quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Contraponto 4674 - A "briga de foice" entre os tucanos

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09/02/2011
A "briga de foice" entre os tucanos

Do Blog do Miro - 08/02/2010

Por Altamiro Borges

Josias de Souza, um dos colunistas da Folha mais chegados do ninho tucano, publicou uma notinha reveladora na semana passada. "Disputa pelo comando do PSDB virou ‘briga de foice’", afirmava no título. "Partido de amigos 100% feito de inimigos, o PSDB simula unidade em público e guerreia em privado", alfinetava na sequência.

O motivo principal desta "autoflagelação", que não ocupa as manchetes dos jornalões nem os comentários irônicos nas telinhas, seria a disputa pela presidência da legenda. Numa manobra agressiva, que conseguiu a adesão da maioria dos parlamentares eleitos pelo PSDB, Aécio Neves está bancando a recondução de Sérgio Guerra com o nítido objetivo de escantear José Serra.

"Guerra de foice no escuro"

Ainda segundo o bem-enturmado Josias, surpreendido com o golpe matreiro do mineiro, o paulista "abriu contra Guerra, ex-coordenador de sua campanha presidencial, uma guerra de foice no escuro. Sob refletores, Guerra diz que não discute com Serra. Meia verdade. A verdade inteira é que a dupla já nem se fala... A trinca nas relações é do tipo irrestaurável".

Esta guerra explica porque a direção do PSDB ressuscitou a múmia de FHC no seu programa de TV - outro motivo de mágoa do tucano derrotado nas urnas e agora descartado pela legenda. "Além da irritação com o abaixo-assinado pró-Guerra, Serra atribui ao comando partidário sua exclusão do programa televisivo levado ao ar na quinta (3)", descreve o colunista da Folha.

"Um Waterllo anunciado"

A "briga de foice" entre os tucanos e o inferno dos demos - outro capítulo dos traumas vividos pela direita nativa pós-resultado do pleito de 2010 - têm preocupado a mídia demotucana. Vários dos seus "calunistas" parecem rezar pela reunificação da direita; eles fazem apelos quase diários por uma oposição unida e mais dura nas críticas ao governo Dilma Rousseff.

Como alerta Josias de Souza, "a quatro anos de 2014, o PSDB cozinha em banho-maria o mesmo pudim envenenado que o desuniu em três derrotas: 2002, 2006 e 2010. Unificada, a maior legenda da oposição iria à próxima batalha com duvidosas chances de êxito. Atomizada, vai ao front como protagonista de um Waterloo anunciado".
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