09/03/2016
Moro é como tubarão: primeiro morde, e, se percebe sangue e fraqueza, ele mata
Palavra Livre - 09 Mar 2016 07:22 AM PST
Por Davis Sena Filho
"Não há nada mais parecido a um fascista do que um burguês assustado". (Bertolt Brecht)
Eu
fico aqui a pensar com os meus botões: mas que raios de Justiça é esta
que temos? E o Ministério Público, que papelão é este? É duro para uma
pessoa com mais de cinco séculos de vida verificar e se certificar que o
Brasil oficial, especificamente o Supremo Tribunal Federal (STF),
calou-se e não agiu, como se temesse aplicar sua autoridade
constitucional, como se fosse cúmplice dos mandos e desmandos
judiciários e político-partidários do juiz federal de primeira
instância, Sérgio Moro. Tal magistrado, mais do que o último presidente
da ditadura militar, general João Figueiredo, tornou-se o juiz que
realmente prende e arrebenta e ainda tem o apoio da imprensa mais
corrupta, covarde e golpista do planeta, liderada pelas Organizações(?)
Globo.
Aliás,
diga-se de passagem, o juiz Moro, cujo pai é fundador do PSDB de
Maringá, além de sua esposa ter sido vinculada profissionalmente ao
partido dos tucanos no Paraná, quando prestou assessoria jurídica, bem
como seu escritório realizou serviços à Shell, poderosa petrolífera que
concorre com a Petrobras, sabe da força do PT quando se trata de
eleições presidenciais. O magistrado causa a impressão de forçar a barra
para que o PSDB e seu aliado, a imprensa de negócios privados dos
magnatas bilionários, sejam favorecidos com seus atos e suas ações
judiciais, de forma que se transformem em material político para ser
usado nas manchetes do sistema midiático privado e nas tribunas do
Congresso Nacional por tucanos golpistas liderados pelo inconsequente
playboy Aécio Neves.
Como
pode o Brasil ficar refém de grupelhos de direita que se consideram
donos do Brasil e, com efeito, tratam de rasgar a Constituição,
atropelar o Estado de Direito e mandar às favas a democracia conquistada
a ferro e fogo por inúmeras gerações, cujos militantes políticos foram
perseguidos, presos, torturados, mutilados e mortos, além de exilados.
Muitos pagaram também com demissões sumárias no serviço público e
privado, a exemplo de juristas, magistrados do STF, militares, oficiais e
praças, servidores públicos de inúmeras áreas, cientistas, educadores,
jornalistas, economistas, engenheiros, professores universitários,
operários, camponeses, estudantes, artistas, poetas e escritores.
Empresários
que não "fecharam" com o golpe civil-militar, inclusive do setor
midiático, foram tratados como inimigos e com perversidade. Muitos de
seus negócios faliram e tiveram de procurar outro modo de vida, porque,
definitivamente, os "novos" donos do poder, a partir de 1964, realmente
não se importaram em proteger as empresas as quais eles consideravam não
alinhadas à nova ordem que conquistou o poder por intermédio de um
golpe de estado violento, que colocou as Forças Armadas nas ruas para
assegurar que o generais e os empresários, a exemplo de Roberto Marinho,
proprietário de O Globo, não tivessem de enfrentar reações às suas
ações golpistas.
Esses coxinhas paneleiros de barrigas cheias, que saem às ruas a vestir camisas de Seleção Brasileira, detestam o Brasil e desprezam seu povo. Na verdade, trata-se de uma tentativa de dissimular e manipular o "amor" que sentem pelo Brasil, quando a realidade, nua e crua, é que a coxalhada odeia o Brasil e o seu povo, porque ama de paixão os Estados Unidos e alguns países da Europa, que hoje visivelmente se percebe que são decadentes. São tão antinacionalistas, que enchem a boca orgulhosamente para chamar o Brasil de País de merda, ao tempo que se submetem e se subordinam aos ditames dos países ricos, porque são realmente pessoas portadoras de incomensurável complexo de vira-lata.
O
sistema judiciário-midiático, com fortes vínculos com o PSDB, DEM e
aliados, prendeu e sequestrou o presidente mais popular e considerado o
melhor mandatário de todos os tempos deste País. O juiz de primeira
instância, que calou os juízes do STF e causa medo ao Poder Judiciário
em todas suas instâncias, com raras exceções, morde como o tubarão
branco. E explico: o peixe mais poderoso e feroz dos oceanos quando ele
ataca a presa a morde e rapidamente a solta, para evitar reação e, com
efeito, ser ferido. O tubarão deixa a presa sangrar, até ela se
desmilinguir em sangue, para depois se alimentar com segurança.
O
juiz de primeira instância, Sérgio Moro, o condestável do Paraná,
juntamente com os procuradores direitistas e obsessivos com o PT de Lula
e Dilma Rousseff, mas jamais com o PSDB de Aécio Neves e Fernando
Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, não está nem aí para o combate à
corrupção. E por quê? Porque se estivesse preocupado ele, certamente,
importaria-se em analisar e avaliar de forma séria e justa os desmandos
dos tucanos, inclusive do governador Beto Richa, que é denunciado e
acusado de cometer inúmeros escândalos de corrupção, bem como seu
governo é acusado de massacrar os professores de escolas públicas,
dentre muitas outras repressões e abusos de poder perpetrados pelo seu
ex-secretário de Segurança, Fernando Francischini, um direitista
radical, reconhecidamente violento e disposto a defender, com unhas e
dentes, os interesses da casa grande. É o que ele faz e para isso foi
treinado.
Uma
das mais violentas repressões policiais que um mandatário de Estado da
Federação cometeu contra os trabalhadores da Educação na história da
República. As imagens, filmes, vídeos e fotos do massacre comprovam o
que eu assevero, pois são dantescas e desumanas, pois de uma violência
que deixa atônito e comovido até mesmo um cidadão perverso, sem
escrúpulos e com modos e pensamentos de um fascista. A violência foi de
mais e aconteceu em plena democracia, a provar que tem muita gente no
Brasil que se lixa para o Estado de Direito. E a mídia de mercado mais
uma vez ignorou e acobertou os fatos, pois elitista e corrupta.
Cansei,
por intermédio de meus artigos publicados em inúmeros sites e blogs,
que vicejam na internet, de listar os escândalos de corrupção dos
tucanos e suas violências, bem como centenas ou milhares de blogueiros
progressistas e de esquerda que dessa forma procedem, porque percebem
que o Brasil tem uma Justiça, um MP e uma PF que não são republicanos,
porque não trabalham a favor dos interesses do povo brasileiro, mas,
sim, de grupos políticos e partidários, como o PSDB, cujo objetivo é
derrotar e extinguir o PT, derrubar a presidenta Dilma Rousseff e
prender o ex-presidente Lula. É visível esta condição e realidade, que a
mídia comercial e tais servidores públicos de direita não mais
disfarçam e muito menos escondem suas intenções golpistas, que se
baseiam na ilegalidade e na arbitrariedade.
Jornalistas
profissionais de esquerda ou simplesmente cidadãos que possuem blogues
ou sites se expressam pela rede mundial e discordam frontalmente da
imprensa da casa grande e de seus aliados da Justiça, do MP e da PF, a
exemplo dos juízes Sérgio Moro e Gilmar Mendes, dos procuradores Carlos
Fernando Santos Lima, Deltan Dallagnol e Cássio Conserino, além dos
delegados incrivelmente aecistas, em plena campanha eleitoral de 2014,
quando em serviço se aproveitaram de suas funções e cargos públicos para
avacalhar, por meio de seus facebooks, a presidenta Dilma e o
ex-presidente Lula.
A
pretensa delação do senador Delcídio Amaral serviu como rastilho de
pólvora para que Sérgio Moro e sua tropa de "intocáveis" de cinema de
Hollywwod se mobilizassem para prender o presidente Lula, que deveria
ter ido para Curitiba e não ficar em Congonhas para depor aos policiais
partidários e de direita da PF. Moro queria Lula de preferência
incomunicável, até porque no Brasil as sucessivas informações em forma
de delações sobre a Operação Vaza Jato chegam primeiro na imprensa de
mercado, que fica a saber de tudo primeiro do que os advogados dos
acusados e presos, muitos deles trancafiados sem terem sido objetos de
processo e de condenação por parte da Justiça burguesa, que há mais de
cinco séculos atende aos interesses dos ricos em detrimento da maioria
do povo brasileiro e do próprio País.
Jornalistas
da Globo chegaram primeiro que a PF ao prédio de Lula em São Bernardo.
Agora, se são os procuradores, os juízes e os delegados da PF que tratam
de investigações, de prisões e delações da Vaza Jato, então, chega-se à
conclusão que são eles e mais ninguém que vazam ou repassam as
informações, que se transformarão em "acusações" e "julgamentos" em
forma de notícias e manchetes. Sendo que as pessoas que são responsáveis
pelos linchamento, imolação, empalação e açoite em praça pública,
concretizados na desmoralização e destruição de reputações alheias, são
os jornalistas de direita e de confiança dos magnatas bilionários de
imprensa, donos das máquinas de desqualificação moral e de desconstrução
de imagens dos que são considerados seus inimigos. Cito um exemplo: há
poucos dias, os colunistas de direita de O Globo, Ricardo Noblat e
Merval Pereira, em nome de seus patrões, pediram, dissimuladamente, mas
nem tanto, que os militares interviessem no processo político
brasileiro. Esses caras não aprendem. Quanto mais velhos, maiores suas
irresponsabilidades.
As
máquinas de destruição da moral e de reputações alheias tem nomes e são
conhecidas pelo público como Rede Globo, O Globo, CBN, Globo News,
Extra, Rádio Globo, Valor Econômico, G1, Jovem Pan, Rede Bandeirantes,
SBT, Rede TV, Época, Veja, IstoÉ, Zero Hora, Correio Braziliense, Folha
de S. Paulo, Estadão, Estado de Minas e a maioria dos meios de
comunicação impressos e radiofônicos do nordeste, do norte e do
centro-oeste. Trata-se da grande mídia de direita nas mãos dos
verdadeiros donos da casa grande associados ao mercado financeiro, setor
que domina o mundo e financia todas as guerras e a destruição de quem
ousa e se atreve a enfrentar a plutocracia internacional, que tem no
Brasil como sua mais importante representante a família Marinho, além
dos banqueiros dos grande bancos privados brasileiros.
O
juiz de primeira instância, Sérgio Moro, sabe o que faz. Sempre soube.
Ele e seus associados do sistema judiciário de direita resolveram fazer
política no lugar do PSDB, bem como tomaram a frente de batalha no que
concerne até então ao papel da imprensa alienígena. Sérgio Moro age como
um tubarão. Ele mordeu e esperou para ver o tamanho do sangramento e
qual seria o grau de reação dos apoiadores e aliados de Lula e do PT,
organicamente disseminados pela sociedade. O tubarão morde e solta para
depois retornar e acabar com sua vítima, indelevelmente, enfraquecida.
Agir assim é de sua natureza. O fascismo está solto, e quem o repercute,
diabolicamente, é a imprensa mercantil dos magnatas bilionários e
sonegadores de impostos, bem como adoradores dos bancos públicos, como
extensão do patrimonialismo que os beneficia e os privilegia desde 1500.
Acontece
que tem presas que não são dadas a vitimizações e nem as aceitam
passivamente. É o caso de Lula, que vai lutar para provar que o "ladrão"
não é ele, mas, evidentemente, que são outros e diferentes atores da
política e do empresariado, que desejam destruir o PT e suas lideranças,
tomar o poder e, rapidamente e urgentemente, dar início ao
engavetamento de processos, como ocorria no Governo FHC, cujo
procurador-geral, Geraldo Brindeiro, era apelidado de engavetador-geral.
Moro não combate o bom combate. O juiz de primeira instância se
aproveita de seu cargo e função, como se fosse um agente público de um
estado paralelo.
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