quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Contraponto 15.740 - "Macura e o homem branco, uma lenda cearense"

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 31/12/2014

 

Cultura 

Macura e o homem branco, uma lenda cearense


Enviado por JNS

Macura e o homem branco - Uma lenda cearense


Do Jornal da Besta Fubana

Imagens da cidade de Aracati-CE e da Ponta Grossa 

Segundo o historiador Tomás Pompeu de Sousa Brasil, os primeiros habitantes das terras de Aracati, os índios Potyguara, teriam entrado em contato com os europeus quando o navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón, aportara no local denominado Ponta Grossa ou Jabarana, no litoral do Ceará.

O povo conta há muito tempo que foi nessa época que se deu essa história. Naquele tempo, o acesso a praia de Ponta Grossa não era fácil ou até mesmo quase impossível.  Para se chegar até aquela remota localidade só era possível vindo pela praia do Retiro Grande ou Areia Branca, no Rio Grande do Norte.
Não se sabe surgido de onde, um náufrago de pele branca aportou ali, sozinho e doente em busca de água potável e de abrigo. Viu que o lugar era completamente deserto, mas percebeu que havia rastros de pessoas. Mais tarde, para sua derrota,  descobriria que se tratava de uma tribo de índios chamada de Jabaranas.
O náufrago, passados uns dias, conheceu uma nativa  que frequentemente vinha buscar água que brotava nos olheiros no sopé das falésias.
Foi o inicio de uma grande paixão entre o náufrago branco e a nativa que se chamava Macura. Mesmo sem entender o idioma do náufrago, ela  sempre lhe advertia do grande perigo que ele corria em se aproximar de sua tribo. No entanto, certo dia, Macura foi seguida por outra índia e o destino do homem branco naquele instante foi terrivelmente traçado.
Ele já estava muito doente e as idas e vindas de Macura até o local onde se encontrava aquele homem, na ânsia de tratá-lo, chamou a atenção da tribo. Quando o Pajé viu aquele homem misterioso de pele branca, cabelos dourados e olhos azuis com um  linguajar incompreensível, imediatamente o acusou de ser um “Anhanguera” e foi morto impiedosamente.
O destino, porém, reservava uma surpresa para a Tribo. Macura estava grávida do homem branco. Apesar de a gravidez não ser bem-vinda, Macura pariu o menino que passou a viver como se fosse um curumin Jabarana.
Quando da invasão Holandesa no Brasil no ano de 1599, ao travarem contato com os  Jabaranas para a surpresa de todos, encontraram, vivendo como um índio, um homem, já centenário, de calelos dourados, pele branca e de olhos azuis que falava somente a língua nativa tupi-guarani.
Diz-se também que José de Alencar baseou-se nessa lenda para escrever o romance Iracema.

Texto: Besta Fubana

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PITACO DO ContrapontoPIG 
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O Descobrimento do Brasil por Vicente Pinzón. 
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"[...] Raimundo Girão acha que a Proto-História Cearense, de Tomás Pompeu Sobrinho, convence pela verdade de sua proposição: um autêntico e sério revisionismo deste ponto de vista da história brasileira. [...] Um detalhe a acrescentar é que Pompeu e Girão apontam não apenas uma, mas duas expedições espanholas chegadas ao Brasil antes de Pedro Álvares Cabral. A primeira foi a frota chefiada por Vicente Yanes Pinzón, que aportou no Ceará e desembarcou duas vezes em fevereiro de 1500, após mais de dois meses da viagem iniciada em porto de Palos. 


A segunda expedição pré-cabralina foi a de Diogo de Lepe, que saiu do mesmo porte de Palos um mês depois de Vicente Pinzón, com duas caravelas. Ele (Lepe) aportou nas águas do Rio Grande do Norte, seguindo depois até a ponta do calcanhar. Posteriormente, seguiu na direção norte, onde foi encontrar a cruz fincada por Pinzón. Diogo de Lepe denominou de Rostro Hermoso o local, referência a Santa Verônica, homenageada neste dia pelo calendário. Era exatamente a ponta do Mucuripe, local do segundo desembarque de Pinzón, para onde viera após chegada na Ponta Grossa, cuja terra achara “árida e os índios hostis" ( Reportagem do Jornal do Brasil, RJ, ed.de 24.11.1968.).


Segundo Pompeu Sobrinho, Vicente Pinzón fez duas paradas ou estações nas costas cearenses. A primeira, no cabo de Santa Maria - na Ponta Grossa ou da Jabarana - no litoral do município de Aracati e a segunda no Rostro Hermoso - o Mucuripe- em Fortaleza, no início de fevereiro de 1500, um pouco mais de dois meses, portanto, antes de Cabral chegar à Bahia.

Fonte: aqui
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