28/01/2011
Brasil e Argentina juntos para fortalecer o comércio e a relação econômico-social
Do Blog do Planalto - Sexta-feira, 28 de janeiro de 2011 às 18:43
Brasil e Argentina assinarão uma série de medidas que visam estreitar as relações entre os dois países tanto no campo do comércio quanto das relações econômico-sociais, dentre as quais destacam-se convênios para a construção de reatores nucleares e de duas usinas hidrelétricas e um programa bilateral de habitação. Os acordos serão assinados durante a visita da presidenta Dilma Rousseff à Argentina na próxima semana, informou nesta sexta-feira (28) o embaixador Antonio Simões, subsecretário-geral da América do Sul, Central e do Caribe, em briefing à imprensa concedido no Palácio Itamaraty, em Brasília (DF).
De acordo com o embaixador, a escolha da Argentina como o primeiro país a ser visitado pela presidenta após sua posse se deve à importante parceria entre os dois países e ao aumento significativo do comércio bilateral, que atualmente gira em torno de US$ 33 bi. Além disso, ressaltou Simões, pela primeira vez na história os dois países são governados por mulheres.
“Entre 80% e 90% [desse comércio] é composto por manufaturados (…), então é um comércio muito interessante, pois é um comércio que gera emprego de carteira assinada, que gera prosperidade nos dois países e gera, sobretudo, uma interdependência econômica que é extremante importante para alavancar o desenvolvimento da relação também em outras áreas”, disse.
As presidentas Dilma Rousseff e Cristina Kirchner também assinarão uma declaração para a promoção da igualdade de gênero e proteção às mulheres, um memorando sobre bioenergia, um protocolo adicional para trabalhar de forma mais aprofundada a questão das fronteiras e a construção de uma ponte sobre o rio Peperi-Guaçu, que liga Santa Catarina à província argentina de Misiones.
Além disso, informou Simões, será instituído um fórum de altos executivos Brasil e Argentina, instância onde se discutirá o desenvolvimento dos dois países sob a ótica empresarial, e no campo econômico-social, um memorando para promoção comercial conjunta entre os dois países em diversos mercados.
“Esses [acordos] dão bem o caráter estratégico que estamos trabalhando. A gente tem pela frente um horizonte de aprofundamento da relação [bilateral] muito interessante. Nós temos de um lado coisas que vinham do governo passado, mas nós temos novos horizontes sendo abertos também pelas duas presidentas”, afirmou.
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