Contraponto 11.278 - "Beluzzo a Tombini: cuidado com a 'tigrada dos juros' "

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24/05/2013 

 

Beluzzo a Tombini: cuidado com a “tigrada dos juros”

 

Do Brasil 247 - 24 de Maio de 2013 às 19:17

Ex-secretário de Política Econômica aponta lobby dos juros altos em ação sobre a próxima reunião do Copom; "O ideal seria um superávit maior e um juro menor", disse Luiz Gonzaga Belluzzo em entrevista ao Broadcast, da Agência Estado; ele acrescentou que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, é "suficientemente informado e qualificado" para não se assustar com "tigrada que quer juros altos"

247 – Os tigres estão mostrando os dentes. E foram apontados como o grande lobby de pressão sobre o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne na próxima semana para discutir a taxa Selic. Em entrevista ao jornalista Ricardo Leopoldo, do Broadcast, da Agência Estado, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo defendeu a manutenção da taxa Selic em patamares baixos, mas alterou sobre os interesses que rondam a reunião do BC.

- O presidente Alexandre Tombini é suficientemente informado e qualificado para saber que há uma restrição: a tigrada que defende sempre a alta dos juros critica quando se faz qualquer coisa que não está no catecismo dela. Antes, Belluzzo manifestara posição pessoal pelos juros baixos.

"Se aumenta muito rapidamente a taxa de juros - não acho que esse seja o objetivo do BC - isso vai introduzir um outro fator negativo à dinâmica da dívida pública e ao crescimento do País", disse o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

Apesar de apontar dificuldades na economia, como o câmbio que considera depreciado e a indústria que avança em ritmo mais lento que o adequado, Belluzzo fez uma previsão nada catastrofista para o desempenho do PIB e a taxa de inflação para este ano:
- A inflação teve uma pequena evolução no IPCA-15 de maio, que subiu 0,46%, depois de ter avançado 0,51% em abril. A inflação deve ficar entre 5,6% e 5,9% neste ano. Por outro lado, há um desempenho muito ruim da indústria e talvez o crescimento do PIB deve atingir de 2,5% a 3%, numa projeção otimista.
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