01/01/2016
E a democracia resistiu ao golpe e à intolerância
Brasil 247 - 31 de Dezembro de 2015 às 17:23
Em 2015, a democracia brasileira passou por uma
dura prova de fogo; de um lado, a oposição, liderada pelo senador Aécio
Neves (PSDB-MG), se aliou ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para
promover um impeachment sem fundamentos jurídicos – ou seja, um golpe;
de outro, grupos sociais disseminaram ódio nas redes sociais, revelando
uma faceta nova da sociedade brasileira: a da intolerância, que atingiu
diversas personalidades, como o ex-ministro Guido Mantega; o episódio
mais recente, que revelou o quanto o Brasil adoeceu, foi a agressão ao
cantor e compositor Chico Buarque; no entanto, apesar de tudo, a
presidente Dilma Rousseff resistiu e inicia 2016 bem mais forte do que
seus adversários gostariam
247 –
Eis que 2015 chega ao fim de um modo bem diferente daquele que foi
sonhado pela oposição. Apesar de todas as dificuldades políticas e
econômicas, a presidente Dilma Rousseff se mantém no cargo e o
impeachment se tornou uma miragem distante depois que o Supremo Tribunal
Federal invalidou o rito traçado pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).Em paralelo, ao mesmo tempo em que envenenava o ambiente político com seu terceiro turno sem fim, a oposição patrocinava as pautas-bomba no Congresso, apostando na tese do 'quanto pior, melhor'. E isso sem falar nas demissões provocadas no setor de engenharia pelo fator Lava Jato.
O Brasil foi rebaixado por duas agências de risco, o desemprego cresceu fortemente, mas, apesar disso, a presidente Dilma conseguiu, no fim do ano, ver a seu lado um batalhão de pessoas dispostas a lutar pela democracia. A seu lado, perfilaram-se artistas, professores, juristas, sindicalistas e intelectuais – mesmo aqueles que não estão satisfeitos com a sua gestão.
Tudo isso demonstrou que, em 2015, a democracia foi colocada como um bem maior, a despeito de todos os seus inimigos – tanto na política como nas franjas mais radicais da sociedade. O ano que chega ao fim foi marcado por vários episódios de intolerância. Ex-ministros, como Guido Mantega e Alexandre Padilha, foram agredidos em locais públicos. Chico Buarque, o maior artista brasileiro, foi insultado por um grupo de intolerantes no Leblon, demonstrando a que ponto a sociedade brasileira adoeceu.
No entanto, 2015 teve ainda o mérito de mostrar a natureza do golpe. Uma articulação sinistra, que uniu derrotados nas urnas, políticos corruptos que temem o avanço das investigações em curso e grupos fascistas que disseminam ódio e intolerância.
Felizmente, eles não passaram, nem passarão em 2016.
.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista