Mostrando postagens com marcador Serra. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Serra. Mostrar todas as postagens

sábado, 17 de setembro de 2011

Contraponto 6276 - "José Serra e o submundo"

.
17/09/2011

José Serra e o submundo



O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi rápido na decisão de mandar cancelar um contrato firmado sem licitação pelo antecessor, José Serra, com uma polêmica empresa de contraespionagem. Mas a agilidade- de Alckmin não aplacou a oposição, que quer o esclarecimento completo do caso. Foram gastos ao menos 2,6 milhões de reais nos últimos três anos com supostas detecções de “intrusões eletrônicas”, embora o serviço pudesse ser feito gratuitamente pela própria inteligência da polícia paulista, pela Polícia Federal ou por meio do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), a partir de denúncias de espionagem. Mas não foi comunicado crime nem pedido nesse sentido, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

A Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) contratou a carioca Fence Consultoria, empresa do coronel da reserva Ênio Gomes Fontenelle, ex-chefe de Telecomunicações do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), em 2008. Alckmin mandou romper o contrato na quinta-feira 8, logo após vir à tona uma denúncia sobre o contrato, do deputado estadual Simão Pedro (PT). O parlamentar decidiu recorrer ao Ministério Público (MP) e tenta articular uma CPI na Assembleia Legislativa para que o caso seja investigado. São muitas as dúvidas legais sobre o contrato. Ele não conseguiu respostas sequer sobre os serviços que teriam sido executados pela empresa.

As ligações da Fence com Serra são antigas e notórias: a empresa atendeu o tucano pelo menos entre 1999 e 2002, quando ele foi ministro da Saúde, e acabou citada no caso Lunus, denúncia que tirou Roseana Sarney do páreo eleitoral, em 2002, atribuída pela família Sarney ao ex-governador de São Paulo. E se livrou de um indiciamento por comunicação de falso crime ao informar, em 2006, que ministros do Supremo Tribunal Federal estavam grampeados. Fontenelle disse que não comentará o caso, e reclamou: “O contrato já está rescindido e eu fui o prejudicado”.

A Prodesp também é lacônica em sua justificativa sobre o caso. Sobre os serviços que realmente teriam sido realizados e mesmo acerca dos supostos prejuízos com a interrupção do contrato de maneira abrupta, a companhia limitou-se a repetir os argumentos do contrato: “Tinha como objeto a prestação de serviços técnicos especializados em segurança de comunicações, envolvendo linhas telefônicas em ambientes internos e externos, visando à detecção de intrusões eletrônicas nas instalações da Prodesp”. •
.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Contraponto 6231 - "Serra e as opiniões de ocasião"


12/09/2011

Serra e as opiniões de ocasião


Do Tijolaço - 12/09/2011

Hoje, em um artigo publicado em seu blog, o ex-governador José Serra defende a aprovação da regulamentação da Emenda 29, que vincula a destinação de recursos à área de Saúde.
E diz que o Governo Lula não teve vontade política de defender os recursos da CPMF, limitando-se a comentar que “não deu certo” a prorrogação do tributo.


Serra esqueceu-se de que “não deu certo” porque os partidos de sua “base” – o PSDB e DEM – recusaram até mesmo um compromisso, escrito e formal, de vinculação à Saúde dos recursos. Faltaram quatro votos no Senado para aprovação e algumas defecções na base do Governo ocorreram pela pressão da mídia contra a famosa “carga tributária”.


Aliás, Serra tem memória fraca. Por isso a gente posta aí um trecho da entrevista do ex-ministro Adib Jatene ao Canal Livre, da Band, no final do ano passado, onde ele conta que Serra, antes de ir para o Ministério da Saúde, era contra “por princípio” a vinculação de receitas.
José Serra tem amnésia seletiva. Efeito, quem sabe, da concussão provocada por aquela bolinha de papel famosa.

.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Contraponto 6027 - "Foi Cerra quem derrubou Rossi?"

.
18/08/2011
Foi Cerra quem derrubou Rossi?

Saiu no Valor, reportagem de Cristiano Romero:

Nas últimas semanas, Rossi foi alvo de inúmeras denúncias de irregularidade, consideradas por ele “falsas”. “(…) Durante os últimos 30 dias, tenho enfrentado uma saraivada de acusações falsas, sem qualquer prova, nenhuma delas indicando um só ato meu que pudesse ser acoimado de ilegal ou impróprio no trato com a coisa pública”, declarou o ministro numa longa carta de demissão. “Tudo falso, tudo rebatido. Mas a campanha insidiosa não parava.”


Demonstrando amargura e rancor, na carta o ex-ministro critica a imprensa e diz saber de onde partiu a “campanha” contra ele. Segundo Rossi, a motivação foi política e estaria relacionada à disputa eleitoral em São Paulo. De acordo com relato de pessoa próxima ao ex-ministro, ele se refere na carta a José Serra, candidato do PSDB à Presidência da República em 2010. Por meio de sua assessoria, Serra informou que não se pronunciaria sobre a carta de Rossi.


“Todos me estimularam a continuar sendo o primeiro ministro a, com destemor e armado apenas da verdade, enfrentar essa campanha indecente voltada apenas para objetivos políticos, em especial a destituição da aliança de apoio à presidenta Dilma e ao vice-presidente Michel Temer, passando pelas eleições de São Paulo onde, já perceberam, não mais poderão colocar o PMDB a reboque de seus desígnios”, afirma Rossi no documento.


A razão para acreditar que Serra estaria por trás da suposta campanha contra ele, revelou uma fonte, estaria relacionada à hipotética influência do tucano em órgãos de imprensa. Rossi acredita que o que motivou a referida “campanha” teria sido o crescimento do PMDB em São Paulo, onde a sigla é presidida pelo filho do ex-ministro, Baleia Rossi.

NAVALHA


Cerra não devolveu os telefonemas do Valor.

No ponto mais agudo da campanha presidencial de 2010, a excelente articulista do Valor (que falta ela faz !) Maria Inês Nassif fez algumas observações singelas sobre o Padim Pade Cerra.

Este ansioso blogueiro soube – de fonte que não pode identificar – que Cerra reclamava muito da seção “Política” do Valor.

Um dos motivos da critica poderia ser, talvez, a Inês.

Até onde este ansioso blogueiro sabe – da fonte que não pode identificar – Cerra teria argumentado: por que um jornal de Economia trata de Política ?

Ele talvez tenha razão.

O Romero que o diga.

Para que, não é isso ?

Pano rápido.

Em tempo: Dilma aprovou o nome de Mendes Ribeiro para o lugar de Rossi na Agricultura.


Paulo Henrique Amorim

.

Contraponto 6026 - "Rossi cai atirando: Só um sujeito pauta a Veja e a Folha"

.
.18/08/2011

Rossi cai atirando: Só um sujeito pauta a Veja e a Folha


Serra/Veja/Folha

Do Viomundo - 17/08/2011

Ministro pede demissão e diz que ‘político’ pautou denúncias da mídia

Alvo de denúncias de corrupção, ministro Wagner Rossi, da Agricultura, pede demissão. Em carta enviada à presidenta Dilma Rousseff, diz que foi alvo de uma suposta “campanha” da mídia e que só “um político brasileiro” conseguiria pautar Veja e Folha de S. Paulo, que lhe fizeram acusações. Segundo assessor direto, alusão foi a José Serra (PSDB). Dilma diz “lamentar” que Rossi não tenha contado com “presunção da inocência”.

André Barrocal, na Carta Maior

BRASÍLIA – O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, pediu demissão nesta quarta-feira (17/08) dizendo-se vítima de uma “campanha sórdida” empreendida por uma “parte podre da imprensa” e, particularmente, por dois órgãos de comunicação, por trás dos quais estaria “um político brasileiro”.

“Sei de onde partiu a campanha contra mim. Só um político brasileiro tem capacidade de pautar ‘Veja’ e ‘Folha’ e de acumular tantas maldades fazendo com que reiterem e requentem mentiras e matérias que não se sustentam por tantos dias”, afirma Rossi, na carta de demissão que mandou à presidenta Dilma Rousseff. O texto foi divulgado pela assessoria de imprensa do ministério.

Segundo um auxiliar direto de Rossi, o “político brasileiro” em questão seria o ex-governador de São Paulo e presidenciável derrotado por Dilma no ano passado, José Serra, do PSDB.

Indicado pelo vice-presidente da República, Michel Temer, Rossi, que também é do PMDB, está na mira de denúncias de corrupção há cerca de um mês.

Tudo começou com a demissão de um ex-diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) pego em ato irregular. Exonerado, Oscar Jucá Neto deu entrevista à revista Veja acusando Rossi de corrupto. Daí em diante, o ministro e auxiliares não tiveram mais sossego.

A gota d’água foi a publicação, nessa terça-feira (17/08), de reportagem do jornal Correio Braziliense, segundo a qual Rossi teria usado um jatinho de uma empresa do setor agrícola em troca de favorecimento a ela.

Na carta de demissão, Rossi disse que o faz em atendimento a um “carinhoso ultimato” da esposa e dos filhos.

O substituto dele, por ora, será o secretário-executivo José Gerardo Fontelles, servidor público de carreira que assumiu o cargo nessa terça-feira. Ele substituiu Milton Ortolan, que pediu demissão depois de uma reportagem dizer que ele permitia – e tirava proveito de – a ação de um lobista dentro do ministério.

Em nota oficial divulgada pela assessoria de imprensa da presidência, Dilma Rousseff disse que “lamenta profundamente” a saída de Rossi e que também lamenta “que o ministro não tenha contado com o princípio da presunção da inocência diante de denúncias contra ele desferidas.”

.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Contraponto 5894 - "Presidende enfrenta a valorização do Real. O que faria o presidente da UNE"


02/08/2011

Presidende enfrenta a valorização do Real.
O que faria o presidente da UNE


Do Conversas Afiada - Publicado em 02/08/2011

Desvalorizar o Real, na lei ou na marra


O Governo já tinha decidido conter a entrada de dólares pela janela dos derivativos – clique aqui para ler “Derivativos, o Brasil não é a casa da mãe Joana”.

Nesta terça-feira, anuncia uma política para dar “condições isonômicas” à indústria brasileira, com a valorização do Real.

No Valor, pág. A3, Sérgio Leo mostra que:

- Dilma vai reduzir a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos de empresas com muitos empregados, especialmente do setor têxtil, de calçados e móveis;

- os fabricantes nacionais de produtos de informática e telecomunicações, defesa e saúde terão preferência nas licitações do Governo Federal para compras de bens de alta tecnologia.

É o correspondente brasileiro ao “Buy American Act”, que prevalece nos Estados Unidos, a economia mais protegida do mundo, como se sabe.

“Compre do Brasil !”, pode ser o slogan dessa campanha.

O candidato derrotado à Presidência em 2010 tinha fixação no “câmbio”.

No câmbio e nas APAES.

Nunca se soube ao certo o que ele pretendia fazer sobre o “cambio”.

Mas, dava para perceber que seria uma medida à moda de Putin: valorizar o Real na marra.

Por decreto ou MP – das cinco mil que editoria nos primeiros trinta minutos de Governo.

Seria mais ou menos no tom do que pregou no comício da Central do Brasil, em março de 1964, ao lado de Jango: quando exigiu a extinção da “política de conciliação” de San Tiago Dantas e considerou realidade animadora a presença da “classe dos sargentos que emerge para as lutas populares”.

É o que se lê na pág. 420 do livro “João Goulart – uma biografia”, de Jorge Ferreira, que revisitou a história do trabalhismo e deste grande presidente.

Como se sabe, no dia 1º de abril, Jango caiu.

E Cerra sumiu.

A Presidenta ficou e combateu o regime militar.

Hoje, ela combate a valorização do Real de modo mais eficaz, “conciliador”, do que faria o exaltado presidente da UNE.


Paulo Henrique Amorim
.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Contraponto 5756 - "Quem era contra os aditivos, Serra?"

.
11/07/2011

Quem era contra os aditivos, Serra?

Do Tijolaço - 11/07/2011


Semana passada a gente apontou aqui o oportunismo do Sr. José Serra, que usou um texto do autor do projeto de lei que resultou na atual lei de licitações, o ex-deputado Luís Roberto Ponte, alguém que ele apresenta como “homem de espírito público e conhecedor do assunto”.

Não se pode mesmo duvidar deste conhecimento porque, Serra esqueceu de citar, o sr. Ponte foi presidente da Câmara Brasileira da Construção Civil, órgão que reúne 62 sindicatos e associações patronais do setor da construção. Ou seja, das empreiteiras de obras.

Um dos argumentos de Serra eram os custos astronômicos que as obras atingiam, muito além dos valores orçados.

Hoje, alerta-nos o comentário do Thiago Silva, a Agência Estado publica uma matéria sobre os acréscimos na obra de ampliação da Marginal Tietê, feita em cooperação entre o Governo Serra e a Prefeitura de Kassab. O texto dispensa comentários:

Apesar de as novas pistas da Marginal do Tietê terem sido abertas há quase um ano e meio, as obras de ampliação continuam consumindo dinheiro dos cofres públicos. Uma nova atualização no valor do convênio firmado entre Prefeitura de São Paulo e governo do Estado colocou mais R$ 200 milhões na obra no fim de junho. O custo da Nova Marginal chega a R$ 1,75 bilhão – 75% acima do estimado no primeiro orçamento, de 2008.

No total, seria possível construir 300 escolas ou 7 hospitais de 200 leitos cada com os R$ 750 milhões extras que já foram gastos com a avenida. O aumento de custos é resultado da inclusão de serviços que não estavam previstos pela Desenvolvimento Rodoviário S. A. (Dersa), empresa responsável pela obra.

A Dersa, para quem não se lembra, tinha como diretor o sr. Paulo Preto, pivô de um escândalo sobre desvio de “recursos não-declarados” para a campanha serrista.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Contraponto 5716 - "Serra defende 'moralidade' que ele não paticou"


07/07/2011

Serra defende "moralidade" que ele não paticou



Do Tijolaço - 07/07/2011

O senhor José Serra, que não tem conseguido nem espaços na “mídia amiga”, nos brinda hoje com outra peça de hipocrisia em seu blog.

Ataca o Regime Diferenciado de Contratações, aprovado no Congresso, endeusando a legislação anterior, presa exclusivamente à lei 8.666, de 93.

Como se ela, aliás, tivesse garantido lisura nas licitações públicas. É tão evidente que não que o próprio Serra admite que “ela não era perfeita”.

Em matéria de lisura em obras públicas, José Serra não precisa de argumentos. Apenas de memória.

É só olhar a reportagem da insuspeita Folha de S. Paulo, ano passado.

“Um dia após assumir (no governo Serra) a diretoria da Dersa responsável pelo Rodoanel, Paulo Vieira de Souza assinou uma alteração contratual na obra que deu liberdade para empreiteiras fazerem mudanças no projeto e, na prática, até usarem materiais mais baratos.
A medida, em acordo da estatal com as construtoras, foi definida em 2007 em troca da garantia de “acelerar” a construção do trecho sul para entregá-lo até abril deste ano, quando José Serra (PSDB) saiu do governo para se candidatar à Presidência.
Com a mudança no contrato do Rodoanel, ficou “inviável” calcular se os pagamentos da obra correspondiam ao que havia sido planejado e executado, conforme a avaliação do Ministério Público Federal dois anos depois.”

Ora, isso seria impossível pela nova lei, pois ela prevê será proibida a assinatura de aditivos, instrumentos pelos quais o objeto da licitação pode ser aumentado, salvo em casos excepcionalíssimos, por desequilíbrio contratual ou exigências tecnicas posteriores, devidamente justificadas perante os órgãos de controle.

O despeito de Serra envenena o que ainda resta dele.

.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Contraponto 5685 - "Cerra penetra no enterro de Itamar. E quase fica lá"

.
04/07/2011

Cerra penetra no enterro de Itamar.
E quase fica lá

O caixão de Itamar Franco e a Presidenta Dilma Rousseff foram cercados na tarde desta segunda feira pelo Estado Maior tucano.

Aécio Never enfaixado, o Farol de Alexandria (que ficou amigo do morto depois de morto – clique aqui para ler “FHC não fez o sucessor”), Geraldo Alckmin e o governador de Minas, Antonio Anastasia.

Os tucanos e o PiG (*) agora morrem de amores por Itamar – depois de morto – a ponto de O Globo dizer na primeira página que ele foi o Pai do Real.

O que, quando vivo, seria uma heresia, diante da indiscutível paternidade do Fernando Henrique.

Ciro Gomes, o Ministro da Fazenda de Itamar que pôs o Plano Real de pé, guardou uma sóbria e discreta distância do caixão.

De repente, à esquerda do vídeo, sobre o ombro (avariado) direito do Aécio, avulta-se o Padim Pade Cerra.

De olha na câmera, passo a passo, o Padim se move em direção a uma extremidade do caixão.

Movimentos firmes, na mesma direção, sempre.

Ultrapassa um.

Empurra o outro.

De olho na câmera.

Até que num movimento sinuoso evita o ombro (avariado) do Aécio e posta-se na ponta sul do caixão.

Por pouco não derruba o propriamente dito.

Dá um suave “chega pra lá” no Aécio.

E olha firmemente para a câmera.

Pronto !

Estava no foco da câmera.

Com o caixão em primeiro plano.

Com aquele semblante de quem acabou de ver o Ciro Gomes cara a cara.

Logo ele, por quem o Itamar nutria solene menosprezo – clique aqui para ler “Itamar e Cerra – ele quer é o meu lugar”.

Cabe notar, amigo navegante, o aspecto saudável do Padim.

Amarelo como o verniz do caixão.

As olheiras desciam à linha das narinas.

Magérrimo.

Mãos de faquir.

A roupa do tipo – sem trocadilho, por favor – “o defunto era maior”.

Não fosse respirar seria confundido com o morto.


Paulo Henrique Amorim
.

sábado, 2 de julho de 2011

Contraponto 5667 - A única esperança de Serra: a vitória do esgoto na política"


No Estadão papel, o repórter João Domingos dá mais detalhes da última grosseria do Serra, a tentativa de empurrar goela abaixo dos companheiros uma carta iracunda, em um momento em que a política dá sinais de civilidade.

A lógica é simples de entender.

Depois que abandonou a militância intelectual, décadas atrás, Serra se tornou uma caricatura, um leitor de orelhas de livro e de manchetes de jornal, que capta mensagens e discursos apenas pelo lead.

Impressionou-se tempos atrás com a história de Ronald Reagan, que ficou por anos martelando uma bandeira só - no caso, a do liberalismo. Quando o liberalismo chegou, ele era o dono da ideia e dos seus frutos.

Ocorre que há muito Serra deixou de ter ideias. Dias atrás encontrei-me com um velho amigo, jornalista econômico. Ambos fazíamos parte do restrito núcleo de jornalistas econômicos em início de carreira que, nos anos 80, abria espaço para Serra nos veículos em que trabalhávamos. Na época, Serra tinha escrito alguns textos clássicos sobre o "milagre", desenvolvimentismo e outros temas econômicos.

O amigo entrevistou Serra durante a campanha e ficou estarrecido com a absoluta falta de informações e ideias do candidato. Minha ficha tinha caído há mais tempo.

Sem ideias, aflorou em Serra o lado mais tenebroso que, de certa forma, era minimizado quando se acreditava que ele pudesse cumprir um papel político positivo: o de cultivador das profundezas, alimentador de dossiês, o político vingativo que anota todas as mágoas em um caderninho para futura vingança.

Para esse novo-velho Serra, só restou o discurso de esgoto. Sua única aposta é na deterioração da política, permitindo os dejetos virem à tona. Foi o que mostrou na campanha, ao transformar seus auxiliares - alguns com boa biografia - em pittbulls, ao exigir como prova de lealdade o cometimento das maiores infâmias - como foi o caso da ex-Soninha, do ex-Graeff e outros, que sacrificaram biografias pelas miragens de poder trazidas por Serra.

Hoje Serra não é nada. É apenas um Beato Salú tentando se manter à tona como alguns dejetos de esgoto, quando jogados no rio.

Serra, sem aval do PSDB, ataca "herança maldita" do PT - politica - Estadao.com.br


Serra, sem aval do PSDB, ataca ? herança maldita? do PT
02 de julho de 2011 | 8h 56

AE/SÃO PAULO - Agência Estado

Documento elaborado pelo ex-governador José Serra e apresentado por ele ao Conselho Político do PSDB, órgão partidário que o tucano preside, afirma que "a incompetência e o autoritarismo são as marcas" do governo de Dilma Rousseff, e ressuscita o termo "herança maldita". O termo era usado pelos petistas para atacar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas agora foi aplicado aos governos do PT. O texto divulgado ontem no site do tucano não contou com o aval de todos os integrantes do conselho, entre eles o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que, procurado, preferiu não se manifestar.

Dirigentes tucanos disseram ao Estado que gostariam de alterar algumas partes do texto antes da divulgação, ainda que não discordem da análise feita por Serra. O fato de a divulgação ter ocorrido menos de 24 horas após a homenagem aos 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso gerou constrangimento no PSDB. Na festa, vários petistas compareceram e foi novamente lembrada pelo próprio FHC a carta enviada por Dilma a ele, na qual a petista reconhece avanços ocorridos no País durante a gestão do tucano.

Serra levou o texto, de quase sete laudas, para a reunião do Conselho Política na quarta-feira à noite. Diante da ausência de Aécio Neves e da proximidade dos eventos de homenagem a FHC, os tucanos preferiram não dar publicidade ao texto e marcar nova reunião para debatê-lo. "Como não houve tempo para fechar o consenso em torno do texto, não divulgamos. Para que fosse um documento do partido, era preciso que fosse de todos", afirmou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE). O texto não foi divulgado no site do PSDB.

Além de Serra, integram o Conselho Político do PSDB Fernando Henrique, Sérgio Guerra, Aécio Neves, e os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de Goiás, Marconi Perillo.

Clique aqui para acompanhar no Twitter
.

domingo, 29 de maio de 2011

Contraponto 5444 - PSDB com novo cheiro

.
29/05/2011


PSDB sepulta serrismo; novo líder, Aécio aposta em 'artigo de FHC'

Convenção tucana elege comando simpático à candidatura Aécio-2014 e, contra a vontade de José Serra, acomoda derrotado em 2010 em cargo inoperante. Segundo aliado, Aécio adotará linha do 'artigo de FHC', que prega que oposição esqueça 'povão', busque 'nova classe média' e não abra mão do 'moralismo', explorado no 'caso Palocci'. Escanteado, Serra apela para ser lembrado: 'contem comigo'.

Carta Maior - Política| 28/05/2011

BRASÍLIA - “Contem comigo para qualquer problema, para qualquer necessidade de presença, eu estarei lá. Sou um ativista político desde minha juventude. Estou nessa luta há muitas décadas e, se deus quiser, permanecerei nela durante muitas décadas ainda (….) Antes de ser um oficial da política, eu sou um soldado.”

Com estas palavras - um apelo para não ser ignorado -, José Serra, ex-governador de São Paulo, terminou sua participação na convenção nacional que o PSDB realizou neste sábado (28/05) para eleger uma nova direção. Derrotado duas vezes ao tentar virar presidente da República, o discurso de Serra encerrou mais um fracasso.

A convenção destinava-se justamente a sepultar a hegemonia serrista e paulista no tucanato. Ao mesmo tempo, buscava evitar um racha no ninho, o que exigirá do PSDB tonificar uma instância partidária inoperante nos últimos tempos, o Conselho Político, em cuja direção, a contra-gosto e com muita resistência, Serra foi assentado.

Daqui para frente e de olho na sucessão da presidenta petista Dilma Rousseff em 2014, os tucanos entregam-se à liderança do senador Aécio Neves (MG), cuja missão será reiventar um partido e um ideário derrotados mais vezes do que Serra na luta pela Presidência da República.

“Não podemos ter dois comandos. Sairemos daqui com um comando só”, dizia, ao chegar à convenção, o líder da bancada adversária de Dilma na Câmara dos Deputados, Paulo Abi-Ackel (PSDB), aliado mineiro do senador mineiro. E qual será o discurso, a linha do partido daqui em diante, com Aécio à frente? “Ah, é o artigo do Fernando Henrique”, contou Abi-Ackel.

Linha FHC: classe média e moralismo
O deputado referia-se a um texto polêmico publicado numa revista no início de abril, no qual ex-presidente esforça-se para salvar o PSDB e a oposição em geral da falta de rumos. Nele, FHC diz que “uma oposição que perde três disputas presidenciais não pode se acomodar com a falta de autocrítica”. E defende, entre outras coisas, que os adversários de Dilma não devem “disputar com o PT influência sobre os 'movimentos sociais' ou o 'povão'”, mas, sim, buscar a “nova classe média”.

Para o sociólogo, os tucanos precisam explorar as redes sociais, a mídia tradicional e as universidades para discursar a favor de mais saúde, educação, ecologia, direitos humanos, enfim, por um “papel crescente do estado”, o que não estaria em “contradição com economia mercado”. Mas, ressalva FHC, sem deixar de lado o núcleo das campanhas tucanas perdedoras em 2006 e 2010, porque “seria erro fatal imaginar, por exemplo, que o discurso 'moralista' é coisa de elite à moda da antiga UDN”.

Pois não faltou, na convenção tucana, a retórica 'moralista' pregada pelo ex-presidente, graças à enrascada em que se encontra o chefe da Casa Civil, ministro Antonio Palocci, por conta de seu enriquecimento à base de consultorias. “Devemos sair às ruas, de cabeça erguida, e dizer: 'somos sérios, somos éticos e sabemos fazer'”, disse na convenção o desde já presidenciável Aécio Neves.

“Crise ética”, foi a definição do caso Palocci dada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Escândalo”, chamou FHC. “Águas da corrupção”, classificou o presidente reeleito do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE).

Não foi exatamente a opinião manifestada por um deputado cassado que compareceu à festa tucana mesmo sem ter carteirinha do PSDB. Para o presidente do PTB, Roberto Jefferson, não há motivo para CPI do Palocci. Nem mesmo para fazer comparações com o “mensalão”, cuja suposta existência o deputado denunciou depois que um aliado dele empregado nos Correios, Mauricio Marinho, fora gravado recebendo propina.

'Aécio presidente!'
Ao chegar à convenção, Jefferson parecia um pop-star, posando para fotos com militantes tucanos, que também se entretiam com músicas à espera do início do encontro. "Brasil, urgente, Aécio presidente!”, era uma delas. “Brasil, urgente, Perillo presidente!”, dizia outra, aludindo ao governador de Goiás, Marconi Perillo. Até um genérico “1, 2, 3, 4, 5, mil, queremos um tucano presidente do Brasil!”.

NInguém gritava “Serra presidente”, evidência de que o ex-governador paulista é página virada no partido, mesmo com os mais de 40 milhões de votos obtidos na última eleição.

O capital político de Serra serviu, no entanto, para impedir que ele fosse escanteado por completo do novo comando tucano. Os tucanos contam com algum tipo de colaboração dele na próxima eleição. Daí que o encontro deste sábado começou com mais de duas horas de atraso. Desde a véspera, a elite tucana tentava encontrar uma composição dos dirigentes que garantisse a hegemonia de Aécio, mas que permitisse ao menos dar um prêmio de consoloção a Serra.

Os três cargos mais importantes da estrutura partidária ficaram com simpatizantes ou aliados declarados de Aécio. O presidente Sérgio Guerra, que pelas costas já fez referências desabonadoras a Serra, reelegeu-se. A secretaria-geral terá o deputado mineiro Rodrigo de Castro, abertamente apoiador de Aécio. E o comando do Instituto Teotônio Vilela, órgão formulador dos tucanos, foi entregue ao ex-senador Tasso Jereissatti (CE), que até hoje guarda rancor contra Serra pela disputa de ambos pela candidatura presidencial tucana em 2002.

Para Serra, restou controlar o Conselho Político, que os tucanos dizem que vão tentar revitalizar daqui para frente.

Além do objetivo de superar o serrismo e, ao mesmo tempo, esconder os problemas internos atrás da retórica de “unidade”, o PSDB usou a convenção para tentar enfrentar a sensação de fragilidade dos adversários do governo dentro do Congresso. É a menor bancada oposicionista desde o fim da ditadura militar. Valeu até apelar para um suposto fenômeno mundial. “Há controvérsias sobre o enfraquecimento da oposição. A oposição não está fragilizada só no Brasil”, disse o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR).

.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Contraponto 5398 - "Protógenes defende Palocci e sugere convocação de FHC e Serra para explicar ligações PSDB-Opportunity"

.
20/05/2011

Protógenes defende Palocci e sugere convocação de FHC e Serra para explicar ligações PSDB-Opportunity




Do Os amigos do Brasil - Quinta-feira 19, maio 2011

Durante audiência pública na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a oposição centrou fogo no assunto Palocci.

O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) defendeu o ministro da Casa Civil e disse que a comissão deveria convocar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-governador José Serra sobre a relação do PSDB com o Banco Opportunity.

Já o ministo Cardozo negou que fosse verdadeira a informação publicada no jornal O Estado de S.Paulo, de que o COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras, órgão do Ministério da Fazenda) teria enviado relatório à Polícia Federal sobre uma operação financeira suspeita na compra de um imóvel.

Estadão é desmentido

O jornal “O Estado de São Paulo” que inventou o boato citado acima, foi desmentido oficialmente por dois órgãos:

O Ministério da Fazenda divulgou nota informando:

…o COAF não enviou relatório à Polícia Federal comunicando que a empresa Projeto fez uma operação financeira suspeita e também não afirmou, como menciona a manchete da matéria, que ‘o negócio feito por empresa de Palocci é suspeito’.

A Polícia Federal também divulgou nota desmentindo. Eis a íntegra da nota:

No tocante à matéria “Negócio feito por empresa de Palocci é suspeito, diz Coaf”, publicada no dia 19 de maio no jornal O Estado de S. Paulo, a Polícia Federal esclarece:
1. Não há inquérito policial ou investigação criminal sobre a empresa Projeto;
2. Não há inquérito policial ou investigação criminal sobre o Ministro Antonio Palocci;
3. A Polícia Federal não solicitou ao Coaf qualquer informação sobre a empresa Projeto ou sobre o Ministro Antonio Palocci.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Contraponto 5257 - "Em silêncio, Serra assiste à agonia da oposição"

.
26/04/2011
Em silêncio, Serra assiste à agonia da oposição


Do Blog do Kotscho - 26/04/2011

Ricardo Kotscho

Tema dominante nas colunas políticas das últimas semanas, a agonia em praça pública dos partidos de oposição não mereceu ainda qualquer manifestação do seu maior líder até o final do ano passado, o ex-candidato presidencial José Serra, que sumiu do cenário político.

Na medida em que PSDB e DEM vão desmilinguindo a cada dia, e engordando o PSD de Gilberto Kassab, mais estranho fica o silêncio do ex-governador paulista, que abriu duas frentes de combate nos bastidores e sumiu.

No plano federal, os serristas disputam o comando do partido com o senador mineiro Aécio Neves, que se apresenta como candidato natural dos tucanos nas eleições de 2014. Em São Paulo, o confronto se dá entre a turma de José Serra e a turma de Geraldo Alckmin, com os dois lados sofrendo baixas. Na semana passada, perderam metade da bancada de vereadores paulistanos.

Nesta segunda-feira, foi a vez do serrista Walter Feldman, secretário da prefeitura paulistana e um dos fundadores do partido, pedir para sair do PSDB.

Desde o dia 18 de março, quando foi anunciada oficialmente a criação do PSD de Kassab, uma cria de Serra recrutada no malufismo para ser seu vice e depois prefeito de São Paulo, a oposição passa por um desmanche federal.

O que quer Serra, afinal? Qual o seu papel na criação do PSD, que pode ser tudo, menos um partido de oposição? O que ele acha da fusão do PSDB com o DEM, já chamado de o abraço dos afogados? O que fazer com o PPS do seu aliado Roberto Freire, que foi à Justiça para salvar alguns (poucos) parlamentares em suas fileiras?

Ninguém sabe. A situação chegou a tal ponto que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi obrigado a sair dos seus cuidados para tentar salvar alguns aliados do seu lado.

Primeiro, FHC lançou um manifesto, “O papel da oposição”, que deveria servir de bússola para os náufragos, mas no fim só aumentou a confusão, causando divergências entre os líderes tucanos, que não entenderam direito a opção dele pela nova classe média, deixando o “povão” para o PT.

Agora, o ex-presidente está sendo chamado para servir de bombeiro até em Santa Catarina, onde o governador Raimundo Colombo, o único do aliado DEM, também está ameaçando sair do partido, abrindo a porteira para a família Bornhausen.

O estado de saúde da oposição brasileira é tão grave que deve estar preocupando até mesmo o governo federal e os que verdadeiramente defendem a democracia no país. Não é bom para ninguém que sucumbam as lideranças dos partidos de oposição, deixando o campo livre para setores radicalizados da mídia, do empresariado e das igrejas.

Nestas horas, ainda mais com a delicada situação econômica do momento, costumam aparecer malucos salvadores da pátria, o que é sempre um perigo. Para se ter uma ideia, a bancada da oposição caiu para apenas 96 parlamentares na Câmara Federal, num total de 514 deputados, o menor número em 15 anos.

De outro lado, a base do governo cresceu tanto que a ministra Ideli Salvatti, da Pesca, se permite até fazer piada: “Com uma base assim, é melhor passar protetor…”.

Aguarda-se alguma palavra de José Serra, ainda que seja pelo twitter.

.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Contraponto 4920 - "Serra acenou para os EUA com "relações carnais", mas gringos o consideraram completamente desinformado"

.
09/03/2011


WikiLeaks: Serra acenou para os EUA com "relações carnais", mas gringos o consideraram completamente desinformado


Do Amigos do Presidente Lula - porZé Augusto -quarta-feira, 9 de março de 2011

No fim de 2009, José Serra (PSDB/SP) ainda era governador de São Paulo e candidato informal tucano à presidência.

O subsecretário para assuntos do hemisfério ocidental do governo americano, Arturo Valenzuela, visitou países do Cone Sul e na volta aproveitou para fazer uma escala em São Paulo onde realizou uma série de encontros extra-oficiais.

Um dos encontros extra-oficiais foi com o então governador José Serra.

Durante 90 minutos no palácio do governo paulista, o demo-tucano insinuou troca de apoio com os estadunidenses: caso ele viesse a ser presidente do Brasil, faria uma política externa alinhada com os EUA (insinuando que seria interessante aos estadunidenses engajarem-se em sua candidatura).

O fato lembra a frase do ex-presidente argentino Carlos Menen (colega de FHC e Serra no neoliberalismo e nas quebradeiras internacionais), quando disse que mantinha "relações carnais" com os EUA.

Conspirando com os gringos contra os interesses brasileiros

No encontro, segundo os telegramas vazados, Serra criticou a participação do presidente Lula na crise de Honduras, responsabilizando o governo brasileiro e o presidente hondurenho deposto Manuel Zelaya por resistirem ao golpe de estado.

Nada como um dia após o outro. Recentemente, em outro telegrama, vazado do wikileaks, descobriu-se que o embaixador estadunidense em Honduras, Hugo Llorens, avaliou que a destituição do ex-presidente do país Manuel Zelaya foi “ilegal” e “inconstitucional”.

Em outro trecho da conversa, Serra resmungou e "aconselhou" os EUA a não elogiar Lula: “Ele também avisou que as referências do governo americano a uma ‘relação especial’ com o presidente Lula não agradam a todos os segmentos do Brasil e que poderiam ser manipuladas pelo PT”, diz o telegrama.

O demo-tucano também repetiu o discurso tosco, simplório e fascista do PIG (Partido da Imprensa Golpista), como se fosse um fantasma de um líder da UDN falando a um senador macarthista dos anos 50, acusando o "perigo vermelho" crescente no governo do PT, onde, segundo o demo-tucano, a radicalização e a corrupção estarima crescentes.

Para não dizer que Serra não falou nada que preste, ele criticou a tarifa americana sobre o álcool brasileiro, mas não se sabe o que ofereceu em troca. Em outro telegrama, fala nas conversas do demo-tucano para entrega do pré-sal com uma executiva da Chevron (Petroleira estadunidense).

Completamente desinformado

No telegrama, Valenzuela achou Serra focado demais na política interna brasileira sem prestar a devida atenção aos vizinhos na América do Sul.

O demo-tucano, tentou aplicar o discurso do medo no estadunidense, chamando de "perigo" a eleição de Dilma: “A presidente Kirchner é esperta e cordial. Se o populismo na Argentina preocupa aos EUA, então Dilma causará preocupação maior”.

Mas a avaliação do estadunidense sobre a visão de Serra foram devastadoras:

“Serra pareceu completamente desinformado de acontecimentos recentes no Cone Sul, incluindo a situação política do presidente paraguaio Lugo”, comentou o telegrama fazendo menção à série de reconhecimentos de paternidade atribuídas ao ex-bispo.

Medo da derrota

José Serra deu a entender a Arturo Valenzuela não estar “firmemente confiante” que fosse ganhar as eleições de 2010. Segundo o tucano, o embate entre os esforços do PT em montar uma base política sólida e o fraco aparato do PSDB justificavam tal descrença.

Vexame

Por fim, deu vexame ao destacar "seu engajamento com o então governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger", nas questões climáticas como uma das oportunidades de cooperação. Isso a partir de um breve encontro de poucos minutos com o astro do "Exterminador do futuro", nos corredores da conferência do clima na Dinamarca, ocorrida poucos dias antes. Só faltou destacar como "exemplo de cooperação" o encontro com a cantora Madonna. (Carta Capital WikiLeaks)
.

sábado, 5 de março de 2011

Contraponto 4898 - "A notícia que o Estadão censurou sobre as enchentes"

.
05/03/2011


A notícia que o Estadão censurou sobre as enchentes

Enviado por luisnassif, sab, 05/03/2011 - 08:36

É curiosa a maneira como o Estadão ainda esconde a responsabilidade de José Serra nas enchentes de São Paulo. Fica-se num lero-lero danado.

A questão objetiva - e que deveria motivar uma ação pública contra a irresponsabilidade de Serra- é que o pior governador que São Paulo já teve simplesmente interrompeu o trabalho de dessassoreamento do rio Tietê. Com isso reduziu em 30 a 40% a vazão do rio. A consequência óbvia foi o transbordamento. Em vez de trazer água para o rio, as galerias pluviais conduziam as águas do rio para a cidade.

Foi o erro de gestão mais grave da história de São Paulo. Duvido que alguém aponte outro erro que tenha afetado tal quantidade de pessoas e regiões.

No entanto, por conveniência eleitoral, varreu-se o erro para baixo do tapete. Apenas a blogosfera levou essa informação aos leitores.

Agora, fica-se na situação surreal de continuar escondendo a informação - ou colocando-a escondida em textos - para livrar a cara da falta de jornalismo que marcou a cobertura.

Olha o único vestígio da informação principal, escondido no texto da matéria:

"Todos os anos, cerca de 600 mil m³ de sedimentos vão parar no Rio Tietê, conforme estudos feitos pela Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos. A limpeza chegou a ser paralisada na gestão José Serra, como destacou Geraldo Alckmin após as enchentes de janeiro".

Muros na beira da Marginal. A arma do governo para o Tietê não transbordar - saopaulo - Estadao.com.br
Muros na beira da Marginal. A arma do governo para o Tietê não transbordar
Pacote antienchente ainda prevê desassoreamento do rio, criação de valas na zona leste, construção de piscinões e instalação de bombas
05 de março de 2011 | 0h 00
Tiago Dantas - O Estado de S.Paulo

Até o fim do ano, o Estado pretende construir quatro muros de contenção na Marginal do Tietê, retirar 2,8 milhões de m³ (230 mil caminhões) de sedimentos dos dois maiores rios da capital e entregar um piscinão na bacia do Pirajuçara, na zona sul. As medidas fazem parte de um pacote antienchente anunciado ontem pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) - que inclui ainda outros seis piscinões e obras de proteção à várzea do Tietê.

Os investimentos em obras de drenagem na Região Metropolitana de São Paulo devem subir de R$ 285 milhões para R$ 558,5 milhões, de acordo com Geraldo Alckmin. Nem o crescimento de 96% no orçamento, porém, será suficiente para acabar com as enchentes na cidade ou com o transbordamento do Tietê, que já ocorreu três vezes neste ano.

Muros. Uma das formas de evitar que a água do Tietê volte a invadir as pistas será construir muros de até 1,5 metro de altura (com a largura que for necessária) nas laterais da calha, apenas nos trechos em que a pista foi rebaixada, para permitir a passagem de caminhões sob as pontes - o que fez o asfalto ficar abaixo do nível do rio.

Além de represar o curso d"água, o sistema adotado - chamado de dique pelo governo do Estado - também deve contar com bombas capazes de jogar a água da chuva que fica parada nas faixas de tráfego para dentro do rio. O mesmo sistema já funciona na Ponte das Bandeiras, em um trecho que alagou após a chuva de 11 de janeiro.

A instalação de mais diques, discutida pelo menos desde 1997 pelo governo do Estado, deve contemplar os trechos sob as Pontes do Limão, da Vila Guilherme, da Vila Maria e do Aricanduva - onde uma estrutura chamada pôlder também deverá ajudar a evitar inundações nas ruas do bairro, bombeando o excedente da bacia do Aricanduva para o Tietê.

"Essas medidas são importantes, mas só serão acionadas em momentos de emergência. Elas podem evitar que carros fiquem ilhados nesses pontos. Mas isso não é tudo", avalia o professor de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), José Rodolfo Scarati Martins. "Em São Paulo você tem componentes que nenhuma engenharia resolve, como o excesso de lixo que vai parar no rio e o furto de cabos elétricos, que pode parar o funcionamento de uma bomba de água."

Calha. Para complementar as obras, o governador Alckmin voltou a falar do desassoreamento dos rios. O edital para tirar 2,1 milhões de m³ do Tietê e 700 mil m³ do Pinheiros foi publicado ontem. As obras devem começar em maio.

Todos os anos, cerca de 600 mil m³ de sedimentos vão parar no Rio Tietê, conforme estudos feitos pela Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos. A limpeza chegou a ser paralisada na gestão José Serra, como destacou Geraldo Alckmin após as enchentes de janeiro.

Valas. No dia 11, deve ser lançado outro edital, para contratar uma empresa que fará a "circunvalação" na região do Parque Ecológico do Tietê, entre a zona leste e Guarulhos. O projeto prevê a criação de valas, que funcionariam como córregos paralelos ao Tietê e teriam o objetivo de receber a água dos córregos próximos. O sistema ficaria completo com a instalação de mais dois reservatórios, que teriam capacidade para receber até 1 milhão de m³ em dias de tempestades.

O governador destacou que essas obras vão melhorar o sistema de contenção das águas na região acima da Barragem da Penha. O fechamento das comportas dessa represa foi apontado como uma das causas do alagamento que durou quase dois meses no Jardim Romano, na zona leste da capital paulista.
.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Contraponto 4878 - "Em plateia com tucanos, Hebe rasga elogios a Dilma e irrita Serra"

.
02/03/3022


Em plateia com tucanos, Hebe rasga elogios a Dilma e irrita Serr
a

Do Onipresente - 02/03/3022

Diante de uma plateia com tucanos ilustres — como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o ex-governador José Serra (PSDB) —, a apresentadora Hebe Camargo dedicou, na noite desta terça-feira (1º), seu programa de estreia na Rede TV! à presidente Dilma Rousseff.

A atração vai ao ar no dia 15, e Hebe exibirá uma entrevista de 50 minutos com Dilma. A cada bloco, o programa mostrará pequenos trechos do depoimento. "Aos 60 anos de carreira, estou tendo o privilégio de entrevistar a primeira mulher a assumir a Presidência da República no Brasil. É uma honra que não sei explicar", derreteu-se a apresentadora para os quase 500 convidados na plateia.

Durante uma hora e 30 minutos de gravação, Hebe não poupou elogios a presidente. "Apesar de não ter votado nela, fiquei impressionada", delcarou, no fim da gravação. Reconhecendo que esperava encontrar a mulher "brava" e "séria" da campanha eleitoral, Hebe diz que se deparou com um "amor de pessoa". E agregou: "Acho que ela vai fazer coisas muito boas. Ela é uma gracinha!"

Quem acompanhou a gravação do programa não pode ver a íntegra da entrevista com Dilma. Dos trechos exibidos pela produção aos convidados, ela aparece com Hebe passeando no Palácio da Alvorada, apresentando os ambientes da edificação projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e falando sobre a fama de ter personalidade forte.

"Você já ouviu falar que algum político homem é durão? Eu nunca ouvi. Então, conclui que só existem homens meigos e a única pessoa brava sou eu", ironizou a presidente. À vontade, Dilma disse ser fã da Jovem Guarda e contou que gosta da música Amigo, do cantor e compositor Roberto Carlos. "Não tenho voz para cantar.... Você é meu amigo de fé, meu irmão camarada.... Tá vendo, desafinei."

A exaltação de Hebe a Dilma constrangeu Serra, candidato derrotado nas eleições de 2010. Na metade do programa, o ex-governador, visivelmente irritado, levantou-se, deixou a mulher, Mônica Serra, à mesa que ocupavam e não foi mais visto até o fim da gravação.

Mas Serra parecia ser o único convidado efetivamente desconfortável. "O governo dela já é um sucesso. Ela é uma mulher extremamente séria, tenho plena confiança no trabalho dela. Todo brasileiro tem de fazer isso (confiar em Dilma)", afirmou o cantor sertanejo Sérgio Reis.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi evocado. "Tenho certeza que ela (Dilma) vai dar continuidade a esse trabalho bonito do Lula. Tenho certeza absoluta que vai dar certo", emendou o cantor sertanejo Daniel. "Minha esperança é que a Dilma continue com isso aí", comentou o ídolo adolescente Luan Santana, sem se aprofundar no tema.

Enquanto a cantora Paula Fernandes chamou Dilma de “uma fortaleza", o ator e cantor Daniel Boaventura espera que a presidente dê continuidade à política externa do governo Lula e “possa manter a credibilidade do Brasil no mundo." Questionada sobre um "deslumbramento" com Dilma, a apresentadora negou que tenha feito uma homenagem a ela. "Quem recebeu homenagem fui eu", rebateu.

Postado por Oni Presente às 13:29:00 Links para esta postagem
.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Contraponto 4788 - "O feitiço de Dilma Rousseff"

.
17/02/2011

O feitiço de Dilma Rousseff

Do Blog da Cidadania -17/02/2011

Eduardo Guimarães

Quem diria. O dito “poste” da campanha eleitoral de 2010 vai se revelando uma estrategista política tão astuta que operou um milagre. Inauguramos, no Brasil, a feitiçaria política. Dilma Rousseff está presidindo o primeiro governo federal petista que, após um mês e meio de existência, não tem sido alvo de bombardeio midiático. Muito pelo contrário, Dilma tem recebido elogios e sido apresentada como vítima de uma absurda “herança maldita” deixada por Lula.

Em 2007, na aurora do segundo governo Lula, um mês e meio após a posse, o “caos aéreo” já fustigava o governo federal em manchetes bombásticas da grande imprensa. Em 2003, no primeiro mandato, o ex-presidente mal começara a governar e já era alvo de acusações da mídia de que o caos econômico do último ano de FHC – apenas mais intenso que nos três anos anteriores – era culpa sua.

A inflação, que chegara a quase oito por cento em 2001, em 2002 chegaria a doze – segundo o IPCA, do IBGE. A fuga de capitais se arrastava desde 1999, quando o Brasil teve que desvalorizar o real na marra, sem choro nem vela, porque terminava a farra cambial que reelegera FHC em um processo de mudança das regras do jogo que, nos últimos anos, a mídia vem dizendo antidemocrático, de um presidente alterar a Constituição para se permitir nova candidatura com vistas a permanecer no cargo.

No primeiro governo federal do PT ou no segundo, o início já foi de guerra. Nem o período de trégua que seria sensato conceder a quem iniciava o primeiro mandato em uma administração desmontada por forte crise financeira que se arrastara pelos últimos quatro anos, foi respeitado. Com Dilma, no entanto, está sendo diametralmente diferente.

Elogios. Vários e freqüentes. Como sempre, todos os colunistas no mesmo tom, repetindo a mesma tese de que o “estilo” de Dilma “agrada mais” – não dizem a quem, só que agrada mais –, e ela os vem recebendo tanto da mídia tucana quanto do seu maior ídolo político, aquele que lhe tem dado o tom nos últimos dezessete anos, Fernando Henrique Cardoso, que vem dividindo o amor midiático com José Serra, o outro queridinho da direita midiática.

E nem o feroz Serra tem sido antagônico com Dilma, limitando-se a resmungos comedidos, talvez por estar ciente de que não há ímpeto midiático de fustigá-la, falta de ímpeto que se vê, também, na maior parte da oposição, no baixo clero conservador, satisfeito com declarações sobre política externa e com o silêncio dela sobre os ataques incessantes a Lula em janeiro, ataques que têm arrefecido em fevereiro, por mais que persistam.

Tensa, a mídia espera reações de Lula, mas não de Dilma, que já se percebe que não baterá boca com os meios de comunicação, deixando ao padrinho político a missão de saciar-lhes a sede de manchetes e a fúria ideológica, no âmbito de uma derradeira tentativa dessa mídia de demonstrar poder de destruir quem a desafia, pois a resistência do eterno desafeto furta seu principal trunfo de “negociação” com a classe política.

De certa forma, é bom para todos, Lula, Dilma e mídia.

Lula, de seu lado, não tem nada a perder. Sua carreira política chega ao fim e os registros históricos lhe serão amplamente favoráveis, fora do calor da política partidária midiática. Não haverá historiador bom dos miolos que deixe de reconhecer o que ele representou para que ocorresse o salto histórico que o Brasil deverá dar na segunda década do século XXI. E, como ele disse, o êxito de Dilma será o seu êxito. Os brasileiros só querem que a indicada por ele não os decepcione.

Dilma, simplesmente porque está podendo governar sem sabotagem, ao menos até aqui.

A direita midiática, por sua vez, foge do desgaste de se mostrar intolerante com os governos petistas, depois de ter sido ignorada pela terceira vez em uma eleição presidencial, e pode deixar a impressão de que sua diferença com Lula não era partidária, mas produto de seus erros como governante, concentrando-se no lado histórico, no que ficará registrado para a posteridade sobre a atuação da imprensa na primeira década do novo século.

Dirão que o plano pode ser de Lula. Mais uma de suas estratégias brilhantes. Até pode ser, mas é Dilma que está sabendo não despertar a fúria midiática. Aliás, ao enfrentar os sindicatos na questão do mínimo fez um afago na mídia que não lhe custou nada porque Lula teria feito o mesmo, não teria cedido no valor do novo piso salarial do país. A política econômica é a mesma, tudo continua como dantes. Nem na tão propalada diplomacia há mudança de relevo.

Mas a forma como Dilma conduz as coisas dá uma diferença de tom, permite à mídia dizer que há diferença, que assim é que se faz e não como Lula fazia. A mídia, em seu entender – e, talvez, no de quem escreve esta análise –, fica por cima, como não tendo sido intolerante, mas, simplesmente, crítica de uma forma de governar e de se portar inadequada, a forma do ex-presidente.

Para um “poste”, Dilma não está se saindo nada mal. Ao menos do ponto de vista político. Isso, claro, ainda terá que ser confirmado por pesquisas sobre sua popularidade que, em algumas semanas, começarão a surgir. Porém, tudo indica que não haverá sobressalto, haja vista que não se tem notícia de piora no bem-estar social. Esse é o feitiço de Dilma: conseguir paz para governar. Que não se torne, porém, a paz dos cemitérios.
.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Contraponto 4680 - "Serra: de implacável a chorão"



Por lmstefanini

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/ao+acusar+golpe+no+psdb+serra+ameacou+ate+sair+do+partido/n1237996982495.html

Ao acusar golpe no PSDB, Serra ameaçou até sair do partido

Antes de ir a Brasília, ex-governador paulista procurou lideranças para reclamar das ações para afastá-lo das decisões da sigla

Ao acusar golpe no PSDB, Serra ameaçou até sair do partido - Política - iG

Ao acusar golpe no PSDB, Serra ameaçou até sair do partido
Antes de ir a Brasília, ex-governador paulista procurou lideranças para reclamar das ações para afastá-lo das decisões da sigla

Adriano Ceolin, iG Brasília | 09/02/2011 21:03

O ex-governador de São Paulo José Serra ameaçou até a sair do PSDB caso fosse completamente isolado das discussões sobre o futuro do partido. Antes de vir a Brasília nesta quarta-feira, o tucano manteve conversas com aliados e chegou a pedir ajuda a um governador eleito pelo PSDB em outubro.

Em tom transtornado, Serra classificou como “golpe” a realização de um abaixo-assinado para reconduzir o deputado federal Sérgio Guerra (PE) à Presidência do PSDB _ele está no cargo desde 2007. O ex-governador paulista ficou irritado porque, apesar de ter sido candidato a presidente em 2010, não foi sequer consultado sobre o assunto.

“Se for desta forma, é melhor eu sair do partido”, disse Serra, segundo o iG apurou com deputados tucanos. No sábado teve uma conversa com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Herdeiro da cadeira de Perillo no Senado, Cyro Miranda confirmou o encontro. “Serra disse que estava sendo prejudicado”, contou.

Como forma de amenizar os ânimos, aliados articularam a vinda de Serra a Brasília nesta quarta-feira. Ele participou da reunião da bancada do PSDB na Câmara pela manhã. Depois almoçou com a bancada do Senado. Nas duas ocasiões foi tratado com deferência.

Nos bastidores, porém, deputados reclamaram que não foram cumprimentados. No Senado, senadores disseram que foram chamados em cima da hora para o encontro.

Rival de Serra na disputa pelo comando do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) tenta evitar um confronto direto. Ele chegou a cancelar um almoço que teria com diretores do jornal “Correio Braziliense” para não deixar de comparecer ao encontro de Serra com a bancada nesta quarta-feira. Aécio apoia a reeleição de Sérgio Guerra como presidente do PSDB.

Sérgio Guerra contou que reuniu-se com Serra na segunda-feira em São Paulo. “Mas não tratamos de sucessão no PSDB. Falamos só de pendências da campanha de 2010”, disse Guerra. Ele fez questão de prestigiar os dois encontros de Serra, com os deputados pela manhã e com os senadores na hora do almoço.

Apesar da polidez de Guerra e Aécio, aliados de ambos criticaram Serra. Deputado do PSDB de Minas Gerais, Domingos Sávio tratou do assunto publicamente: “Queria fazer uma réplica. Ele fez uma ironia ao dizer que tucano tem vocação para segundo marido. Absurdo”.

De sua parte, Serra preferiu não responder perguntas sobre a sucessão no PSDB. “Tudo que a gente fala sobre isso dá problema”, disse. Na reunião da bancada, lançou o que chamou de 11º mandamento: “tucano não deve falar mal de tucano”.

Clique aqui para ir à notícia

Para acompanhar pelo Twitter: http://twitter.com/luisnassif

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Contraponto 4605 - "Chega ao fim no Ceará a Era Tasso"

.
02/02/2011

Chega ao fim no Ceará a Era Tasso

Do Vermelho - 2 de Fevereiro de 2011 - 15h40

Com a posse dos novos senadores realizada na última terça-feira (01/02), em Brasília, chega ao fim a “Era Tasso”, um dos políticos tucanos mais influentes do Ceará. O ex-todo poderoso chefe tucano foi eleito governador do estado pela primeira vez em 1986, teve três mandatos de governador, foi presidente nacional do PSDB e senador.

Serra e Tasso
José Serra e Tasso Jereissati, ambos do PSDB,
foram derrotados juntos nas últimas eleições.

Com o fim do mandato de Tasso Jereissati (PSDB) no Senado, sai de cena também a influência tucana na bancada cearense. Além do Senador Inácio Arruda (PCdoB), eleito em 2006, assumiram cadeira no Senado Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT).

Carlos Augusto Diógenes (Patinhas), presidente estadual do PCdoB, analisa a trajetória do tucano. “Por 20 anos, Tasso foi uma das principais figuras políticas do estado. No início, teve papel positivo ao derrotar os coroneis e assumiu o primeiro mandato na transição entre a ditadura e a democracia. Mas os rumos políticos tomados por ele, tornaram-no um dos principais defensores do neoliberalismo liderado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”.

Por quase 20 anos, a força tucana foi dominante nas vagas do Senado, sempre regidas por Tasso, conhecido no Ceará por “Galeguim dos Zói Azul”. Sob sua batuta, foram eleitos Beni Veras (1991-98), Reginaldo Duarte (suplente), Sérgio Machado (1995-2003), Luiz Pontes (1999-2003), além de Lúcio Alcântara (1995-2002), que se elegeu pelo PDT, hoje está no PR, mas exerceu praticamente todo o mandato de senador pelo PSDB. Durante a gestão presidencial de Fernando Henrique Cardoso (1995–2002), os tucanos reinaram com tranquilidade nas cadeiras cearenses no Senado. Foi em 2006, que a força hegemônica tucana começou a mudar, com a eleição de Inácio Arruda.

Repercussão nacional

A derrota de Tasso Jereissati teve repercussão nacional. Diretamente empenhado em eleger dois Senadores da base aliada, o então presidente Lula engajou-se diretamente na campanha de Eunício e Pimentel. Deu certo. Em sua última visita como presidente ao Ceará, Lula alfinetou Tasso, seu adversário político. "Vocês aqui no Ceará, graças a Deus, derrotaram alguém que precisava ser derrotado", disse sem citar o nome do tucano. Ao falar sobre a derrota de Tasso, Lula teve sua fala interrompida pelo público, que não economizou nos gritos e aplausos.

Segundo Carlos Augusto Diógenes, Tasso Jereissati passou a ser oposição não só à Lula, mas ao povo brasileiro. “Ele era um dos mais ferrenhos opositores do Governo Lula, com concepção direitista, preconceituosa e reacionária”, avalia. Patinhas acrescenta ainda que o senador tucano tornou-se oposição aos ventos progressistas que sopram na América Latina, defendeu a extinção da CPMF, ocasionando enormes prejuízos para a saúde no país. “Ele trabalhou contra o Governo Lula e colocou-se na contramão do processo de desenvolvimento do Brasil e do Ceará. O povo soube discernir suas atitudes e deu a resposta nas urnas”, avalia.

2010: ano marcante

O presidente estadual do PCdoB considera que o resultado destas eleições terá desdobramentos políticos no Estado. “Confirmou-se nas urnas o declínio do PSDB e do DEM, e o crescimento dos partidos aliados como o PSB, que elegeu o governador; PT e PMDB, com vitória dos senadores; e também do PCdoB, com a eleição de dois deputados federais, a manutenção do mandato de deputado estadual e a atuação destacada na batalha eleitoral do nosso Senador Inácio Arruda”. O comunista acrescenta ainda o que de mais simbólico aconteceu no último pleito. “A derrota de Tasso com mais de 600 mil votos de diferença foi mais um acontecimento histórico para o Ceará”, considera.

Na última eleição, Tasso lançou-se à reeleição, mas foi derrotado pela votação dos deputados federais Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT), que obtiveram, respectivamente, 2,6 e 2,3 milhões de votos. Tasso obteve 1,7 milhão.

“Liderança desfocada”

Carlos Augusto considera que a tendência de derrota de Tasso Jereissati e do seu projeto político vem desde 2002, com a vitória de Lula. “Foi quando terminou a ascensão do neoliberalismo no país e inicio outro ciclo no Brasil: o do fortalecimento das forças políticas de esquerda - PT, PSB, PMDB e PCdoB - pautadas pelo progresso e desenvolvimento do país”. Neste cenário, segundo Patinhas, lideranças que antes defendiam o neoliberalismo ficaram deslocadas. “Tasso passou a ser uma figura desfocada”, considera.

Segundo o dirigente comunista, o declínio do PSDB no Estado, com o enfraquecimento de Tasso Jereissati, abre espaço para o fortalecimento de novas forças políticas. “Neste processo de deslocamento de Tasso da cena política central no Ceará, abre-se espaço para os partidos de esquerda ampliarem suas atuações. Não há espaços vazios na política”, ratifica.

2012

Já levando em conta o novo quadro político desenhado após as eleições de 2010, o PCdoB já começa a planejar as próximas eleições. “Buscaremos em 2012 dar um salto eleitoral visando aumentar a força do partido tanto em eleições majoritárias quanto em proporcionais. Várias lideranças políticas já nos procuraram para dialogar sobre o próximo pleito. Deveremos incorporar estas lideranças e fortalecer ainda mais o Partido no Ceará”, reforça.

De Fortaleza,
Carolina Campos (com informações do Jornal O Povo)
.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Contraponto 4507 - "Alckmin, Serra e a sujeira tucana"

.
24/01/2011

Alckmin, Serra e a sujeira tucana
Por Altamiro Borges

Do Blog do Miro - segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Há algo de muito podre no ninho tucano. Até a mídia, que sempre protegeu a espécie, resolveu abrir o bico. Nos últimos dias, um festival de denúncias enlameia dois dos principais chefões do PSDB – o governador Geraldo Alckmin e o presidenciável derrotado José Serra. Por enquanto, o mineiro Aécio Neves trabalha em silêncio na sua tentativa de assumir o comando do partido.

Primeiro foram as denúncias contra Paulo César Ribeiro, o Paulão, irmão da primeira-dama do Estado, Lu Alckmin. Ele chefiaria uma quadrilha que garfou licitações em prefeituras de São Paulo e de mais quatro estados para fornecer merenda escolar. Sob investigação do Ministério Público do Estado, ele é acusado de pagar propina e de financiamento ilegal de campanhas eleitorais.

R$ 307 milhões de dívida em publicidade

Há indícios de que as denúncias contra Paulão partiram da famosa central de arapongas de Serra, que possui muita influência na “grande imprensa”. Como troco, o Palácio dos Bandeirantes divulgou nesta semana nota oficial informando que vai averiguar os gastos em propaganda da gestão anterior. Serra deixou para Alckmin R$ 307 milhões em dívidas com agências de publicidade.

O governador paulista, cunhado do Paulão, informa na nota que pode não pagar a farra publicitária de Serra. “O desembolso dos recursos previstos no Orçamento depende da autorização dos órgãos contratantes, que podem ou não executar serviços de publicidade durante a vigência dos contratos. Os contratos não geram direitos para as agências”, alfineta Alckmin.

Investigações na Secretaria dos Transportes

As bicadas entre os dois tucanos tornam-se cada dia mais sangrentas. Até a revista Veja, quartel-general do PSDB, já reconheceu que o clima é o pior da história do partido. No comando do Palácio dos Bandeirantes, Alckmin nomeou vários inimigos de Serra e acaba de indicar para a Secretaria dos Transportes, pasta suspeita de muitas maracutaias, o seu fiel "ex-chefe de polícia", Saulo de Castro.

Alckmin utiliza a caneta do poder para isolar Serra. Este, por sua vez, aciona seus arapongas, com trânsito na mídia, para fustigar o adversário. Já Aécio Neves torce para que o tucanato paulista finalmente perca o comando do PSDB. Esta briga promete!
.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Contraponto 4369 - "A TV Cultura já cristianizou Serra"

.
05/01/2011

A TV Cultura já cristianizou Serra
Do Nassif - 05/01/2011

Enviado por luisnassif, ter, 04/01/2011 - 23:44

Não existe processo mais cruel do que a cristianização dos derrotados, velhos aliados pulando do barco, enquanto este afunda.

No ano passado, na TV Cultura, a mera menção a pedágios paulistas acarretava demissão de jornalistas.

Hoje, no Jornal da Cultura, uma longuíssima matéria de mais de 16 minutos com críticas pesadas ao atendimento da saúde em São Paulo na gestão passada e como, daqui para frente, tudo será diferente: incluindo uma entrevista exclusiva com o novo rei, governador Geraldo Alckmin.

A esta altura do campeonato, não deve mais fazer diferença na vida do Serra. Mas vai fazer na imagem do presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, indicado pelo próprio Serra para garantir um espaço para seu grupo.

Clique aqui.
.