quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Contraponto 2937 - "Engenheiro cearense projeta carro elétrico"

.
04/08/2010

Engenheiro cearense projeta carro elétrico


Jornal O Povo (CE) - 04/08/2010

O engenheiro Elifas Gurgel apresentou automóvel de silêncio absoluto e poluição zero. Segundo projeções de estudos do BNDES, até 2030, indicam que os elétricos vão representar mais de 35% da frota mundial. Hoje, a estimativa é de 0,3% do mercado

Luar Maria Brandão - Especial para O POVO 04/08/2010 02:00

Se o mundo exige hoje práticas ambientalmente sustentáveis, lançar carro com poluição zero pode ser um bom negócio. Quem fez isso foi o engenheiro cearense Elifas Gurgel: ele fabricou protótipo de carro elétrico, apresentado ontem no pátio do Banco do Nordeste (BNB). Por ser ecologicamente correto, o carro elétrico desperta o interesse de governos e investimentos de fundos de pesquisa, mas a tecnologia ainda é cara. Só o conjunto de baterias pode custar R$ 60 mil.

Iniciado em 2007, o projeto de Elifas Gurgel está entre outras iniciativas pontuais de montadoras e grupos de pesquisa mundo afora no desenvolvimento de carros elétricos. Já que não queima combustível, a tecnologia é uma das apostas sustentáveis para a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera, dos quais 28% são provenientes de veículos automotores.

“Não viemos apresentar uma alternativa, mas uma evolução”, destaca o engenheiro, que também é presidente do Clube do Carro Elétrico. O carro exposto no BNB foi montado a partir da conversão de um modelo Gol, da Volkswagen, e já está sendo utilizado há um ano por seu “criador”. “Com seis mil km rodados, já deixei de lançar na atmosfera uma tonelada de gás carbônico”, afirma ao ressaltar os benefícios do motor elétrico. A ausência total de ruído, a força do arranque e a manutenção barata foram outras vantagens destacadas.

Para fazer funcionar o carro elétrico, também nada tão complicado: basta conectar seu cabo de alimentação a uma tomada convencional. Após receber carga de oito horas, o veículo pode rodar até 150 km e atingir velocidade de 130 km/h. Se usado em escala maior, a ideia é construir “eletropostos” de abastecimento com rede de energia mais eficiente, que permita recarregar a bateria do carro em menos tempo.

A tecnologia ainda é cara. Para iniciar o projeto, em 2007, Elifas teve R$ 58,3 mil do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci), do BNB. Até o começo deste ano, no entanto, o engenheiro calcula ter investido um total de R$ 300 mil.

E-MAIS

“Semana passada apresentamos o carro ao governador Cid Gomes, que se mostrou muito interessado em expandir essa tecnologia para veículos do transporte urbano”, afirmou engenheiro.

Já o Governo Federal acenou investimentos na área: parte dos R$ 600 milhões para projetos de inovação tecnológica no País, vão contemplar o desenvolvimento de carros elétricos. O superintendente do Etene também assegura o acompanhamentos das discussões e investimentos.
.

Um comentário :

  1. Na verdade, nem as montadoras, nem os governos querem se afastar do conceito carro movido a combustível fossíl. O Brasil é o único país do mundo que usa outro tipo de combustível em larga escala, o álcool. O Brasil também inovou no uso geral da técnologia flex, um motor que pode ter o álcool ou a gasolina, ou ambos como combustível. Como o motor do carro elétrico tem menos partes móveis, teria de menos manutenção. Os custos por quilômetros rodados também cairiam, pois a eletricidade tem um custo mais baixo que o custo da gasolina ou do álcool. Vai demorar um pouco, mas os carros elétricos um dia dominarão as ruas.

    ResponderExcluir

Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista