28/02/2012
- Dilma corta e Antártica pega fogo.
Tomara!
Do Conversa Afiada - Publicado em 28/02/2012
As Organizações (?) Globo – clique aqui para ler sobre a fantástica queda do Fantástico – insistem em transformar a tragédia na estação brasileira da Antártica na crucificação da Presidenta Dilma Rousseff.
A Presidenta foi a Fortaleza levar R$ 2 bilhões para o metrô.
Mas, as chamas antárticas a perseguem na Globo, implacavelmente.
Na edição impressa do Globo, o tema ocupa CINCO modestas páginas.
CINCO !
E o Bom (?) Dia Brasil ?
Metade é sobre futebol.
(Os telejornais da Globo se transformaram num abrigo para o merchandising do futebol que a Globo exibe com monopólio. Acorda, Bernardo !)
A outra metade é sobre a crucificação da Presidenta.
Pontificou neste esforço a chefe da redação de Brasília, Zileide Silva.
Ela tem linguagem inaceitável numa emissora que explora, em nome do povo brasileiro, propriedade do povo brasileiro: o espectro eletromagnético.
Ela pode achar que pertence aos filhos do Roberto Marinho ou ao Ali Kamel.
Mas, não, ainda não chegamos lá !
O espectro eletromagnético é (ou deveria ser, não é Bernardo ?) nosso !
As reportagens são precedidas ou seguidas, na expressão severa da Zileide Silva, de “vai ter que ter dinheiro”!
“É, mas … não tem jeito …”
Ao anunciar o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Parau, que vai aplicar mais recursos ao programa antártico, ela o precedeu de um enfático, glacial, arrasador … “tomara !”.
Tomara, viu seu ministro ?
Se não, vai para o castigo !
Zileide substitui âncora brasiliense por quem o Conversa Afiada tinha especial predileção: Claudia Bom (?) Tempo.
Ela parecia, daquele matinal púlpito, a verdadeira vice-líder da Oposição ao Governo Lula.
Implacável, infatigável, severa, focada, persistente.
Parecia imbatível.
Pois, não é que a Zileide tomou-lhe o lugar ?
A Zileide vai longe.
Breve, poderá ser promovida ao “Entre Caspas”, da GloboNews.
Como diz o Mino Carta, jornalista a quem Heraldo Pereira de Carvalho parece dedicar inexcedível admiração, o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega.
Continua o Mino: os jornalistas brasileiros são piores que os patrões.
Sobre isso, Mino acaba de concluir excelente romance de título “Brasil”, em que o personagem principal, Abukir, é um desses: pior que o patrão.
No entrecho, Abukir chega ao ponto mais alto (ou mais baixo) da carreira quando entra para a Globo.
Em tempo: como se percebe nessas mal traçadas linhas, este ansioso blogueiro é um irrecuperável racista.
Em tempo2: a interminável cobertura da GloboNews da chegada dos mortos à base aérea do Galeão demonstrou que a Presidenta Dilma percebeu o Golpe antártico em andamento. Ela não foi à cerimônia e o vice-presidente Michel Temer, e o Ministro da Defesa (e excelente chanceler) Celso Amorim não falaram ao PiG (*).
Paulo Henrique Amorim
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