24/11/2011
Metade nos EUA apoiaria ação militar contra Irã, mostra pesquisa
Do Blog do Capacete - 24/11/2011
Conheceram-me  logo por quem eu não era, e não desmenti, então perdi-me. Quando quis  tirar tirar a máscara ela estava colada a minha cara. (Fernando Pessoa)
Os estadunidenses passaram décadas apavorados com a "ameaça comunista", agora se borram com os árabes. Entraram na pataquada do Free Kwait,  de Kosovo, ficaram muito preocupados com as tais "armas de destruição  em massa" de Saddam Hussein, perderam o sono com o perigoso Osama Bin  Laden, ficaram sensibilizados com o "sofrido povo líbio"... e por aí  vai. Parece que aquela frase de Joseph Pulitzer: "Com  o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará  um público tão vil como ela mesma" já se aplica na prática, nos EUA. A  maior parte do povo estadunidense se deixa levar pelos interesses do  grande capital e da industria bélica assassina de seu país. A  consciência dessa gente parece envenenada de forma irreversível, pouco  importa o desmascaramento de farsas como a invasão do Iraque. A maior  parcela do povo dos EUA seguirá pensando de acordo com Rupert Murdoch e  sua gangue. Assim como o povo alemão (a maior parte, mas não todos)  aceitaram a barbárie nazista, o povo estadunidense está pronto a aceitar  uma nova aventura militar capitaneada por seu país, mesmo que essa  aventura descambe na terceira guerra mundial. Depois será tarde para  chorar. O que nos resta é ter vagas esperanças em movimentos como o  Occupy Wall Street, que mostram que ainda existe vida inteligente nos  EUA.  
Uma  pesquisa elaborada pela Universidade de Quinnipiac, nos Estados Unidos,  aponta que 50% dos norte-americanos apoiariam um ataque militar contra o  Irã se não funcionarem as sanções impostas ao país por seu programa  nuclear, enquanto 38% se mostraram contrários a essa possibilidade.
Além  disso, 88% dos consultados acreditam que o programa nuclear do Irã é  uma ameaça "grave" ou "muito grave" para a segurança dos EUA, segundo a  pesquisa, que foi realizada entre os dias 14 e 20 de novembro, com  entrevistas a 2.522 pessoas e uma margem de erro de 1,9 pontos  percentuais.
Se  Israel atacar o Irã, 46% dos entrevistados consideram que os EUA  deveriam apoiar seu aliado, enquanto 44% defendem a neutralidade e 6%  pensam que seria preciso se opor a essa ação. "Os norte-americanos estão  muito preocupados pelo desenvolvimento do programa nuclear do Irã e não  acreditam que a atual política de sanções econômicas seja efetiva",  afirmou Peter Brown, diretor assistente do Instituto de Pesquisas da  Universidade de Quinnipiac.
Na  segunda-feira passada, o governo dos EUA aumentou a pressão contra o  sistema bancário do Irã ao declarar o país "jurisdição de preocupação  prioritária por lavagem de dinheiro", e anunciou novas sanções contra os  setores nuclear e petroquímico. A tese norte-americana que o programa  nuclear do Irã tem alvos militares encobertos, rejeitada por Teerã, foi  respaldada pelo relatório apresentado este mês pela AIEA (Agência  Internacional de Energia Atômica).
Reino  Unido e Canadá também anunciaram na segunda-feira novas sanções  financeiras contra o Irã, e a União Europeia prepara outras, enquanto a  Rússia considera que estas medidas não são legais e complicam qualquer  esforço para entabular conversas com Teerã em matéria nuclear.
O  presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, reiterou hoje em um ato  público em Teerã que seu país já dispõe de tecnologia nuclear, que "não  retrocederá" na pesquisa e que o objetivo é o uso exclusivamente civil  dessa energia.
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PITACO DO ContrapontoPIG
Pelo que se vê, não seria necessário mais de um mês para que a imprensa dos EUA convencesse a maioria dos americanos de que a Amazônia não pertence a ninguém e de que o pré-sal é de quem chegar primeiro.
Claro que a ONU "concordaria" e a OTAN estaria pronta para combater "supostas
atividades do Brasil em relação a pesquisas de armas atômicas ou de extermínio em massa".
Do jeito que a coisa vai...
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