social. Comandada pela Rede Globo, a mídia logrou construir uma espécie de soberania virtual. Não existe alternativa à soberania popular. Só ela serve como base de qualquer poder legítimo. Essa mídia venal, que nunca foi emancipadora, montou um teatro, uma farsa de proporções gigantescas, em torno dessa soberania virtual.
CC: Mas aquelas manifestações foram iniciadas por um grupo supostamente ligado a ideias progressistas…
JS: Só no início. A mídia, especialmente a Rede Globo, se sentiu ameaçada no começo daqueles protestos. E qual foi a reação? Os meios de comunicação chamaram o seu povo para as ruas. Assistimos ao retorno da família, propriedade e tradição. Os mesmos “valores” que justificaram as passeatas a favor do golpe nos anos 60, empunhados pelos mesmos grupos que antes hostilizavam Getúlio Vargas. Esse pacto antipopular sempre buscou tornar suspeito qualquer representante das classes populares que pudesse ser levado pelo voto ao comando do Estado. Não por acaso, todos os líderes populares que chegaram ao poder foram destituídos por meio de golpes.
Leia também:

Nº 21.971 - "O trabalho sem cidadania, por Boaventura Sousa Santos"

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30/07/2017

O trabalho sem cidadania, por Boaventura Sousa Santos


Jornal GGN - DOM, 30/07/2017 - 14:13




Por Jota A. Botelho

Entrevista com o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos sobre a crise do trabalho no mundo do capitalismo neoliberal onde sua relação perde toda a cidadania. Será o fim do Contrato Social firmado desde o século XVII

Segundo o prof. Boaventura o capitalismo neoliberal é um capitalismo global que mostra toda a sua vocação antissocial globalizante e, portanto, sobrepondo aos Estados Nacionais. Como a proteção social ainda hoje é ancorada nos Estados Nacionais, na medida que ele sobrepõe a estes Estados, ele irá fazer um ataque aos direitos sociais e econômicos, sobretudo aos direitos laborais. 

E, por outro lado, ele vai promover um outro discurso - os dos direitos humanos - como sendo um discurso progressista, mas para quem está atento isso acarretará a substituição do discurso dos direitos da cidadania por este discurso, que embora válidos, mas não tem a mesma eficácia, a mesma densidade política, não tem os meios de coesão e aplicação que tem os direitos da cidadania, mudando assim completamente a lógica anterior com a hegemonia deste discurso, que provocará uma deteriorização dos direitos de cidadania. Obviamente, ainda segundo o prof. Boaventura, o objetivo desta forma de capitalismo neoliberal é transformar o trabalho num fator de produção e nada mais. 


O trabalho será exatamente a nossa contribuição para a máquina produtiva. O trabalho não são pessoas, não são famílias, os trabalhadores não são entes que podem organizar-se politicamente. Enfim, o trabalho não dará mais acesso à cidadania, portanto não é mais trabalho com direitos. O trabalho deixará de ser uma identidade coletiva, de autoestima, porque foi destruído na sua identidade política e cultural. Veja abaixo o restante da entrevista com o prof. Boaventura de Sousa Santos.  


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sábado, 29 de julho de 2017

Nº 21.970 - "Os fracassos do golpe são o seu sucesso"

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29/07/2017


Os fracassos do golpe são o seu sucesso


Brasil 247 - 29 de Julho de 2017


Foto: Marcos Corr�a/PR
Foto: Marcos Corr�a/PR

Emir Sader 

O Congresso está pronto, alegremente, para absolver a Temer. Tudo está devidamente acertado, comprado, com recibo e tudo, aos olhos de todos. Mas interessa o número mágico de parlamentares que receberam as vantagens que o governo golpista lhe deu, para absolverem o Temer, talvez mesmo à luz das câmeras da TV Globo.

Tudo pareceria absurdo, se não fizesse parte do projeto do golpe. Desmoralizar definitivamente a política – governo, Congresso, partidos, eleição – é parte da politica de Estado mínimo e centralidade do mercado no seu lugar. Quanto mais débil o governo, mais exulta o mercado, porque impõe seus interesses com maior facilidade. Se o governo topa, tudo bem. Senão, impõe pela via dos fatos, pela financeirizaçãoo da economia, seus interesses.

A economia do país está parada. É exatamente o que o capital especulativo quer. Inviabilizar qualquer projeto de desenvolvimento econômico para o país, mostrar que seu destino é a estagnação.

Destruir o Estado é parte inerente do projeto de restauração neoliberal. Liquidar com o patrimônio público, com qualquer capacidade de regulação estatal, de proteção que o Estado oferecia aos trabalhadores, resguardando seus direitos, é o sonho do grande empresariado nacional e estrangeiro desde 2003.

Promover o maior desemprego a história do país é indispensável para deixar os trabalhadores desamparados e na defensiva para defender seus direitos, disponíveis para o que quer a nova legislação do trabalho – negociar em quaisquer condições, aceitar salários miseráveis por promessas de manutenção do emprego.

Terminar com as políticas sociais, culpando a utilização desses recursos pelos problemas das finanças públicas. Deixar de novo abandonada a maioria da população, sem direitos básicos, entregue à sanha do mercado, em quaisquer condições de sobrevivência.

Enfraquecer a educação pública para fortalecer a educação privada. Deixar o SUS com ainda menores recursos, para desmoralizar a saúde pública e favorecer, para quem possa, o acesso a planos privados de saúde.

Deixar os trabalhadores rurais indefesos diante da ferocidade brutal dos proprietários rurais, para tentar derrotar o MST e todos os trabalhadores do campo, assassinados semanalmente de forma totalmente impune. Para mostrar que quem manda no campo é quem se vale da violência para implantar seus interesses.

Deixar os trabalhadores sem mecanismos de defesa diante da super exploração da sua força de trabalho, disponíveis para adaptar suas vidas aos horários e tempos do capital. Sem jornadas de trabalho fixas, sem carteira de trabalho, sem férias, com horários de refeição reduzidos, sem proteção alguma que lhe garanta um salário minimamente digno e perspectiva de direitos básicos.

Desmoralizar a imagem do Brasil no mundo é outro fracasso que ao mesmo tempo é sucesso do golpe. Mostrar que o país nada tem a fazer no mundo, rebaixar sua atuação a ser figurante envergonhado dos circos armados pelas potências dominantes. É a política de vira-latas a política externa oficial do governo golpista.

Ter um Judiciário submetido ao monopólio privado da mídia, cometendo toda sorte de arbitrariedade contra a oposição e, em particular, seu líder maior, Lula. É parte do golpe mostrar que se pode dar um golpe impunemente, com o silêncio cúmplice do STF. Que se pode desrespeitar a vontade majoritária do povo sem que qualquer instância do Judiciário zele pela Constituição.

Mostrar que pode se condenar sem prova alguma ao maior líder popular da nossa história, o presidente de maior sucesso da nossa história, que o povo quer de volta para resgatar tudo o que está perdendo, é possível, pelas arbitrariedade de um clown vestido de toga, sob os olhos cúmplices do STF. Judicializar a política no que interessa ao golpe – condenar as lideranças democráticas e deixar impunes os corruptos da direita.

Estado fraco, economia estagnada, desemprego recorde, desmoralização do Estado, dos governos, dos parlamentos, da política, dos partidos, povo sem emprego, sem casa, sem proteção social, sem segurança, sem esperança. Tudo faz parte do golpe, que foi dado exatamente para isso.

Faz parte do golpe absolver o Temer ou trocá-lo por um sucedâneo, para seguir com o pacote que destrói o país, a democracia, os direitos das classes populares, que liquida a educação e a saúde públicas, que joga a auto estima dos brasileiros no chão, que tenta demonstrar que nenhuma esperança é possível, nem que ela se chame Lula e se proponha o resgate do direito de todos, a volta da democracia, da auto estima e da imagem do Brasil no mundo.

O fracasso do país é o sucesso do golpe: liquidar o país, para que não incomode mais ao império e às multinacionais. Para que não ameace voltar e desta vez democratizar os meios de comunicação, terminar com a festa que os bancos privados fazem com os recursos públicos do País, eleger um Congresso que seja a cara do povo, um presidente que fale como o povo e com o povo, um Brasil democrático, justo e soberano.


EMIR SADER. Colunista do 247, Emir Sader é um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros

Nº 21.970 - "Esquerda latino-americana se une em defesa da inocência de Lula"


29/07/2017

Esquerda latino-americana se une em defesa da inocência de Lula


Do Cafezinho 29/07/2017  Escrito por Miguel do Rosário, Postado em Redação



Texto aprovado pelo Foro de São Paulo, que reúne partidos de esquerda de toda América Latina. Foi divulgado no último dia 25 de julho. Publico aqui para registro histórico.

No site do Foro de Sao Paulo

LULA ES INOCENTE

Pasado un año del Golpe de Estado parlamentario en Brasil, es cada vez más evidente que el gobierno fue asumido por una banda a servicio de los intereses económicos y políticos de la elite brasileña y de la burguesía internacional; es todavía un Golpe persistente y ahora se explicitó jurídicamente con la persecución política y mediática que viene sufriendo el compañero Luiz Inácio Lula da Silva desde varios años; Lula recién fue condenado en primera instancia a una pena de nueve años y meses, por supuestamente haber recibido un apartamento como regalo de una empresa de construcción.

Se trata de uno de los cinco fallos que pesan contra él pero la condena se fundamenta solamente en delaciones de empresarios y asesores detenidos que negociaron su reducción de penas en cambio de acusarlo y no en pruebas como plantea el Código Penal brasileño. Lo más absurdo de la condena es que el apartamento pertenece a un banco y no a la empresa que, por lo tanto, jamás podría haberlo regalado a cualquiera persona.

Esta calumnia e injusticia tiene el objetivo de impedir a Lula postularse como candidato a Presidente de Brasil en las elecciones de 2018, pues basta que una segunda instancia judicial confirme la sentencia para que sea inhabilitado. Además de su inocencia, la elección sin la participación de Lula sería un fraude a la democracia.

Las y los delegados a este XXIII Encuentro del Foro de São Paulo rechazamos la judicialización de la política brasileña, pues un ataque contra uno es un golpe contra todos y aquí todas y todos estamos al lado de Lula, del PT, del PCdB y del Frente Brasil Popular, en defensa de la democracia y contra el retroceso económico, social y político ahora vigente en Brasil.

Por ello manifiestamos nuestro total rechazo a esta nueva acción de persecución policial en contra del ex Mandatario Lula Da Silva porque no se justifica esta acción en su contra y además es un agravio al Estado de Derecho, máxime que no se demuestra culpabilidad alguna de parte del ex Presidente, reiteramos nuestro respaldo a Lula y al pueblo brasileño.

Este nuevo modelo de Golé de Estado, aplicado en Honduras, Paraguay y, particularmente en Brasil, requiere que lo analicemos conmayor profundidad. El Golpe brasileño conlleva nuevas caractarísticas, pues se trata de un Golpe continuado. No sólo sacaron a la legítima Presidenta Dilma Rousseff de la Presidencia, sino que ahora quieren impedir al ex Presidente Lula, de ser candidato en 2018, además de buscar destruir al PT y eliminar una serie de derechos sociales.

Por eso proponemos la realización de una Jornada de discusiones de los partidos del Foro de Sao Paulo y sus aliados de otras regiones, sobre el enfrentamiento a este modelo, a partir del caso brasileño.

Lula es inocente


Dado en Managua, Nicaragua, Centroamérica, a los 19 días del mes de julio de 2017.

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Nº 21.969 - "Moro destruiu mais empregos que Temer"

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29/07/2017


Moro destruiu mais empregos que Temer


Lava Jato acaba com empregos e empresas


  
Conversa Afiada - publicado 29/07/2017



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De Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Lava Jato é ainda mais perversa para o emprego do que políticas de Temer


O impacto da Operação Lava Jato e das políticas do governo Michel Temer na economia do país e no crescimento do desemprego é brutal. Quando a Lava Jato foi deflagrada, em março de 2014, o IBGE apontava taxa de desemprego no Brasil de 7,1% no trimestre encerrado naquele mês. Eram 7 milhões de desempregados. Hoje, a taxa no período encerrado em junho chega a 13%, com 13,5 milhões de pessoas sem emprego.


Os dados mostram que, somente na indústria naval, que havia sido recuperada pelos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, o número de trabalhadores empregados caiu de 83 mil, no governo Dilma, para estimados 30 mil.

Apesar dos efeitos claros das políticas do governo Temer, que aprofundam a recessão, os da Lava Jato são ainda mais perversos. “A recessão elimina empregos, mas a empresa permanece. Havendo recuperação, o emprego volta. No caso da Lava Jato, é quase uma perda permanente”, aponta o economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marcio Pochmann.


A forma pela qual se deu a operação comandada em Curitiba não foi de investigar e apurar ilegalidades cometidas por diretorias de empresas e puni-las “na forma da lei”, como aconteceu em vários países desenvolvidos. Entre outros exemplos, Pochmann cita o caso da Volkswagen alemã, na qual foi desbaratado um esquema de fraude em medição de emissões de poluentes. Autoridades e executivos são punidos, mas a empresa fica de pé. No Brasil, com os benefícios das delações premiadas, ocorre o contrário. A Lava Jato destruiu enorme capacidade de investimento das empresas e empreiteiras brasileiras.

O diretor de Relações Internacionais e de Movimentos Sociais da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, calcula que desde o início da Lava Jato a cadeia de gás e petróleo comandada pela Petrobras perdeu cerca de 3 milhões de empregos. A cadeia representava aproximadamente 13% do Produto Interno Bruto do país. Esse percentual hoje se esvaiu, e não se sabe exatamente qual o tamanho da queda.


Segundo Moraes, a Lava Jato causa maiores e mais perversos danos à economia a ao emprego do que o próprio governo Temer. “Porque a Lava Jato fecha os estaleiros, proíbe as empresas brasileiras de disputar licitações e paralisa as obras.”

Crise política

Em 2015, quando os efeitos da Lava Jato já eram concretos, o PIB despencou para 3,8% negativos. Segundo cálculo não apenas do governo na época, mas de economistas e de consultorias, como a 4E Consultoria, do total da queda do PIB naquele período, entre 2 a 2,5 pontos percentuais foram relativos à crise da Petrobras e da cadeia de petróleo e gás.

 “Naquele momento, foi feita uma conta em relação à retração de investimento da Petrobras e impacto sobre a cadeia como um todo. Hoje, a situação é mais tensa em termos de empresas e setores afetados direta e indiretamente por conta da crise política. Não só em relação à Petrobras, mas às empreiteiras, com efeitos indiretos sobre o restante da economia”, diz Juan Jensen, sócio da 4E Consultoria.

Tanto a construção naval como o sistema Petrobras e os terceirizados foram atingidos pela crise e as consequências da operação Lava Jato. Entre 2014 (quando se iniciou a Lava Jato de Sérgio Moro) e 2015, os empregos na Petrobras caíram 3%, de 80.908 para 78.470. Na área de terceirizados, a redução foi muito mais significativa, de 46%, reduzindo-se de 291.074 para 158.076. A queda no setor de construção naval no período foi de 82.472 para 57.048, de 30,8%.

Para Pochmann, é fato que, quando Temer assumiu o poder, o país ainda estava em recessão, embora os dados e diversos economistas apontassem que em 2016 a recessão começaria a ser superada. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego foi de 11,2% no trimestre encerrado em maio de 2016 (mês em que Dilma foi afastada), com 11,4 milhões de pessoas desocupadas .

“Dilma provocou a recessão, mas a entrada de Temer levou a economia novamente à recessão, comprometeu o segundo semestre e avançou por 2017. O questionamento que se tem é que, quando Temer assumiu, o discurso era de recuperação da economia e retirada do país da recessão, porque, segundo ele, Dilma não tinha condições de resgatar a atividade empresarial e o país recuperaria os investimentos.” Mas não foi o que aconteceu. “Pelo contrário. Temer aproveita a recessão para reconfigurar o capitalismo. Não se trata apenas de uma recessão, é uma mudança na trajetória do capitalismo brasileiro”, diz Pochmann.


Com Temer, está em andamento algo muito mais complexo do que um simples erro de percurso ou opção de política econômica, na opinião do economista. “É uma reconfiguração do capitalismo porque parte do pressuposto de que uma parte da sociedade não deve fazer parte das políticas públicas. Porque há um processo de liquidação de empresas estatais e reformulação do Estado para garantir que a financeirização possa se viabilizar pelos próximos 20 anos”, avalia. 


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Nº 21.968 - "A rua e a rede"


29/07/2017

A rua e a rede


Brasil 247 - 29 de Julho de 2017




por Mauro Santayanna


José Dirceu, em recente entrevista para um site argentino,  comentou que as ruas são mais importantes que a "rede". 

Não sei se poderíamos concordar com essa afirmação.

A Rede não só é a nova rua, em certo sentido, como ela antecipa o que vai ocorrer nas ruas.

Onde nasceram os "coxinhas"?

Na Rede.

E depois tomaram as ruas.

Onde nasceram os movimentos fascistas, como o MBL e o Vem pra Rua?

Na Rede, e depois tomaram as ruas.

Onde nasceu o impeachment de Dilma?

Na Rede, e depois tomou a rua.

Onde nasceram as "10 Medidas Contra a Corrupção"?

Na Rede e depois saíram - em busca de assinaturas e apoio - para a rua. 

Onde nasceram - por meio da disseminação repetitiva e goebbeliana, de mentiras, mitos e paradigmas - as mais recentes derrotas para a democracia brasileira?

Na indiferença das lideranças que deveriam defendê-la na  Rede e na mais absoluta incapacidade de reação na internet de modo geral, que depois se refletiu nas ruas.   

No exterior, e com razão - li uma vez, em uma pichação, em um muro de Berlim: Netz zuerst, strasse dann ! se diz que o trabalho na Rede - principalmente no sentido do convencimento e da mobilização - precede a ocupação - no sentido da marcação simbólica de território e de demonstração de apoio da população - do asfalto.  

Onde nasceu - e está crescendo a cada dia - a candidatura Bolso naro, mais uma vez sem nenhuma reação digna de nota, por parte daqueles que dizem estar preocupados com o futuro da democracia brasileira?

Para reflexão e debate:

No Facebook - 4.5 milhões de curtidas na principal página de Bolsonaro (não interessa se "fakes" ou não) contra menos de 3 milhões para Lula.

No Google, 458.000 resultados - a maioria negativos - para Luis Inácio Lula da Silva, contra 980.000 citações para Jair Messias Bolsonaro. 

No Youtube, 18.600 resultados para Luis Inácio Lula da Silva, contra 19.800 para Jair Messias Bolsonaro.


Junte-se a isso, 2.900.000 curtidas de Moro apenas em suas duas  principais páginas, 398.000 resultados para Sérgio Fernando Moro no Google, e 77.000 vídeos para ele no Youtube, e dá para ter - olavetes, villetes, lobetes, somadas - uma ideia aproximada do recente crescimento do eleitorado de  extrema-direita no Brasil.  



MAURO SANTAYANNA. Jornalista, tendo ocupado cargos de destaque nos principais órgãos de imprensa brasileiros


Nº 21.967 - "LULA VENCERIA ELEIÇÃO, MESMO CONDENADO"


29/07/2017


LULA VENCERIA ELEIÇÃO, MESMO CONDENADO



Brasil 247 - 29 DE JULHO DE 2017 ÀS 06:13






A primeira pesquisa eleitoral realizada após a condenação de Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro mostra que o episódio não abalou as intenções de voto no petista; Lula segue líder em todos os cenários e venceria as eleições de 2018; o levantamento foi feito pelo Instituto Paraná Pesquisas; no cenário em que o candidato tucano é o prefeito de São Paulo, João Doria,  Lula tem 25,8% da preferência dos eleitores, seguido pelo deputado Jair Bolsonaro (18,7%) e por João Dória (12,3%); Lula vence todos os adversários no segundo turno

247 - Luiz Inácio Lula da Silva segue líder absoluto nas intenções de voto para 2018, mesmo após a condenação pelo juiz federal Sérgio Moro. 

Na primeira pesquisa eleitoral feita após o julgamento, Lula continua vencendo as eleições em todos os cenários testados pelo Instituto Paraná Pesquisas.


Em uma primeira análise, o candidato do PSDB é o prefeito de São Paulo, João Doria. Neste caso, Lula tem 25,8% da preferência dos eleitores, seguido pelo deputado Jair Bolsonaro (18,7%) e por João Dória (12,3%).


Ainda pontuam na pesquisa o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa (8,7%), os ex-presidenciáveis Marina Silva (7,1%) e Ciro Gomes (4,5%), e o senador paranaense Alvaro Dias (3,5%). Além disso, 15,7% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos nomes indicados e outros 3,9% não souberam responder.


Em um segundo cenário, quando o candidato do PSDB é o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, Lula aparece com índice maior, de 26,1%. Bolsonaro continua em segundo, com 20,8% das intenções de voto, seguido por Joaquim Barbosa (9,8%), Geraldo Alckmin (7,3%), Marina Silva (7%), Ciro Gomes (4,5%) e Alvaro Dias (4,1%). 17% dos eleitores não escolheriam nenhum dos indicados, enquanto 3,5% não souberam responder.


O Instituto Paraná Pesquisas também fez simulações de segundo turno. Em todas elas, Lula sairia vencedor. Em uma disputa com Jair Bolsonaro, o petista tem 38,7% da preferência dos eleitores, contra 32,3% do deputado federal. Contra João Doria, seria 38,5% a 32,2% para Lula.



As informações são de reportagem de Tabata Viapiana na Gazeta do Povo.

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sexta-feira, 28 de julho de 2017

Nº 21.966 - "Denúncia desgasta Temer e reforma da Previdência sobe no telhado"

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28/07/2017

Denúncia desgasta Temer e reforma da Previdência sobe no telhado


Portal Vermelho - 27 de julho de 2017 - 17h26 



Com uma base aliada esfacelada e recorde de impopularidade, o governo de Michel Temer já cogita abandonar a votação da reforma da Previdência, que era parte do pacote de reformas prometido ao mercado financeiro.

Por Dayane Santos


 
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


Se a proposta de reforma já não tinha consenso entre os parlamentares – inclusive da base aliada – agora, diante do desgaste do governo e por exigir um quórum especial, isto é, três quintos dos parlamentares em dois turnos de discussão, a votação da emenda constitucional da reforma da Previdência perde força.

“Acredito que a reforma da Previdência subiu no telhado e não será votada nessa legislatura”, afirmou o deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA). “O governo não tem força política para garantir a aprovação, pois antes se movia para promover reformas, agora se move única e exclusivamente para se manter no poder. Os argumentos do governo, mais cedo ou mais tarde, vão acabar”, completou.

O deputado Wadih Damous (PT-RJ) lembra que a votação da reforma trabalhista passou com certa facilidade porque se tratava de um projeto de lei complementar, com exigência de quórum simples. “Agora, a reforma previdenciária não. Desde o início, diversos deputados e senadores da base aliada disseram que não iam se comprometer com ela e, sobretudo, agora com esse descrédito e falta de legitimidade”, afirmou o deputado.

“Acho muito difícil que essa reforma passe. Não estou dizendo que eles não pautem, mas acho difícil que eles consigam aprovar”, completou Damous.

Base aliada jogou a toalha

Entre os parlamentares da base aliada, o discurso também demonstra que o governo, por enquanto, perdeu as condições de votar o tema, que foi para o banho-maria. A conversa nos bastidores é que se entrar na pauta, o texto não será mais o original, sendo apresentada um versão de minirreforma.

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputado, disse que a reforma vai entrar na pauta ainda em agosto e com o texto original. Mas outros deputados da base já admitem que, se a Procuradoria apresentar outras denúncias contra Temer – o que deve acontecer antes da saída de Rodrigo Janot, em setembro – não haverá chances de o texto ser aprovado ainda em 2017. 

“Temos que votar a reforma da Previdência entre agosto e setembro ou não dá mais tempo”, disse o deputado Beto Mansur (PRB-SP) à Reuters.

“Já não tínhamos os 308 votos. Se for necessário [desidratar a reforma], é pouca coisa para conseguir a aprovação”, acredita o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), um dos integrantes da tropa de choque do governo Temer.

Em matéria publicada pela Folha de S. Paulo, parlamentares da base aliada apontam a proximidade com as eleições de 2018 como um fator preocupante, já que a população é contra a agenda de reformas. 

“Não é hora. Falei isso para o presidente numa conversa, há um mês. Disse ‘esqueça esse assunto de Previdência’”, afirmou o líder do PSD, Marcos Montes (MG).

Na agenda de votações da Câmara, o governo tem a denúncia por corrupção passiva, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), e a reforma política, que por conta do calendário eleitoral deve ser votada ainda neste mês de agosto.

A preocupação dos deputados é que com essa pauta, a votação da reforma da Previdência ficaria muito próxima da campanha eleitoral.

“Obviamente só daria para votar isso agora no segundo semestre, ano que vem nem pensar”, afirma Marcus Pestana (PSDB-MG). 




Do Portal Vermelho
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Nº 21.965 - "Lula: vou fazer caravana pelo Nordeste"

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28/07/2017

Lula: vou fazer caravana pelo Nordeste


Caravanas pelo Sul e Sudeste estão na programação


Do Conversa Afiada - publicado 28/07/2017
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Lula quer ver de perto o que os Golpistas fizeram com o País (Reprodução)
Conversa Afiada reproduz do site do Presidente Lula:

"A maior aula que tive sobre o Brasil foi viajando o país", diz Lula ao anunciar caravana pelo Nordeste


Em entrevista à Rádio Som Maior, de Criciúma (SC), na manhã desta sexta-feira (28), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse estar preparado para voltar a viajar o país com as caravanas e ver de perto as necessidades do povo brasileiro. "A maior aula que tive sobre o Brasil foi viajando o país. Por isso, vou fazer novamente as caravanas. Agora com mais experiência e mais organização para entender as necessidades do povo".   
A partir do dia 16 de agosto, Lula começa uma viagem de 21 dias pelo Nordeste. "Vou começar pela Bahia e terminar no Maranhão. Quero ver de perto como eles estão estragando o nosso país. Todo dia quando deito fico imaginando a situação que deixei o Brasil e a situação como está hoje, sobretudo com a democracia arranhada", disse o ex-presidente.
Lula afirmou que as caravanas pelo Sul e pelo Sudeste também estão programadas. "Quero começar por Santa Catarina, passar pelo Paraná e depois São Paulo. Quero viajar o Brasil inteiro de ônibus, carro, trem, barco. Com transporte que a gente possa ter mais acesso ao povo para sentir o que ele está sentindo e querendo que seja feito no Brasil". 
Sobre a sentença proferida pelo juiz de primeira instância, Sérgio Moro, Lula disse que está tranquilo por estar ao lado da verdade. "Tenho desafiado a Lava Jato e o juiz Sérgio Moro a apresentarem uma prova material contra mim. Essas sentenças não estão sendo baseadas nos autos do processo e, sim, subordinadas à pressão de alguns setores da imprensa. Eu não cometi nenhum crime nesse país a não ser tentar fazer com que o povo melhorasse de vida", afirma. Para Lula, tentar evitar que ele seja candidato em 2018 não é a melhor saída. "A melhor forma é tentar arrumar um candidato bom dos outros partidos para não deixar que eu ganhe a eleição. Tentar me impedir de ser candidato não vai adiantar. Quem tem a verdade vai vencer", acredita. 
PREVIDÊNCIA PRIVADA
Lula afirmou que está com a consciência tranquila sobre o dinheiro investido na previdência e diz que o juiz Sérgio Moro é quem precisa explicar o motivo de ter bloqueado um dinheiro que está em uma previdência privada. "Eu tenho 76 palestras feitas no exterior. O dinheiro entrou pelo Banco Central e está depositado no Banco do Brasil. Não tem conta na Suíça. A certeza da minha honestidade é que eu não tenho conta na Suíça. Depositei o dinheiro no Banco do Brasil na previdência privada para garantir a sobrevida da minha família. O dinheiro que ganhei era porque eu e o Bill Clinton éramos os dois conferencistas mais importantes do começo do século XXI." 
DIRETAS JÁ
Lula voltou a pedir as eleições diretas no Brasil e disse que Michel Temer não deve continuar na presidência por ele ser resultado de um golpe. "A melhor coisa que poderia acontecer era o Temer mostrar a realidade do Brasil e convocar as eleições diretas para que o povo escolha livremente quem deve governar o país". 
PT
"Qual o partido que resistiria ao massacre que estão fazendo com o PT?", questionou Lula. "O PT sozinho tem mais preferência eleitoral do que todos os outros partidos juntos. Eles não conseguiram destruir o PT e o Lula. E não vão conseguir. O Lula não é uma pessoa. São milhões de pessoas que perceberam que é possível melhorar de vida nesse país", disse. Lula afirmou ainda que, ser for presidente, vai governar o Brasil com o coração de mãe. "Nós temos condições de consertar esse país. Tem tudo para dar certo. Mas precisa ser governado por gente que gosta do povo e que goste do Brasil. Tem que governar para os que mais necessitam. Eu estou na luta, ninguém me fará baixar a cabeça nesse país".

Nº 21.964 - "Nassif: Os cachês de Henrique Meirelles foram lobby na veia"


28/07/2017


Nassif: Os cachês de Henrique Meirelles foram lobby na veia


Jornal GGN - QUA, 26/07/2017 - 14:40 ATUALIZADO EM 26/07/2017 - 22:04



Apenas para efeito de avaliação: a não ser consultorias  geopolíticas de altíssimo nível, como as de Henry Kissinger, não existe consultoria para negócios no Brasil, pelo menos nas áreas de especialização de Henrique Meirelles, que justifique os ganhos obtidos nos últimos anos.

Meirelles nunca foi um consultor estrategista. Muito menos um executivo que se destacasse. No seu tempo no Bank Boston o máximo que chegou foi a Global President, ou seja, diretor da área internacional do banco, representado apenas por ativos no Brasil e na Argentina.

Nunca foi um formulador de grandes engenharias societárias, nem um prospectados de novos negócios, como um André Esteves, por exemplo.

O bem de valor que poderia oferecer, para ter direito aos ganhos que acumulou, era lobby na veia. Não apenas a mera indicação sobre o caminho das pedras, mas o acesso direto às várias áreas sensíveis da economia.

Some-se o fato de que sempre foi um Ministeriável, o homem do mercado junto aos diversos governos, de Lula a Temer. O que lhe garantia uma fidelização maior dos técnicos do governo.

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Nº 21.963 - "Dilma vai para cima da Vênus do Golpe"

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28/07/2017


Dilma vai para cima da Vênus do Golpe


Do Cafezinho 28/07/2017 Escrito por Miguel do Rosário, Postado em Redação





A Globo é o centro do Golpe

Dali  emanam as diretrizes para destruir indústrias nacionais, direitos sociais, e lideranças políticas.
A presidenta Dilma agora entende isso muito bem.
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“O Globo” e o jornalismo de guerra
28 DE JULHO DE 2017
A propósito do noticiário e das opiniões publicadas nesta sexta-feira, 28 de Julho, no jornal “O Globo”, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff esclarece:
1. “O Globo” mente e distorce os fatos, como de costume. O jornal continua fomentando ilações sem fundamento. Não podemos esquecer que deu lastro aos golpistas que, hoje, afrontam o país.
2. As Organizações Globo fazem um jornalismo contra as forças populares e progressistas. Nada de novo. A empresa tem experiência nisso, como mostra a História, mas, mesmo assim, é forçoso esclarecer.
3. Não é verdade que a presidenta eleita Dilma Rousseff tenha nomeado Aldemir Bendine para a Petrobrás com o propósito de bloquear acordos de leniência de empresas envolvidas na Lava Jato. “O Globo” não menciona, mas foi no governo de Dilma Rousseff que se modernizou a legislação contra as organizações criminosas e criou-se, por medida provisória, as condições para o acordo de leniência.
4. A presidenta eleita apoiou esses acordos de leniência com o objetivo de preservar as empresas e os empregos, mas punindo os responsáveis por corrupção.
5. Durante todo o seu governo, Dilma Rousseff não criou obstáculos às investigações de corrupção, não obstruiu a Justiça, nem impediu a punição de responsáveis por ilicitudes. Também nunca promoveu intervenções na Polícia Federal ou nomeou ministros de Estado com este propósito. Quem falou em derrubar o governo para “estancar a sangria” foram os políticos que – apoiados pelas Organizações Globo – promoveram o golpe.
6. Nem por isso, a presidenta eleita agiu para condenar sem provas. Sempre defendeu o respeito ao princípio do contraditório e do direito de defesa, como é típico dos regimes em que há um Estado democrático de direito. Tampouco concordou com vazamentos seletivos ou grampos sem autorização da Justiça.
7. “O Globo” manipula a opinião pública ao insinuar que Aldemir Bendine foi indicado para a Petrobras por ter relação pessoal com Dilma. Ele foi nomeado porque tinha reconhecida capacidade como gestor, demonstrada nos resultados alcançados à frente do Banco do Brasil. E, ademais, tinha perfil técnico para preencher o cargo de presidente da Petrobras, do qual a competente e honesta Graça Foster se retirou depois de longa e implacável perseguição.
8. A insistência das Organizações Globo em desconstruir a imagem da presidenta eleita Dilma Rousseff é expressão do “jornalismo de guerra. Tais versões manipuladas serão desmascaradas pela História, que não encobrirá o papel vergonhoso que parte da imprensa nacional desempenhou nesses tristes dias para a democracia no Brasil.
DILMA ROUSSEFF
ASSESSORIA DE IMPRENSA
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Nº 21.962 - " 'TOMA LÁ, DÁ CÁ DO GOVERNO TEMER É QUASE SEXO EXPLÍCITO', DIZ CELSO AMORIM "

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28/07/2017


'TOMA LÁ, DÁ CÁ DO GOVERNO TEMER É QUASE SEXO EXPLÍCITO', DIZ CELSO AMORIM


Brasil 247 - 28 DE JULHO DE 2017 ÀS 09:00




Mais longevo chanceler brasileiro, o ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa Celso Amorim criticou duramente o sistema de "toma lá, dá cá" implantado nas relações entre o governo Michel Temer e o Congresso; "Nunca vi uma coisa assim tão escancarada. É quase sexo explícito", disse Amorim à BBC Brasil; ele também criticou a política externa do governo Temer, que reduziu a condição do Brasil de protagonista internacional a um mero coadjuvante; "Nos melhores momentos, (a política externa) é passiva. Nos piores, é desastrada", destacou


247 - Mais longevo chanceler brasileiro, o ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa Celso Amorim criticou duramente o sistema de "toma lá, dá cá" implantado nas relações entre o governo Michel Temer e o Congresso. "Nunca vi uma coisa assim tão escancarada. É quase sexo explícito", disse Amorim em entrevista à BBC Brasil. Ele também, criticou a política externa do governo temer que reduziu a condição do Brasil de protagonista internacional a um mero coadjuvante. "Nos melhores momentos, (a política externa) é passiva. Nos piores, é desastrada", destacou. Ele também destacou que as eleições de 2018 devem contar com a participação do ex-presidente Lula.

Para Amorim, "não pode haver um cenário presidencial" nas eleições presidenciais de 2018 sem a participação de Lula, já que ele seria o único o a reunir condições capaz de derrotar "as ameaças de direita e de extrema-direita". "Nessa coisa não tem que ter plano B", ressalta. "Sobre o fato do ex-presidente ter sido denunciado, Amorim afirma ter "certeza que nenhuma dessas acusações se sustentará. Acho que as pessoas percebem que as acusações são infundadas. "Acho que o povo não vai cair nessa, e que o Lula tem muita chance de ser eleito", completa.

Na entrevista, Amorim diz acreditar que a presidente eleita Dilma Rousseff foi deposta por meio de um golpe. "Pessoalmente, acho que foi um golpe. As formalidades foram seguidas, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso estão funcionando, então não é um golpe militar, claro. Mas se você teve uma eleição que elegeu uma chapa com um determinado projeto de país - pode até ter errado na execução, isso é outro problema - mas um projeto que pressupõe maior inclusão social, autonomia na política internacional, não incluía privatizações como as que estão sendo feitas agora, nada disso. E você substitui, através do impeachment, por um projeto oposto - isso é um golpe, a meu ver. Ainda que os meios não tenham sido ilegais do ponto de vista formal", avalia.

Para o ex-chanceler, "as eleições de 2018 serão muito importantes, e temos riscos até da (ascensão de um candidato de) extrema-direita, graças à campanha feita no Brasil. O objetivo foi desmoralizar o PT, mas desmoralizou a política. Os candidatos que se apresentam como não-políticos, da extrema-direita ou da direita mesmo, podem se beneficiar disso", analisa. Para ele, "o Lula é a única pessoa que tem capacidade de mobilizar o povo para derrotar essas ameaças de direita e de extrema-direita. Não é nem para ganhar do PSDB tradicional, não, é para ganhar de pessoas que são antipolíticas e antidemocráticas".

"Criminalizaram o fato de o Lula receber determinada quantia pelas palestras que fez. Gente, isso é o que faz o Clinton, o Bush... já que a gente gosta de ver exemplos fora. Quase todos esses líderes têm uma fundação. Você acha que eles tiraram dinheiro do bolso deles para botar na fundação? O Instituto Lula é auditado com uma lupa que eu nunca vi aplicada a outros institutos. Eu não tenho nada contra o Instituto Fernando Henrique Cardoso, acho bom que haja. Mas são critérios diferentes, nunca ninguém nunca pensou (em fiscalizar)", afirma.

Para Amorim, a crise política brasileira somente será resolvida por meio de "uma reforma política que dê legitimidade ao poder no Brasil. Senão, fica impossível. Com o Congresso sendo eleito da maneira como é eleito hoje, qualquer governante vai ser obrigado a entrar em negociação. Não estou falando de negociar politicamente. Isso é normal. Em qualquer país do mundo, você faz concessões para fazer uma coalizão. Não é isso. O problema é você ter que negociar favores, verba. Como você está vendo agora. Nunca vi uma coisa assim tão escancarada. É quase sexo explícito", dispara.

"Falaram tão mal da Dilma, mas a Dilma não mudou a composição de Comissão nenhuma (referência à substituição de última hora de membros da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados em julho para rejeitar denúncia contra Temer). E isso de pessoas do mesmo partido, como o deputado que soube pelo jornal que tinha sido substituído por outro", destaca.

Na entrevista, ele também criticou a colaboração de autoridades brasileiras junto ao departamento de Justiça dos Estados Unidos no âmbito da Lava jato e que o Brasil passa por um processo de "automortificação" das empresas envolvidas. "Não quero defender de modo algum as ações erradas que foram praticadas. Agora, eu acho que sim, houve uma automortificação", diz. "Você ter uma ação política em favor de uma empresa é parte da ação comercial de um país no exterior. Por exemplo, a Boeing queria vender o seu avião no Brasil. A Hillary Clinton me escreveu uma carta. A Condoleezza Rice já tinha levantado o assunto comigo", explica.

"Agora, acho que tudo ficou criminalizado indistintamente. Fez-se uma generalização errada e vai levar muito tempo para que isso seja corrigido. Se convenções internacionais anticorrupção já existem há algum tempo, é porque corrupção havia, né? Acho que isso tinha que ser visto de forma menos ingênua, de modo a não achar que eram só as brasileiras. Ainda que com a punição adequada aqui dentro", observa Amorim.

Amorim finaliza a entrevista afirmando que "tirando o período negro da ditadura militar, é o pior momento em que eu já vi o Brasil. Inclusive em matéria de credibilidade internacional. Mas o Brasil é um país grande, a diplomacia tem tradição, as Forças Armadas vão exigir que projetos importantes continuem, temos instituições de primeiríssima qualidade, como a Fiocruz, que luta pela saúde brasileira.O Brasil tem que voltar a ter o peso e a credibilidade que perdeu. Agora, o Brasil está cumprindo tabela. Na realidade, não pode fazer muito mais do que isso. Mas eu acho que vai se recuperar. Agora como, e quando, eu não sei".


Leia a íntegrada entrevista.

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Nº 21.961 - "Irritado com Maduro? Lembre-se de Temer"

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28/07/2017


Irritado com Maduro? Lembre-se de Temer



Brasil 247 - 28 de Julho de 2017


Reuters


Paulo Moreira Leite


 A indignação do conservadorismo verde-amarelo diante Assembléia Constituinte Venezuelana só pode ser vista como um insulto aos brasileiros. Do ponto de vista de democracia, não tem nenhuma reserva moral ou política para reclamar da situação. 

Neste domingo, os venezuelanos irão  às urnas para escolher 545 membros de uma Assembléia Constituinte, que serão encarregados de formular uma nova carta de leis para o país.

 Você deve ter lido e ouvido críticas ao processo, e eu aconselho a leitura de uma entrevista do jurista Luiz Moreira, aqui neste espaço, para alguns esclarecimentos.

Em qualquer caso, não vamos perder de vista o principal: enquanto o país vizinho, descrito como uma "ditadura",  matriz do "populismo" bolivariano, realiza eleições para permitir que a população possa escolher, no voto em urna, direto, como ficará a ordem econômica, social e política do país, os brasileiros estão reduzidos a uma posição de cativeiro político. Alguma dúvida?

 São parlamentares, escolhidos pelas eleições mais corruptas de nossa história, que estão definindo o futuro de uma população de 200 milhões de pessoas, numa escandalosa Constituinte sem voto. Descaradamente, jamais submeteram seus projetos a qualquer tipo de consulta popular. Sabem que seriam rejeitados por margens gigantescas, como mostram pesquisas com índices de reprovação na base se cinco contra um ou até mais. Foi assim que se enterrou   uma legislação trabalhista de mais de 70 anos. É assim que se pretende passar a faca na Previdência Social. Também se aprovou  uma lei de limites de gastos que irá cortar pela raiz o embrião de Estado de bem-estar social e impor ao país um regime de austeridade que pretende bloquear investimentos necessários ao desenvolvimento por duas décadas.

Não custa lembrar que eles afastaram uma presidente sem crime de responsabilidade configurado e, mais uma vez em troca de mais dinheiro, pretendem manter em seu cargo um sucessor  comprometido definitivamente em denúncias de corrupção.

 Temer é, na prática, o  Constituinte do Brasil 2017. Henrique Meirelles, aquele que recebeu R$ 217 milhões em cinco anos, preferindo deixar tudo depositado no exterior, é seu relator.

Eles não enfrentam operações da CIA. Nem uma oposição que comete atos terroristas que a imprensa amiga acoberta. Seu primeiro ato de governo foi repassar a riqueza do pré-sal para os padrinhos do Norte. Recusando-se a fazer o mesmo, o governo Maduro resiste. Aos trancos, em muitos barrancos. Mas não entrega. É por essa razão -- que nada tem de nobre -- que pretendem derrotá-lo de qualquer maneira, sob qualquer pretexto. 

A Venezuela enfrenta uma situação de conflagração política aberta -- e é preciso ser muito desonesto para apontar erros cometidos pelo governo Maduro como principal causa da situação.

Conhecido por uma elite que mantém reservas, no exterior, infinitamente superiores aos investimentos e depósitos que realiza no território nacional, a Venezuela encara conspirações e atos sucessivos de sabotagem política e econômica, desde a posse de Hugo Chávez, eleito em 1999, num pleito que rompeu um esquema café-com-leite que os brasileiros conheceram muito tem até 1930. Ele foi reeleito mais duas vezes, sempre por margens jamais contestadas, ainda que enfrentasse uma oposição cada vez mais ousada e inescrupulosa do ponto de vista dos valores democráticos.

Recordando: em 1999, uma primeira Constituinte foi simplesmente boicotada pela oposição, na esperança de que a maioria arrasadora do governo -- 121 votos num plenário de 130 -- levaria a uma crise e uma intervenção militar norte-americana. Nada. Três anos depois,  tentou-se derrubar o governo eleito pela  paralisação da PEDEVESA, a empresa de petróleo, principal e quase única fonte nacional de riqueza. A seguir, ocorreu um golpe de Estado, que incluiu o sequestro de Hugo Chávez. A reação popular impediu que o presidente fosse executado, garantiu o retorno de Chávez ao palácio, que consolidou o apoio das Forças Armadas ao governo.


Quando alguém reclamar de Maduro, lembre-se de Temer. Aqui, a oposição venezuelana chegou ao poder. 


PAULO MOREIRA LEITE. O jornalista e escritor Paulo Moreira Leite é diretor do 247 em Brasília

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Nº 21.960 - " 'Minha Casa, Minha Vida' morreu. Veja a certidão "

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28/07/2017


“Minha Casa, Minha Vida” morreu. Veja a certidão


Do Tijolaço · 28/07/2017





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por FERNANDO BRITO


Ontem, ao falar do  novo corte do orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento – que foi virtualmente destruído – mencionei, sem dar maiores detalhes, que ele incluia o “Minha Casa, Minha Vida”.

Hoje, o professor Fernando Nogueira da Costa, da Unicamp, me socorre, em  em seu blog, com dados reunidos pelo Valor (reportagem de Edna Simão, dia 10) que demonstra que o  programa habitacional também foi destroçado, com ênfase especial no aniquilamento da faixa 1, a voltada aos mais carentes. Não apenas em recursos mas pelo direcionamento para faixas onde o subsídio é menor ou inexistente do financiamento ainda existente:

As contratações para o público de menor renda (até R$ 1,8 mil), que dependem fundamentalmente de recursos orçamentários, estão cada vez mais escassas e sendo substituídas por modalidades onde há algum tipo de financiamento.

Segundo último balanço do programa disponível, repassado pelo Ministério das Cidades, apenas 1.850 unidades de 110.129 foram contratadas no acumulado de janeiro a abril deste ano por famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil. O resultado representa uma redução de 51% na comparação com 2016, período em que em que as contratações já estavam aquém das expectativas devido à redução das receitas provocada pela recessão econômica.


Lula, se pretende, como disse hoje, vijar pelo Brasil para ver “o que eles destruíram” vai ter muitos lugares para visitar.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Nº 21.959 - "Governo anuncia novo corte e acaba com o PAC"

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27/07/2017


Governo anuncia novo corte e acaba com o PAC


Do Tijolaço - 27/07/2017



pac

Fernando Brito 
O Governo Federal anunciou hoje onde será o corte necessário – e insuficiente – para fazer frente ao rombo nas contas públicas que vai estourar a meta de déficit de R$ 140 bilhões.
O Programa  de Aceleração do Crescimento – dentro do qual está o “Minha Casa, Minha Vida – vai ser tosado em R$ 7,4 bilhões.
O PAC começou o ano com R$ 37,1 bilhões de previsão orçamentária, menos da metade do que tinha em 2016.
No primeiro decreto de contingenciamento, em março, perdeu R$ 10,5 bilhões.
Com este novo corte, desce a perto de R$ 19 bilhões, metade do que era previsto, que já era menos da metade do que se fez em 2016.
Como, até junho, já foram desembolsados R$ 10,35 bilhões, restam R$ 9 bi. Ou algo como R$ 6 ou 7 bilhões, porque, em obras, é difícil liquidar em 100% o Orçamento, uma vez que seu pagamento depende de um calendário de execução que não se vincula, necessariamente, ao calendário fiscal.
A execução orçamentária do PAC já vinha despencando.
No primeiro semestre do ano foram R$ 31 bilhões em 2014, R$ 22 bilhões em 2015, R$ 20 bilhões em 2016 e, agora, R$ 10,35 bi.
Agora, com o novo corte, não é nenhum exagero dizer que o PAC acabou.
Leva, junto com ele, boa parte do que restava de empregos na construção civil pesada – usinas e linhas de transmissão elétricas, ampliação e modernização de rodovias, portos etc –  e dos recursos que ainda permitiam que Estados e Municípios ainda pudessem fazer alguma coisa em termos de habitação, sistema viário, saneamento e saúde.
O único programa de aceleração que este governo tem é um PAC maldito, o programa de aceleração da crise.
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PITACO DO ContrapontoPIG 
Assistimos a um País em agonia de morte, com os três poderes apodrecendo a olhos  vistos.
Tivéssemos um povo bem informado - e não uma população quase que totalmente imbecilizada pela mídia - e este governo não se aguentaria uma semana. Seria derrubado a tapas pela turba enfurecida.
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