17/10/2010
Nós e os Outros
DoLaDoDeLá - 16/10/2010Marco Aurélio Mello*
Somos ricos. Pelo menos no conceito de rico do IBGE. Ganhamos mais de 20 salários mínimos, temos casa própria com três quartos, dois carros, segurança particular, empregada doméstica (registrada com dois salários mínimos e todos os encargos pagos pelo patrão, sem partilha) e jardineiro uma vez por mês.
Nossos filhos estudam em escola particular, o mais velho faz inglês. Ainda que o orçamento não faça sobrar, podemos planejar e sentimos que a vida progride com o passar do tempo, sem ambição desmedida e sem excessos. Na medida do possível, somos felizes, e o melhor, com dignidade, sem ter que passar a perna em ninguém!
Muitos brasileiros de classe média urbana são assim, têm perfil idêntico ao nosso. Trabalham com dedicação e honestidade e, podendo ajudar o país e as pessoas mais necessitadas, assim o fazem. São esses brasileiros, como nós que, ao lado da grande maioria (as famílias que vivem com renda de até R$ 2.000,00 por mês),' vão escolher Dilma Rousseff presidente do Brasil. E sabe por quê? Porque somos tolerantes, temos capacidade de diálogo e de superação. Descobrimos, em apenas 8 anos, um país que nunca existiu para nós. Crescemos ouvindo dizer que éramos pobres, endividados, incapazes de melhorar de vida e de distribuir melhor nossa riqueza.
Antes, dependíamos dos Estados Unidos e do Fundo Monetário Internacional para tudo. Nossos produtos industrializados só eram vendidos para alguns países. Éramos exportadores de commodities e ponto. O Brasil era motivo de chacota lá fora. Só tínhamos orgulho das nossas mulheres (cujos corpos continuamos a oferecer como moeda de troca, infelizmente) e do nosso futebol que, ora ou outra, "pipoca" e "pisa na bola". Sentíamos vergonha da nossa nacionalidade. E ninguém queria investir aqui. Nossas empresas estatais e nossos bancos estavam quebrados.
Uma das últimas jóias da coroa, a Petrobras, estava sendo preparada para ser entregue a preço de banana aos "gringos", como foi a Vale do Rio Doce e tantas outras.(Grifo do ContrapontoPIG)
Não havia perspectiva de se alcançar um diploma de nível universitário, nem de ter emprego digno, senão para muito poucos. Agora não. Estamos construindo um país para todos e não vamos aceitar de volta no poder, os mesmos que fizeram nosso país quebrar três vezes, e que sempre defenderam um Estado mínimo, incapaz de investir e gerenciar nossos interesses e nosso desenvolvimento.
Hoje, como nunca, temos auto-estima e somos brasileiros conscientes do risco do retrocesso. Não vamos permitir que isso aconteça! Estou certo de que nossa mobilização e nossa força farão toda a diferença no dia 31 de outubro!
- *Marco Aurélio Mello. Vinhedo, São Paulo, BrazilJornalista pela Metodista de SBC. Aluno convidado do curso de Comunicação de Massa e Sociedade Moderna da Universidade de La Crosse, Wisconsin, USA. Bolsista do 1º Curso de formação de Governantes da Fundação Escola de Governo. Desde 1987 já trabalhou em imprensa especializada, sindical, produtora de TV e TV aberta (Editor do JN da Globo). Atualmente é editor especial do Jornal da Record..
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