27/01/2016
O espetáculo da Lava Jato sucumbirá à sua própria chatice, por Francy Lisboa
por Francy Lisboa
Momento de decantação tão sonhado parece ter encontrado seu acelerador, a espetaculosa operação Lava Jato, deflagrada e mantida pelo polinômio de quarta ordem Moro/MPF/PF/Mídia.
A efemeridade faz parte da natureza da sociedade do espetáculo e, mesmo que queiram fazer de cada delação um show de pirotecnia, todos os brasileiros já sabem que espetáculos bons são os inéditos e não aqueles derivados de uma mesma haste.
Cansou, muitos já não esboçam reação enfurecida típica dos incendiários. O problema para aqueles que querem se manter nos holofotes é que quando um espetáculo se torna enfadonho o telespectador começa a olhar para aspectos de produção, procurar defeitos, erros. Os olhares e os ouvidos se tornam mais aguçados. Floresce a desconfiança de que a balança está descalibrada.
Já há que até ontem achava comum e perfeitamente natural que o nome de um ex-presidente, e de seus familiares, fosse notícia todo santo dia. As coisas mudaram, milhares de telespectadores acostumados ao aprecio do bang bang pararam de engrossar o coro da necessidade de extinguir o Karl Marx de Garanhuns da face da terra. Passou-se a olhar para as balas de festim e as falácias dos mocinhos. Em nome de vingança ideológica vale a pena se expor tanto? Essa é a pergunta que pode ser generalizada e feito ao polinômio da Lava Jato.
Tudo se tornou chato, e com a chatice parece ser crescente a compreensão de que algo está errado.
Nesse crescente de compreensão, os mocinhos começam a se vitimar com o famoso discurso de descrédito intencional das instituições para fins de perpetuação da corrupção. Porém, nem isso está colando, pois, levando em conta o descrédito em relação à todos os poderes, não podemos ser levianos a ponto de continuar a repetir o mantra de que no Brasil as Instituições estão funcionado. Funcionando uma pinoia.
.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista