21/12/2014
Globo deflagra estratégia para manter Cardozo na Justiça
Cardozo e Daniello: a garantia de que os vazamentos não serão  coibidos.
 Reportagem de O Globo de hoje sustenta que o Ministro da 
Justiça José Eduardo Cardozo e o delegado geral da Polícia Federal 
Leandro Daniello deverão ser mantidos nos respectivos cargos por Dilma 
Rousseff.
Reportagem de O Globo de hoje sustenta que o Ministro da 
Justiça José Eduardo Cardozo e o delegado geral da Polícia Federal 
Leandro Daniello deverão ser mantidos nos respectivos cargos por Dilma 
Rousseff..
As alegações são risíveis.
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"Dilma também teria decidido manter Cardozo no cargo porque o 
ministro tem tido papel importante na linha de defesa do governo contra 
denúncias que surgem na Lava-Jato. O ministro foi o primeiro a contestar
 publicamente a suspeita de que parte do dinheiro de um dos empreiteiros
 investigados abasteceu a campanha da presidente em 2010. Em meio a 
críticas da oposição, o ministro alegou que a doação foi devidamente 
registrada. Disse também que o dinheiro foi para o PT, e não para a 
campanha da presidente".
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Cardozo  não tomou nenhuma atitude em relação aos vazamentos da 
Lava Jato, sequer daquele que resultou da capa falsa de Veja e que 
poderia ter decidido as eleições; não mantém nenhuma influência sobre a 
Polícia Federal, nenhuma interlocução com o Ministério Público e o 
Supremo Tribunal Federal. Deixou o governo sem defesa em inúmeros 
episódios, sob a alegação de sua falta de iniciativa devia-se ao 
espírito "republicano". Nas poucas vezes em que saiu em defesa do 
governo, precisou ser empurrado para o centro do ringue - em uma dela, 
pela própria Dilma.
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Há quase consenso no Palácio sobre o papel inócuo de Cardozo, não 
apenas na defesa do governo como no dia-a-dia da pasta, mesmo por parte 
de auxiliares que o tratam com carinho.
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Por seu turno, Daniello é um delegado discreto, mas ferozmente 
crítico em relação ao abandono da PF pelo governo federal e, 
especialmente, pelo Ministro da Justiça.
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Para se preservar no cargo e não entrar em dividida, Cardozo adotou
 uma estratégia dúbia. Não leva para a presidente nenhuma demanda da PF 
porque sabe que Dilma, assoberbada por uma infinidade de problemas, não 
gosta de auxiliares que lhe tragam mais um.
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Para compensar essa falta de iniciativa, Cardozo entrega à PF o que
 ela não necessita: palavras, elogios, retórica, declarações de apoio 
inócuas e liberdade absoluta para vazar dados, mesmo de de depoimentos 
sob sigilo judicial, alimentar o noticiário contra seu governo. Para os 
agentes - e para a mídia - é jogo sem riscos.
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O grande projeto de uma Polícia Federal de primeiro mundo implodiu 
quando, pressionando pelos grupos de mídia e pelo Ministro Gilmar 
Mendes, Lula tirou o delegado Paulo Lacerda do comando e colocou o 
substituto Luiz Fernando com a incumbência de esvaziar a Satiagraha. 
Vazamentos, empenho da PF em buscar provas contra Dilma e Lula tem como 
espoleta a maneira como o governo desmoralizou as investigações da 
Satiagraha e o abandono a que a PF foi relegada na gestão Cardozo.
A volta de Lacerda para o comando da PF poderia ser um ato de 
ousadia do governo Dilma. Mas é tão improvável quanto qualquer 
iniciativa de regulação de mídia.
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De qualquer modo, mantidos Cardozo e Daniello, o cenário da Lava 
Jato será o mais adequado para a oposição, deixando o governo sem sua 
última linha de defesa.
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PITACO DO ContrapontoPIG 
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Como diria Leonel Brizola: "se a Globo é a favor, sou contra!
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