sábado, 12 de outubro de 2013

Contraponto 12.403 - "Taquigrafia marineira"


12/10/2013

 

Taquigrafia marineira


 Enviado por Miguel do Rosário on 09/10/2013 – 3:45 pm 20 comentários


Estou em São Paulo. Ás 16:30, participarei do relançamento do Observatório da Mídia, iniciativa da Carta Maior, que terá presença de muitos jornalistas importantes do Brasil e do exterior. O ex-presidente Lula deverá pintar por lá.

Perdoem-me os possíveis erros. Vou anotar alguns pensamentos às pressas.

Marina Silva deu 3 entrevistas hoje aos maiores jornais (Globo, Folha, Estadão), e não negou em nenhum deles que usou a expressão “chavismo”, referindo-se pejorativamente ao PT. No Estadão, confirmou que usou o termo.

A perplexidade foi tão grande com o uso dessa expressão, típica da extrema direita, que vários dos fãs de Marina tentaram negar a realidade. E alguns jornalistas interpretaram, equivocadamente, uma nota da Rede, divulgada ontem, como negação dela. Não foi. Ao contrário, a nota da Rede, assinada por Pedro Ivo, antes confirma o uso da expressão.

É interessante observar que a nota da Rede, publicada ontem 13:33, tinha apenas 7 comentários e 54 compartilhamentos hoje pela manhã. E isso no momento em que Marina está no auge da visibilidade. O que mostra que há um bocado de artificialismo nessa “força” de Marina nas redes. Não há. Os milhões de votos que teve em 2010 foram antes fruto do voto evangélico ou de protesto.

Eu, um modesto blogueiro sem nenhum acesso aos grandes meios de comunicação, fiz um post meio bobinho pro Tijolaço, que teve 8 mil compartilhamentos em 2-3 dias. Tem alguma coisa que não bate aí. É por isso que ela não conseguiu assinaturas.

As três entrevistas da Marina Silva podem ser lidas aqui.

*

Encontrei um cientista político no avião e viemos juntos à Vila Mariana e almoçamos juntos. Ele estava impressionando com a falta de senso de Marina Silva. “Nada que ela fala tem sentido. Parece caso de internação psiquiátrica!”

Ele entende que Marina está “muito iludida”. Os 20 milhões de votos que ela obteve em 2010 não eram “dela”. Faz parte da “estrutura do eleitorado brasileiro” dar voto a uma terceira força. Foi assim com Enéas, Garotinho e Heloísa Helena, em eleições anteriores. É um voto antigovernista que não se identifica, porém, com a oposição, também vista como “governo”, visto que comandou o Brasil por muito tempo.

“O povão não se identifica com o PSDB, visto como partido dos ricos. A classe média assalariada também é muito desconfiada, porque sofreu muito durante o governo FHC. E o jovem quer novidade, coisa que o PSDB não oferece. Todos os votos antigovernistas reunidos desses segmentos escoam para uma terceira via”.

“Quer dizer, nem é certo chamar de terceira via. É o que em ciência política se chama coalização de veto, sem trazer uma agenda propositiva”.

“Qualquer candidato que encarne essa coalização herda cerca de 20% do eleitorado, a depender da conjuntura. Eventualmente, se o eleitorado entender que Eduardo Campos & Marina Silva for a verdadeira oposição, então eles herdarão o voto do PSDB, que murchará, e sumirá do mapa. O que não é fácil fazer, dado o enraizamento do PSDB em SP e Minas. Será uma proeza do Eduardo Campos. Mas era uma coisa que ele já estava tentando fazer, fazendo contato com empresários”.

Marina pode, contudo, atrapalhar Eduardo neste sentido, porque ela tende a embarreirar obras de infra-estrutura.

Ele me adiantou ainda que teremos eleições bastante competitivas em São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. “Vamos ter fortes emoções nesses lugares”
.

marina-e-campos01


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Taquigrafia marineira

Enviado por on 09/10/2013 – 3:45 pm 20 comentários
Estou em São Paulo. Ás 16:30, participarei do relançamento do Observatório da Mídia, iniciativa da Carta Maior, que terá presença de muitos jornalistas importantes do Brasil e do exterior. O ex-presidente Lula deverá pintar por lá.
Perdoem-me os possíveis erros. Vou anotar alguns pensamentos às pressas.
Marina Silva deu 3 entrevistas hoje aos maiores jornais (Globo, Folha, Estadão), e não negou em nenhum deles que usou a expressão “chavismo”, referindo-se pejorativamente ao PT. No Estadão, confirmou que usou o termo.
A perplexidade foi tão grande com o uso dessa expressão, típica da extrema direita, que vários dos fãs de Marina tentaram negar a realidade. E alguns jornalistas interpretaram, equivocadamente, uma nota da Rede, divulgada ontem, como negação dela. Não foi. Ao contrário, a nota da Rede, assinada por Pedro Ivo, antes confirma o uso da expressão.
É interessante observar que a nota da Rede, publicada ontem 13:33, tinha apenas 7 comentários e 54 compartilhamentos hoje pela manhã. E isso no momento em que Marina está no auge da visibilidade. O que mostra que há um bocado de artificialismo nessa “força” de Marina nas redes. Não há. Os milhões de votos que teve em 2010 foram antes fruto do voto evangélico ou de protesto.
Eu, um modesto blogueiro sem nenhum acesso aos grandes meios de comunicação, fiz um post meio bobinho pro Tijolaço, que teve 8 mil compartilhamentos em 2-3 dias. Tem alguma coisa que não bate aí. É por isso que ela não conseguiu assinaturas.
As três entrevistas da Marina Silva podem ser lidas aqui.
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Encontrei um cientista político no avião e viemos juntos à Vila Mariana e almoçamos juntos. Ele estava impressionando com a falta de senso de Marina Silva. “Nada que ela fala tem sentido. Parece caso de internação psiquiátrica!”
Ele entende que Marina está “muito iludida”. Os 20 milhões de votos que ela obteve em 2010 não eram “dela”. Faz parte da “estrutura do eleitorado brasileiro” dar voto a uma terceira força. Foi assim com Enéas, Garotinho e Heloísa Helena, em eleições anteriores. É um voto antigovernista que não se identifica, porém, com a oposição, também vista como “governo”, visto que comandou o Brasil por muito tempo.
“O povão não se identifica com o PSDB, visto como partido dos ricos. A classe média assalariada também é muito desconfiada, porque sofreu muito durante o governo FHC. E o jovem quer novidade, coisa que o PSDB não oferece. Todos os votos antigovernistas reunidos desses segmentos escoam para uma terceira via”.
“Quer dizer, nem é certo chamar de terceira via. É o que em ciência política se chama coalização de veto, sem trazer uma agenda propositiva”.
“Qualquer candidato que encarne essa coalização herda cerca de 20% do eleitorado, a depender da conjuntura. Eventualmente, se o eleitorado entender que Eduardo Campos & Marina Silva for a verdadeira oposição, então eles herdarão o voto do PSDB, que murchará, e sumirá do mapa. O que não é fácil fazer, dado o enraizamento do PSDB em SP e Minas. Será uma proeza do Eduardo Campos. Mas era uma coisa que ele já estava tentando fazer, fazendo contato com empresários”.
Marina pode, contudo, atrapalhar Eduardo neste sentido, porque ela tende a embarreirar obras de infra-estrutura.
Ele me adiantou ainda que teremos eleições bastante competitivas em São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. “Vamos ter fortes emoções nesses lugares”.
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Enviado por on 09/10/2013 – 3:45 pm 20 comentários
Estou em São Paulo. Ás 16:30, participarei do relançamento do Observatório da Mídia, iniciativa da Carta Maior, que terá presença de muitos jornalistas importantes do Brasil e do exterior. O ex-presidente Lula deverá pintar por lá.
Perdoem-me os possíveis erros. Vou anotar alguns pensamentos às pressas.
Marina Silva deu 3 entrevistas hoje aos maiores jornais (Globo, Folha, Estadão), e não negou em nenhum deles que usou a expressão “chavismo”, referindo-se pejorativamente ao PT. No Estadão, confirmou que usou o termo.
A perplexidade foi tão grande com o uso dessa expressão, típica da extrema direita, que vários dos fãs de Marina tentaram negar a realidade. E alguns jornalistas interpretaram, equivocadamente, uma nota da Rede, divulgada ontem, como negação dela. Não foi. Ao contrário, a nota da Rede, assinada por Pedro Ivo, antes confirma o uso da expressão.
É interessante observar que a nota da Rede, publicada ontem 13:33, tinha apenas 7 comentários e 54 compartilhamentos hoje pela manhã. E isso no momento em que Marina está no auge da visibilidade. O que mostra que há um bocado de artificialismo nessa “força” de Marina nas redes. Não há. Os milhões de votos que teve em 2010 foram antes fruto do voto evangélico ou de protesto.
Eu, um modesto blogueiro sem nenhum acesso aos grandes meios de comunicação, fiz um post meio bobinho pro Tijolaço, que teve 8 mil compartilhamentos em 2-3 dias. Tem alguma coisa que não bate aí. É por isso que ela não conseguiu assinaturas.
As três entrevistas da Marina Silva podem ser lidas aqui.
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Encontrei um cientista político no avião e viemos juntos à Vila Mariana e almoçamos juntos. Ele estava impressionando com a falta de senso de Marina Silva. “Nada que ela fala tem sentido. Parece caso de internação psiquiátrica!”
Ele entende que Marina está “muito iludida”. Os 20 milhões de votos que ela obteve em 2010 não eram “dela”. Faz parte da “estrutura do eleitorado brasileiro” dar voto a uma terceira força. Foi assim com Enéas, Garotinho e Heloísa Helena, em eleições anteriores. É um voto antigovernista que não se identifica, porém, com a oposição, também vista como “governo”, visto que comandou o Brasil por muito tempo.
“O povão não se identifica com o PSDB, visto como partido dos ricos. A classe média assalariada também é muito desconfiada, porque sofreu muito durante o governo FHC. E o jovem quer novidade, coisa que o PSDB não oferece. Todos os votos antigovernistas reunidos desses segmentos escoam para uma terceira via”.
“Quer dizer, nem é certo chamar de terceira via. É o que em ciência política se chama coalização de veto, sem trazer uma agenda propositiva”.
“Qualquer candidato que encarne essa coalização herda cerca de 20% do eleitorado, a depender da conjuntura. Eventualmente, se o eleitorado entender que Eduardo Campos & Marina Silva for a verdadeira oposição, então eles herdarão o voto do PSDB, que murchará, e sumirá do mapa. O que não é fácil fazer, dado o enraizamento do PSDB em SP e Minas. Será uma proeza do Eduardo Campos. Mas era uma coisa que ele já estava tentando fazer, fazendo contato com empresários”.
Marina pode, contudo, atrapalhar Eduardo neste sentido, porque ela tende a embarreirar obras de infra-estrutura.
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