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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Contraponto 4783 - "Em 60 dias, Telebras terá equipamentos para suprir 500 cidades com banda-larga"

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17/02/2011


Em 60 dias, Telebras terá equipamentos para suprir 500 cidades com banda-larga

Do Amigos do Presidente - por Zé Augusto - quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A Telebras assinou a primeira ordem de serviço, de R$ 15 milhões, com a empresa gaúcha Datacom, para fornecer os equipamentos para atender 500 cidades em cerca de 60 dias.

O total licitado com a empresa é de R$ 110,2 milhões, que pode ser contratado em até um ano, o que dará para cobrir um total de 3.045 cidades.

Com estes equipamentos em funcionamento, os provedores já poderão fazer contratos com a Telebras, para conectar suas redes até as casas, seja por cabo, seja sem-fio.

Estímulo à Indústria Nacional

Este foi o quinto contrato assinado pela Telebras com fornecedores para o PNBL. O edital deu preferência à industria nacional, conforme a Lei 12.349 de dezembro do ano passado, que prevê a preferência nas licitações públicas às soluções tecnológicas desenvolvidas no país.

O presidente da Datacom, Antônio Carlos Porto, disse que a empresa vai contratar pelo menos mais 60 engenheiros até o fim do ano para atender à demanda da Telebras. Ele destacou a importância do incentivo do governo ao comprar equipamentos produzidos no país. “Não adianta eu desenvolver a tecnologia se depois eu não consigo vendê-la. Na hora que a Telebras entra comprando equipamento com tecnologia de ponta, que a gente gasta milhões para desenvolver, ela incentiva que continue desenvolvendo e permaneça competitivo no mercado”.

Santanna também disse que dentro de uma semana deverá ser definido o acordo para uso das redes de fibras ópticas da Eletrobras e Petrobras no PNBL. Segundo ele, já foram acertados itens como metodologia e preços, faltam apenas questões burocráticas. (da Ag. Brasil)

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Contraponto 4474 - "Anatel concede autorização para Telebrás operar banda larga"

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20/01/2011


Anatel concede autorização para Telebrás operar banda larga


Do Amigos do Presidente Lula - por Helena™ - quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Foi derrubado mais um obstáculo para que a Telebrás possa entrar no segmento de banda larga. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou hoje o pedido da estatal para a obtenção de licença do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), necessário para operar banda larga. "Foi aprovado sem restrição", afirmou a conselheira Emília Ribeiro, relatora da matéria.

Questionada se a licença dá à Telebrás poderes para a estatal levar o acesso à banda larga até a residência dos consumidores, a chamada "última milha", Emília explicou que "é uma licença como a de qualquer outro prestador de internet" e que caberá à estatal a decisão de levar o serviço até o usuário final ou não.Agência Estado
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Contraponto 2939 - "O sorriso de Biondi"

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04/08/2010
O sorriso de Biondi

A Telebrás está de volta. Até hoje, a melhor forma de contar a história de estatais como a Telebrás e de travar a batalha da memória contra o esquecimento é revisitar o livro de Aloysio Biondi, “O Brasil privatizado: um balanço do desmonte do Estado”.

Antonio Lassance*


A Telebrás está de volta. Desde o dia 3 de agosto, ela retornou às operações. Seus antigos funcionários foram reconvocados e têm pela frente o desafio de reerguer a empresa, demonstrar a excelência do serviço público e, mais especificamente, implementar o Plano Nacional de Banda Larga.

Quando se informou que a Telebrás seria reativada, houve uma grita geral de algumas empresas telefonia e um ataque feroz da mídia tradicional. Ressuscitar a estatal foi tratado como verdadeira heresia. Na crítica mais amena, um disparate.

A volta da Telebrás não apenas provocou a ira do liberalismo como representou uma derrota amarga, pois incidiu no setor que até hoje é apresentado como modelo do processo de privatização e das benesses dele decorrentes. O tratamento dado ao tema mais uma vez foi acometido de uma patologia crônica, apontada por diversos estudiosos da mídia: a falta de contextualização ou mesmo a descontextualização de um assunto.

Uma falta de contextualização primária esteve na ausência de um diagnóstico sobre o setor, que sabidamente oferece serviços caros e de péssima qualidade. Suas empresas são campeãs de reclamações de usuários e de ações junto aos órgãos de defesa do consumidor.

Outra falta de contextualização, ainda mais importante, está em que poucos se deram ao trabalho de trazer à tona a história da Telebrás e de seu processo de privatização. Lacuna curiosa, pois, afinal, a quem interessaria relembrar tal passado? Resposta: interessaria à maioria das pessoas, aos que têm e aos que não têm acesso aos serviços de telecomunicação.

Até hoje, a melhor forma de contar essa história e travar a batalha da memória contra o esquecimento é revisitar o livro de Aloysio Biondi, “O Brasil privatizado: um balanço do desmonte do Estado”. O livro teve sua primeira edição em 1999. Sua 11ª edição se encontra disponível, gentil e gratuitamente, no site da Editora Fundação Perseu Abramo:
http://www2.fpa.org.br/uploads/Brasil_Privatizado.pdf.

Biondi, como se sabe, foi um monstro sagrado do jornalismo brasileiro,
grande mestre do jornalismo econômico. Faleceu há 10 anos (em julho de
2000). “O Brasil privatizado” abria seu capítulo “As estatais: sacos sem fundo?” justamente falando da Telebrás. Biondi relembrava que, entre 1996 e 1997, a empresa teve um salto de 250% em seu lucro, desmentindo categoricamente a mensagem fabricada de que as estatais só davam prejuízo. No livro que tornou-se um clássico para a compreensão sobre o que fizeram com o Brasil nos anos 90, Biondi contextualizava que
tanto os prejuízos quanto os lucros das estatais tinham sido fabricados para atender a interesses muito bem identificados.

Aloysio Biondi
Dizia ele:

“Os prejuízos que o achatamento de tarifas e preços trouxe para as estatais teve efeitos que o consumidor conhece bem: nesses períodos, elas ficaram sem dinheiro para investir e ampliar serviços. Explicam-se, assim, as filas de espera para os telefones, ou as constantes ameaças de “apagões” no sistema de eletricidade. Ou, dito de outra forma: não é verdade que os serviços das estatais tenham se deteriorado por “incompetência”. Como também é mentira que “o Estado perdeu sua capacidade de investir”, como diz a campanha dos privatizantes. O que houve foi uma política econômica absurda, que sacrificou as estatais.” (pág. 30).

Lembrava ainda de uma decisão incrível: em 1989, um decreto do presidente da República proibia o BNDE (hoje BNDES) de realizar empréstimos a empresas estatais.

Biondi era um “antifukuyama”. Só para lembrar, Fukuyama foi um dos garotos propagandas do neoliberalismo, muito badalado durante o Governo Reagan, autor de uma tese espalhafatosa sobre o “fim da história” e da vitória do capitalismo sobre tudo e sobre todos. Hoje, se alguém fizer um Google sobre os “francis” existentes na face da Terra, Fukuyama sequer aparece nas sugestões do motor de busca. Fica atrás de Francis Bacon, Francis Ford Copola, Francisco Cuoco e Francisco Alves. Indício de que quem corre o risco de desaparecer é o próprio Fukuyama.

Enfim, Biondi desmentia a tese do fim da história, mostrando que a moda era tentar “cancelar” a história. Contextualizava a esdrúxula decisão que proibia o BNDES de financiar empresas estatais lembrando ter sido ele criado, no governo Juscelino Kubitschek, “exatamente com o objetivo de fornecer recursos para a execução de projetos de infra-estrutura, que exigem desembolso de bilhões e bilhões – e precisam de alguns anos para sua execução” (pág. 30).
A memória do texto de Biondi é mais uma vez útil a um momento em que o
BNDES também se tornou alvo de ataques violentos e virulentos à gestão
de Luciano Coutinho, veja só, por fazer exatamente aquilo para o qual o banco existe: levantar investimentos e fazer financiamentos.

Biondi também usou o exemplo da Telebrás para relembrar uma diferença
básica do setor público em relação ao privado: além de prestar serviços, as estatais deveriam ser utilizadas com o objetivo de justiça social. Tais empresas não têm como objetivo fundamental o lucro, nem têm como sina acumular prejuízos. Seu objetivo fundamental é garantir o atendimento à população em serviços essenciais. O fato de que muitas vezes acumularam prejuízos, além das malversações que acompanharam algumas de suas gestões, decorria das condições de desigualdade do país. A pobreza criava um obstáculo sério ao modelo de negócio de muitas estatais. Milhões de brasileiros excluídos do mercado interno de massas por um modelo de desenvolvimento excludente não tinham como contratar serviços em níveis que garantissem a rentabilidade de certas empresas estatais.

Por isso, na atual situação do país, de expansão acelerada do mercado
interno de massas, de ascensão de um contingente expressivo de pessoas
à classe média e da tendência de crescimento da economia, do emprego e
da renda dos brasileiros, o discurso contra as estatais está obsoleto. É como o relógio quebrado que homenageia a nostalgia e a ostentação,
mas é incapaz de fornecer uma informação correta.

As estatais, diante do novo quadro econômico, já podem se dar ao luxo
de serem extremamente lucrativas. Mas estão longe de constituir uma
ameaça ao setor privado. Elas podem atuar em atividades nas quais
empresas privadas têm demonstrado dificuldades crônicas em dar conta
do recado ou, como no caso da Petrobrás, podem funcionar como grandes
alavancas do crescimento econômico, responsáveis por irrigar inúmeras
cadeias produtivas que sequer existiam, ou que haviam sido
desativadas.

Passados dez anos desde que perdemos Aloysio Biondi, tem-se a exata
dimensão da importância daquilo que ele nos mostrou e de sua contribuição para reverter a cegueira que tomava conta do País. Me arrisco a dizer que, se vivo estivesse, o autor daquele texto célebre e indignado estaria tomado por um sorriso satisfeito com a volta dos elefantes. Até porque, “três elefantes incomodam, incomodam…. incomodam muito mais”.

*Antonio Lassance é pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e professor de Ciência Política.
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sábado, 15 de agosto de 2009

Contraponto 101 - Telebrás de volta?

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Telebras mais próxima de virar realidade: Governo retoma controle da Eletronet


Do Blog Os amigos do Presidende

Por: Zé Augusto . Quinta-feira, Agosto 13, 2009

O Governo já é o dono oficial de todas as fibras ópticas que compõem a rede Eletronet.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu a imissão de posse (assumir o direito) de controle de toda a fibra óptica não utilizada e que estava sob a gestão da massa falida da Eletronet - segundo o sítio na internet Convergência Digital.

Na Primeira Instância do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o governo chegou a perder a causa quando a decisão foi considerar que a rede nacional de fibra ótica precisaria ser recomprada pelo governo.

O governo recorreu à Segunda Instância e conseguiu reverter a situação, não apenas recobrando todo o patrimônio da Eletronet, mas também o direito de saldar os credores - Alcatel -Lucent e Furukawa - com títulos públicos.

Agora com a decisão em juízo, o governo pode recobrar a rede de aproximadamente 16 mil kms de fibras ópticas das elétricas e utilizar essa infraestrutura para a criação do backbone nacional federal.


Porém, primeiro, será preciso definir como será a gestão dessa infraestrutura.

Assim como o marco regulatório do pré-sal é objeto de discussões quanto ao melhor modelo, a reativação da antiga Telebrás, também é discutida, se seria o melhor caminho para assumir o comando da rede.
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