quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Nº 26.483 - "Juíza bloqueia R$ 113 mi de Paulo Preto no exterior; Folha acha mais importante depoimento de escrevente sobre Lula"

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22/02/2018

Juíza bloqueia R$ 113 mi de Paulo Preto no exterior; Folha acha mais importante depoimento de escrevente sobre Lula


Do Viomundo -22 de fevereiro de 2018 às 10h33



    

Da Redação

Apesar da explosiva descoberta de que Paulo Preto, homem que frequentou os bastidores tucanos em São Paulo, acumulou ao menos R$ 113 milhões na Suiça, o diário conservador Folha de S. Paulo tinha outras prioridades nesta quinta-feira.

Achou mais importante, bem mais importante, destacar o depoimento de um escrevente que disse ter redigido, a pedido do advogado Roberto Teixeira, a minuta da venda de um sítio em Atibaia ao ex-presidente Lula.

A descoberta da fortuna de Paulo Preto equivale à descoberta dos mais de 50 milhões de reais num apartamento de Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Temer, em Salvador, menos as malas e a contagem do dinheiro.

A Folha enfiou a notícia numa tripinha da página 3, conforme apontou o publicitário Chico Malfitani no Instagram.

As contas identificadas no Exterior são a prova que faltava para demonstrar que Paulo Preto desviou dinheiro das obras que supervisionou quando dirigiu a Desenvolvimento Rodoviário SA, Dersa, no governo Serra: o eixo Sul do Rodoanel e a ampliação da marginal do Tietê, duas vitrines de Serra na campanha presidencial de 2010.

Ex-diretor da Dersa tem R$ 113 mi no exterior, diz juíza

Informações sobre as contas em nome de Paulo Vieira de Souza estão em decisão que autorizou o bloqueio do montante e o estabelecimento de cooperação entre o Ministério Público Federal e a Suíça

por Fabio Serapião e Luiz Vassallo, no Estadão

Autoridades suíças encontraram R$ 113 milhões em quatro contas no país europeu em nome do ex-diretor da empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) Paulo Vieira de Souza [obs do Viomundo: mais conhecido como Paulo Preto]. Ele foi diretor da estatal paulista entre 2007 e 2010, durante governo do PSDB.

As informações sobre as contas em nome de Souza estão na decisão em que a juíza federal Maria Isabel do Prado autorizou o bloqueio do montante e o estabelecimento de uma cooperação internacional entre o Ministério Público Federal e a Suíça para recuperar os valores.



A decisão é de 17 de outubro do ano passado e foi tornada pública ontem.

“Constam das informações que em 7 de junho de 2016 as quatro contas bancárias atingiam o saldo conjunto de cerca de 35 milhões de francos suíços, equivalente a 113 milhões de reais, convertidos na cotação atual”, diz o despacho da magistrada.



As contas, abertas no banco Bordier e Cie, estão vinculadas a uma offshore panamenha chamada Groupe Nantes. De acordo com a decisão, o dinheiro teria sido mantido no banco suíço até fevereiro de 2017, quando foi transferido para o Deltec Bank and Trust Limited, sediado em Nassau, nas Bahamas.

No documento, a juíza cita informações do MPF de que Souza também teria reduzido seu patrimônio declarado de R$ 4 milhões, em 2014, para R$ 2,8 milhões em 2017.

Essa redução indicaria “desfazimentos de bens a fim de evitar eventual ressarcimento ao erário”. Outro trecho do despacho afirma que, entre 2009 e 2010, época em que era diretor da Dersa, Souza efetuou transações acima de R$ 2,5 milhões que eram incompatíveis com seu patrimônio.

A decisão da juíza foi anexada pelos advogados do ex-diretor da Dersa ao inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal que investiga o senador José Serra (PSDB-SP).

A investigação foi autorizada pelo ministro da Corte Edson Fachin com base na delação da Odebrecht – ex-executivos da empreiteira relataram irregularidades em obras do Rodoanel, em São Paulo.

Souza tenta, por meio de sua defesa, enviar as investigações contra ele que tramitam em São Paulo para o Supremo. O ministro Gilmar Mendes é relator do inquérito sobre Serra.

A defesa do ex-diretor da Dersa alega que os fatos investigados em São Paulo já estão sob apuração no STF. Ontem, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se posicionou contra o pedido dos advogados de Souza.

A Dersa e a defesa de Paulo Vieira de Souza não responderam aos contatos das reportagem. José Serra, por meio de sua assessoria, informou que não iria se manifestar.

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