quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Nº 25.231- "Desmoralizado, Guaidó tenta se pendurar justo em Bolsonaro. Por José Cássio"

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28/02/2019

Desmoralizado, Guaidó tenta se pendurar justo em Bolsonaro. Por José Cássio

Do DCM -  28/02/2019

Guaidó é um líder sem prestígio e sem moral, tido como palhaço no Brasil e no mundo 

 por José Cássio

Deixando de lado o mico histórico, o encontro de Jair Bolsonaro com o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, previsto para às 14h desta quinta, é mais um indício do quanto o presidente e seus filhos viraram fator de instabilidade política e institucional no pais.

Guaidó vem ao Brasil agradecer pelo apoio de Bolsonaro na sua tentativa de tomada do poder na Venezuela.

Para bom entendedor, uma única palavra basta: golpe.

Independentemente de você concordar ou não com o regime de Nicolás Maduro, o que autoproclamado tentou, com apoio do governo de Bolsonaro, foi tomar na mão grande o poder no país vizinho.

Com exceção de Jair, filhos e do chanceler Ernesto Araújo, nem a ala militar do governo embarcou na palhaçada.

O vice-presidente, por exemplo, defendeu uma solução civilizada após encontro na Colômbia com o Grupo de Lima e Estados Unidos.

“O Brasil sempre defende as soluções pacíficas de qualquer problema. Sem aventuras”, afirmou Mourão, acalmando o ímpeto intervencionista de Jair e sua turma num momento crucial do conflito.

Enquanto Jair e Colômbia esfregavam as mãos esperando uma ordem de comando dos EUA, o mundo civilizado se articulava.

A Assembleia Internacional dos Povos (AIP), com 500 representantes de 87 países, reafirmou a “defesa da soberania e da autodeterminação da Venezuela” e o reconhecimento de Nicolás Maduro como “presidente legítimo e constitucional do país”.

Da Europa, quem mandou recado foi o ministro das Relações Exteriores do Espanha, Josep Borrell.

“Nós claramente advertimos que não apoiaremos – e condenamos veementemente – qualquer intervenção estrangeira, o que é algo que esperamos que não aconteça”, afirmou.

“A solução na Venezuela só pode ser alcançada através de uma solução democrática acordada pelos venezuelanos”.

Quando ainda estava no Einstein se recuperando da cirurgia para a retirada da bolsa de colonoscopia, Bolsonaro se juntou ao filho Carlos e incendiou o noticiário.

Gravou um vídeo irresponsável cobrando da Polícia Federal iniciativas para encontrar e punir representantes do PSOL que, segundo ele, orquestraram o ataque que sofreu de Adélio Bispo em Juiz de Fora.

Calou-se diante da resposta da PF. “Perdeu uma boa oportunidade de ficar calado”, disseram os policiais. Segundo eles, não há indícios que possam levar à conclusão de que Adélio não tenha agido sozinho.

Não satisfeitos, Jair e Carlos puseram em marcha a louca estratégia para desestabilizar o secretário-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, tentando forçar a sua demissão.

Noves fora a nova crise, entrou na agenda a possível intervenção na Venezuela e agora o encontro com um líder sem prestígio e sem moral, tido como palhaço no Brasil e no mundo.

Augustin Saint-Hilaire foi um botânico e naturalista francês que viajou pelo Brasil no século 19.

Cunhou uma frase que entrou para os anais da nossa história: “Ou o Brasil acaba com as saúvas ou as saúvas acabam com o Brasil”.

Talvez seja o caso de reeditar a fala, adequando-a à nossa conjuntura sócio-política.

“Ou o Brasil acaba com Bolsonaro e filhos ou Bolsonaro e filhos acabam com o Brasil”.

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Jose Cassio
Jose Cassio. JC é jornalista com formação política pela Escola de Governo de São Paulo.


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