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21/08/2013
MÉDICOS CUBANOS COMEÇAM A CHEGAR
Nesta
 quarta-feira, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anuncia a 
formalização do acordo com Cuba para a vinda de 450 médicos ao Brasil. 
Outros 1.500 profissionais  cubanos  devem desembarcar no país um pouco 
mais adiante.
 A decisão reflete um novo momento do programa ‘Mais 
Médicos' que, progressivamente, furou o bloqueio duplo da má vontade 
conservadora e do elitismo corporativista. Lançado em oito de julho, a 
iniciativa ataca fatores emergenciais e estruturais que explicam o 
elevado número de áreas desassistidas no país. O Brasil tem apenas 1,8 
médico por mil habitante; a Argentina tem três.
 O governo quer elevar o 
índice brasileiro para 2,5 por mil. Precisará de mais  168.424 médicos. 
As escolas brasileiras formam cerca de 18 mil médicos por ano. Mais de 
3.500 municípios aderiram ao programa. 
O ministro Padilha pretende 
acudir a emergência com a importação imediata de profissionais 
estrangeiros; e, de outro lado, corrigir a usina estrutural desse hiato 
incorporando as escolas de medicina à política da saúde pública no 
Brasil. De dois modos: incentivando a formação do clínico-geral e 
transformando a residência médica em prestação de serviço remunerada no 
SUS. O acordo com Cuba, bombardeado originalmente, foi revalidado pelo 
próprio boicote corporativista, que tornou explícita a indiferença das 
elites em relação aos segmentos mais vulneráveis da população. Foi obra 
da paciência política do governo. 
Hoje, mais de 54% dos brasileiros 
declaram-se favoráveis à vinda de estrangeiros para socorrer as regiões 
distantes e as grandes periferias conflagradas. Mais que uma vitória 
isolada, o Mais Médicos descortina uma nova família de políticas 
públicas para o país, que convoca a universidade se incorporar à 
construção do passo seguinte do  desenvolvimento brasileiro.
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