07/02/2011
Gilberto Carvalho diz que FSM antecipou a necessidade de mudanças no mundo, confirmadas na crise internacional
Do Amigos do Presidente Lula - por Zé Augusto - segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, chefe da delegação brasileira que participa do 11º Fórum Social Mundial, discursou na abertura do evento, lembrando que o fórum, iniciado em Porto Alegre (RS), há 11 anos, em busca de alternativas, deu resultados:
“A crise internacional só confirmou que era preciso estabelecer novas relações econômicas, sociais e políticas no mundo. E o fórum foi esse laboratório.”
“A crise nos levou a fugir do caminho imposto pelo FMI [Fundo Monetário Internacional] e outros órgãos, que levou à recessão e miséria... Era a fórmula da derrota. Mas vimos que nós podíamos encontrar o caminho verdadeiro, deixando de lado a cartilha neoliberal. Preferimos apostar no financiamento à produção e no consumo interno, que nos tirou da crise antes dos outros." - disse Carvalho.
De acordo com ele, “governo nenhum salva país algum” sem ouvir a sociedade.
Repetindo um gesto feito pelo ex-presidente Lula, Gilberto Carvalho pediu desculpas pela escravidão, o que provocou muitos aplausos.
O ministro reconheceu que a pobreza ainda é um problema que “envergonha e vitima milhões de brasileiros” e indicou que o combate à miséria seguirá como prioridade no atual governo.
Egito
Após o discurso, Carvalho comentou a situação do Egito, quando questionado: “os movimentos de massa lembram muito os que tivemos no Brasil contra a ditadura. Esperamos que ocorra o mesmo que conosco: que esses movimentos saiam dessas lutas para regimes e sistemas de governo democráticos.”
Tomando cuidado para não repetir o que fazem países imperialistas, e não ferir o princípio da auto-determinação dos povos, afirmou que o Brasil “tem uma posição de cautela, observação e apoio à democracia” em relação aos recentes conflitos no Egito e não fará pedidos pela saída imediata do presidente Hosni Mubarak.
“Não podemos fazer uma intervenção desse modo – não é nosso feitio... Temos apenas a expectativa de que o presidente Mubarak tenha bom senso, evite o derramamento de sangue e a violência." (Com informações da Agência Brasil)
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