30/06/2010
Osmar Dias frustra Serra e sai candidato ao governo do Paraná
Vermelho - 30 de Junho de 2010 - 11h05
O senador Osmar Dias (PDT-PR) planeja para esta quarta-feira (30) o anúncio oficial de que vai disputar o governo do Paraná numa coligação envolvendo o seu partido, o PMDB e PT no estado. A decisão frustra as expectativas do presidenciável José Serra e do PSDB — que contavam com o apoio de Dias à chapa estadual do tucano Beto Richa para não dar palanque no Paraná à candidata Dilma Rousseff (PT).
O comando da campanha de Serra continua a dizer que o vice será Álvaro Dias (PSDB-PR), irmão de Osmar. Mas o surpreendente anúncio da candidatura de Osmar Dias ao governo, na condição de aliado de Dilma, pode fornecer aos tucanos o argumento do qual necessitavam para rever a indicação, motivo de crise com o aliado DEM.
Na noite desta terça-feira (29), Dias se reuniu a portas fechadas, por mais de quatro horas, em Curitiba, com a cúpula nacional do PDT. Segundo participantes do encontro, ele admitiu sair candidato após ter garantias de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao seu nome e de que será "o candidato a governador mais importante" da aliança encabeçada pela candidata petista Dilma Rousseff na disputas estaduais.
Com isso, consolida-se no estado um palanque forte para Dilma após mais de seis meses de negociações. A confirmação de Dias deve acirrar a eleição no Paraná, onde Richa e Osmar Dias estão empatados tecnicamente nas pesquisas. O pedetista chegou a receber oferta de candidatura ao Senado em união com o PSDB, mas a cúpula nacional do PDT vetou.
Na reunião, Osmar Dias também aceitou negociar um vice do PMDB. Antes, ele exigia a indicação da petista Gleisi Hoffmann. A formalização da aliança PDT-PT- PMDB precisa ainda do aval do atual governador paranaense, Orlando Pessuti (PMDB), que também estava na disputa pelo governo estadual. Ele já sinalizou oficialmente que pode abrir mão da candidatura.
Sobre a possibilidade do irmão Álvaro Dias ser indicado como vice de Serra, Osmar Dias argumentou na reunião que, como a eleição envolve cargos diferentes, sem existir "disputa direta", não haverá problemas de relacionamento entre eles. O pedetista usou ainda como argumento o fato de a situação do irmão tucano não estar definida, já que há resistências de aliados “demos” do PSDB.
Da Redação, com agências
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