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24/07/2015
Advogada abandona Lava Jato e expõe submundo da operação da PF
Comentarista Paulo Vannuchi estranha abandono de advogada e afirma que pressão psicológica praticada na operação será um dia comparada à tortura
  
  
  
    
      
      por Redação RBA      
    
  
  
  
  
    publicado
    24/07/2015 14:22
  
  
  
  
  
  
  
                Roosewelt Pinheiro / ABr
            
Ricardo Lewandowski solicitou informações ao juiz Sergio Moro: delação que envolve Cunha traz nomes tarjados
São Paulo – Em comentário hoje (24) na Rádio Brasil Atual,
 o cientista político Paulo Vannuchi analisa a atuação do presidente da 
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), da mídia e a atitude da 
advogada Beatriz Catta Preta, que abandonou clientes da Operação Lava 
Jato por pressão de aliados de Cunha.
Citado por delator da Lava Jato, por ter recebido 
propina, Cunha conseguiu do presidente do Supremo Tribunal Federal 
(STF), Ricardo Lewandowski, que solicitasse informações ao juiz Sergio 
Moro.  “Eduardo Cunha descobriu que, na delação que o envolvia, do 
empresário Júlio Camargo, havia nomes tarjados. Por quê? Ele, então, fez
 o expediente e, corretamente, o ministro Lewandowski está solicitando 
informações ao juiz Sérgio Moro, que pode representar o início do que 
antecipo há muitos meses aqui”, referindo-se à necessidade de estancar 
os vazamentos seletivos da operação.
Vannuchi também comenta a notícia sobre a advogada 
Beatriz Catta Preta, “que já tinha despertado notoriedade e muitas 
críticas de seus colegas, por ser autora de nove das 17 delações 
premiadas”. 
Vannuchi lembra, inclusive, matéria da Folha de S.Paulo,
 que ela chega a assediar clientes de outros advogados, e se aproveita 
de momentos de fragilidade familiar. “Por exemplo, sistematicamente, 
houve um momento em que os operadores da Lava Jato, seja com Paulo 
Roberto Costa, Júlio Camargo e outros, ameaçaram com a convocação de 
familiares. ‘Seu filho está envolvido’. Isso quebra a resistência 
psicológica. O preso, o potencial delator, se desestrutura 
psiquicamente. Em algum dia isso será, sim, forçosamente comparado à 
tortura”, afirmou Vannuchi.
Nesse processo, a advogada Beatriz Catta Preta, 
apesar de jovem, teria amealhado algo em torno de R$ 25 milhões, até R$ 
45 milhões, em honorários. “Júlio Camargo, ao fazer a denúncia de 
Eduardo Cunha, por ter recebido dele US$ 5 milhões em propina, disse que
 foi ameaçado por um pau mandado de Eduardo Cunha. Esse pau mandado 
seria Celso Pansera, parlamentar do PMDB-RJ. Ele então fez a convocação 
dessa advogada à CPI (da Petrobras), para que ela explicasse a 
origem dos seus honorários, porque ela pode estar recebendo dinheiro 
também de delatores que não entregaram tudo o que roubaram, ou das 
empresas desses delatores.”
A advogada anuncia então, depois dessa reviravolta 
que ataca Eduardo Cunha, que abandona as suas causas e vai se mudar para
 Miami. “É muito estranho uma advogada tão bem-sucedida abandonar a 
defesa, no que pode ser futuramente processada por seus clientes. Ela 
deu o prazo até o próximo dia 30 para se mudar para Miami. Esse é o 
submundo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que os grandes 
jornais, de modo geral, não querem trabalhar”.
Ouça comentário de Vannuchi para a Rádio Brasil Atual:
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