quinta-feira, 22 de março de 2012

Contraponto 7648 - "A Dilma está em 'crise' ? A crise é do PMDB e no PIG"

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22/03/2012

A Dilma está em 'crise' ?

A crise é do PMDB e no PIG

Antes de mais nada, amigo navegante, leia o excelente artigo da Maria Inês Nassif sobre como Dilma enfrenta a chantagem do PMDB e do PiG (*).


A partir daí, considere que o PiG (*) se lambuza no que chama de “crise“ da Dilma no Congresso.

A Folha (**), diz na manchete que “Base aliada retalia (sic) Dilma e impõe derrotas ao Governo”!

Aparentemehte, o Golpe deu certo: agora, a Dilma cai.

Na página dois, aquela colonista que disse que o Cerra era o mais consistente e se tornou especialista em assuntos do AR, descreve a “crise” como um “Dia de cão”.

Coitadinha da Dilma !

Não deve ter dormido essa noite.

A manchete do Estadão baba de alegria !

Até o Valor, o PiG-Chic, dedica três páginas do primeiro caderno à “crise”.

Qual é o tamanho da “crise”, amigo navegante ?

A votação da Lei Geral da Copa foi adiada.

O amigo navegante tem dúvida de que Lei da Copa será votada ?

Alguma Lei ?

Não, não é isso ?

Porque não haverá Copa sem uma Lei que ordene.

A menos que a Globo consiga transferir a Copa para o Haiti, como tentou transferir as Olimpíadas para Madrid.

Qual é o outro ingrediente da “crise” ?

A bancada ruralista quer votar o Código Florestal antes da Lei da Copa.

A Dilma não quer.

Que “crise” é essa ?

A Dilma e os ruralistas divergem.

Assim como os verdes (por falar nisso, o que tem feito a Blá-blá-rina ?) divergem dos ruralistas e da Dilma.

E daí ?

Quem vai ganhar, amigo navegante ?

Outra “crise” é o Ministro da Fazenda ir ao Congresso falar sobre a situação econômica internacional.

E, segundo a Folha (**), “deverá ser questionado (sic) sobre as disputas no Banco do Brasil”.

“Disputas” que, certamente, se travam em termos muito mais elegantes dos que a do PSDB de São Paulo.

E daí, amigo navegante ?

Que “crise” é essa ?

Como diria a Inês Nassif, a Dilma pode governar até 2014, numa boa, sem precisar aprovar nada crucial no Congresso.

Daquilo que ela mais precisava, o Orçamento e o Fundresp – que vai arrumar as contas da Previdência – o Congresso já lhe deu.

O que está em jogo é que a Dilma resolveu desmontar a panelinha da chantagem.

Resolveu acabar com o toma-lá-dá-cá da Patricia Poeta, quer dizer, do PMDB e seus Varões da Moralidade – Temer, Wellington, Eduardo Cunha, Sarney, Henrique Alves, Padilha etc etc…

No próprio Valor, na pág A7, Raymundo Costa segue a trilha aberta pela Maria Inês Nassif e considera:

Planalto aposta na renovação da maioria

Por Raymundo Costa | De Brasília


(…)


A nova orientação política do governo Dilma obedece a uma lógica cuidadosamente planejada e tem por objetivo formar uma nova maioria no Congresso, agregando setores de partidos aliados insatisfeitos com o governo àqueles que já compunham a coalizão governista de mais de uma dezena de partidos, a chamada base aliada. Dilma também quer inovar nos métodos e renovar lideranças. O exemplo que costuma ser dado é o do Senado, há vários anos com seus principais cargos controlados pela tríade formada pelos senadores José Sarney (AP), Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR), todos do PMDB. Na Câmara, ainda davam as cartas o chamado “grupo paulista” do PT, ligado ao ex-ministro José Dirceu e ao campo majoritário do PT.


Com a renovação, a presidente espera mudar práticas como o famoso toma lá, dá cá que costuma nortear muitas negociações no Congresso para a aprovação de projetos de interesse do governo. A própria Dilma talvez tenha sido quem melhor explicou o conceito por trás da ideia dessas mudanças, em discurso ontem no Rio de Janeiro quando falou sobre o “jeitinho” brasileiro. “Não tenho nenhuma dúvida que a maioria dos brasileiros cansou de conviver com práticas marcadas pela lassidão e com nossa fama do país do jeitinho”.


A presidente negou que estivesse criticando a flexibilidade do brasileiro. “Estou criticando o jeitinho”. Segundo Dilma, o brasileiro preza a ética e o respeito às regras. “Sei que o povo brasileiro sabe que sem regras, os primeiros que sofrem são os mais fracos”, afirmou. No que depender de seu governo, disse Dilma, o Brasil será país em que contratos, tratos, regras e acordos serão sempre cumpridos.


(…)


(Colaborou Francisco Goes, do Rio)

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