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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Contraponto 6535 - "O porquê do banditismo de Veja e TV Globo"

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18/10/2011
O porquê do banditismo de Veja e TV Globo

Do Esquerdopata - 18/10/2011

O movimento requenta-denúncia contra o Ministério dos Esportes


Luis Nassif Online

Vamos tentar encaixar algumas peças nesse quebra-cabeças do Ministério dos Esportes.

Como tenho escrito seguidamente, a velha mídia tem sua prateleira de escândalos reais ou potenciais, com indícios ou sem provas, velhos ou novos, que são utilizados de acordo com as conveniências do momento.

Duas questões chamam a atenção: independentemente do mérito ou da veracidade, as duas denúncias contra o Ministério dos Esportes são velhas. A da Veja já tinha sido levantada na própria campanha eleitoral de Brasília – conforme vocês conferiram no Blog. A do Fantástico já tinha sido denunciada pelo Estadão no início do ano.

A ONG do PM de Brasília desviou R$ 4 milhões do Ministério e seus proprietários foram presos e respondem a processos. Na época contou para o Correio Braziliense a mesma história que contou para a Veja. O Correio queria atingir a campanha de Agnelo; Veja queria atingir Orlando Silva. Pelo próprio blog do acusado, fica-se com a sensação de que a revista pegou o mesmo depoimento e trocou o nome de Agnelo pelo de Orlando.

A tal ONG da pivô de basquete Karina tinha convênio antigo. Como as prefeituras podiam fechar convênio diretamente com o Ministério, é evidente que sua ONG se beneficiou dos contatos no Ministério para oferecer os serviços às prefeituras. Conseguiu atuar em 17 cidades.

É uma das ONGs investigadas no programa Segundo Tempo.

O Programa, de estímulo ao esporte nos municípios, tem 350 convênios, pelo menos 10 problemáticos. Nenhum convênio com prefeitura deu problema; todos os problemáticos são com ONGs.

Quando assumiu, Dilma Rousseff ordenou que fossem suspensos todos os convênios com ONGs. O que foi feito.

Qual o objetivo de requentar as denúncias?

Uma hipótese seria o endurecimento do governo com a Fifa, nas negociações da Lei Geral da Copa – normatizada há duas semanas.

Três pontos ficaram pendentes e foram questionados pela Fifa:

1. Meia entrada para idosos, que é Lei Federal.

2. Meia entrada para estudantes, que depende da legislação de cada estado.

3. Venda de bebidas nos estádios.

Mas houve um quarto ponto, que foi o direito de imagem a todas as emissoras de televisão, de filmar de dentro do estádio. Na Copa da África do Sul, a filmagem poderia custar sete anos de prisão para os envolvidos.

Este ponto pode ter sido o deflagrador do movimento requenta-denúncia.

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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Contraponto 6427 - "Cariocas farão "faxina" na TV Globo "

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05/10/2011

Cariocas farão "faxina" na TV Globo

Do Blog do Miro - 05/10/2011


Do sítio Vermelho:

A "lavagem da Rede Globo" faz parte das comemorações da Semana Internacional pela Democratização da Mídia, que acontece entre os dias 17 e 21 de outubro, com programação em todo o país. A “faxina” na Globo acontece na quarta (19), no Jardim Botânico, a partir das 13 horas. As pessoas estão sendo convidadas pelo Facebook.

“Traga sua vassoura, seu cartaz e junte-se a nós!” Este é mote do evento, que promete: “a população do Rio de Janeiro fará a faxina que a Rede Globo merece”.


Os organizadores do ato são o RioBlogProg, FALE-Rio, UEE-RJ, DCE FACHA e UJS.

Participe!

A Semana Internacional pela Democratização da Mídia, que apresentará programação intensa em todo o país, terá como tema principal o Marco Regulatório das Comunicações, atualmente aberto à consulta pública no link http://www.comunicacaodemocratica.org.br/Mídia

A consulta estará aberta até o dia 7 de outubro. A versão consolidada deve ser lançada no dia 18 de outubro, Dia Mundial da Democratização da Comunicação.

Qualquer cidadão pode entrar no link e participar da consolidação da nova plataforma do marco regulatório, veja como:

- Na página A Plataforma você pode ler o texto completo. Clique nos títulos de cada parte ou de cada diretriz para contribuir em relação àquele item;

- Você pode inserir uma nova contribuição ou responder a uma contribuição já publicada;

- As contribuições podem ser propostas de alteração, inclusão ou supressão de trechos, e preferencialmente devem vir acompanhadas de uma justificativa;

- Se quiser sugerir um item que não esteja contemplado entre as 20 diretrizes da plataforma, apresente a proposta na página Diretrizes fundamentais;

- Contribuições gerais sobre a Plataforma, que não se encaixem em nenhum dos outros itens, devem ser publicadas em (contribuições gerais).

_______________________.
PITACO DO ContrapontoPIG.


Que tal vassouras e penicos?.

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Contraponto 6342 - "SECOM deveria contratar a Nielsen. E deixar o Ibope para a Globo"


26/09/2011


SECOM deveria contratar a Nielsen. E deixar o Ibope para a Globo

Saiu na Folha (*), na primeira página:

“Ibope ganha rival: americana Nielsen medirá audiência no Brasil”

A Nielsen é uma das maiores empresas de medição de audiência do mundo.

O Ibope detém o monopólio da audiência em tevê no Brasil desde 1988.

(Vinte e três anos.

O Chacrinha ainda não tinha pança.)

Todas as redes de TV, segundo a Folha (*), já conversaram com a Nielsen.

Menos uma.

Qual, amigo navegante ?

A Globo !

Navalha

O Conversa Afiada não acredita em pesquisa de opinião pública que pretende, com treze anos de antecedência, descobrir quem vai ser o Presidente.

(Nessas pesquisas, treze anos antes, o candidato Cerra se dá invariavelmente bem.)

Treze anos, um ano, seis meses, um dia.

O Conversa Afiada não acredita em pesquisas pré-eleitorais num país dominado por dois institutos ligados a notáveis órgãos do PiG (**) – o Globope e o Datafalha.

O ansioso blogueiro trabalha em televisão em não acredita também nas pesquisas do Globope para medir audiência de televisão.

Várias vezes, quando o programa Domingo Espetacular da Record – em que trabalha – se aproxima ou passa a Globo, o Globope cai.

A leitura minuto-a-minuto dá pau e reaparece meia hora depois numa situação muito mais confortável para a Globo.

Coincidência, provavelmente.

A Globo é o maior comprador do Globope.

O Globope dá a impressão de medir a audiência em meia dúzia de apartamentos da rua Rio de Janeiro, em Higienópolis, São Paulo, e pretender que eles representem o Brasil.

O gosto de São Paulo é o gosto de Caruaru, Pernambuco.

Pode, amigo navegante ?

É assim que funciona a indústria da publicidade no Brasil.

O Globope diz qual a audiência da Globo, as agências de publicidade acreditam, veiculam na Globo e, quanto mais veiculam mais bonificação (em dinheiro) recebem da Globo.

É a chamada “bonificação por volume”, o BV, que vai para as agências de publicidade e, não, para os clientes.

Se fosse no Hemisfério Norte isso dava cadeia.

Uma indústria baseada no Globope e no BV.

Viva o Brasil !

Uma indústria em que a Globo, com 50% da audiência, detém 70, 75% da verba de publicidade.

Como se explica, amigo navegante, a diferença entre os 50% de audiência e 75% da grana ?

Com o BV, amigo navegante.

O BV que o Globope lambuza de mel, minuto-a-minuto (menos quando o DE se aproxima do Fantástico).

O Conversa Afiada defende também a tese de que o Governo Federal deveria ter um “IBGE” para medir audiência.

O Governo Federal e suas empresas – Caixa e Banco do Brasil, por exemplo, dois de muitos anunciantes deste modesto e ansioso blog – são dos maiores anunciantes do Brasil.

Quem garante que a Globo entrega os X% de audiência que vende à Caixa ou à SECOM ?

A SECOM compra X% da audiência por R$ Y.

Quem garante que os R$ Y compraram, de fato, X% da audiência ?

O Globope !

Bingo !

Por isso, mais uma vez, o Brasil deveria imitar a Argentina.

Depois da Ley de Medios, do “Futebol para Todos” (e não só para o Clarin), dos generais na cadeia, da demissão dos ministros do Supremo nomeados por Menem etc etc etc, a Argentina também tirou a exclusividade do Ibope, o mesmo Ibope o Globope brasileiro.

E a SECOM da Cristina Kirchner criou o seu instituto medidor de audiência.

Exatamente porque o Ibope dos jogos do Argentina tinham a audiência 100% no Clarin e, depois que a Cristina comprou os direitos “para todos”, a audiência caiu para 1%.

Com a intervenção da Cristina – essa Cristina … – o “Futebol para Todos” voltou a ter a audiência que tinha no Clarin (Globo).

O Conversa Afiada acredita que a SECOM deveria ter o seu “IBGE” de audiência de televisão.

Aí, seria interessante.

“IBGE”, Nielsen e Globope.

O Cade ia adorar !

E ia ser uma confusão na indústria da publicidade !




Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Contraponto 6229 - Dilma engole Globo. Vem aí a "CPMF dos ricos"

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12/09/2011
Dilma engole Globo. Vem aí a "CPMF dos ricos"

Do Conversas Afiada - Publicado em 12/09/2011

O Fantástico entrevistou a Presidenta Dilma Rousseff e por ela foi devidamente jantado.

O Fantástico fez as perguntas óbvias, para tentar derrubar a Presidenta.

Saiu tosquiado.

O Conversa Afiada fez uma breve seleção do “jantar”.

Por exemplo, quando a Globo tenta pegar a Presidenta na pegadinha da corrupção:

Dilma – Tem de ter muito cuidado no Brasil para a gente não demonizar a política. Nós temos uma discussão de alto nível com a base, com a nossa base, e nós vamos…


Patrícia Poeta (ou seja, a Globo): E como que a senhora controla esse toma lá da cá, digamos assim, cada vez mais sem cerimônia das bancadas? Como é que a senhora faz esse controle?


Dilma: Você me dá um exemplo do “da cá” que eu te explico o “toma lá”.

(Neste instante produziu-se uma pausa constrangedora. A Presidenta tirou o banquinho da Globo. Desarmou a armadilha. E foi obrigada a ser condescendente , em seguida.)

Estou brincando contigo. Vou te explicar. Eu não dei nada a ninguém que eu não quisesse. Nós montamos um governo de composição. Caso ele não seja um governo de composição, nós não conseguimos governar. A minha base aliada, ela é composta de pessoas de bem… não é possível que a gente chegue e diga o seguinte: “Olha, todos os políticos são pessoas ruins”. Não é possível isso no Brasil.


Dilma: Eu sou contra a CPMF, hein.


Patrícia: A senhora acha que a gente precisa de um imposto, de mais um imposto, para ter um atendimento de saúde melhor?


Dilma: Sabe por que a população é contra a CPMF? Porque a CPMF foi feita para ser uma coisa e virou outra. Acho que a CPMF foi um engodo nesse sentido de usar o dinheiro da saúde e não para saúde.


Patrícia: Está falando que foi desviado?


Dilma: Foi, foi. O dinheiro não foi usado onde devia. Nós, na saúde pública do país, gastamos 2,5 vezes menos do que na saúde privada. Um país desse tamanho, o maior país da América Latina, com a maior economia da América Latina, gasta 42% menos na saúde do que a Argentina.


Dilma: Para dar saúde de qualidade, nós vamos precisar de dinheiro, sim. Não tem jeito, tem de tirar de algum lugar. Agora, o Brasil precisará aumentar o seu gasto com saúde. Inexoravelmente.


Patrícia: Isso seria quando?


Dilma: O mais rápido possível.

(Ou seja, vem aí a CPMF dos ricos. Queira a Globo ou não).

Patrícia: A senhora acha que o Brasil vai estar preparado, vai estar pronto para a Copa do Mundo de 2014?


Dilma: Ah, tenho absoluta certeza.


Patrícia: O que faz a senhora acreditar nisso?


Dilma: Por quê? Porque nós vamos ter nove estádios ficando prontos até dezembro de 12. No máximo início de 13. Tempo de sobra para Copa.


Patrícia: Aeroportos?


Dilma: Aeroportos, nós estamos com três aeroportos em licitação, já totalmente formatada a engenharia. Vamos fazer essas licitações no final desse ano.


Patrícia: A sensação que dá para o cidadão brasileiro é que o processo tem sido lento.


Dilma: Mas eu posso te mostrar os estádios, por exemplo. Eu olhei recentemente, fizemos um balanço aqui, com o ministro Orlando Silva, ele trouxe todos estados e nós monitoramos, nós monitoramos com informações online, fotos e tudo.

Navalha

Se o objetivo era (e é) derrubar a Dilma, o Fantástico deveria ter enviado o Ali Kamel.

Ou o Alexandre Maluf Garcia.

Seria divertido.

O “jantar” seria mais saboroso.

Paulo Henrique Amorim

Da próxima vez tem que ir o Ali Kamel.
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Contraponto 6222 - " Dilma engole a Globo. Vem aí a 'CPMF dos ricos' "

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12/09/2011
Dilma engole a Globo.
Vem aí a “CPMF dos ricos”


Do Conversa Afiada - Publicado em 12/09/2011

Da próxima vez tem que ir o Ali Kamel

O Fantástico entrevistou a Presidenta Dilma Rousseff e por ela foi devidamente jantado.

O Fantástico fez as perguntas óbvias, para tentar derrubar a Presidenta.

Saiu tosquiado.

O Conversa Afiada fez uma breve seleção do “jantar”.

Por exemplo, quando a Globo tenta pegar a Presidenta na pegadinha da corrupção:

Dilma – Tem de ter muito cuidado no Brasil para a gente não demonizar a política. Nós temos uma discussão de alto nível com a base, com a nossa base, e nós vamos…


Patrícia Poeta (ou seja, a Globo): E como que a senhora controla esse toma lá da cá, digamos assim, cada vez mais sem cerimônia das bancadas? Como é que a senhora faz esse controle?


Dilma: Você me dá um exemplo do “da cá” que eu te explico o “toma lá”.

(Neste instante produziu-se uma pausa constrangedora. A Presidenta tirou o banquinho da Globo. Desarmou a armadilha. E foi obrigada a ser condescendente , em seguida.)

Estou brincando contigo. Vou te explicar. Eu não dei nada a ninguém que eu não quisesse. Nós montamos um governo de composição. Caso ele não seja um governo de composição, nós não conseguimos governar. A minha base aliada, ela é composta de pessoas de bem… não é possível que a gente chegue e diga o seguinte: “Olha, todos os políticos são pessoas ruins”. Não é possível isso no Brasil.


Dilma: Eu sou contra a CPMF, hein.


Patrícia: A senhora acha que a gente precisa de um imposto, de mais um imposto, para ter um atendimento de saúde melhor?


Dilma: Sabe por que a população é contra a CPMF? Porque a CPMF foi feita para ser uma coisa e virou outra. Acho que a CPMF foi um engodo nesse sentido de usar o dinheiro da saúde e não para saúde.


Patrícia: Está falando que foi desviado?


Dilma: Foi, foi. O dinheiro não foi usado onde devia. Nós, na saúde pública do país, gastamos 2,5 vezes menos do que na saúde privada. Um país desse tamanho, o maior país da América Latina, com a maior economia da América Latina, gasta 42% menos na saúde do que a Argentina.


Dilma: Para dar saúde de qualidade, nós vamos precisar de dinheiro, sim. Não tem jeito, tem de tirar de algum lugar. Agora, o Brasil precisará aumentar o seu gasto com saúde. Inexoravelmente.


Patrícia: Isso seria quando?


Dilma: O mais rápido possível.

(Ou seja, vem aí a CPMF dos ricos. Queira a Globo ou não).

Patrícia: A senhora acha que o Brasil vai estar preparado, vai estar pronto para a Copa do Mundo de 2014?


Dilma: Ah, tenho absoluta certeza.


Patrícia: O que faz a senhora acreditar nisso?


Dilma: Por quê? Porque nós vamos ter nove estádios ficando prontos até dezembro de 12. No máximo início de 13. Tempo de sobra para Copa.


Patrícia: Aeroportos?


Dilma: Aeroportos, nós estamos com três aeroportos em licitação, já totalmente formatada a engenharia. Vamos fazer essas licitações no final desse ano.


Patrícia: A sensação que dá para o cidadão brasileiro é que o processo tem sido lento.


Dilma: Mas eu posso te mostrar os estádios, por exemplo. Eu olhei recentemente, fizemos um balanço aqui, com o ministro Orlando Silva, ele trouxe todos estados e nós monitoramos, nós monitoramos com informações online, fotos e tudo.

Navalha

Se o objetivo era (e é) derrubar a Dilma, o Fantástico deveria ter enviado o Ali Kamel.

Ou o Alexandre Maluf Garcia.

Seria divertido.

O “jantar” seria mais saboroso.








Paulo Henrique Amorim



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Contraponto 6221 - "Manifestantes hostilizam Globo e Caco Barcelos"



Por José Antonio Bento

Do blog DoLaDoDeLá

Olha só o que o Ali Kamel fez com o Caco Barcellos

Caco é um ícone. Autor de matérias memoráveis e um dos melhores relatos jornalísticos em livro do país: o Rota 66. Nem assim ele escapou da hostilidade dos manifestantes que, independentemente de quem fosse, expulsaram-no. Não ele, mas o veículo que Caco representa.

Fico triste. Caco não merecia este gesto. Trabalhei com ele e posso atestar seu caráter, sua dignidade e seu compromisso com o bom jornalismo. Mas ele é vítima do método Ali Kamel de testar hipóteses, de não ser racista, de ser contra políticas afirmativas, contra o Enem, contra o PT, contra a Dilma...

Na prática, Ali e sua turma são capazes de coisas que até Alá duvida.

Ou o jornalismo da TV Globo muda, ou perderá uma geração de telespectadores hoje na faixa dos 20 anos, que já não se identifica mais com essa esculhambação que virou o canal dos Marinho.


Vídeos:


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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Contraponto 6199 - "O Globo quer seviço público sem servidor público?"


09/09/2011


O Globo quer seviço público sem servidor público?


Do Tijolaço - 09/09/2011

Postado por Fernando Brito

A manchete de O Globo – Governo Lula contratou três vezes mais servidores do que Fernando Henrique – serve para fazer “onda”, mas não serve para os leitores entenderem coisa alguma sobre a política do Governo Federal em relação ao funcionalismo.

Não conta que Lula deixou o Governo com menos funcionários que FHC recebeu de Itamar. Nem que gasta menos com eles do que FHC gastou no último ano de seu, digamos, governo. Quatro e meio por cento do PIB, contra 5% do último ano de FHC, como você vê no gráfico

Postei, no blog Projeto Nacional , uma análise dos números da pesquisa divulgada ontem à tarde pelo IPEA, de onde tirou a sua manchete.

Lá, pergunto o que aconteceria se a redução do número de funcionários fosse como FHC fazia e O Globo aplaudia:

“Imagine o caro leitor que a notícia fosse dada da seguinte forma: Polícia Federal tem menos agentes que em 2003 ou Universidades federais dobram matrículas mas não contratam professores ou Número de ações duplica, mas União tem os mesmos advogados que em 2003.”

O número de servidores públicos no Brasil, em relação ao número de trabalhadores no setor privado, apresentava, em 2006, proporção menor até do que os EUA e da maioria dos países latinoamericanos; 12,5%, contra 14,8% dos americanos. E como o número de funcionários federais crescei à modestíssima taxa de 1,5% ao ano no Governo Lula, enquanto o de trabalhadores em geral cresceu quase 3%, essa proporção ainda deve ter se reduzido ainda mais.

Mas o leitor de O Globo, não precisa saber disso, não é mesmo? Basta acreditar no dogma neoliberal de que não precisamos de serviços públicos. Só de um Banco Central para pagar juros à turma da grana.

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Contraponto 6187 - "Marcha contra corrupção acerta Globo, CBF, Sarney, Roriz, Justiça..."!

Marcha contra corrupção acerta Globo, CBF, Sarney, Roriz, Justiça...

BRASÍLIA – A capital brasileira vive dias de baixíssima umidade e altas temperaturas, e não é diferente neste 7 de setembro. Às 13h05, registram-se 34° em termômetro perto da Esplanada dos Ministérios. A grande e central avenida, sede dos Poderes da República, esvazia-se aos poucos. Por duas horas, duas horas e meia, acolhera uma marcha inédita. Mobilizadas por uma das redes sociais mais populares da internet, o Facebook, pessoas comuns toparam botar roupa preta sob sol escaldante e protestar no feriadão.

Batizada de “Marcha contra a Corrupção”, dispara no atacado contra a falta de ética, indignação alimentada por escândalos envolvendo autoridades federais e pela não cassação de uma deputada local. No varejo, atira em alvos como a TV Globo e os presidentes da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, e do Senado, José Sarney. Ali, há quem flerte com a ideia de alvejar o Congresso não só metaforicamente. Queixas contra indignação seletiva. E uma espécie de quebra de decoro ambiental a ser varrida pela “marcha dos garis” que se seguirá.

Passa das 10h, quando a passeata começa a deixar para trás o Museu da República, local combinado para a concentração. Até voltar ao ponto de partida, os manifestantes vão percorrer 3,5 km, ou 32 campos de futebol. A exemplo de uma escola de samba, são liderados por uma comissão de frente, com pessoas perfiladas a segurar, na altura do peito, uma faixa preta com as palavras “corrupção não” em branco. Na aglomeração, muitos portam vassouras, em referência à faxina da presidenta Dilma Rousseff na área dos Transportes.

Mais atrás, numa das primeiras alas, um jovem empunha sobre a cabeça, preso a um bastão, cartaz que diz “Sorria, você está sendo manipulado”. A inscrição encima desenho que reproduz, em preto e branco, o logotipo da TV Globo. Seu portador recusa-se a revelar o nome. Conta apenas que tem 20 anos e estuda arquitetura. Mas qual a razão dessa crítica dirigida? “A Globo manipula tudo. Não basta vir na marcha. A TV vai manipular muita coisa aqui”, diz.

Do início ao fim do ato, vão se ouvir, algumas vezes, manifestantes ressuscitarem antigo grito de protesto contra a maior emissora do país: “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo!”. “Vou ter de fingir que não vi...”, diz uma jornalista das Organizações Globo que está cobrir a marcha.

Ricardo Teixeira, da CBF, que considera a emissora uma aliada, também é alvo do protestos. Junto com três ou quatro amigos, Felipe Guedes, de 22 anos, anda pela Esplanada carregando uma grande bandeira contra o cartola. “Ele é tão corrupto quanto o Congresso, é o mais corrupto do Brasil”, afirma Felipe, que diz ter anulado o voto para presidente nos dois turnos da eleição de 2010.

Conspiração inspiradora
Felipe faz cursinho e trabalha como roadie, ajudante de ordens de conjuntos musicais em cima ou fora dos palcos. Um roadie auxilia gente como Caio Zenon, músico de 18 anos que também foi à marcha. Está caracterizado, dos pés à cabeça, como Guy Fawkes – ou, ao menos, como o soldado britânico aparece caracterizado em páginas de um romance em quadrinhos e nas telas do cinema, em obras homônimas (V de Vingança).

Fawkes foi enforcado no início do século XVII, depois de capturado e torturado até confessar participação em plano para explodir o parlamento britânico num dia em que o rei da época, Jaime I, estaria lá.

No ato brasiliense do século XXI, Caio não é o único a buscar inspiração em Fawkes, mas é um dos mais entusiasmados. Enquanto outros têm só uma máscara, usa peruca e fantasia preta. “Explodir o Congresso seria uma boa ideia”, comenta, seriamente. “A gente elegeu alguém [Dilma] que não está cumprindo o que prometeu. Essa marcha é um esforço para mudar isso.”

Na eleição do ano passado, Caio já tinha idade para tentar mudar o país por meio do voto. Mas preferiu não votar.

Na iminência de chegar à idade em que o voto torna-se facultativo como foi para Caio em 2010, o aposentado José Roberto Loureiro, de 69 anos, participa da marcha paramentado como pediam os orgganizadores: de preto. No ano passado, cravou Dilma Rousseff nos dois turnos. E diz não estar arrependido. “Para mim, é principalmente um protesto contra o Congresso e essa Justiça que não pune ninguém.”

O aposentado marcha de mãos dadas com a esposa. Para Zuleika Loureiro, de 64, o ato serve para reclamar de dois dos sobrenomes mais famosos da política nacional. “Esse caso da Jaqueline Roriz é uma vergonha. O Sarney também é uma vergonha, ele é dono do Maranhão."

“Sarney, ladrão, devolve o Maranhão” é um dos hits da manifestação. Alguns dos cantos são puxados pelo estudante Igor Tinto Janix, de 23 anos. Megafone à mão, tenta controlar a velocidade da passeata, como um diretor de harmonia em desfile de carnaval. “Estamos cansados de tanta corrupção e safadeza explícitas. Já são 500 anos de corrupção mas antes tinham preocupação de esconder, agora está tudo explítico”, afirma Igor, que diz ter votado em Marina Silva (ex-PV) no primeiro turno do ano passado e nulo no segundo.

É Igor quem aponta Walter Magalhães, empresário de 28 anos, à reportagem. Walter é o principal organizador da marcha, ideia que ele atribui a duas amigas, as irmãs Daniella e Lucianna Kalil. O trio criou uma página para o ato no Facebook, e agora Walter está junto à comissão de frente do ato. “É um protesto para o povo se conscientizar que ele é o culpado por quem está aí. É preciso votar com consciência”, diz Walter. Em quem ele votou para presidente em 2010? “Isso não é relevante.”

Roriz: combustível
A recente vitória da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) contra um pedido de cassação, conta Walter, foi o principal combustível da marcha, planejada de início por causa de denúncias de corrupção no governo Dilma Rousseff. Até Jaqueline escapar, dia 30 de agosto, 10 mil pessoas haviam confirmado, via Facebook, presença na marcha. Dali até a véspera do ato, outras 16 mil resolveram aderir.

Jaqueline foi a julgamento pelos colegas por ter sido flagrada, em vídeo, recebendo dinheiro de um esquema celebrizado como “mensalão do DEM”, escândalo tornado público em 2009 e que levou à cassação do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda. A filmagem é de 2006, mas só apareceu no início do ano.

Entre os parlamentares, prevaleceu a tese de que a colega não poderia ser cassada por algo feito antes do mandato. Resultado: 265 votos secretos a favor da ré e 166 votos secretos, contra. “Voto secreto, não, eu quero ver a cara do ladrão”, grita-se na marcha.

O “mensalão do DEM” pregado à memória recente pelo julgamento de Jaqueline contribui para a irritação do estudante de pedagogia Thiago Magalhães, quando ele vê um jovem sacar máscara com a foto do deputado cassado José Dirceu (PT) e reunir em torno de si um grupo a bradar contra o “mensalão do PT”. “E o mensalão do DEM? E o mensalão do DEM?”, grita Thiago.

“A marcha contra a corrupção é uma reivindicação legítima e importante”, diz o estudante, que usa um boné vermelho do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). “Mas, para além disso, precisamos discutir mais questões que são estruturais, como a reforma política e a reforma agrária. A corrupção incomoda muito a classe média, mas há outros males que atingem toda a sociedade”, completa Thiago, que diz ter votado em Dilma nos dois turnos no ano passado.

Parada militar: reforço
Apesar de 26 mil pessoas terem dito no Facebook que iriam à marcha, quando o ato começa, a Polícia Militar (PM) conta duas mil, informa a major Ana Luíza Azevedo. A massa vai encorpar a partir das 11h, quando terminar o desfile militar que acontece na mesma Esplanada, mas nas faixas de rolamento que levam ao sentido oposto, separadas das outras por um gramado de mais ou menos 100 metros.

A parada militar foi vista por algo entre 30 mil e 40 mil pessoas, nas contas da PM. E é com este número que a polícia trabalhará oficialmente, no fim do dia, ao informar o tamanho do ato contra a corrupção.

Dilma Rousseff assiste ao desfile de 7 de setembro pela primeira vez como presidenta, ladeada por ministros. A presença do presidente da República é uma tradição no evento, mas não deixa de ser outro gesto simpático de Dilma na direção da caserna, ao optar por seguir o costume.

Uma semana antes, mandara ao Congresso proposta de orçamento 2012 com um orçamento militar quase 50% maior, um dos aumentos mais generosos. Prova também do prestígio do ministro da Defesa, Celso Amorim, que assumiu prometendo reforçar as finanças das forças armadas para deixá-las mais adequadas ao peso geopolítico que o Brasil conquistou.

No último domingo, Dilma estivera pela primeira vez na solenidade mensal em que se troca a bandeira brasileira hasteada na praça dos três poderes, onde ficam as sedes do governo federal, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Quando a marcha contra a Corrupção chega à Praça, uma parte dos manifestantes vai para a frente do Palácio do Planalto, local de trabalho da presidenta, e grita: “Oh Dilma, cadê você?, eu vim aqui só para ter ver”. Não foi a única menção à presidenta no ato. Um dos cantos recorre a palavrões, para garantir rima e sonoridade. “Oh Dilma, como é que pode? Eles que roubam e a gente é que se fode.”

Na noite da véspera, Dilma pôde ser vista por todos os brasileiros, em pronuncimamento à nação feito pela TV, o que também é praxe para presidentes nas comemorações da Independência. No finzinho do discurso de 10 minutos, dá um recado sobre corrupção. Diz a presidenta que o Brasil é "um país que, como o malfeito, não se acumplicia jamais. E que tem na defesa da moralidade, no combate à corrupção, uma ação permanente e inquebrantável”.

Marcha derradeira
Quando os protestantes contra a corrupção voltam para a casa, começa a última marcha do dia na Esplanada dos Ministérios. Seus participantes também estão uniformizados, como os militares que primeiro haviam marchado. Todos carregam vassoura, como alguns na passeata do Facebook.

É uma manifestação silenciosa e remunerada, para quem “faxina” não é retórica, mas realidade. A marcha dos garis varre o produto de uma espécie de quebra do decoro ambiental e urbanístico de alguns dos que ocuparam a Esplanada para atacar a falta de decoro ético na política. Garrafas de água, latas de refrigerante e cerveja, abanadores de papel, sacolas plásticas, palitos de sorvete... Tudo forma o rastro de uma manifestação em que se via uma faixa condenar mudanças no Código Florestal brasileiro que o Congresso está a discutir.

Vestido de laranja, vassoura em punho, Bras Costa, de 42 anos, cata três embalagens de salgadinhos no gramado em frente ao Palácio do Itamaraty, a sede do ministério das Relações Exteriores. Está a recolher lixo desde o meio dia. Não sabe o que acaba de acontecer na Esplanada, quem protestava e por quê. Mas lamenta a sujeira que o obriga a trabalhar no feriado. “Acho que cada um poderia fazer melhor a sua parte e não deixar tanto lixo”, diz Costa, que declara ter votado em Marina Silva (ex-PV) depois em José Serra (PSDB).


Fotos: Cerca de 25 mil pessoas participam da Marcha Contra a Corrupção, pedindo o fim do voto secreto na Câmara e no Senado e punição de corruptos (Marcello Casal - ABr)
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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Contraponto 6092 - "Brasileirão: Cristina Kirchner faz golaço contra a Globo"


26/08/2011
Brasileirão: Cristina Kirchner faz golaço contra a Globo

Do Conversa Afiada - Publicado em 26/08/2011

Cristina e Julio: Al Fonso e Gavilán cortaram os pulsos


Saiu na revista chilena Qué pasa, na pág. 24, reportagem de Diego Graglia, que provoca, outra vez, profunda inveja da Argentina.

A Argentina, por exemplo, no governo dos Kirchner, demitiu os ministros do Supremo nomeados pelo Fernando Henrique deles, o Carlos Menem; os generais comandantes da tortura estão ou morreram em cana; e se fez a Ley de Medios, que provoca ânsias em certos blogueiros (sujos).

Diz o artigo do Graglia.

A Cristina Kirchner tomou da Globo (grupo Clarin) a exclusividade para transmitir o Brasileirão deles (onde se pratica um futebol infinitamente melhor do que o Brasileirinho da Globo e do Teixeira).

Cristina levou o Brasileirão para a teve estatal e é o maior sucesso.

Cristina o chama de “Futebol para Todos”, porque qualquer emissora pode entrar em rede e transmitir os jogos NA HORA EM QUE QUISER, e, não, só depois da novela.

A Globo ficava restrita aos jogos das divisões de acesso.

Aí, deu-se o catastrófico rebaixamento do River Plate, que tem uma torcida descomunal.

Crise no Governo !

A transmissão dos jogos do River seria uma grande vitória da Globo.

Só que na Argentina urubu não voa de costas.

E o Ricardo Teixeira de lá, Julio Grondona, não é um varão de Plutarco, mas também não é um Ricardo Teixeira (ou Blatter…).

O que fez o Teixeira argentino ?

Propôs que o Futebol para Todos passasse a cobrir um Brasileirão ampliado, com 38 times, inclusive o River.

Foi um Deus nos acuda.

O Clarin se irritou.

Kirchner quer manipular “la pasión de los argentinos” !

O Al Fonso Kame Lión , notável periodista, produziu edições históricas do Periódico Anti-Nacional !

O comentarista esportivo Gavilán Malasuerte, de sua mansão em Ibiza, lançava contra o Governo invectivas furiosas em sua proverbial lógica tautológica.

O país se dividiu em duas almas, como dizem os argentinos.

A família Marinho do Clarin ameaçou levar a questão à Supremíssima Corte, no recesso (claro).

O que dez o Grondona, o Teixeira deles ?

Rompeu unilateralmente o contrato com a Globo e entregou as divisões de acesso (com o River dentro) ao Futebol para Todos da Cristina.

Essa Cristina…

Em tempo: Esse singelo post, escrito ao som de Adiós Nonino, é uma homenagem ao Ministro Paulo Bernardo. Ele se esqueceu da Ley de Medios com medo da Globo e, agora, como a Globo está com medo de a Dilma vetar o item da nova Lei do Cabo que impede telefônicas de produzir conteúdo, a Globo foi pra cima dos jatinhos em que o Ministro viaja. É a “Lei Palocci “. Quanto mais você corteja a Globo, mais dela apanha.

Em tempo 2: não deixe de ler “Gurgel examina denúncia de crimes de Ricardo Teixeira – só falta o Gurgel brindeirar”.
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Contraponto 6021 - "A Folha (*) vai quebrar 2 vezes. A Globo, uma"

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17/08/2011
A Folha(*) vai quebrar 2 vezes. A Globo, uma

Seu Frias e Roberto Marinho vão ter que contratar o Dr. Bermudes

Saiu na Folha, pág B1:

Congresso libera tevê a cabo para telefônicas

Elas vão poder controlar empresas de televisão por assinatura.

Os canais vão ter três horas e meia de programação nacional em horário nobre.

Metade do conteúdo nacional terá de ser de produtor independente.

O Slim assume de vez a Net, que era da Globo, antes da concordata.

E a Telefônica assume a TVA, que era da Abril.

(A propósito, a Abril é a maior contribuição à Historia do Capitalismo, desde O Capital, de Karl Marx. Ela acabou de fazer um lançamento de ações, um IPO, que o Conversa Afiada desconfiou que se tratava de um mico. Pois não é que o Valor, hoje, assegura que, logo após o IPO, a Abril exibe fulgurante prejuízo com as despesas financeiras? Esse Robert(o) Civita é um jenio.)

NAVALHA


O princípio básico da nova lei do cabo é saudável e simples:

Quem distribui (telefônica) não produz conteúdo (Globo).

Quem produz conteúdo (Globo) não distribui (telefônica).

A lei transforma tudo em empresa de Comunicação.

Onde se encaixam também os provedores de acesso à internet (UOL).

Assim, teremos a seguinte situação, muito interessante.

A Globo vai ter que fechar o Globo.com e o G1.

Porque não pode distribuir e produzir conteúdo ao mesmo tempo.

O UOL – que sustenta os jenios da Folha (*) – também vai.

Porque ele ou é provedor de acesso ou de conteúdo.

E, na pág. B4, da mesma Folha, o Ministro Paulo Bernardo avisa que as telefônicas poderão dar acesso à internet, sem precisar de provedor.

Ou seja, o UOL perde do novo.

Duas vezes.

Os colonistas da Folha vão ficar impossíveis.

O projeto que o Senado aprovou vai à sanção da Presidenta.

Os filhos do Roberto Marinho e do seu Frias só têm uma saída.

Contratar o escritório do Dr. Sergio Bermudes e sua consultora, Elena Landau.

O Dr. Bermudes não perde uma !




Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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domingo, 14 de agosto de 2011

Contraponto 5992 - "Até a TV Globo critica Ricardo Teixeira"

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14/08/2011
Até a TV Globo critica Ricardo Teixeira


Do Blog do Miro - 14/08/2011

por Altamiro Borges

Numa cena inusitada, o Jornal Nacional da TV Globo exibiu neste sábado (13) uma reportagem de três minutos com duras críticas a Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Algo muito sinistro deve estar ocorrendo nos bastidores do esporte que é a paixão nacional. Afinal, as relações entre o cartola e a emissora global são antigas e pareciam das mais sólidas.

Durante meses, a TV Globo evitou qualquer crítica ao presidente da CBF, enquanto sua principal rival, a TV Record, expunha as sujeiras de Ricardo Teixeira – o seu acelerado enriquecimento, os contratos irregulares de transmissão de jogos, as manobras dos cartolas. No sorteio dos jogos da Copa, a TV Globo até foi premiada com um contrato de R$ 30 milhões para organizar a festança.

O assalto de R$ 9 milhões

A reportagem do Jornal Nacional destacou que a polícia investiga supostas irregularidades no contrato de realização do amistoso entre Brasil e Portugal, ocorrido em 2008. A empresa escolhida pelo chefão da CBF para promover o amistoso, Ailanto Marketing, foi criada um mês antes da partida e sequer tinha telefone. O jogo custou R$ 9 milhões aos cofres do governo do Distrito Federal.

Segundo a matéria, neste sábado a polícia civil cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da Ailanto no Rio de Janeiro. O contrato firmado entre ela, a CBF e o governo do DF – que na época era governado por José Roberto Arruda, que depois seria preso devido ao escândalo do mensalão do DEM – era ilegal. O custo do jogo deveria ser arcado pela Ailanto e não pelo governo.

Quais os motivos da Rede Globo?

A longa reportagem, para os padrões da televisão, do Jornal Nacional indica que a situação do prepotente Ricardo Teixeira é cada dia mais complicada. A presidenta Dilma Rousseff tem feito vários gestos de isolamento do cartola da CBF. A indignação contra ele já chegou às ruas. Também neste sábado, cerca de 500 pessoas realizaram um protesto em São Paulo exigindo o “Fora Teixeira”.

A TV Globo não dá ponto sem nó. Ela pode ter resolvido fritar o cartola por razões políticas, devido ao seu enfraquecimento, ou por motivos comerciais – temendo o aumento de audiência da rival TV Record. Só os ingênuos acreditam que a reportagem seria o indício de uma mudança da linha editorial da emissora após o lançamento do seu documento de “princípios”.

“Só quando sair no Jornal Nacional”

Não é fácil para a famiglia Marinho qualquer rompimento com Ricardo Teixeira. Afinal, as maracutaias no futebol garantiram à emissora os contratos de exclusividade na transmissão dos principais campeonatos brasileiros, que rendem fortunas em anúncios publicitários. O próprio chefão da CBF sempre se jactou das “ótimas” relações com a TV Globo.

Também não será nada fácil a vida de Ricardo Teixeira a partir de agora. Numa entrevista recente à revista Piauí, ele mesmo disse que não ficava abalado com as denúncias de corrupção envolvendo seu nome. “Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional... Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito com a Globo”. Agora a coisa fedeu para o cartola.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Contraponto 5978 - "Vídeo: Globo ataca Celso Amorim. O Rodrigo Vianna avisou !"

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12/08/2011
Vídeo: Globo ataca Celso Amorim.
O Rodrigo Vianna avisou !

Do Conversa Afiada - Publicado em 12/08/2011

Saiu no Blog do Nassif:

A Globo implacável contra Amorim

Por Marco Antonio L.

Prezado Nassif,

O Rodrigo Vianna matou a pau. Veja o vídeo abaixo.



Parece que o Rodrigo Vianna tinha razão…

Clique aqui para ler “Rodrigo: Globo vai para cima do Amorim”.

E aqui para ler “Nassif: Globo caça quem vazou caça a Amorim”.
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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Contraponto 5950 - "Globo: os princípios, a credibilidade e a prática"

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08/08/2011
Globo: os princípios, a credibilidade e a prática

Da Carta Maior - 08/08/2011

Deve ter sido coincidência. Todavia, não deixa de ser intrigante que os Princípios Editoriais das Organizações Globo tenham sido divulgados apenas algumas semanas após o estouro do escândalo envolvendo a News Corporation e um dia depois que um ex-jornalista da própria Globo tenha postado em seu Blog orientação para tentar incompatibilizar o novo Ministro da Defesa com as Forças Armadas.


Venício Lima*

Deve ter sido coincidência. Todavia, não deixa de ser intrigante que os “Princípios Editoriais das Organizações Globo” tenham sido divulgados apenas algumas semanas após o estouro do escândalo envolvendo a News Corporation e um dia depois que um ex-jornalista da própria Globo tenha postado em seu Blog – com grande repercussão na blogosfera – que havia uma orientação na TV Globo para tentar incompatibilizar o novo Ministro da Defesa com as Forças Armadas.

Credibilidade: questão de sobrevivência
A credibilidade passou a ser um elemento absolutamente crítico no “mercado” da notícia. O monopólio dos velhos formadores de opinião não existe mais. Não é sem razão que as curvas de audiência e leitura da velha mídia estejam em queda e o “negócio”, no seu formato atual, ameaçado de sobrevivência.

Na contemporaneidade, são muitas as fontes de informação disponíveis para o cidadão comum e as TICs ampliaram de forma exponencial as possibilidades de checagem daquilo que está sendo noticiado. Sem credibilidade, a tendência é que os veículos se isolem e “falem”, cada vez mais, apenas para o segmento da população que compartilha previamente de suas posições editoriais e busca confirmação diária para elas, independentemente dos fatos.

O escândalo do “News of the World” explicitou formas criminosas de atuação de um dos maiores conglomerados de mídia do mundo, destruiu sua credibilidade e levantou a suspeita de que não é só o grupo de Murdoch que pratica esse tipo de “jornalismo”. Além disso, a celebrada autorregulamentação existente na Inglaterra – por mais que o fato desagrade aos liberais nativos – comprovou sua total ineficácia. As repercussões de tudo isso começam a aparecer. Inclusive na Terra de Santa Cruz.

Os Princípios da Globo
No Brasil ainda não existe sequer autorregulamentação e as Organizações Globo, o maior grupo de mídia do país, não tem um único Ombudsman em suas dezenas de veículos para acolher sugestões e críticas de seus “consumidores”. Neste contexto, a divulgação de princípios editoriais – sejam eles quais forem – é uma referência do próprio grupo em relação à qual seu jornalismo pode ser avaliado. Não deixa de ser um avanço.

A questão, todavia, é que o histórico da Globo não credencia os Princípios divulgados. Em diferentes ocasiões, ao longo dos últimos anos, coberturas tendenciosas que se tornaram clássicas, foram documentadas. E alguns pontos reafirmados e/ou ausentes dos Princípios agora divulgados reforçam dúvidas. Lembro dois: a presunção de inocência e as liberdades “absolutas”.

Presunção de inocência
O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, adotado pela FENAJ, acolhe uma garantia constitucional (inciso LVII do artigo 5º) que tem origem na Revolução Francesa e reza em seu artigo 9º: “a presunção de inocência é um dos fundamentos da atividade jornalística”.

Não é necessário lembrar que o poder da velha mídia continua avassalador quando atinge a esfera da vida privada, a reputação das pessoas, seu capital simbólico. Alguém acusado e “condenado” pela mídia por um crime que não cometeu dificilmente se recupera. Os efeitos são devastadores. Não há indenização que pague ou corrija os danos causados. Apesar disso, a ausência da presunção de inocência tem sido uma das características da cobertura política das Organizações Globo.

Um exemplo: no auge da disputa eleitoral de 2006, diante da defesa que o PT fez de filiados seus que apareceram como suspeitos no escândalo chamado de “sanguessugas”, o jornal “O Globo” publicou um box de “Opinião” sob o título “Coerência” (12/08/2006, Caderno A pp.3/4) no qual afirmava:

“Não se pode acusar o PT de incoerência: se o partido protege mensaleiros, também acolhe sanguessugas. Sempre com o argumento maroto de que é preciso esperar o julgamento final. Maroto porque o julgamento político e ético não se confunde com o veredicto da Justiça. (...) Na verdade, a esperança do PT, e de outros partidos com postura idêntica, é que mensaleiros e sanguessugas sejam salvos pela lerdeza corporativista do Congresso e por chicanas jurídicas. Simples assim.”

Em outras palavras, para O Globo, a presunção de inocência é uma garantia que só existe no Judiciário. A mídia pode denunciar, julgar e condenar. Não há nada sobre presunção de inocência nos Princípios agora divulgados.

Aparentemente, a postura editorial de 2006 continua a prevalecer nas Organizações Globo.

Liberdades absolutas?
Para as Organizações Globo a liberdade de expressão é um valor absoluto (Seção I, letra h) e “a liberdade de informar nunca pode ser considerada excessiva” (Seção III).

Sem polemizar aqui sobre a diferença entre liberdade de expressão e liberdade de imprensa – que não é mencionada sequer uma única vez nos Princípios – lembro que nem mesmo John Stuart Mill considerava a liberdade de expressão absoluta. Ela, como, aliás, todas as liberdades, têm como limite a liberdade do outro.

Em relação à liberdade de informar, não foi exatamente o fato de “nunca considerá-la excessiva” que levou a News Corporation a violar a intimidade e a privacidade alheia e a cometer os crimes que cometeu?

O futuro dirá
Se haverá ou não alterações na prática jornalística “global”, só o tempo dirá. Ao que parece, as ressonâncias do escândalo envolvendo o grupo midiático do todo poderoso Rupert Murdoch e a incrível capilaridade social da blogosfera, inclusive entre nós, já atingiram o maior grupo de mídia brasileiro.

A ver.

Venínio Lima. Professor Titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor, dentre outros, de Regulação das Comunicações – História, poder e direitos, Editora Paulus, 2011.

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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Contraponto 5929 - "A Globo vai partir pra cima de Amorim: isso prova que Dilma escolheu bem!"

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.05/08/2011
Novo Ministro
A Globo vai partir pra cima de Amorim:
isso prova que Dilma escolheu bem!


Do Escrivinhador - publicada sexta-feira, 05/08/2011 às 18:52 e atualizada sexta-feira, 05/08/2011 às 18:27

por Rodrigo Vianna

Acabo de receber a informação, de uma fonte que trabalha na TV Globo: a ordem da direção da emissora é partir para cima de Celso Amorim, novo ministro da Defesa.

O jornalista, com quem conversei há pouco por telefone, estava indignado: “é cada vez mais desanimador fazer jornalismo aqui”. Disse-me que a orientação é muito clara: os pauteiros devem buscar entrevistados – para o JN, Jornal da Globo e Bom dia Brasil – que comprovem a tese de que a escolha de Celso Amorim vai gerar “turbulência” no meio militar. Os repórteres já recebem a pauta assim, direcionada: o texto final das reportagens deve seguir essa linha. Não há escolha. (o grifo em verde negritado é do ContrapontoPig)

Trata-se do velho jornalismo praticado na gestão de Ali Kamel: as “reportagens” devem comprovar as teses que partem da direção.

Foi assim em 2005, quando Kamel queria provar que o “Mensalão” era “o maior escândalo da história republicana”. Quem, a exemplo do então comentarista Franklin Martins, dizia que o “mensalão” era algo a ser provado foi riscado do mapa. Franklin acabou demitido (da Globo) no início de 2006, pouco antes de a campanha eleitoral começar.

No episódio dos “aloprados” e do delegado Bruno, em 2006, foi a mesma coisa. Quem, a exemplo desse escrevinhador e de outros colegas na redação da Globo em São Paulo, ousou questionar (“ok, vamos cobrir a história dos aloprados, mas seria interessante mostrar ao público o outro lado – afinal, o que havia contra Serra no tal dossiê que os aloprados queriam comprar dos Vedoin?”) foi colocado na geladeira. Pior que isso: Ali Kamel e os amigos dele queriam que os jornalistas aderissem a um abaixo-assinado escrito pela direção da emissora, para “defender” a cobertura eleitoral feita pela Globo. Esse escrevinhador, Azenha e o editor Marco Aurélio (que hoje mantem o blog “Doladodelá”) recusamo-nos a assinar. O resultado: demissão. (o grifo em verde negritado é do ContrapontoPig)

Agora, passada a lua-de-mel com Dilma, a ordem na Globo é partir pra cima. Eliane Cantanhêde também vai ajudar, com os comentários na “Globo News”. É o que me avisa a fonte. “Fique atento aos comentários dela; está ali para provar a tese de que Amorim gera instabilidade militar, e de que o governo Dilma não tem comando”. (o grifo em verde negritado é do ContrapontoPig)

Detalhe: eu não liguei para o colega jornalista. Foi ele quem me telefonou: “rapaz, eu não tenho blog para contar o que estou vendo aqui, está cada vez pior o clima na Globo.”

A questão é: esses ataques vão dar certo? Creio que não. Dilma saiu-se muito bem nas trocas de ministros. A velha mídia está desesperada porque Dilma agora parece encaminhar seu governo para uma agenda mais próxima do lulismo (por mais que, pra isso, tenha tido que se livrar de nomes que Lula deixou pra ela – contradições da vida real).

Nada disso surpreende, na verdade.

O que surprendeu foi ver Dilma na tentativa de se aproximar dessa gente no primeiro semestre. Alguém vendeu à presidenta a idéia de que “era chegada a hora da distensão”. Faltou combinar com os russos.

A realidade, essa danada, com suas contradições, encarregou-se de livrar Dilma de Palocci, Jobim e de certa turma do PR. Acho que aos poucos a realidade também vai indicar à presidenta quem são os verdadeiros aliados. Os “pragmáticos” da esquerda enxergam nas demissões de ministros um “risco” para o governo. Risco de turbulência, risco de Dilma sofrer ataques cada vez mais violentos sem contar agora com as “pontes” (Palocci e Jobim eram parte dessas pontes) com a velha mídia (que comanda a oposição).

Vejo de outra forma. Turbulência e ataques não são risco. São parte da política.

Ao livrar-se de Jobim (que vai mudar para São Paulo, e deve ter o papel de alinhar parcela do PMDB com o demo-tucanismo) e nomear Celso Amorim, Dilma fez uma escolha. Será atacada por isso. Atacada por quem? Pela direita, que detesta Amorim.

Amorim foi a prova – bem-sucedida – de que a política subserviente de FHC estava errada. O Brasil, com Amorim, abandonou a ALCA, alinhou-se com o sul, e só cresceu no Mundo por causa disso.

Amorim é detestado pelos méritos dele. Ou seja: apanhar porque nomeou Amorim é ótimo!

Como disse um leitor no twitter: “Demóstenes, Álvaro Dias e Reinaldo Azevedo atacam o Celso Amorim; isso prova que Dilma acertou na escolha”.

Não se governa sem turbulência. Amorim é um diplomata. Dizer que ele não pode comandar a Defesa porque “diplomatas não sabem fazer a guerra” (como li num jornal hoje) é patético.

O Brasil precisa pensar sua estratégia de Defesa de forma cada vez mais independente. É isso que assusta a velha mídia – acostumada a ver o Brasil como sócio menor e bem-comportado dos EUA. Amorim não é nenhum incediário de esquerda. Mas é um nacionalista. É um homem que fala muitas línguas, conhece o mundo todo. Mas segue a ser profundamente brasileiro. E a gostar do Brasil.

O mundo será, nos próximos anos, cada vez mais turbulento. EUA caminham para crise profunda na economia. Europa também caminha para o colpaso. Para salvar suas economias, precisam inundar nosso crescente mercado consumidor com os produtos que não conseguem vender nos países deles. O Brasil precisa se defender disso. A defesa começa por medidas cambiais, por política industrial que proteja nosso mercado. Dilma já deu os primeiros passos nessa direção.

Mas o Brasil – com seus aliados do Cone Sul, Argentna à frente - não será respeitado só porque tem mercado consumidor forte, diversidade cultural e instituições democráticas. Precisamos, sim, reequipar nossas forças armadas. Precisamos fabricar aviões, armas. Precisamos terminar o projeto do submarino com propulsão nuclear.

Não se trata de “bravata” militarista. Trata-se do mundo real. A maioria absoluta dos militares brasileiros – que gostam do nosso país – não vai dar ouvidos para Elianes e Alis; vai dar apoio a Celso Amorim na Defesa, assim que perceber que ele é um nacionalista moderado, que pode ajudar a transformar o Brasil em gente grande, também na área de Defesa.

O resto é choro de anões que povoam o parlamento e as redações da velha mídia.
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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Contraponto 5898 - "Globo e Ricardo Teixeira: tudo a ver"

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02/08/2011
Globo e Ricardo Teixeira: tudo a ver


Do Blog do Miro - segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Por Altamiro Borges


Com o título “Fifa irritou Dilma ao negar credencial para concorrentes da Globo”, o Blog do Perrone postou uma nota reveladora:

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Um dos principais motivos de irritação de Dilma Rousseff com o COL (Comitê Organizador Local) e a Fifa foi um pedido negado de credencias para jornalistas que fazem a cobertura diária do Palácio do Planalto. Às vésperas do sorteio das eliminatórias da Copa de 2014, a equipe da presidente pediu cerca de 80 credenciais. Conseguiu algumas, mas a Fifa não quis dar autorização para Record e SBT acompanharem Dilma no evento.


O COL informou ao estafe presidencial que a federação internacional não poderia ferir o contrato com a TV Globo, que tinha exclusividade na solenidade, organizada pela Geo Eventos, da qual a emissora é uma das sócias.

Dilma se irritou. Ela e seu estafe interpretaram como uma retaliação de Ricardo Teixeira à Record, que tem exibido reportagens com denúncias contra o dirigente. A equipe da presidente alegou que o COL e a Fifa podem escolher os seus parceiros. Mas o Governo Federal tem que garantir os mesmos direitos a todos. E é praxe os jornalistas de Brasília seguirem a comitiva presidencial.

Como resposta, o governo marcou uma entrevista de Pelé, na véspera do sorteio, no Museu de Arte Moderna do Rio, fora da jurisdição da Fifa e do COL. Lá todas as emissoras de TV tinham passe livre...

*****

A notícia só confirma o que muitos já sabem. A TV Globo, que manda e desmanda no futebol brasileiro, mantém uma promíscua relação com o chefão da CBF. Ela omite as várias denúncias de corrupção contra o poderoso cartola; na outra ponta, a emissora tem um tratamento privilegiado na transmissão desta paixão nacional. Parafraseando o seu slogan, Ricardo Teixeira e TV Globo, tudo a ver!

Nos últimos dias, na guerra nada santa pela audiência, a TV Record fez bombásticas denúncias sobre o estranho enriquecimento do cartola. As reportagens de Luiz Carlos Azenha são demolidoras. Na véspera do sorteio das eliminatórias da Copa, alguns blogs também publicaram que a Rede Globo embolsou R$ 30 milhões dos cofres públicos para organizar a festança (leia aqui).

O silêncio do casal global

Willian Bonner e Fátima Bernardes se fingiram de mortos no Jornal Nacional e nem tocaram no assunto. Já os “calunistas” globais, como o bravateiro Arnaldo Jabor, também evitaram abordar a corrupção no futebol. Será que é por que a TV Globo tem a exclusividade na transmissão dos jogos? Será que é por que a poderosa emissora, além da exclusividade, ainda abocanha recursos públicos para suas festinhas?

Ricardo Teixeira, que se acha imune e impune, nunca escondeu suas relações privilegiadas com a TV Globo. Em recente entrevista à revista Piauí, ele inclusive explicitou que “caga um monte” para as denúncias feitas por outros veículos. “Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito na TV Globo”, afirmou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol.

Quem “caga um monte”?

Arrogante, ele disse ainda que só ficará preocupado com as denúncias envolvendo seu nome “quando sair no Jornal Nacional”. E ameaçou os jornalistas e veículos que o denunciam: “Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada”.

A TV Globo também deve “cagar um monte” para o que pensam os brasileiros. Ela só não fala isto porque não é otária, como o chefão da CBF! Explorando uma concessão pública, ela mantém o maior império midiático do país. Pode ressaltar ou omitir o que bem desejar, sempre na defesa dos seus interesses econômicos e políticos. Ela ataca os inimigos e protege os amigos!

Bem que a presidenta Dilma Rousseff poderia ser mais conseqüente nas suas “irritações”. O problema não reside apenas nas credenciais da Copa do Mundo.
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Contraponto 5895 - "Fifa irritou Dilma ao negar credencial para concorrentes da Globo"

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02/08/2011

Fifa irritou Dilma ao negar credencial jpara concorrentes da Globo

Do Amigos do Brasil - Segunda-feira 1, agosto 2011

Um dos principais motivos de irritação de Dilma Rousseff com o COL (Comitê Organizador Local) e a Fifa foi um pedido negado de credencias para jornalistas que fazem a cobertura diária do Palácio do Planalto.

Às vésperas do sorteio das eliminatórias da Copa de 2014, a equipe da presidente pediu cerca de 80 credenciais. Conseguiu algumas, mas a Fifa não quis dar autorização para Record e SBT acompanharem Dilma no evento.

O COL informou ao estafe presidencial que a federação internacional não poderia ferir o contrato com a Globo, que tinha exclusividade na solenidade, organizada pela Geo Eventos, da qual a emissora é uma das sócias.

Dilma se irritou. Ela e seu estafe interpretaram como uma retaliação de Ricardo Teixeira à Record, que tem exibido reportagens com denúncias contra o dirigente. A equipe da presidente alegou que o COL e a Fifa podem escolher seus parceiros. Mas o Governo Federal tem que garantir os mesmos direitos a todos. E é praxe os jornalistas de Brasília seguirem a comitiva presidencial.

Como resposta, o governo marcou uma entrevista de Pelé, na véspera do sorteio, no Museu de Arte Moderna do Rio, fora da jurisdição da Fifa e do COL. Lá todas as emissoras de TV tinham passe livre.

Para o governo, a Fifa foi arrogante. O COL argumentou que além do problema contratual havia uma limitação de espaço, sem contar que o prazo para credenciamento já tinha terminado. Defendeu-se também dizendo que concorrentes da Globo tiveram liberdade para trabalhar nas entrevistas após o evento.

A tendência é que mais atritos como esse aconteçam, pois os parceiros na organização da Copa tem interesses diferentes e conflitantes. Blog do Perrone

Por .

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Contraponto 5837 - A seleção brasileira da TV Globo

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21/07/2011


Valério Cruz e Anderson David: A seleção brasileira da TV Globo

Do Vermelho - 21 de Julho de 2011 - 18h23


Já são conhecidas as barreiras estabelecidas pela Rede Globo de Televisão junto à transmissão do futebol no país, influenciando até a formatação do Campeonato Brasileiro deste esporte. Mas pouco tem sido comentado acerca do monopólio de transmissão em território nacional dos jogos da seleção brasileira de futebol, que há décadas são veiculados apenas por uma emissora, a mesma Rede Globo de Televisão, líder do oligopólio midiático nacional.
Na melhor das hipóteses, quando não possui interesse em exibir, a Globo decide e repassa a outro operador.


Na melhor das hipóteses, quando não possui interesse em exibir, a Globo decide e repassa a outro operador.

Por Valério Cruz Brittos e Anderson David Gomes dos Santos*


Se no caso do Campeonato Brasileiro já se colocaram vários questionamentos sobre as opções do torcedor-consumidor de assistir ao seu time do coração, quando isso ocorre com a seleção do país o nível de questionamentos sobre os processos de negociação deveria aumentar, mas não é o que tem ocorrido. Afinal, alguém sabe ou ouviu falar como se dá a licitação dos direitos de transmissão desses jogos?

Para se ter uma ideia, o primeiro jogo da seleção após a Copa do Mundo de 2010 sequer foi veiculado por TV aberta porque se iniciaria às 21h, horário da principal telenovela da grade de programação da Globo. Mesmo que a transmissão da partida contra os Estados Unidos tenha sido transmitida de forma gratuita pelo portal Globo.com, com direito à mesma equipe de reportagem, a possibilidade de acesso à internet é bem menor, ainda mais se for considerado o preço do serviço com velocidade que permita assistir uma transmissão ao vivo pela rede. De evento gratuito, indiretamente virou algo que o torcedor de alguma forma teve de pagar.

Transmissão exclusiva em TV aberta

Para os amistosos e eventos da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), paira o silêncio de informações. Para se ter uma ideia, a atual edição da Copa América não pode ser transmitida pelo YouTube por conta do contrato de transmissão local. Já nos torneios oficiais da Federação Internacional de Futebol e Associados (Fifa), casos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, há um processo de licitação para todas as mídias – inclusive para o rádio, que não entra na negociação dos torneios brasileiros. Seja em TV aberta ou fechada, há muitas edições da Copa do Mundo as Organizações Globo detêm os direitos de transmissão, optando por repassá-lo ou não para outras emissoras.

Analise-se como se deu esse processo nos três Mundiais realizados neste século. A Globo transmitiu sozinha o Mundial da Coreia do Sul/Japão, em 2002, por conta até mesmo de uma falta de expectativas no time que viria a ser pentacampeão mundial e também devido aos horários dos jogos, que ocorreriam de madrugada ou pela manhã. Ao longo do torneio, e também por causa do avanço do selecionado nacional, a emissora conseguiu atingir recordes de audiência, não previstos de serem conquistados nestes horários.

Para a Copa do Mundo da Alemanha, em 2006, a opção da Rede Globo foi por transmitir de forma exclusiva em TV aberta, dado o sucesso do torneio anterior e do próprio escrete nacional, que contava, por exemplo, com um Ronaldinho Gaúcho duas vezes eleito o melhor jogador do mundo. Em televisão fechada, houve o repasse para o BandSports, do Grupo Bandeirantes, que naquele evento contou com a principal equipe de transmissão da Band.

Exclusividade continuará em 2014

Em 2006, houve uma denúncia por parte da Rede Record contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Fifa, já que a emissora alegara que ofereceu o dobro do que oferecera a líder do oligopólio midiático nacional e ainda assim não ficou com os direitos de exibição da edição seguinte do evento. A Fifa respondeu que a negociação ficava por conta das federações nacionais; já a CBF alegou que as “relações históricas” entre a Globo e a entidade, com sua experiência comprovada nas transmissões, foram levadas em consideração.

Seguindo a evolução da parceria no futebol em geral, retomada em 2004, após a Record recusar os limites impostos pela Rede Globo, à Band foi repassado o direito de transmissão da Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, assim como da Copa das Confederações, evento preparativo para o Mundial no ano anterior. Como, em quatro anos atrás, o selecionado nacional chegava como um dos principais favoritos, apesar das críticas ao técnico Dunga – que, inclusive, criou um inédito mal-estar entre a CBF e as Organizações Globo, principalmente a partir do veto imposto por ele às benesses que só a emissora tinha, como entrevistar de forma exclusiva o próprio treinador e jogadores.

Daqui a três anos, o maior evento do futebol mundial ocorrerá no Brasil e, até o ponto que se sabe, não há uma definição clara sobre as transmissões, a não ser que a Rede Globo será uma das exibidoras. A emissora continuará com a exclusividade em veicular os amistosos da seleção – por mais que não se saiba como se dá esse acordo – e poderá repassar os demais torneios para a sua parceira, a Band, que não representa um perigo para a líder, já que em regra não disputa os primeiros lugares de audiência. Neste ano, os campeonatos sul-americanos de categorias de base – onde a Globo só transmitiu a final do sub-20 porque garantiria vaga nos Jogos Olímpicos, que ela não irá exibir – e da Copa do Mundo de Futebol Feminino são exemplos desses eventos repassados.

Jogos serão narrados pela mesma voz

Se, para os Jogos Olímpicos de 2016, que ocorrerão no Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico Internacional optou por dividir a transmissão entre as principais emissoras brasileiras, não é de se esperar que o bom senso prevaleça em relação ao Mundial de futebol. Basta olhar as recentes denúncias envolvendo a Fifa e a CBF, através de seus presidentes, Joseph Blatter e Ricardo Teixeira, que estarão nos cargos até lá.

Os jogos de futebol da seleção que representa o país com mais títulos mundiais deverão continuar a ser narrados pela mesma voz, a qual, inclusive, foi alvo de campanha durante a Copa da África do Sul, espalhada mundialmente por uma rede social, por mais que a responsabilidade de escutar-se somente ela (e seu ufanismo) em jogos do Brasil não seja do seu proprietário, mas de quem o paga.

*Valério Cruz Brittos é professor titular no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos e doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Facom-UFBA; e Anderson David Gomes dos Santos é mestrando no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos.

Fonte: Observatório da Imprensa

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