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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Contraponto 6291 - "As lambanças do fascista Berlusconi"

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.19/11/2011
As lambanças do fascista Berlusconi


Do Blog do Miro - segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Por Altamiro Borges

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, está cada vez mais isolado. Alguns analistas chegam a prever a sua queda para breve. As escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, que investiga os casos de corrupção e as orgias do seu reinado, têm ridicularizado o bufão fascista. Berlusconi só conta com a cumplicidade de parte da imprensa, já que é o principal imperador midiático do país.

Novos trechos das escutas telefônicas foram divulgados na semana passada. Em uma das transcrições, o premiê afirma a uma das jovens convidadas para as suas festanças que ele é “presidente do governo em seus momentos livres”. Noutro trecho, ele chama a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, de “bunduda incomível”. As transcrições causaram alvoroço em toda a Europa.

Aumento da pressão pela renúncia

A Itália, governada nos “tempos livres” por Berlusconi, afunda na crise econômica, que aumenta o desemprego e a miséria social. Diante do colapso, Berlusconi impôs um projeto de “austeridade fiscal” que penaliza ainda mais os trabalhadores e visa salvar os agiotas financeiros e as mega-corporações. A sua popularidade, já maculada pela corrupção e orgias, despencou mais ainda!

No início de setembro, a principal central sindical do país, Cgil, promoveu uma greve geral que paralisou os transportes e órgãos públicos. Com o agravamento da crise econômica e as novas revelações sobre as lambanças do primeiro-ministro, agora as três principais centrais do país discutem a convocação de uma greve geral unitária. Elas exigem a demissão de Berlusconi, “o merda”.

“Vou embora deste país de merda”

Dias antes do protesto da Cgil, outra transcrição de escutas telefônicas havia mostrado a falta de caráter do direitista. “Dentro de alguns meses vou embora deste país de merda”, disse Berlusconi numa conversa com seu amigo Valter Lavitola, diretor e editor do jornal Avanti. O bate-papo entre os dois barões da mídia foi grampeado com autorização da Procuradoria de Nápoles.

Agora, com as novas transcrições, até os partidos centristas da Itália exigem a sua renúncia. “A Itália, com seus graves problemas, não pode permitir um Executivo que governa em seus 'momentos livres'. Berlusconi tem que apresentar sua demissão”, defende Davide Zoggia, do Partido Democrata.

Já o secretário da União da Democracia Cristã e de Centro (UDC), Lorenzo Cesa, afirma que o primeiro-ministro “tem que mostrar um gesto de generosidade e renunciar de seu cargo”. Gianfranco Fini, ex-aliado de Berlusconi e líder da sigla Futuro e Liberdade para a Itália (FLI), também engrossou o caldo. “O bom senso tem que prevalecer na maioria governista. Não se pode seguir assim, por isso é preciso tomar a decisão de criar um novo governo”. A situação do bravateiro midiático é tenebrosa.

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Leia mais:

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Contraponto 5704 - "Berlusconi afunda a Itália na crise"

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06/07/2011
Berlusconi afunda a Itália na crise



Do Blog do Miro - 05/07/2011

Por Altamiro Borges


Não é só a Grécia, em maior dimensão, Portugal e Irlanda que são vitimas da violenta crise econômica que atinge a velha Europa. Há fortes sinais de que ela já chegou à Itália. No final de junho, o desgastado e desmoralizado governo de Silvio Berlusconi aprovou um corte de 47 bilhões de euros no orçamento para se resguardar do contágio, que parece inevitável.



O gabinete do primeiro-ministro aprovou o pacote de ajuste num encontro em Roma e agora tentará passá-lo no Parlamento. Em entrevista à imprensa, Berlusconi pediu o “voto de confiança” da oposição, abusando da retórica patriótica. “Sem um orçamento equilibrado, não poderá haver desenvolvimento no futuro”, afirmou. Seu discurso terrorista, porém, parece que não convenceu o gelatinoso espectro partidário italiano.

Ricos beneficiados; trabalhadores prejudicados

A Itália possui a segunda maior dívida pública da Europa – a primeira é a da Grécia. A “disciplina fiscal” imposta pelo ministro das Finanças, Guido Tremonti, penalizou os trabalhadores e favoreceu os banqueiros, mas não conseguiu reduzir os impactos da crise no país. As agências internacionais dos agiotas rentistas, com a Standard & Poor´s e a Moody´s, exigem ainda mais sacrifícios.

O novo pacote de ajuste, marcadamente neoliberal, reduz a carga tributária dos ricaços – que cai de 43% para 40% -, congela os salários dos servidores públicos até 2014 e aumenta da idade da aposentadoria dos trabalhadores. Ele também promove cortes de gastos públicos, inclusive na área da saúde, segundo o jornal Corriere della Sera, que teve acesso a um estudo governamental.

O fim do bravateiro fascistóide

O anúncio das medidas gerou forte indignação no país. Analistas políticos avaliam que o pacote pode até encurtar o mandato do fascistóide Silvio Berlusconi, já desmoralizado pelas denúncias crescentes de corrupção e por suas orgias. No mês passado, o seu nível de popularidade teve queda recorde e a coalizão direitista que o apóia foi derrotada nas eleições locais em maio e junho.

Com a intensificação das lutas sociais contra o “pacote de maldades” do governo, a crise econômica na Itália pode resultar em algo positivo: o fim do reinado do bravateiro Silvio Berlusconi. Não são apenas as forças políticas de centro da Grécia e Portugal que sofrem com o agravamento da crise capitalista européia; a direita fascistóide também passa por enormes apuros.
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