terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Contraponto 4453 - "Demagogia contra aumento dos valores pagos ao Paraguai por Itaipu"

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18/01/2011


Demagogia contra aumento dos valores pagos ao Paraguai por Itaipu

Do Vermelho - 18 de Janeiro de 2011 - 17h38

O governo brasileiro quer confirmar o aumento nos valores pagos ao Paraguai pela energia excedente da usina hidrelétrica de Itaipu. Mas, no Congresso, onde o acordo precisa ser aprovado, ainda há resistência da oposição.

Pela proposta, o pagamento pela cessão da energia paraguaia passaria de U$ 120 milhões para U$ 360 milhões por ano. O tucano Antonio Carlos Mendes Thame, deputado federal pelo PSDB-SP, interpreta o acordo do governo brasileiro com o país vizinho como um ato de “entreguismo” do Brasil. É um argumento falso e demagógico.

Coisa de tucano

O acordo é um reconhecimento de que é necessário reparar injustiças e corrigir assimetrias no relacionamento entre os países que integram o Mercosul. A bem da verdade, é preciso recordar que entreguismo é coisa de tucano.

Foi o que o governo de FHC praticou durante oito longos anos. Lembremos: ele entregou a Vale do Rio Doce na bacia das almas (pela bagatela de R$ 3 bilhões), entregou o sistema de telecomunicações (e os entreguistas que bolaram a negociata ainda confessaram que estavam agindo “no limite da responsabilidade”), a energia elétrica, as siderúrgicas e se preparava para também entregar a Petrobras, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. O crime de lesa-pátria só não foi consumado devido à eleição de Lula em 2002.

O deputado tucano argumenta que Itaipu foi construída com recursos brasileiros para sustentar que "essa revisão do tratado vai significar um ônus imenso que, sem dúvida nenhuma, vai ser repassado para o consumidor, para o industrial, para o produtor brasileiro."

Mas a verdade é que o custo não será tão alto e tem um grande significado para o empobrecido Paraguai. Segundo o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), o Brasil tem condições de arcar com o aumento, e a Eletrobras não precisará repassar a despesa extra para as contas de energia elétrica do brasileiro.

Para Dr. Rosinha, os ganhos sociais e geopolíticos justificam a concessão ao país vizinho. "Itaipu não é uma companhia, não é uma empresa que foi planejada para fazer o crescimento do País ou planejada para corrigir déficit energético brasileiro.”

De acordo com o parlamentar, Itaipu foi planejada para resolver uma demanda antiga de fronteira com o Paraguai. “Era uma demanda que vem de antes da Guerra do Paraguai e que se agravou com o conflito. Então foi criada Itaipu para que inundasse as áreas geográficas de disputa de fronteira.”

Dr. Rosinha defende que a ajuda do Brasil ao desenvolvimento do Paraguai evitará que os paraguaios da fronteira busquem solução para seus problemas sociais no lado brasileiro. Há ainda, segundo o deputado, acordo para que os novos recursos sejam utilizados também para regularizar a situação de brasileiros que vivem no Paraguai.

O acordo para revisão das tarifas foi assinado em julho de 2009 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo presidente do Paraguai, Fernando Lugo.

Com agências
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