terça-feira, 29 de setembro de 2015

Contraponto 17.809 - "O Brasil não é o País das bananas, a "crise" é da mídia — Golpe, não!"


 

O Brasil não é o País das bananas, a "crise" é da mídia — Golpe, não!

 

Brasil 247 - 29 de Setembro de 2015


Davis Sena Filho

Davis Sena FilhoEvidentemente que o Brasil não é um País das Bananas, apesar do pensamento equivocado, colonizado e perverso da casa grande, que sonha, eternamente, manter a senzala intacta, ou seja, submissa e ignorante, porque somente assim as "elites" poderão eternizar suas vantagens, seus benefícios, bem como o acesso ao dinheiro e ao poder.

É o que se denomina de "olhar imperial" de uma casta poderosa, dominadora dos meios de produção e controladora do Estado, que serve como instrumento para que a grande burguesia realize seus negócios com segurança e a ditar as regras econômicas e políticas para o restante da sociedade, que é a maioria composta pelo proletariado e pela pequena burguesia, também conhecida como classe média — a tradicional e alta. Estas sem o controle dos meios de produção, e, por sua vez, empregadas do empresariado, que a utiliza como gerenciadora de seus negócios, pois de origem universitária.
A base do sistema capitalista, no que concerne à repercussão, à propaganda e à defesa dos valores e princípios burgueses é a classe média, muito mais que o proletariado, que é bombardeado, no decorrer de toda uma vida, sobre as maravilhas do capitalismo, sem, no entanto, ter acesso a esses "privilégios", porque, na verdade, este grupo social e de trabalhadores é mão de obra barata, morador dos guetos, das comunidades carentes, dos alagados, dos morros, dos bairros longínquos e da periferia das cidades.

A mão de obra barata que afrouxa o cinto e só passa a respirar um pouco quando governantes populares, que as "elites" para desqualificá-los os chamam de "populistas", conquistam o poder central e, com efeito, passam a efetivar políticas públicas, que se baseiam, notadamente e no mundo inteiro, no fortalecimento do mercado interno por intermédio dos programas de inclusão social e nas atividades de projetos de construção civil, de infraestrutura e logística, a ter como propulsoras do desenvolvimento as empresas estatais.

Somente o Estado é capaz de distribuir renda e riqueza. A iniciativa privada no o faz; e, se o fizer, realiza a distribuição de forma tímida e pontual. As empresas privadas trabalham para o enriquecimento de seus proprietários. Ponto. Contrata empregados, mas paga salários baixos e destina os maiores para seus executivos, que cumprem metas muitas vezes sobre-humanas. Contudo, e apesar do salário alto, são poucas essas pessoas, que, quando demitidas, dificilmente se recolocarão no mercado, no mesmo cargo e com o salário que perdeu. É fato.

O Estado é o indutor do desenvolvimento, como ficou comprovado nos governos de Getúlio Vargas, de perfis desenvolvimentistas e estruturalistas, bem como tentou dar continuidade ao projeto nacional dos políticos trabalhistas o presidente deposto em 1964, João Goulart, além de Luiz Inácio Lula da Silva, que principalmente a partir de 2006 direcionou seus projetos para o crescimento econômico com inclusão social, ao ponto de criar mais de 10 milhões de empregos e levar, em dado momento, o Brasil se tornar a sexta economia do mundo.

Os inúmeros programas sociais do Governo Lula, juntamente a tocar este projeto generoso para o País, a chefe do Gabinete Civil, Dilma Rousseff, fomentaram a economia interna, o que impulsionou a geração de empregos e a distribuição de renda. Vale ressaltar que a mover essa engrenagem de crescimento a política externa do presidente Lula, à frente o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que se empenhou, com competência, para que o Brasil se tornasse referência no que tange a realizar novas parcerias e a concretizar os blocos econômicos e políticos já existentes.

Blocos como o Mercosul, a Caricom, a Cepal, a Unasul, além de criar os Brics e incrementar as relações Sul-Sul, que viabilizou e aumentou o comércio brasileiro com os países africanos, o que cooperou, dentre outras questões, como o mercado interno brasileiro, que fez com que o Brasil não sentisse em demasia a crise mundial de responsabilidades dos países ricos europeus e dos Estados Unidos. Nunca se viu tanta irresponsabilidade e roubalheira por parte do grande empresariado e dos banqueiros desses países. Praticamente ninguém foi preso, a despeito dos suicídios e das falências de milhares de pessoas. Impunidade!

Ah, Lula fez uma grande favor ao Brasil e à América do Sul: mandou a Alca dos estadunidenses para o espaço, sendo que o México se estrepou e até hoje tenta se recuperar. O PSDB tem um projeto de atrelar o Brasil à Alca e, consequentemente, entregar à gringada esperta, protecionista e nacionalista o gigantesco mercado interno brasileiro, além de vender o que restou das estatais, a começar pela Petrobras e o Pré-Sal, que, por lei, destina grande some de recursos financeiros e orçamentários para a saúde e a educação. A Chevron dos gringos agradece, penhoradamente, e comemora com champanhe a doação de brasileiros colonizados, entreguistas, subservientes e traidores da Pátria, a exemplo de José Serra, Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, privatistas crônicos e entreguistas apátridas. Amigos do Mickey e admirados pelos coxinhas patetas.

Por causa dessa engrenagem social controlada pela burguesia temos, em certos períodos da história, especificamente a do Brasil, a quebra do monopólio do poder político e estatal. Esse rompimento, que não é completo, pois negociado, acontece com a ascensão de governos populares, de caracteres nacionalistas e possuidores de programas e projetos que tem por finalidade efetivar o desenvolvimentismo, que começou, de forma mais ampla e consistente, na Era Vargas, o construtor do Estado nacional e o edificador da industrialização do Brasil, que, para industrializar o País, efetivou a criação e a promulgação das leis trabalhistas. Enfim, o Brasil começou, de fato, o caminho da civilização.

Até então esta Nação era agrária, exportadora de produtos primários e importadora de produtos manufaturados. Este sistema, quase escravocrata, era um benefício só para a casa grande, que até hoje, em pleno ano de 2015, sente nostalgia dos tempos de escravidão, porque sua vocação para a exploração, juntamente com seu sectarismo anacrônico, são os combustíveis fundamentais para a máquina que move o sistema que a beneficia e faz seus privilégios vicejarem não pare nunca de funcionar.

Todavia, a irresponsável e golpista oposição (leia-se imprensa de mercado, PSDB e seus aliados, setores da Justiça, do MP e da PF e segmentos empresariais) ficam a bater, diuturnamente, na tecla do golpe. Golpe, sim. Ponto. Derrubar uma mandatária que venceu as eleições de forma legítima, a se subordinar ao Estado de Direito e ao jogo democrático é golpe. Impeachment é golpe, sim senhor! E não deveria nem ser discutido, se a oposição não fosse tão bisonha, tacanha, provinciana e de alma secularmente golpista. E por quê? Respondo com uma indagação: você leu o que está escrito no texto acima? Se leu, é exatamente por isto.

Homens experientes, vividos politicamente e que se consideram cosmopolitas, a exemplo de Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I ou o Príncipe da Privataria —, a acompanhá-lo nessa sordidez e infâmia figuras derrotadas e inconformadas, como Aécio Neves e José Serra, que guardam seus rancores e ódios no freezer, depois os liberam para tentar fazer do Brasil uma republiqueta, porque como representantes da casa grande, não aceitam que a Nação brasileira se torne independente, emancipada, instruída e dona de seu destino.

De forma alguma essa gente tucana e seus apoiadores se comprometem com a democracia e com a igualdade de oportunidades, pela razão de serem antidemocráticos. A verdade é a seguinte: o Brasil enfrenta uma crise política, muito mais do que econômica. As notícias sobre a crise econômica, que não é do tamanho que a imprensa de negócios privados mostra, são superdimensionadas, propositalmente direcionadas e perversamente manipuladas para que o povo brasileiro jamais eleve sua autoestima.

A estratégia da mídia porta-voz da direita e dos ricos, como os magnatas bilionários de imprensa, é baixar ao máximo a autoestima do cidadão, dar uma conotação de um País sem rumo e com um Governo recalcitrante, e, principalmente, apagar da memória do povo brasileiro as conquistas que ele obteve nos últimos 13 anos, sob a batuta de governos e governantes trabalhistas, que, tais quais aos governos de Getúlio Vargas, efetivaram um ciclo econômico de desenvolvimento social e econômico. E estas realidades, sem sombra de dúvida, não constam nos programas e projetos da direita brasileira — a casa grande. É isso aí.


Davis Sena Filho é editor do blog Palavra Livre
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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Contraponto 17.808 - "Shell desiste de poços no Ártico, rival do pré-sal. Não é ecologia, é falta de petróleo"

 

28/09/2015

 

Shell desiste de poços no Ártico, rival do pré-sal. Não é ecologia, é falta de petróleo

 

artico


 por Fernando Brito 
 

Para os  que não se dão conta da importância estratégica do pré-sal brasileiro, uma notícia para fazer pensar.

A gigante Shell anunciou o abandono de seu programa exploratório no Ártico, depois de ter investido US$ 7 bilhões na perfuração de poços.

Embora a tentativa de explorar petróleo nos mares gelados da região tenha causado muitas dores de cabeça à companhia pelos protestos de ambientalistas,  não foi esta a razão da decisão.

O motivo foi que o petróleo e o gás natural eram em quantidade muito pequena e, portanto, antieconômica a sua exploração.

Em um comunicado divulgado hoje, Marvin Odum, diretor da Upstream Americas da Shell, disse, segundo o jornal inglês The Guardian: “A Shell continua a ver importante potencial de exploração na bacia, e  é provável que a área seja, em última análise, de importância estratégica para o Alasca e os EUA. No entanto, os resultados foram claramente decepcionantes na exploração esta parte da bacia. ”

Esta parte da bacia refere-se aos mares de Chukchi e  Beaufort, onde a empresa fazia perfurações, marcado ali no mapa.

Imagine o leitor se um diretor da Petrobras viesse anunciar que se gastou US$ 7 bilhões (R$ 28 bilhões) num programa de exploração “decepcionante” no pré-sal?

Porque as duas áreas – um pouco menos o Ártico – quase se equivaliam como perspectiva de reservas petrolíferas: lá esperava-se até 30 bilhões de barris, segundo o The Washington Post; aqui, em torno de 35 a 40 bilhões de barris.

Os anglo-holandeses, competentíssimos, branquinhos, sabidões, honestíssimos (só quem não leu um livrinho de História acha isso, porque não sou dos corsários da Rainha) furaram mal.

Os brasileirinhos, moreninhos, “funcionários públicos”, acomodados, incompetentes (e, para muitos, ladrões, embora estes ratos metidos ali fossem uns poucos) não fracassaram e já chegaram, em oito anos, à marca de um milhão de barris por dia. E a uma taxa de sucesso de quase 100%: onde se fura, acha-se petróleo, sem falha.

É isso o que a canalha entreguista que entregar para as multinacionais: um tesouro igual ou maior que aquele que eles tão tiveram capacidade ou condições geológicas para explorar com sucesso.

É isso que querem fazer você crer que é competência, honradez, eficiência e investimento rentável.

Mas Deus é grande e fez a Shell dar com os burros n’água (geladíssima) no Ártico para que a gente dê valor ao que tem e não entregue o nosso petróleo, apesar da podre aliança entre vendilhões da pátria e otários-pato.
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Contraponto 17.807 - "Eleição argentina pode terminar no primeiro turno"

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28/09/2015 

 

Eleição argentina pode terminar no primeiro turno


Por

Apresentada como derrotada, a presidenta argentina Cristina Kirchner está a pouca distância de Clarín na semana passada. conseguir comemorar a vitória, em primeiro turno, de seu candidato a Casa Rosada, Daniel Scioli, segundo admitiu até  jornal oposicionista

Não é certo, claro, porque é preciso chegar a 45% dos votos.,ou então obter mais de 40% e  abrir uma vantagem mínima de 10 pontos sobre o segundo colocado.

Quase todos os levantamentos colocam Sciolli entre 39 e 41%, mas dos votos totais, não dos válidos, e atribuem 30% ou pouco menos a ao líder do Cambiemos, Maurício Macri, coligação da direita. Com isso – e a margem de erro das pesquisas – não é impossível que a eleição seja decidida já em 25 de outubro.

Mesmo com poucas alterações, o quadro nas últimas semanas é de ligeira ascensão de Scioli e pequenas quedas de Maurício Macri e Sergio Masa, seus principais concorrentes.

As projeções de segundo turno, caso aconteça, indicam a mesma diferença dos prognósticos do primeiro turno entre Scioli e Macri: cerca de 10 pontos, também.

De quebra, Macri foi atingido pela denúncia do jornal Tiempo Argentino de que o jornalista Fernando Niembro, comentarista de da Fox Sports, através de sua produtora “La Usina” havia  irregularmente faturado contratos com o Governo da Cidade de Buenos Aires de US $ 20 milhões durante sua gestão.

Nada mau para um país que aqui é apresentado como “quebrado” pelo “populismo kirchnerista”, não é?
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Contraponto 17.806 - "Antonio Luiz Costa: Marta Suplicy diz “a gente quer um país livre da corrupção”. Com Eduardo Cunha, senadora?!"

 

28/09/2015

 

Antonio Luiz Costa: Marta Suplicy diz “a gente quer um país livre da corrupção”. Com Eduardo Cunha, senadora?!

 

Do Viomundo - publicado em 27 de setembro de 2015 às 21:06


Antonio Luiz MC Costa, no twitter – @ALuizCosta, sugerido, por Julio Cesar Macedo Amorim

Marta 3
Marta 2
Marta 1

Leia também: 
Manoel Junior no Ministério da Saúde pode ser a pá de cal no SUS 
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Contraponto 17.805 - "O problema da foto de Sérgio Moro com João Dória. Por Paulo Nogueira"

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28/09/2015 

 

O problema da foto de Sérgio Moro com João Dória. Por Paulo Nogueira


Mais sorridente que Dória

 
 

Paulo NogueiraO problema da foto de Sérgio Moro com João Dória é a absoluta falta de noção demonstrada por Moro.

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Dória é político e homem de negócios, e então se entende que ele se faça de papagaio de pirata.
Mas Moro é um juiz.

E um juiz que detém um enorme poder em suas mãos neste momento.

Juízes devem transmitir uma imagem de imparcialidade, ou viram políticos de toga como é o triste caso de Gilmar Mendes.

E a foto é a completa negação disso.

No plano do simbolismo, ela aparece como uma aliança entre Moro e as forças que Dória representa, num primeiro nível, o seu partido, o PSDB, e num nível mais profundo, a plutocracia.

Joseph Pulitzer, o grande nome por trás do jornalismo moderno, tinha uma frase que se aplica a jornalistas e a juízes igualmente.

“Jornalista não tem amigo”, dizia ele.

Amizades interferem no trabalho do jornalístico. Os amigos são, sempre, protegidos.

Eu tinha esta frase, impressa e destacada, no mural de minha sala, nos anos de diretor da Exame e outras revistas da Abril.

E repetia-a constantemente aos jornalistas que trabalhavam comigo.

Relações cordiais e profissionais com fontes, sim, claro. Mas jamais amizade, ou se cria um conflito de interesse do qual a principal vítima é o leitor e, por extensão, a sociedade.

A grande lição de Pulitzer, lamentavelmente, é pouco seguida no jornalismo brasileiro.

Neste final de semana, por exemplo, Marta Suplicy postou no Twitter uma foto de suas “grandes amigas” jornalistas, entre elas Renata Lo Prete, da Globonews, e Vera Magalhães, que acaba de deixar a Folha rumo à seção Radar da Veja. (Casada com um assessor de Aécio, Vera, neste momento de transição, é um conflito de interesses em movimento.)

Todas as “grandes amigas” de Marta estavam sorridentes como Moro e Dória.


Marta e as "grandes amigas"
 Marta e as “grandes amigas”


A máxima impecável de Pulitzer vale para juízes. O único real amigo de um juiz é a Justiça.
Mas não parece ser este o entendimento de Moro, a julgar pela foto infame.

Mais de uma vez escrevi, no DCM, sobre a indecência que eram as imagens de jornalistas como Merval e Reinaldo Azevedo confraternizando com juízes como Gilmar Mendes.

Como esperar qualquer tipo de isenção dos juízes amigos em casos que digam respeito a estes jornalistas e suas empresas?

Da mesma forma, como os jornalistas podem tratar com honestidade juízes dos quais são íntimos?

A foto de Moro com Dória é um triste retrato destes tempos no Brasil. Não exatamente por Dória, um político em campanha.

Mas por Sérgio Moro.

(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

Sobre o Autor
Paulo Nogueira. Jornalista,  fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
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Contraponto 17.804 - "Ótimo discurso da Dilma enaltece Portinari na ONU"

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28/09/2015 

 

Ótimo discurso da Dilma enaltece Portinari na ONU


Os dois são comunistas, Gilmar! Pior que bolivarianos!

 
Conversa Afiada - publicado 28/09/2015
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portinari
A Presidenta Dilma fez nessa segunda-feira 28 de setembro um dos melhores discursos de sua carreira, ao abrir a Assembleia da ONU.

(Leia a integra a seguir.)

O trecho mais comovente terá sido a lembrança de que, na entrada do salão principal do auditório da Assembleia, há dois monumentais e comoventes painéis do pintor comunista brasileiro Candido Portinari.

Foi um presidente de Juscelino à ONU.

A ONU deve a outro brasileiro comunista, Oscar Niemeyer, a sua arquitetura.

(No livro "O Quarto Poder", que se encaminha para esgotar a terceira re-impressão, há uma entrevista do ansioso blogueiro com Oscar, quando ele fez 100 anos. E aí ele descreve como desenhou o prédio da ONU e por que preferiu não assinar: por causa de uma briga com Le Corbusier. Não perca!)

O discurso da Dilma toca a emoção em vários pontos.

Ao falar, por exemplo, de como o Brasil é um país de refugiados e, agora, de novo, os convida a entrar!

(Ela é filha de um búlgaro...)

(O Papa Francisco I teria aplaudido esse trecho, com entusiasmo!)

(Como se sabe, uma Secretária do Governo de São Paulo quase declara guerra ao Tião Viana, governador do Acre, por causa da chegada de haitianos ao Eden tucano.)

Dilma relembrou o menino sírio nos braços do policial turco.

E o caminhão com refugiados mortos, na Áustria.

Foi aplaudida quando defendeu a criação do Estado Palestino e criticou a política (imperialista) de assentamentos de Israel.

Defendeu a criação do banco dos BRICs - para desespero da Urubóloga - e sua contribuição a uma política para conciliar o "criar, conservar e proteger".

Ela voltou a falar grosso sobre os compromissos brasileiros com o combate à degradação do meio ambiente.

(Como se sabe, nesse campo de proteger o Verde, o Brasil melhorou muito depois que a Bláblárínica, a bagróloga, foi mandada embora do Ministério, depois de brigar com a Dilma.)

Dilma enumerou os pontos fazem da matriz energética brasileira a mais limpa do mundo.

(Como se sabe, os Estados Unidos e a China, nessa ordem, são os que mais poluem o mundo. E os americanos vêm aqui cantar de galo contra Belo Monte...)

O Brasil não tem problemas econômicos estruturais - mas conjunturais, disse ela.

E a economia mundial não se beneficia mais do crescimento acelerado da China nem do ciclo de boom das commodities - portanto, um modelo de expansão baseado nisso "chegou ao limite".

A política econômica em vigor, de aperto, NÃO interrompeu os programas de inclusão social!

(O Brasil tirou 36 milhões de pessoas da situação de miséria e o Brasil saiu do Mapa da Fome - ela lembrou. Se fosse israelense, a Tereza Campello seria Prêmio Nobel da Paz, por imposição do New York Times!)

(Para desespero da Casa Grande!)

Ela descreveu a Democracia brasileira, "onde a lei é o limite", viu FHC?

Sobre esse tópico, não perca trepidante TV Afiada: o que ela revelou aos representantes de 192 países sobre o que o Gilmar e o Moro são capazes de fazer.

E, por fim, os painéis de Portinari!

Onde, segundo ela, o pintor denuncia a violência e a miséria.

Foi uma manhã brasileira, à margem do East River, ao sul da Ilha de Manhattan.

Na companhia de dois artistas geniais!

Pobre Casa Grande, não foi convidada para a festa!

Paulo Henrique Amorim



Abaixo, a íntegra do discurso da Presidenta Dilma:

Senhor Morgens Lykketoff, Presidente da Septuagésima Assembleia Geral das Nações Unidas

Senhor Ban Ki-moon, Secretário Geral das Nações Unidas

Senhores e Senhoras Chefes de Estado, de Governo e de Delegações

Senhoras e Senhores

É um privilégio poder dirigir-me à Assembléia Geral neste ano em que as Nações Unidas celebram seu septuagésimo aniversário.

Minhas primeiras palavras, Senhor Presidente, são de congratulações por sua escolha para presidir esta Assembleia-Geral.

Reitero, em especial, o apoio do Brasil à sua disposição de adotar medidas que fortalecem a agenda de desenvolvimento da Organização.

Setenta anos são passados da Conferência de São Francisco. Buscou-se, naquela ocasião, construir um mundo fundado no Direito Internacional e na busca de soluções pacíficas para os conflitos.

Desde então, tivemos avanços e recuos. O processo de descolonização apresentou notável evolução, como se pode constatar contemplando a composição desta assembleia.

A ONU ampliou suas iniciativas, incorporando a Agenda 2030 e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, ou seja, as questões relativas ao meio ambiente, ao fim da pobreza, ao desenvolvimento social e ao acesso a serviços de qualidade.

Temas como os desafios urbanos,as questões de gênero e raça, ganharam prioridade.

Não conseguiu o mesmo êxito ao tratar da segurança coletiva, questão que esteve na origem da Organização e no centro de suas preocupações.

A multiplicação de conflitos regionais —alguns com alto potencial destrutivo—, assim como a expansão do terrorismo que mata homens, mulheres e crianças, destrói patrimônio da humanidade, expulsa de suas comunidades seculares milhões de pessoas, mostram que a ONU está diante de um grande desafio.

Não se pode ter complacência com tais atos de barbárie, como aqueles perpetrados pelo chamado Estado Islâmico e por outros grupos associados.

Esse quadro explica, em boa medida, a crise dos refugiados pela qual passa atualmente a humanidade.

Grande parte dos homens, mulheres e crianças que se aventuram temerariamente nas águas do Mediterrâneo e erram penosamente nas estradas da Europa proveem do Oriente Médio e Norte da África, onde países tiveram seus estados nacionais desestruturados por ações militares ao arrepio do Direito Internacional, abrindo espaço para o terrorismo.

A profunda indignação provocada pela foto de um menino sírio morto nas praias da Turquia e pela notícia sobre as 71 pessoas asfixiadas em um caminhão na Áustria deve se transformar em ações inequívocas de solidariedade.

Em um mundo onde circulam, livremente, mercadorias, capitais, informações e idéias, é absurdo impedir o livre trânsito de pessoas.

O Brasil é um país de acolhimento. Recebemos sírios, haitianos, homens e mulheres de todo o mundo, assim como abrigamos, há mais de um século, milhões de europeus, árabes e asiáticos. Somos um país multiétnico, que convive com as diferenças.

Senhor Presidente

Esse inquietante pano de fundo nos impõe uma reflexão sobre o futuro das Nações Unidas e nos exige agir concreta e rapidamente.

Necessitamos uma ONU capaz de fomentar uma paz sustentável no plano internacional e de atuar com presteza e eficácia em situações de crise, guerras regionais localizadas e quais quer atos contra a humanidade.

Não se pode postergar, por exemplo, a criação de um Estado Palestino, que conviva pacífica e harmonicamente com Israel. Da mesma forma, não é tolerável a expansão de assentamentos nos territórios ocupados.

Para dar às Nações Unidas a centralidade que lhe corresponde, é fundamental uma reforma abrangente de suas estruturas.

Seu Conselho de Segurança necessita ampliar seus membros permanentes e não permanentes, para tornar-se mais representativo, legítimo e eficaz. A maioria dos Estados-membros não quer que uma decisão a esse respeito possa ser adiada.

Temos a esperança de que a reunião que hoje se inicia, entre para a história como ponto de inflexão na trajetória das Nações Unidas. Quetraga resultados concretos no longo, e até agora inconcluso, processo de reforma da Organização.

Nossa região —onde imperam a paz e a democracia— se regozija com o estabelecimento de relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos, que põe fim a um contencioso derivado da Guerra Fria. Esperamos que esse processo venha a completar-se com o fim do embargo que pesa sobre Cuba.

Celebramos, igualmente, o recente acordo logrado com o Irã, que permitirá a esse país desenvolver a energia nuclear para fins pacíficos e devolver a esperança de paz para toda uma região.

No âmbito do Brics, lançamos um Novo Banco de Desenvolvimento, que ajudará na ampliação do comércio e dos investimentos e possivelmentena consecução dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Senhor Presidente

A Agenda 2030 desenha o futuro que queremos. Os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável reafirmam o preceito da Rio+20: que é possível crescer, incluir, conservar e proteger.

Estabelecem metas universais, evidenciam a necessidade de cooperação entre os povos e um caminho comum para a humanidade.

Esta Agenda exige solidariedade global, determinação de cada um de nós e compromisso com o enfrentamento da mudança do clima, com a superação da pobreza e a construção de oportunidades.

Em Paris, em dezembro próximo, devemos fortalecer a Convenção do Clima, com pleno cumprimento de seus preceitos e respeito a seus princípios.

As obrigações que assumirmos devem ser ambiciosas —inclusive no que se refere a apoios financeiros e tecnológicos aos países em desenvolvimento e às pequenas ilhas—, em sintonia com o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas.

O Brasil está fazendo grande esforço para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, sem comprometer nosso desenvolvimento.

Continuamos diversificando as fontes renováveis em nossa matriz energética, que está entre as mais limpas do mundo.

Estamos investindo na agricultura de baixo carbono.

Reduzimos em 82% o desmatamento na Amazônia.

A ambição continuará a pautar nossas ações.

Por isso, anunciei, ontem, aqui na ONU, nossa INDC. Será de 43%, a contribuição do Brasil para reduçãodas emissões de gases de efeito estufa até 2030, com base no ano de 2005.

Neste período, o Brasil pretende o fim do desmatamento ilegal; o reflorestamento de 12 milhões de hectares; a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas; a integração de 5 milhões de hectares de lavoura-pecuária-florestas.

Em um mundo em que a participação das fontes renováveis de energia é de apenas 13% da matriz energética, pretendemos garantir o percentual de 45% de fontes renováveis na nossa matriz energética.

Vamos buscar a participação de 66% da fonte hídrica na geração de eletricidade; a participação de 23% das fontes renováveis —eólica, solar e biomassa— na geração de energia elétrica; o aumento de cerca de 10% na eficiência elétrica; a participação de 16% de etanol carburante e das demais biomassas derivadas da cana-de-açúcar no total da matriz energética.

O Brasil contribui, assim, para que o mundo possa atender as recomendações do Painel de Mudança do Clima, que estabelece o limite de dois graus Celsius de aumento de temperatura, neste século.

Somos um dos poucos países em desenvolvimento a assumir meta absoluta de redução de emissões.

Nossa INDC inclui ações que aumentam a resiliência do meio ambiente e reduzem os riscos associados aos efeitos negativos da mudança do clima sobre as populações mais pobres e vulneráveis, com atenção para as questões de gênero, direito dos trabalhadores, das comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais.

Reconhecemos a importância da cooperação Sul-Sul no esforço global de combater a mudança do clima.

Enfatizo que desde 2003, políticas sociais e de transferência de renda contribuíram para que mais de 36 milhões de brasileiros superassem a pobreza extrema.

O Brasil saiu, no ano passado, do Mapa Mundial da Fome. Isso evidencia a eficácia de nossa política chamada Fome Zero que agora se transforma no ODS nº2.

Na transição para uma economia de baixo carbono, consideramos importante assegurar condições dignas e justas para o mundo do trabalho.

O desenvolvimento sustentável exige a promoção do trabalho decente, a geração de empregos de qualidade e a garantia de oportunidades.

O esforço para superar a pobreza e promover o desenvolvimento tem de ser coletivo e global.

Em meu país, porém, sabemos que o fim da pobreza é só um começo de uma longa trajetória.

Senhor Presidente

Por seis anos, buscamos evitar que os efeitos da crise mundial que eclodiu em 2008, no mundo desenvolvido, se abatessem sobre nossa economia e sociedade.

Por seis anos, adotamos um amplo conjunto de medidas reduzindo impostos, ampliando o crédito,reforçando o investimento e o consumo das famílias.

Esse esforço chegou a um limite tanto por razões fiscais internas como por aquelas relacionadas ao quadro externo.

A lenta recuperação da economia mundial e o fim do superciclo das commodities incidiram negativamente sobre nosso crescimento.

A desvalorização cambial e as pressões recessivas produziram inflação e forte queda da arrecadação, levando a restrições nas contas públicas.

Diante dessa situação estamos reequilibrando o nosso orçamento e assumimos uma forte redução de nossas despesas, do gasto de custeio e até de parte do investimento.

Realinhamos preços, estamos aprovando medidas de redução permanente de gastos e restrição aos incentivos creditícios. Enfim, propusemos cortes drásticos de despesas e redefinimos nossas receitas.

Todas essas iniciativas visam reorganizar o quadro fiscal, reduzir a inflação, para consolidar a estabilidade macroeconômica, aumentar a confiança na economia e garantir a retomada do crescimento com distribuição de renda.

Hoje, a economia brasileira é mais forte, sólida e resiliente do que há alguns anos. Temos condições de superar as dificuldades atuais e avançar na trilha do desenvolvimento.

Estamos num momento de transição para um outro ciclo de expansão profundo, sólido e duradouro. Além das ações de reequilíbrio fiscal e financeiro, de estímulo às exportações, também adotamos medidas de incentivo ao investimento em infraestrutura e energia.

No Brasil, o processo de inclusão social não foi interrompido. Esperamos, que o controle da inflação, a retomada do crescimento e do crédito contribuirão para uma maior expansão do consumo das famílias.

Essas são as bases para um novo ciclo de crescimento e desenvolvimento, baseado no aumento da produtividade e na geração de mais oportunidades de investimento para empresas e de empregos para os cidadãos.

Senhoras e senhores

Os avanços que logramos nos últimos anos foram obtidos em um ambiente de consolidação e de aprofundamento da democracia.

Graças à plena vigência da legalidade e ao vigor das instituições democráticas, o funcionamento do Estado têm sido escrutinado de forma firme e imparcial pela Justiça e por todos os Poderes e organismos públicos encarregados de fiscalizar, investigar e punir desvios e crimes.

O Governo e a sociedade brasileiros não toleram a corrupção.

A democracia brasileira se fortalece quando a autoridade assume o limite da lei como o seu próprio limite.

Nós, os brasileiros, queremos um país em que a lei seja o limite. Muitos de nós lutamos por isso, justamente quando as leis e os direitos foram vilipendiados durante a ditadura.

Queremos um país em que osgovernantes se comportem rigorosamente segundo suas atribuições, sem ceder a excessos.

Em que os juízes julguem com liberdade e imparcialidade, sem pressões de qualquer natureza e desligados de paixões político-partidárias, jamais transigindo com a presunção da inocência de quaisquer cidadãos.

Queremos um país em que o confronto de idéias se dê em um ambiente de civilidade e respeito. Queremos um País em que a liberdade de imprensa seja um dos fundamentos do direito de opinião e a manifestação de posições diversas direito de todos os brasileiros.

As sanções da lei devem recair sobre todos os que praticaram atos ilícitos, respeitados o princípio do contraditório e da ampla defesa.

Essas são as bases de nossa democracia e valho-me de recente manifestação do meu amigo José Mujica, ex-presidente uruguaio, que disse:

"Esta democracia não é perfeita porque nós não somos perfeitos. Mas temos que defendê-la para melhorá-la, não para sepultá-la".

Que fique consignado que não abriremos mão das conquistas pelas quais o povo brasileiro tanto lutou.

Senhoras e senhores

Quero valer-me desta ocasião para reiterar que o Brasil espera, de braços abertos, os cidadãos de todo o mundo para a realização dos Jogos Olímpicos e Para Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.

Essa será oportunidade única para difundir o esporte como instrumento fundamental de promoção da paz, da inclusão social e da tolerância, por meio da luta contra a discriminação racial, étnica e de gênero.

Será também ocasião para que possamos promover a inclusão de pessoas com deficiência, uma das prioridades de meu Governo.

Uma última palavra.

Há poucos dias, foram reinaugurados aqui na sede das Nações Unidas os murais "Guerra e Paz", do artista brasileiro Cândido Portinari, doados pelo governo de meu país à ONU, em 1957.

A obra denuncia a violência e a miséria e exorta os povos à busca do entendimento. É um símbolo para as Nações Unidas quanto a sua responsabilidade de evitar os conflitos armados e de promover a paz, a justiça social e a superação da fome e da pobreza.

Portinari sempre afirmou que "não há nenhuma grande arte que não esteja identificada com as pessoas".

A mensagem dos murais permanece atual. Alude tanto às vítimas das guerras como aos refugiados que arriscam suas vidas em precários barcos no Mediterrâneo e a todos anônimos que buscam na ONU proteção, paz e bem-estar.

Esperamos que, ao ingressar neste recinto das Nações Unidas e ao olhar esses murais em sua entrada, sejamos capazes de escutar a voz dos povos que representamos e de trabalhar com afinco para que seus anseios de paz e progresso venham a ser atendidos.

Afinal, foram esses os ideais que estiveram, setenta anos atrás, presentes no ato fundacional desta grande conquista da humanidade que é a Organização das Nações Unidas.

Muito obrigada.

registrado em:

Contraponto 17.803 - "Cerra apanha no próprio campo: o da Chevron"

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28/09/2015

 

Cerra apanha no próprio campo: o da Chevron

 

 O Chico e o Stedile devem ter morrido de rir!

 

 
Conversa Afiada - publicado 28/09/2015

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O amigo navegante deve se lembrar daquela entrevista que o Chico Buarque concedeu ao João Pedro Stedile, em que disse “o petroleo é nosso”!

Não há notícia de que o Padim Pade Cerra saiba quem é Chico Buarque.

Mas, sabe o que interessa à Chevron, segundo o WikiLeaks.

Tanto assim que a primeira coisa que fez, depois de derrotar o candidato tucano Eduardo Suplicy na disputa pelo Senado, foi redigir um projeto de lei para entregar o pré-sal à Chevron.
Nessa patriótica empreitada contou com o apoio explicito de senadores delcídicos do PT.

Não fosse o Requião e o Lindenberg, e a vaca tinha ido para o brejo.

Mas, a entrevista do Chico ao Stedile deve ter provocado a ira que adormece no peito de todo tucano paulista – nutrida de despeito e vingança, como diz o Ciro.

Para se vingar do Chico e do Stedile, o Padim Pade Cerra, que adora levar surras do PHA, produziu um artigo no Estadão, em comatoso estado.

Como sempre, não há ali uma única ideia original, traço que marca seus 60 anos de vida pública.

O interessante são os comentários feitos, no próprio Estadão por um amigo navegante, o Paulo Cesar Lima.

O Chico e o Stedile devem ter morrido de rir!

Comentários sobre o artigo “Afasta de ti esse cálice”, do Padim, publicado no Estadao dia 24 de set 15.

Os comentarios do Paulo Cesar Lima, assessor da Camara dos Deputados, para temas de petroleo, em resposta ao Cerra, estão em negrito.

Cerra (inicio do artigo):

Em 2010 foi aprovada Lei do Pré-Sal, ardorosamente defendida pela então ministra e candidata Dilma Roussef. A nova legislação obrigou a Petrobras a ser operadora única do pré-sal e bancar pelo menos 30% dos investimentos de cada um dos campos a serem licitados, sem exceção. Como a empresa foi asfixiada durante a era petista – sua dívida atinge hoje R$ 500 bilhões! – ela não terá tão cedo condições de desempenhar esse papel. O país seguiria perdendo investimentos, produção, receitas de bônus de assinatura, royalties e deixando de gerar empregos.

Paulo Cesar Lima: A empresa não foi asfixiada na era petista. Ao Volta o contrário, a empresa:

−     descobriu o Pré-Sal, o que mais que triplicará as reservas da Petrobras, a partir de altíssimos investimentos,;

−     perfurou, apenas no Pré-Sal, mais de 170 poços, sendo que 52 já em operação com uma produção de 1 milhão de barris equivalentes de petróleo por dia;

−     retormou os investimentos em refino;

−     recuperou suas instalações, que, por falta de engenharia e manutenção, geraram graves acidentes nos anos anteriores: rompimento de duto na Baía da Guanabara, vazamento em junta de expansão na Repar, afundamento da P-36 etc.

Para fazer tudo isso, o investimento aumentou de US$ 5 bilhões para U$ 40 bilhões por ano. Por isso sua dívida aumentou, mas seus ativos, incluindo os cerca de 60 bilhões de barris de óleo recuperável, têm um valor real dez vezes maior que sua dívida. O ativo contábil da Petrobras não representa seu ativo real. Como em tudo na vida, há o tempo do plantio e o tempo da colheita. O lucro operacional da Petrobras em 2014 foi de R$ 80 bilhões. E vai aumentar muito nos próximos anos com o aumento da produção no Pré-Sal.

De volta ao Padim:

Por isso mesmo apresentei logo no início de meu mandato no Senado um projeto de lei (PLS 131) para liberar a Petrobrás dessa obrigação que atrapalha sua recuperação e prejudica a retomada do crescimento do País. Se aprovado o PL, a produção do pré-sal poderá ser ampliada por investidores privados, dentro das regras vigentes. A Petrobrás manteria direito de preferência nos casos em que, eventualmente, manifestasse interesse. O PL substitui o ônus da obrigação pelo bônus da escolha.

Questões tão estratégicas quanto o acesso às reservas do Pré-Sal e sua produção não devem ser simples “bônus de escolha”. Essas questões não devem ocorrer por questões conjunturais ou de “mercado”. Em todos os países exportadores e com grandes reservas, como o Brasil, as reservas e a produção estão sob o controle de empresas estatais, como mostrado abaixo.
 

Ao Padim, de novo:

Por incrível que pareça, nossa proposta despertou reações ruidosas nas franjas jurássicas da esquerda. Apesar de desafinada, ela parece ter conquistado o maior poeta de nossa música, Chico Buarque. Quando ele foi jogar futebol com o pessoal do MST, recebeu informação do comissário Stedile, portador da espontaneidade dos apparatchik, sobre o projeto no Senado “que quer privatizar a Petrobras e com isso [nos fazer] perder os royalties para a saúde e a educação”. Ao que Chico teria proclamado: “o petróleo é nosso”! (ênfase minha - PHA)

Sim, “o petróleo é nosso” – a boa insígnia do passado aviltada como grito de guerra dessa mescla de partido e sindicatos que vem arruinando a empresa. Sim, o petróleo deve voltar a ser nosso e a Petrobras deve deixar de ser a Ptbrás.

O petróleo do Pré-Sal não deve ser da PTbrás, mas também não deve ser entregue às empresas privadas, como proposto. Ele deve ser do povo brasileiro. Essa deveria ser a proposta.

Ao Padim:

A seguir, quatro verdades sobre o PLS 131 que a esquerda patrimonialista tenta esconder.

O projeto não mexe no regime de partilha

O Brasil tem hoje três regimes de exploração do petróleo: a concessão, nas áreas licitadas no pós-sal e em terra antes de 2010; a partilha, para as áreas do pré-sal licitadas a partir de 2010 (o único campo já licitado foi o de Libra em 2013, que só deverá entrar em produção em 2020); e a cessão onerosa, que decorreu da capitalização da Petrobras pelo Tesouro em 2010, quando a empresa adquiriu o direito de explorar 5 bilhões de barris.

Pois bem, o PLS 131 não mexe em nada disso. Os três regimes serão mantidos e continuarão coexistindo.

O projeto deixa 100% do controle do pré-sal nas mãos do poder público brasileiro

Dizer que as empresas estrangeiras vão tomar o pré-sal é o tutu-marambá que os marmanjos jurássicos usam para criar sobressalto no coração das gentes. Mas no regime de partilha e no de concessões já é autorizada a participação dessas empresas. Tal diretriz corresponde exatamente ao fim do monopólio de exploração pela Petrobras, promovido em 1997, cujos benefícios ao país foram imensos. De 1997 a 2010, a produção da Petrobras cresceu 2,5 vezes, de 800 mil para 2 milhões de barris/dia!


A produção da Petrobras cresceu porque 92% da produção do Brasil é operada pela empresa. Tirar a operação da Petrobras vai diminuir sua participação na produção nacional. Essa será a consequência da aprovação do PLS 131.
 O Padim insiste, tenta :

Mais ainda, os adversários do projeto escondem que a Lei da Partilha dá ao chefe do Executivo a prerrogativa de conceder à Petrobrás – sem licitação e por decreto – a exploração de qualquer campo, se for do interesse nacional. Reafirmo: se for descoberto um novo Kuwait no pré-sal, sua exploração poderá ser concedida diretamente à Petrobras.

Equivoca-se novamente o Senador. As fases de exploração e produção são objeto de um único contrato. Não existe a possibilidade de se descobrir um grande campo e “ser concedida diretamente à Petrobras”. Se um novo Kuwait for descoberto, ele será operado por quem o descobriu. Na verdade, o PL 131 permite que um novo Kuwait no Brasil seja de empresas privadas.

Cerra volta a exibir a sua ignorancia sobre a materia:

Tampouco dizem que uma empresa estatal, a Pré-Sal Petróleo S/A, estará presente nos consórcios que venham a explorar os campos licitados. Ela controla os aspectos relevantes da produção. E, se isso for pouco, a ANP – Agência Nacional do Petróleo – continua com todos os seus vastos poderes.

Apesar da importante presença da Pré-Sal Petróleo S/A, a tecnologia é, de fato, dominada pelos operadores. A Petrobras é a empresa que opera com menores custos e com maior segurança em águas ultraprofundas como as do Pré-Sal. Transferir essa operação representará maiores custos e, consequentemente, menores receitas para o Fundo Social e para as áreas de educação e saúde.

Ainda o Padim, no Estadao:
O projeto permite o aumento da receita de royalties para a educação e a saúde.

O Ministro da Educação disse que nosso projeto reduziria o repasse de recursos para o setor! É uma filosofia barata auxiliando o poeta a ser indiferente aos fatos. Como na letra de Noel Rosa, já cantada por Chico, o ministro finge ser rico de royalties para ninguém dele zombar, mas não tem dinheiro nem para pagar as contas do Prouni. É mentira que a educação e a saúde perderiam dinheiro com a aprovação do PLS 131. Ao contrário, se este virar lei, ampliará os royalties e participações destinadas aos dois setores, pois vai aumentar a produção.

Aliás, sobre o tema royalties/educação, vale lembrar que, neste ano, o orçamento federal autorizado para a educação é de R$ 112,7 bilhões, dos quais apenas R$ 1,2 bilhão foram executados até o momento com recursos de royalties. Um desmentido ao oba-oba petista sobre suas proezas na área.

O baixo valor de apenas R$ 1,2 bilhão são decorrentes da má distribuição dos royalties, consequência de Ações Direta de Inconstitucionalidade, como a do Governador do PSDB de São Paulo, ADI 4920, que faz com que os royalties sejam mal distribuídos e mal aplicados.


Cerra, e a infatigavel defesa da Chevron:

Segundo a recente revisão do plano de negócios da Petrobrás para 2015-2019, feita pela nova diretoria nomeada pela presidente Dilma, a empresa deixará de produzir 1,4 milhão de barris/dia em relação à meta do plano anterior. Se o PLS 131 ensejar a recuperação dessa produção, vai gerar receitas para a educação da ordem de R$ 20 bilhões anuais.

Qualquer área que venha a ser licitada como proposto pelo PLS 131 somente vai gerar produção comercial a partir de 2025. No período 2015-2019, essa proposta não representará nenhum recurso adicional para a área de educação. Os esforços devem ser no sentido de a Petrobras ter uma atuação estratégica. A visão da atual Diretoria Executiva da Petrobrás é ridícula.

Cerra ainda:
O projeto não altera o potencial de receita do pré-sal.

Os intelectuais do MST afirmam o contrário, lembrando o “tudo que o malandro pronuncia e o otário silencia”, da Festa Imodesta de Caetano Veloso que Chico costumava cantar. Dizem que o custo da Petrobras no pré-sal é de US$ 9 por barril de óleo equivalente (boe), e que o custo de outras petroleiras seria muito maior. Nove dólares? Isso é falso. Pelos dados da ANP, o custo no campo de Lula está em US$ 15,7 por boe. No campo de Sapinhoá, o custo médio é de US$ 14,0 por boe.

É mostrado pouco conhecimento sobre conceitos da indústria do petróleo, pois é comparado custo de extração com custo total de produção. O custo de extração é, de fato, US$ 9,1 por barril. Os custos de US$ 15,7 por boe, em Lula, e US$ 14,0, em Sapinhoá, são os custos totais de produção, sem considerar a participação governamental. Assim, o que foi dito não faz o menor sentido.

Cerra enfrenta o que chama de “intectuais do MST”…:
Toda a política de exploração do pré-sal chegou a um impasse manicomial devido à disputa sobre quem iria usufruir dos seus benefícios, sem nunca decidir sobre como fazê-los acontecer. Essa síndrome se repetiu em todos os investimentos da era petista – infraestrutura, mobilidade urbana, energia, etc. Quem pagou o pato foi a economia; e quem sofre as consequências é a sociedade, hoje assombrada pelo desemprego, a queda de renda das famílias e o pessimismo quanto ao futuro do país.

Ao contrário, a descoberta do Pré-Sal e a atuação da Petrobras geram emprego e renda no Brasil. O que gerará emprego e renda no exterior serão os pedidos de descumprimento de cláusulas de conteúdo nacional por empresas privadas, caso seja aprovado o PLS 131.

A conclusão original, genuína, tão hodierna quanto os conceitos do Fernando Henrique sobre o neolibelismo:

Pior: continuam oferecendo essa receita para o Brasil. Que a sociedade afaste de si esse cálice.

Afastem de nós esse cálice.

Contraponto 17.802 - "Na ONU, Dilma defende ajuste e Estado Palestino "

Dilma também justificou e defendeu as medidas fiscais adotadas no Brasil pela recuperação das contas do País e retomada do crescimento econômico. A presidente lembrou que o Brasil estimulou o consumo e criou milhões de empregos nos últimos anos, mas ressaltou que "esse esforço chegou ao limite"por razões fiscais internas e externas.

"O lento crescimento mundial influenciou a situação econômica brasileira", explicou. Segundo a presidente, primeira chefe de Estado a discursar na Assembleia das Nações Unidas, "o Brasil não tem problemas estruturais graves", mas "conjunturais". Dilma citou ainda as medidas anunciadas ontem pelo Brasil contra o aquecimento global e assegurou que o País "está fazendo grande esforço" para reduzir suas emissões, investir em energia limpa e evitar o desmatamento.

Em sua fala, a presidente mandou um recado sobre a crise dos refugiados ao dizer que o Brasil está "de braços abertos" para receber os imigrantes que têm deixado seus países por diversos motivos. "Somos um país formado de refugiados. Estamos de braços abertos", disse. "É um absurdo impedir o livre trânsito de pessoas", criticou.

Dilma celebrou o reatamento de relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba, mas pediu o fim do embargo do governo norte-americano à ilha. Ela também celebrou o acordo nuclear entre Irã e potências. De acordo com a presidente, o gesto permite que o país faça uso pacífico da energia nuclear. Seu discurso criticou a expansão do terrorismo e lembrou que "a ONU está diante de um grande desafio", pois "não se pode ter complacência com atos de barbárie" como aqueles cometidos pelo Estado Islâmico.

Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre o discurso de Dilma:

"Brasil é um país de refugiados", diz Dilma na Assembleia Geral da ONU

Pedro Peduzzi e Yara Aquino - Ao abrir a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a presidenta Dilma Rousseff reiterou hoje (28) a solidariedade do Brasil aos refugiados – em especial à população do Oriente Médio e do Norte da África, vítimas da guerra civil síria, que por razões humanitárias deixaram seus países de origem. "É um absurdo impedir o livre trânsito de pessoas", disse, acrescentando que o Brasil "está de braços abertos" para receber os refugiados. "O Brasil é um país de refugiados. Somos um país multiétnico que convive com as diferenças e sabe da importância dela para nos tornar mais ricos e diversos".

Tradicionalmente o Brasil é o país responsável pelo discurso inicial das sessões de abertura da ONU. No discurso deste ano, que marca os 70 anos de criação das Nações Unidas, Dilma destacou o espírito solidário e acolhedor dos brasileiros em relação aos fenômenos de migração, de mobilidade humana e de deslocamentos feitos por razões humanitárias.

"A ONU está diante de um grande desafio, diante de barbáries como as do Estado Islâmico e de outros grupos associados. Esse quadro resulta na crise dos refugiados pelo qual passa a humanidade, com homens e mulheres nas águas do Mediterrâneo, que provêm do Oriente Médio e da África, onde tiveram seus Estados nacionais desestruturados, abrindo espaço para a proliferação do terrorismo", disse a presidenta ao manifestar indignação por situações como a do menino sírio fotografado após afogamento e com a notícia de 70 pessoas asfixiadas em um caminhão na Áustria.

Segundo a presidenta, o Brasil tem colaborado para melhorar a situação de muitos desses refugiados, e isso pode ser percebido por meio das políticas de concessão de vistos destinados a cidadãos haitianos e sírios.

Na semana passada, o Comitê Nacional para os Refugiados prorrogou por mais dois anos o processo de concessão de visto especial a imigrantes sírios e pessoas afetadas pelo conflito na região, fazendo com que a exigência de documentos e requisitos seja menor. Desde setembro de 2013, o país concedeu 7.752 vistos a refugiados da guerra civil na Síria.

Segundo Dilma Rousseff, a crise migratória pela qual passa o mundo impõe desafios a toda a humanidade e, em especial, à ONU, que não pode ficar inerte em relação às evidências de violações dos direitos humanos.

Conselho de Segurança

Aproveitando a ocasião dos 70 anos da entidade, a presidenta falou sobre a necessidade de reforma do Conselho de Segurança da ONU, de modo a enfrentar os vários desafios globais da atualidade.
"Para dar à ONU a centralidade que corresponde, é fundamental uma reforma urgente de sua estrutura, com mais membros para tornar-se mais representativa. Essa decisão não pode ser permanentemente adiada. Que a reunião que se inicia seja lembrada como ponto de inflexão da ONU e resulte na reforma de seu conselho", disse Dilma.

Atualmente, o Conselho de Segurança da ONU tem 15 vagas, das quais cinco são permanentes e dez rotativas, com membros eleitos pela Assembleia Geral a cada dois anos. Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França e China têm assento permanente no órgão. O conselho é o único fórum da entidade com poder decisório e todos os membros das Nações Unidas devem aceitar e cumprir suas decisões.

Ela elogiou a retomada das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos, que puseram fim à um "derivado" da Guerra Fria. "Celebramos igualmente o recente acordo logrado com o Irã [entre o país e os Estados Unidos], que permitirá a esse país desenvolver energia nuclear para fins pacíficos e devolver paz para a região".

Palestina

Dilma Rousseff defendeu a paz no Oriente Médio e o direito de existir um Estado da Palestina, a exemplo do que tem feito nos últimos anos ao discursar na Assembleia Geral da ONU. "Necessitamos de uma ONU capaz de atuar em questões de guerras e de crise regional. Não se pode postergar a criação de um Estado Palestino que conviva pacificamente com Israel. E não se pode continuar a expansão dos territórios assentados".

Brasil não tem "problemas estruturais graves", afirma presidente

Yara Aquino – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (28) que o Brasil não tem problemas estruturais e está em um momento de transição para um novo ciclo de expansão mais sólido e profundo. Ao discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas, Dilma disse que o país passa por dificuldades conjunturais na economia, que estão sendo enfrentadas com ações de reequilíbrio fiscal e financeiro.

A presidenta destacou que o governo propôs "cortes drásticos de despesas" e redefiniu receitas para garantir a retomada do crescimento com distribuição de renda.

Segundo ela, nos últimos anos o governo brasileiro evitou que a crise mundial, iniciada em 2008, atingisse a economia local com a adoção de medidas de redução de imposto, ampliação de crédito e reforço de investimento.

"Nesse período, aumentamos emprego e renda. Esse esforço chegou agora no limite, tanto por razões fiscais internas como por aquelas relacionadas ao quadro externo. A lenta recuperação da economia mundial e o fim do superciclo de commodities incidiram negativamente sobre nosso crescimento", disse a presidenta.

Dilma citou ainda a desvalorização cambial e as pressões recessivas, que produziram inflação e forte queda da arrecadação, levando a recessões nas contas públicas. "O Brasil, no entanto, não tem problemas estruturais graves. Nossos problemas são conjunturais e diante dessa situação estamos reequilibrando nosso orçamento e assumindo uma forte redução das nossas despesas, do gasto de custeio e até de parte do investimento", disse.

A presidenta disse que as medidas de ajuste fiscal do governo visam reduzir a inflação, consolidar a estabilidade macroeconômcia, aumentar a confiança e garantir a retomada do crescimento com distribuição de renda.

Segundo ela, a economia brasileira está hoje mais forte e sólida do que há alguns anos. "Estamos num momento de transição para um novo ciclo de expansão mais profundo, mais sólido e mais duradouro".
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Contraponto 17.801 - "Propina a Cunha foi paga da Suíça, diz lobista à PF

O pagamento de propina refere-se a um contrato de compra de um campo de exploração em Benin, na África, pela estatal. Preso há uma semana, Henriques disse à PF que o repasse a Cunha foi um pedido de Felipe Diniz, filho do ex-deputado Fernando Diniz (PMDB-MG) – morto em 2009.

"Em relação à aquisição pela Petrobras do campo de exploração em Benin, a pessoa que lhe indicou a conta para pagamento foi Felipe Diniz; que Felipe Diniz era filho de Fernando Diniz; que Felipe enfrentava dificuldades econômicas; que a conta indicada para o pagamento pertencia a Eduardo Cunha", diz trecho do depoimento do lobista à PF.

João Henriques teve sua prisão preventiva decretada pelo juiz Sérgio Moro na sexta-feria, 25, e afirmou também que não sabia que o destinatário da suposta propina era o presidente da Câmara, que nunca teve relação com o presidente da Casa e que só ficou sabendo da titularidade da conta há cerca de dois meses.

Investigado por ter intermediado negócios na área Internacional da Petrobras e ter recebido mais de R$ 20 milhões de fornecedoras da estatal, Henriques havia sido preso temporariamente na 19ª Fase da Operação Lava-Jato. Segundo o Ministério Público Federal, além de ter participado da transação da compra do campo de petróleo no Benin, Henriques intermediou a venda da refinaria San Lorenzo, a compra de 50% de um bloco de exploração offshore na Namíbia, a contratação do navio-sonda Titanium Explorer e o contrato de US$ 825,6 milhões firmado para a Odebrecht em 2010 para prestação de serviços de certificação na área de segurança e meio ambiente.

Eduardo Cunha nega ter recebido propina e tem afirmado que não virar "comentarista de delação".

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Contraponto 17.800 - "Golpenews teve o descaramento de exibir 5 minutos do programa do psdb que vai ao ar hoje."

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28/09/2015 

 

 Golpenews teve o descaramento de exibir 5 minutos do programa do psdb que vai ao ar hoje.

Do Facebook
Rafael Patto

Quanto custa 1 minuto de televisão?

Ontem a Golpenews teve o descaramento de exibir 5 minutos do programa do psdb que vai ao ar hoje.

E ainda tem gente que não percebe (ou finge convenientemente não perceber) o comportamento partidário da imprensa brasileira.

fernando henrique cardoso falou em DESEMPREGO. Desemprego, meu deus do céu!

Outros figurões do psdb falaram em corrupção e juros altos. Corrupção e juros altos...

Nessas horas eu vejo o tamanho da nossa desgraça. Só mesmo um povo muito ignorante, desmemoriado, hipócrita e absolutamente iletrado (a despeito de seus emoldurados diplomas de graduação e eventualmente pós-graduação) para aceitar que um fernando henrique cardoso coloque impunemente sua fuça na tela da televisão para falar como defensor do emprego dos brasileiros. (E quando falo em "povo", estou me referindo basicamente às classes médias urbanas pseudo-burguesas).

Você é contra o atual governo? Tá achando que as coisas não estão indo bem? Ok. Mas embarcar no canto da sereia entoado por essa oposição que tá aí é emitir atestado de jumentice passado em cartório.

Da parte do governo, auto-crítica é necessária. Algumas oportunidades foram desperdiçadas sim.

Talvez tenha faltado mais engajamento na defesa de algumas pautas que foram sendo empurradas com a barriga ao longo desses últimos quase 13 anos. Mas daí a embarcar na conversinha oportunista do psdb é muita falta de noção, ou falha de caráter mesmo.

Tava melhor na década de 1990? Os governos tucanos privatizaram tudo o que puderam (e até o que não podiam), atolaram o Brasil no lodo do FMI e, ainda assim, ninguém via a cor do dinheiro: saúde pública em colapso, ensino superior sucateado, previdência atirada ao caos. Programas sociais????

Naqueles tempos, isso era palavrão. Combate à corrupção então... Alô, alô, Engavetador-Geral!!!

Mas o mais espantoso é que, pela forma como a imprensa brasileira relata os acontecimentos, parece que aquela época jamais existiu. Por isso temos assistido a uma multidão de boçais, cada vez mais boçais, se sentindo à vontade para apresentar suas "soluções" para redimir o Brasil. Triste espetáculo.

Com essa classe média iletrada, que não pensa autonomamente, que por preguiça ou incapacidade intelectual não diversifica suas fontes e se informa apenas pela opinião dos paus-mandados dos donos da mídia golpista, jamais deixaremos de ser um deplorável curral de porcos. Porcos que se acham.

Porcos pretensamente assépticos. Porcos que usam talheres e guardanapos, mas que não deixam de comer lavagem.
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sábado, 26 de setembro de 2015

Contraponto 17.799 - "Os mistérios da Operação Zelotes"

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26/09/2015

Os mistérios da Operação Zelotes


Do Blog do Miro - sábado, 26 de setembro de 2015

Por André Pereira, no site Sul-21:

Daqui a 50 anos, os livros de História descreverão 2015 como um dos anos mais conturbados da história republicana brasileira, mas vamos torcer para não ter que esperar pela arqueologia histórica para desencavar alguns dos mistérios mais intrigantes da Operação Zelotes. Alguns, aliás, já começam a ser esquecidos, tais são o ritmo e a quantidade de fatos. Ei-los, para refrescar a memória.

1. Afonso Motta. O nome apareceu na imprensa e foi noticiado por veículos do próprio grupo RBS mas o título da matéria foi: “Investigação cita deputado “ Só que Motta não é suspeito de suposta falcatrua como parlamentar federal do PDT e sim como dirigente da RBS. Fazendeiro da fronteira oeste, ele foi vice-presidente do grupo afiliado da Rede Globo até 2009. Há, claro, a atitude corporativa conhecida mas ,acima de tudo, impõe-se a criminalização da política, dos políticos, do homem público, e não do executivo da iniciativa privada.

2. R$ 565 bilhões. Porque uma operação que envolve suspeição sobre a cifra estratosférica de mais de meio trilhão de reais sonegados não tem uma só centelha da repercussão explosiva de outros escândalos de desvios de dinheiro público? Simples: envolve grandes empresários e empresa da mídia. Ou seja, patrocinadores dos conglomerados de comunicação. Isto é, a elite da iniciativa privada.

3. Augusto Nardes. Também é nome que surgiu entre os suspeitos do esquema de corrupção. Nardes é gaúcho, ex-deputado do PP e tem posição política partidária, portanto. Como Motta, ele tem foro especial já que é ministro do Tribunal de Contas da União e será investigado pelo Supremo Tribunal Federal. E é ele que está com o processo da contas da presidenta Dilma sobre sua mesa de relator.

4. Santo Ângelo. Foi uma das cidades gaúchas visitadas pela Policia Federal mas, ao contrário de outras operações fartamente televisionados com suspeitos levando algemados por policiais encapuzados, esta padeceu de estranho silêncio visual midiático. Neste município, segundo escassos informes, teriam sido aprendidos computadores de um parente de Nardes de quem ele foi sócio. Até o deputado federal Paulo Pimenta, relator da subcomissão de Fiscalização da Câmara dos Deputados, estranhou a inclusão de Santo Ângelo do interior do RS ao lado de capitais como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro que são centros políticos e econômicos do país.

5. Jornalistas investigativos. Eles se auto intitulam assim e têm até clube com sócios cativos bem remunerados e melhor empregados. Mas até agora nenhum se dignou a escarafunchar as entranhas do escândalo da Zelotes. Sobre os crime da sonegação, silencia-se e, assim, sonegam-se informação aos leitores. É este o papel de jornalistas investigativos verdadeiros? Ou só mexem em conformidade com o que pensam e determinam os patrões?

6. Sonegação criminosa. Se fosse evitada tão criminosa sonegação talvez o país não precisasse fazer o ajuste fiscal, com medidas tão amargas como as que estão sendo apresentadas. Se os empresários fossem honestos e pagassem o que devem é bem possível que o Brasil já tivesse avançado ainda mais em políticas públicas para os mais pobres. Ao promoverem tamanha sonegação os ricos e poderosos prejudicam a maioria da nação e o próprio Brasil.

7. Valores altos. Entre as 74 empresas investigadas, estão o Grupo Gerdau, com R$ 1,2 bilhão de crédito, a RBS com R$ 672 milhões e a Marcopolo com R$ 260 milhões.

8. Irregularidades variadas. A propina aos conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para os empresários apagarem dívidas tributárias envolvia, também, venda de sentença, negociação para indicar conselheiros, redução de valores de multa e até mesmo singelo pedido de vista do processo que prolonga indeterminadamente o julgamento.


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Leia mais

Bancada da pizza da CPI do HSBC: Depois de livrar cunhada do tucano Tasso Jereissati, terá moral para investigar outras contas suspeitas na Suíça?



Do Viomundo - publicado em 29 de julho de 2015 às 05:04


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Contraponto 17.798 - "Pontos nos ii, por Nilson Lage "

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26/09/2015


Pontos nos ii, por Nilson Lage

iiii

Por
 

A política brasileira sempre foi dominada pelas oligarquias regionais – na república, as de Minas e São Paulo.

Com a americanização recente, as bancadas oligárquicas cederam hegemonia a bancadas setoriais distribuídas conforme áreas de financiamento: cada parlamentar ou gestor é agente de uma delas ou de várias.

Nenhum grupo tem monopólio da pureza nesse negócio. Nem pode. Em país algum.

Política lida com poder, Poder corrompe. Para cada idealista, atrai três salafrários. De cada dez idealistas, parte salafrariza, termina cínica. desiste ou fracassa.

O critério e outro: a quem beneficia a orientação do Estado e a administração de seus negócios?


É nisso que a política implantada a partir de 2003 leva vantagem.

Apoiou o segmento empreendedor e desenvolvimentista das forças armadas antes desprestigiado; levou adiante a diretiva nacional de uma política externa própria, pacífica e de amizade ativa com nações vizinhas; deu força à fração sanitarista da medicina brasileira contra o mercantilismo desvairado do modelo americano; implantou o mais ambicioso plano de educação básica, superior e tecnológica de nossa História.

Do meu ponto de vista, cedeu a modismos da globalização e permaneceu cega à ocupação estrangeira do poder psicossocial via oligopólios de comunicação e exploração comercial da religião – com isso, de boa parte da cultura.

Faltou, um tanto por causa dessas omissões, dar ao povo o sentido de participação, o orgulho de construir um país grande, forte e generoso, ostensivamente mestiço, desafiadoramente tropical.

O poder psicossocial é onde se aquartela a tropa de ocupação do mundo globalizado.

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Contraponto 17.797 - "Cunha recebeu mesmo 5 milhões de dólares em achaque, confirma operador do PMDB"

 

26/09/2015 

 

Cunha recebeu mesmo 5 milhões de dólares em achaque, confirma operador do PMDB


do uol:

Apontado pela força-tarefa da Operação Lava Jato como operador do PMDB no esquema de pilhagem da Petrobras, Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, complicou a situação do presidente da Câmara. Convertido em delator no início de setembro, Baiano confirmou em seus depoimentos a acusação do lobista Júlio Camargo de que Eduardo Cunha recebeu propina de US$ 5 milhões em contratos de aluguel de navios-sonda da empresa Sansumg para a Petrobras.

Preso desde novembro de 2014, Fernando Baiano já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro. Pegou 16 anos de cadeia pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro justamente no processo que trata da contratação de navios-sonda. O negócio rendeu propina de US$ 15 milhões. O lobista Júlio Camargo dissera que, desse total, US$ 5 milhões foram repassados a Cunha por intermédio de Baiano. O deputado negou.

Mas Baiano confirmou.

(…)
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