07/02/2012
A declaração do título foi feita pela nova ministra da Secretaria das Mulheres, Eleonora Menicucci, e está na íntegra em reportagem de Bernardo Mello Franco na Folha de hoje.
Eleonora foi colega de prisão de Dilma Rousseff durante a ditadura civil-militar (aquela do 'O Dia que Durou 21 anos', o documentário que mostrou o que foi o golpe de 64) e que foi chamada de "ditabranda" pela Folha, porque Defesa da ditadura é tradição de pai para filho na Folha.
Num trecho da reportagem publicada hoje, a ministra mostra que a ditadura não tinha nada de branda, e descreve o horror:
Ao ser presa, em 1971, tinha 22 anos e militava no POC (Partido Operário Comunista). Ela conta que a filha Maria, que tinha 1 ano e 10 meses, foi torturada na sua frente nas dependências da Oban (Operação Bandeirante), em São Paulo. Depois, ficou 52 dias sem notícias do bebê.
"As torturas minha e de minha filha me mostraram a olho nu a nua e crua dimensão do terror instalado em nosso país e paradoxalmente nossa impotência frente a ele. Aqui me transformei em feminista", escreveu na revista científica "Labrys", em 2009. [Íntegra aqui]
E aí, Octávio Frias Filho, em que categoria você coloca a tortura de um bebê de 1 ano e 10 meses: ditabranda ou ditadura?
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