A
decisão do presidente norte-amerciano, Barack Obama, de reatar relações
diplomáticas com Cuba surpreendeu o mundo e não foi diferente com o
embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, um dos mais experientes diplomatas
brasileiros. “Foi uma decisão forte, abrangente”, elogiou Guimarães em
entrevista ao iG.
Reuters
Obama e Raúl Castro em encontro recente: reaproximação ainda não eliminou embargo
O embaixador não deixou de relacionar a mudança de
comportamento do governo dos Estados Unidos aos recentes ataques da
oposição no Brasil que, durante a campanha, fez coro com as críticas de
que o governo petista estaria financiando o regime comunista, com o
financiamento de empreendimentos em Cuba, como o Porto de Mariel.
“A
decisão de Obama calou a oposição no Brasil. A oposição nem pode deixar
de estar calada, até porque, para criticar, teria que atacar os Estados
Unidos, o que para eles seria muito confortável. Eles não se sentem
muito confortáveis nesta posição”, atacou.
Guimarães lembrou do
protagonismo do Brasil na defesa da participação de Cuba em fóruns
internacionais e ainda elogiou a política em relação a Cuba desempenhada
pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidente, Dilma
Rousseff, de financiar o porto e de chamar os médicos cubanos para o
programa Mais Médicos. “Foram decisões muito acertadas”, avaliou.
O
presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira (17) uma
série de mudanças nas relações entre o país e Cuba. Foto: AP Photo/Doug
Mills, Pool
Confira a entrevista:
iG - Que análise o senhor faz da decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de reatar relações do país com Cuba?
Samuel Pinheiro Guimarães - Eu
acho que estamos vivendo um momento muito importante. Há 52 anos, os
Estados Unidos não só decretaram um embargo unilateral em relação a
Cuba, como também convenceram muitos países a imitar este embargo. Isso
gerou um isolamento muito grande de Cuba e configurou uma clara agressão
aos princípios de autodeterminação e de não intervenção que são os
princípios básicos do sistema internacional. Agora o presidente Obama dá
o primeiro passo para encerrar esta questão, com o reatamento das
relações diplomáticas, com afrouxamento de uma série de medidas
prejudiciais a Cuba, o anúncio da abertura de embaixadas.
Em
relação ao foi do embargo econômico, Obama ainda dependerá do Congresso
norte-americano, onde não tem mais maioria. Isso compromete a
abrangência de sua decisão? Foi uma decisão forte,
abrangente, na medida em que ele fez o que estava ao alcance do
Executivo. Realmente, o fim do embargo depende da aprovação do
Congresso. Mas houve uma série de medidas e sua posição não é nada
tímida.
Recentemente, as eleições no Brasil trouxeram
discussões acirradas sobre a política externa dos governos petistas,
bastante próxima de Cuba. Que influência o novo posicionamento de Obama
pode ter em relação a esta questão no Brasil? Eu acho que
todo este episódio também veio mostrar que o ex-presidente Lula, quando
tomou sua decisão de apoiar Cuba, não só no Porto de Mariel, mas muito
antes, e a presidente Dilma, com o programa Mais Médicos, tomaram
decisões muito acertadas. Os dois foram muito criticados pela oposição
no Brasil, como sendo apoio ao regime comunista e assim por diante. O
Brasil já havia patrocinado a participação de Cuba nos organismos das
Américas, mesmo antes da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e
Caribenhos), na Cúpula Ibero-americana. De modo que o Brasil teve uma
posição avançada. A decisão de Obama calou a oposição no Brasil. A
oposição nem pode deixar de estar calada, até porque, para criticar,
teria que atacar os Estados Unidos, o que para eles seria muito
confortável. Eles não se sentem muito confortáveis nesta posição,
atacou.
Que
contexto o senhor observa na decisão de Obama, já que ele, somente
agora, em seu segundo mandato e com minoria no parlamento, tomou tal
decisão? Sempre houve pressão interna e externa muito grande
pelo fim do embargo. Internamente, existe a comunidade de cubanos que
moram nos Estados Unidos que ganharam uma importância política muito
grande. Além disso, sempre houve uma pressão para melhorar as relações
dos Estados Unidos com os países da América Latina, não só com Cuba, mas
praticamente com todos os países do continente. Todos esses países têm
relações diplomáticas com Cuba e todos sempre pressionaram muito pelo
fim do embargo. O embargo é condenado até hoje na Assembleia Geral das
Nações Unidas, todos os anos. Esta decisão favorece a imagem dos Estados
Unidos no mundo, e em especial, perante a América Latina.
O senhor considera que a motivação desta decisão é mais política ou econômica?Mais
política. Cuba é um país que tem 11 milhões de habitantes
aproximadamente. Não é, portanto, um grande mercado. É claro que haverá
um aumento do turismo de Cuba para os Estados Unidos e vice-versa, mas
os Estados Unidos tem 350 milhões de habitantes o que deverá gerar um
fluxo de turistas para Cuba muito maior do que o contrário.
O que o Brasil tem a ganhar com esta decisão? O
Brasil foi muito criticado por ter financiado a construção do Porto de
Mariel, um porto que não é do Brasil, é um porto cubano, mas há pelo
menos cerca 15 empresas brasileiras que já estão se instalando na área
industrial em volta do porto. Não tenho todos os detalhes, mas trata-se
de uma zona especial como as que foram criadas China. Nós exportamos
principalmente para o mercado norte-americano, de modo que esta decisão
foi muito acertada.
Cearense, engenheiro agrônomo, servidor público federal aposentado,casado, quatro filhos e onze netos. Um brasileiro comum, profundamente indignado com a manipulação vergonhosa e canalha feita pela mídia golpista e pela direita brasileira, representantes que são de uma elite egoísta, escravista, entreguista, preconceituosa e perversa.
Um brasileiro que sonha um Brasil para todos e não apenas para alguns, como tem sido desde o seu descobrimento até os nossos dias.
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O QUE É PIG ?
"Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PIG, Partido da Imprensa Golpista." (Paulo Henrique Amorim.) Dentre os componentes do PIG, os principais e mais perigosos veículos de comunicação são: a Rede Globo, O Estado de São Paulo, a Folha de São Paulo e a revista Veja.
O PIG - um instrumento de dominação usado pela plutocracia - atua visando formar uma legião de milhões de alienados políticos manipuláveis, conforme os seus interesses.
Estes parvos políticos - na maioria das vezes, pobres de direta - são denominados na blogosfera progressista como 'midiotas'.
O estudo Os Donos da Mídia, do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), mostra que de 1990 a 2002 o número de grupos que controlam a mídia no Brasil reduziu-se de nove para seis.A eles estão ligados 668 veículos em todo o país: 309 canais de televisão, 308 canais de rádio e 50 jornais diários. http://www.cartacapital.com.br/sociedade/em-encontro-da-une-profissionais-defendem-democratizacao-da-midia/
MENSALÕES
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OS "MENSALÕES" NÃO JULGADOS
PGR e o STF – terão que se debruçar sobre outros casos e julgá-los de acordo com os mesmos critérios, para comprovar isonomia e para explicitar para os operadores de direito que a jurisprudência, de fato, mudou e não é seletiva.
É bonito ouvir um Ministro do STF afirmar que a condenação do “mensalão” (do PT) mostra que não apenas pés-de-chinelo que são condenados. Mas e os demais?
Alguns desses episódios:
1 - O mensalão tucano, de Minas Gerais, berço da tecnologia apropriada, mais tarde, pelo PT.
2 - A compra de votos para a reeleição de FHC. Na época houve pagamento através da aprovação, pelo Executivo, de emendas parlamentares em favor dos governadores, para que acertassem as contas com seus parlamentares.
3 - Troca de favores entre beneficiários da privatização e membros do governo diretamente envolvidos com elas. O caso mais explícito é o do ex-Ministro do Planejamento José Serra com o banqueiro Daniel Dantas. Dantas foi beneficiado por Ricardo Sérgio – notoriamente ligado a Serra.
4 - O próprio episódio Satiagraha, que Dantas conseguiu trancar no STJ (Superior Tribunal de Justiça), por meio de sentenças que conflitam com a nova compreensão do STF sobre matéria penal.
5 - O envolvimento do Opportunity com o esquema de financiamento do “mensalão”. Ao desmembrar do processo principal e remetê-lo para a primeira instância, a PGR praticamente livrou o banqueiro das mesmas penas aplicadas aos demais réus.
6 - Os dados levantados pela CPI do Banestado, de autorização indevida para bancos da fronteira operarem com contas de não-residentes. Os levantamento atingem muitos políticos proeminentes.
........................................................... Luis Nassif
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