terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Contraponto 4220 - " Ricardo Kotscho no Ceará: 'Lula não será candidato em 2014' "

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14/12/2010

Ricardo Kotscho no Ceará: Lula não será candidato em 2014, diz Kotscho

O Povo on line - 14/12/2010

Além de não ser mais candidato, de acordo o jornalista Ricardo Kotscho, entrevistado ontem pela rádio O POVO/CBN, o quase ex-presidente Lula só deverá decidir o seu futuro três meses
depois de deixar a Presidência.


O jornalista também abordou o papel da imprensa, apontando ''falta de história do Brasil real'' (GEÓRGIA SANTIAGO ) O jornalista também abordou o papel da imprensa, apontando ''falta de história do Brasil real'' (GEÓRGIA SANTIAGO )


A 17 dias de se despedir do Palácio do Planalto, o quase ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá decidir o seu futuro “somente três meses depois” de entregar a faixa presidencial, segundo apontou o jornalista e entrevistado de ontem do projeto “Grandes Nomes”, transmitido pela rádio O POVO/CBN, Ricardo Kotscho. E mais: “Lula não será candidato em 2014”. As informações teriam sido ditas pelo próprio presidente ao jornalista, que é amigo próximo de Lula e que já foi Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República, de 2003 a 2004.

Em uma comparação com a trajetória do jogador Ronaldinho, de acordo com Kotscho, é chegada a “hora de parar” do presidente. “Não vai ser fácil, mas ele sabe que tem de parar”, assume.

“Ele foi o grande eleitor da Dilma e é o cara mais interessado que o governo dela dê certo, por que se der errado, a imagem dele é afetada também já que foi ele quem indicou a Dilma como candidata. Se ela fizer um bom governo, e ele tem que torcer pra isso, ela é candidata natural a reeleição em 2014. O Lula está saindo com a maior provação que um presidente já teve na história, que mais ele vai querer?”, justificou o jornalista.

O governo de Dilma Rousseff, que para ele deverá ser de continuidade às políticas implementadas por Lula, não trará nenhuma surpresa no que concerne à composição do seu ministério. A novidade será a nova conjuntura mundial “não muito favorável” que espera a presidente eleita. “Estamos vivendo agora um momento de inflação no Brasil e no mundo que vai obrigar um aumento na taxa de juros, contra o que Dilma sempre pensou”, acrescentou Kotscho.

Imprensa
Ele, que já ocupou todos os cargos dentro de uma redação, mas “que gosta mesmo é de ser repórter”, afirmou que o grande problema da imprensa brasileira hoje é conteúdo e “falta de história do Brasil real”, e não a concorrência das novas tecnologias, a vinda de grupos estrangeiros e a ameaça à liberdade de expressão. “Independente da plataforma que o jornalista trabalhe, o importante é contar uma boa história”, disse.



Para Kotscho, o governo de Dilma tem “todas as condições para avançar na democratização da imprensa no Brasil”, no tocante às rádios comunitárias e ao acesso gratuito à banda larga. Antônio Palocci (PT), anunciado para ser o novo ministro da Casa Civil, tem, segundo ele, uma boa relação com a mídia, o que poderá facilitar o contato da presidente com a imprensa. No entanto, de acordo com o jornalista, governo e mídia nunca vão, de fato, entrar em um entendimento.

Indagado por espectadores sobre o futuro das faculdades de Comunicação Social no País, Kotscho afirmou que “os bons é que vão sobreviver”, seja entre os profissionais, entre os veículos e entre as universidades. “A profissão sobrevive a nós mesmos. Ela nunca vai deixar de existir”, acredita.
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