Ninguém gosta de corrupção, destaca o jurista Celso Antônio Bandeira
de Mello. O escândalo criado com esta prática, contudo, travestida de
novidade, é preocupante. Para Bandeira de Mello, estamos a caminho do
verdadeiro fascismo, impulsionado pela chamada grande imprensa. Em
conversa com o JB por telefone nesta segunda-feira (29), ele
lembra que a corrupção nunca foi tão combatida neste país como agora, e
que foi durante o governo de Fernando Henrique Cardoso que as estatais
ganharam uma “autonomia sem sentido”, como um “alô aos corruptos e
corruptores”. Em 1997, o governo editou a Lei n° 9.478/1997, que
autorizou a Petrobras a se submeter ao regime de licitação simplificado.
“Está havendo um abuso em matéria de delação premiada, estão achando
que isso é a salvação do mundo. Não é. Ninguém gosta de corrupção, não
há quem goste. Eu detesto a corrupção”, comentou Bandeira de Mello,
resgatando a ocasião em que apontou que estavam “entregando o galinheiro
aos cuidados da raposa”, com a flexibilização da lei das licitações,
durante o governo FHC.
Celso Bandeira de Mello: “A imprensa tem feito um grande
escândalo, como se a corrupção tivesse começado no governo do PT. Não é
verdade”
De acordo com o jurista, o fato da corrupção estar sendo tratado como
uma novidade escandalosa decorre do momento político. “A presidenta
[Dilma Rousseff] ganhou as eleições e desgostou um segmento da sociedade
grande, que são as forças conservadoras, e essas forças conservadoras
controlam a imprensa. Então, a imprensa tem feito um grande escândalo,
como se a corrupção tivesse começado no governo do PT. Não é verdade.
Corrupção sempre teve, e nunca se combateu tanto a corrupção como
agora.”
Em matéria publicada nesta segunda-feira na Folha de S. Paulo,
Bandeira de Mello critica a Operação Lava Jato. “Eu critiquei (a
Operação Lava Jato) a maneira de prender [os investigados] sem mais nem
menos, vai prendendo. O que é isso?, Não é assim. Delação premiada não é
isso”, explicou ao JB.
“Nós estamos, eu disse isso na entrevista que eu dei para a Folha,
a caminho do verdadeiro fascismo, impulsionado pela imprensa, pela
chamada grande imprensa, que é meia dúzia de proprietários dos meios de
comunicação. Infelizmente, isso é verdade, eu digo isso com grande
desgosto, mas é verdade.”
Para o jurista, esse fascismo se revela no desconhecimento do direito
de garantias fundamentais que a humanidade levou séculos para obter. “E
agora, a pessoa acha que prender corrupto ou supostamente corrupto é
bom, pode fazer do jeito que quiser. Esse juiz gosta muito de mandar
prender”, disse, completando que isto alimenta a demanda pelo espetáculo
midiático. “O que agrada é pão e circo.”
Bandeira de Mello também reforçou sua análise de que, colocada a
Olimpíada de 2016 no Rio em evidência, essa tendência à
espetacularização deve esfriar. “A imprensa, esse segmento da imprensa,
ela aproveita tudo aquilo que provoca o escândalo. (…) Quando alguém diz
‘olha, não é assim’, ela diz ‘mas não fui eu que inventei, isso
aconteceu, eu estou só noticiando’. Se nós formos adotar como uma
desculpa para todo tipo de notícia isso, a humanidade não teria
progredido”, analisou Bandeira, completando que alguns poderiam
responder a sua análise o acusando de ser a favor da corrupção ou de ter
petista: “Mas eu também não me incomodo, eu não espero outro
comportamento.”
Cearense, engenheiro agrônomo, servidor público federal aposentado,casado, quatro filhos e onze netos. Um brasileiro comum, profundamente indignado com a manipulação vergonhosa e canalha feita pela mídia golpista e pela direita brasileira, representantes que são de uma elite egoísta, escravista, entreguista, preconceituosa e perversa.
Um brasileiro que sonha um Brasil para todos e não apenas para alguns, como tem sido desde o seu descobrimento até os nossos dias.
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O QUE É PIG ?
"Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PIG, Partido da Imprensa Golpista." (Paulo Henrique Amorim.) Dentre os componentes do PIG, os principais e mais perigosos veículos de comunicação são: a Rede Globo, O Estado de São Paulo, a Folha de São Paulo e a revista Veja.
O PIG - um instrumento de dominação usado pela plutocracia - atua visando formar uma legião de milhões de alienados políticos manipuláveis, conforme os seus interesses.
Estes parvos políticos - na maioria das vezes, pobres de direta - são denominados na blogosfera progressista como 'midiotas'.
O estudo Os Donos da Mídia, do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), mostra que de 1990 a 2002 o número de grupos que controlam a mídia no Brasil reduziu-se de nove para seis.A eles estão ligados 668 veículos em todo o país: 309 canais de televisão, 308 canais de rádio e 50 jornais diários. http://www.cartacapital.com.br/sociedade/em-encontro-da-une-profissionais-defendem-democratizacao-da-midia/
MENSALÕES
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OS "MENSALÕES" NÃO JULGADOS
PGR e o STF – terão que se debruçar sobre outros casos e julgá-los de acordo com os mesmos critérios, para comprovar isonomia e para explicitar para os operadores de direito que a jurisprudência, de fato, mudou e não é seletiva.
É bonito ouvir um Ministro do STF afirmar que a condenação do “mensalão” (do PT) mostra que não apenas pés-de-chinelo que são condenados. Mas e os demais?
Alguns desses episódios:
1 - O mensalão tucano, de Minas Gerais, berço da tecnologia apropriada, mais tarde, pelo PT.
2 - A compra de votos para a reeleição de FHC. Na época houve pagamento através da aprovação, pelo Executivo, de emendas parlamentares em favor dos governadores, para que acertassem as contas com seus parlamentares.
3 - Troca de favores entre beneficiários da privatização e membros do governo diretamente envolvidos com elas. O caso mais explícito é o do ex-Ministro do Planejamento José Serra com o banqueiro Daniel Dantas. Dantas foi beneficiado por Ricardo Sérgio – notoriamente ligado a Serra.
4 - O próprio episódio Satiagraha, que Dantas conseguiu trancar no STJ (Superior Tribunal de Justiça), por meio de sentenças que conflitam com a nova compreensão do STF sobre matéria penal.
5 - O envolvimento do Opportunity com o esquema de financiamento do “mensalão”. Ao desmembrar do processo principal e remetê-lo para a primeira instância, a PGR praticamente livrou o banqueiro das mesmas penas aplicadas aos demais réus.
6 - Os dados levantados pela CPI do Banestado, de autorização indevida para bancos da fronteira operarem com contas de não-residentes. Os levantamento atingem muitos políticos proeminentes.
........................................................... Luis Nassif
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