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07/06/2010
Vermelho - 7 de Junho de 2010 - 10h26
A Marinha de Israel atacou na madrugada desta segunda-feira (7) um barco palestino na costa da Faixa de Gaza matando cinco pessoas, informou a rádio oficial de Israel. As Forças Armadas do país disseram que o barco levava militantes armados em roupas de mergulho que, supostamente, estavam preparando-se para atacar Israel.
O Fatah, partido palestino que controla a Cisjordânia, informou que os corpos seriam de integrantes de seu braço militar e que uma quinta vítima do ataque ainda está desaparecida. O Hamas, movimento islâmico palestino que controla a Faixa de Gaza, confirmou o incidente, acrescentando que retirou quatro corpos do mar.
Israel estabeleceu um bloqueio ao território palestino em junho de 2007, após o Hamas ter assumido o controle da Faixa de Gaza.
Na semana passada, as Forças Armadas de Israel atacaram um comboio de seis navios que transportava cerca de 700 ativistas – incluindo uma brasileira. A frota tentava furar o bloqueio naval imposto por Israel e Egito à Faixa de Gaza quando foi atacada por militares israelenses em águas internacionais. Os ativistas (turcos na maioria) levavam 10 mil toneladas de ajuda humanitária. Nove ativistas morreram.
Diversos países condenaram os ataques, suavizados pelos EUA – aliados históricos de Israel. Mesmo assim, a ONU obteve apoio para criar uma comissão independente para apurar as agressões. (Grifo do ContrapontoPIG)
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, deve prestar uma homenagem aos mortos durante uma visita a Istambul. Abbas está na Turquia para participar nesta segunda-feira (7) de uma série de discussões sobre segurança regional.
Ontem, o embaixador israelense nos Estados Unidos, Michael Oren, disse que seu país não pedirá desculpas à Turquia pela morte dos nove ativistas, nem aceita a abertura de inquérito internacional para investigar o ataque à frota.
Os ministros do Exterior da França e da Grã-Bretanha pediram a Israel que aceite no mínimo uma "presença internacional" na investigação do incidente.
A proposta de uma investigação envolvendo outros países foi discutida em um telefonema na manhã deste domingo (6) entre o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o premiê de Israel, Binyamyn Netanyahu. Pelo plano, a comissão incluiria representantes dos EUA, Turquia e Israel, que reportariam suas conclusões ao primeiro-ministro da Nova Zelândia.
Com agências
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