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23/05/2014
Rejeição “marota” do Ibope para animar oposição
Tijolaço - 22 de maio de 2014 | 14:26 Autor: Fernando Brito
Autor: Fernando Brito
Embora já se tenha dado uma “arrumada” na taxa de intenção de voto,
ainda há coisas marotíssimas na pesquisa Ibope divulgada hoje.A maior delas, alegria da oposição, seria que seus candidatos têm uma taxa de rejeição menor que a de Dilma Rousseff.
Diz José Roberto de Toledo, analista de pesquisas do Estadão: “Não por acaso, a taxa de rejeição de Dilma também está em um terço do eleitorado. É bem mais alta do que a de Aécio (20%) e a de Eduardo (13%). A de Dilma ficou estável, enquanto a dos rivais caiu – ao mesmo tempo que eles se tornaram mais conhecidos do eleitor por força de suas propagandas na TV.”
Nada demais em Dilma ter uma taxa de rejeição significativa, até porque ela é situação e, depois da campanha raivosa que se vem fazendo contra ela (leiam o próximo post) é de esperar que seja mesmo alto este índice, numa eleição que se polariza.
Mas há algo errado. E muito errado.
Em 21 de março, segundo o Ibope – e o Estadão publicou - “as taxas de rejeição de Dilma, Aécio Neves (PSDB) e Campos se equivalem:38%, 41% e 39%, pela ordem”.
Na pesquisa de abril, ao menos que eu encontrasse, este dado não foi divulgado.
Talvez porque, naquela pesquisa, o Ibope tenha mudado a forma de perguntar sobre rejeição. (aqui maio, aqui abril e aqui março, os questionários)
Mas agora aparece dizendo que Aécio tinha 25% em abril (contra 41%,30 dias antes) e passou para 20 % em maio e que Campos tinha 21% em abril e passou a 13% em maio, também, apenas um terço do que tinha 60 dias atrás?
Como as taxas de rejeição caíram à metade e a um terço? Eles tiraram foto com Jesus Cristo ou salvaram uma criancinha de atropelamento? Ganharam na loteria e distribuíram o prêmio aos pobres?
Isso não existe e tanto não existe que o Datafolha apontava, menos de duas semanas antes do Ibope, uma taxa quase igual entre Dilma e Aécio. Novamente, o próprio Estadão publicou: “No Datafolha, Dilma tem 35% de rejeição e Aécio 33%“. Campos também tinha 33%.
Uma diferença de 33% para 20% na taxa de rejeição é tão monstruosa que não há margem de erro ao quadrado que a justifique. E olha que no Ibope essa taxa era, em março, de 41%.
O Ibope parece estar tomando lições com Geraldo Alckmin, deixando uma “reserva estratégica” para seus prognósticos.
E como a Justiça Eleitoral exerce seu papel de controle sobre as pesquisas eleitorais apenas com um carinho de data para divulgação, sem sequer obrigar a publicação dos resultados, ficamos nós aqui tentando entender o que faz estes “milagres” acontecerem.
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