20/08/2011
Do Tijolaço - 19/08/2011
O supernavio da Vale: Brasil, só no nome e na carga de minério de ferro
O repórter Fabiano Maisonnave, publica em seu blog, na Folha, uma entrevista com o chinês Zhang Shouguo, vide presidente da Associação de Proprietários de Navios da China. Compreensivelmente furioso com o fato de a Vale operar uma frota própria de navios graneleiros para transportar para lá nosso minério, o sr. Souguo dá uma informação importante: no momento em que a Vale encomendou na China e na Coreia a sua frota – ainda a ser entregue – de supercargueiros havia sobra de navios – e baixo custo de frete, em consequencia – naquele país.
“Era desnecessário”, diz o sr. Shoguo.
José Carlos Martins, diretor da Vale, argumenta que a empresa precisava de uma frota própria para transportar seu minério em trajetos de longo curso, como o para a China. Verdade. Mas se havia disponibilidade imediata de frete barato, fica enfraquecido o argumento de que para fazer aqui no Brasil os meganavios, a demora iria ser grande demais.
O segundo argumento, o do preço, também não se sustenta diante da possibilidade de um negócio cruzado para o fornecimento de chapas navais aos estaleiros com aço produzido pela siderurgia própria – e insuficiente – da Vale e pelo barateamento significativo que a encomenda de 12 supernavios acaba por gerar no processo construtivo.
O motivo essencial é que a Vale, na gestão anterior, não soubesse que uma grande empresa e um grande país são um par indispensável.
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