O noticiário da Petrobras teve um efeito colateral: reabilitou, para muitos, Paulo Francis.
Em discussões jornalísticas, você encontra com frequência a tese de que Paulo Francis, afinal, tinha razão.
É uma bobagem. Ele não tinha razão, e continua a não ter.
Francis, no auge do thatcherismo conservador ao qual aderira, começou há mais ou menos vinte anos a bater na Petrobras e em seus diretores.
Ele queria a privatização da “Petrossauro”, um tema obsessivo em seus artigos na Folha e em suas participações no Manhattan Connection.
Começou, a certa altura, a acusar indiscriminadamente seus diretores de corruptos. A campanha foi feita no mesmo tom que a Veja adotaria anos depois: sem o menor compromisso com provas.
A Petrobras conseguiu processá-lo pela Justiça americana, uma vez que no Manhattan Connection ele acusava os diretores da empresa em solo americano, Nova York.
A Justiça americana, ao contrário da brasileira, não é inoperante ao cuidar de casos ligados à mídia.
Pediu provas a Francis.
Ele tinha apenas a garganta, a pena e o veneno. Na iminência de uma indenização que poderia quebrá-lo, ficou atormentado, segundo relatos de amigos, e acabou morrendo do coração.
Francis continua a ser o que foi: o exemplo de um tipo de jornalista que se julga no direito de destruir reputações alheias sem a menor cerimônia.
De certa forma, ele foi o precursor de tantos outros colunistas que as empresas jornalistas recrutaram nos últimos anos, de Diogo Mainardi a Arnaldo Jabor, para citar apenas dois numa multidão.
Nada no atual caso Petrobras redime o horrendo papel de Francis no jornalismo brasileiro, e sua pérfida influência sobre tantos imitadores.
Curiosamente, a teoria de que Francis “vive” encontra eco até em “progressistas”, porque mostraria que a corrupção na Petrobras era viva na era FHC. Foi nos anos de FHC que ele foi processado.
De novo: tolice.
Se você investigar o período, vai notar apenas uma coisa que merece destaque. Naqueles anos, acusações contra a Petrobras jamais a vinculavam ao Executivo.
FHC jamais teve que dar nenhuma satisfação a Francis ou a quem fosse, ainda que tivesse indicado, como manda a Constituição, o presidente da Petrobras, Joel Rennó.
Essa “aproximação” é mais uma das novidades trazidas pela mídia nos anos do PT, com os (maus) propósitos conhecidos.
Quanto a Paulo Francis, continua a ser o que sempre foi: um exemplo a não ser seguido.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Em discussões jornalísticas, você encontra com frequência a tese de que Paulo Francis, afinal, tinha razão.
É uma bobagem. Ele não tinha razão, e continua a não ter.
Francis, no auge do thatcherismo conservador ao qual aderira, começou há mais ou menos vinte anos a bater na Petrobras e em seus diretores.
Ele queria a privatização da “Petrossauro”, um tema obsessivo em seus artigos na Folha e em suas participações no Manhattan Connection.
Começou, a certa altura, a acusar indiscriminadamente seus diretores de corruptos. A campanha foi feita no mesmo tom que a Veja adotaria anos depois: sem o menor compromisso com provas.
A Petrobras conseguiu processá-lo pela Justiça americana, uma vez que no Manhattan Connection ele acusava os diretores da empresa em solo americano, Nova York.
A Justiça americana, ao contrário da brasileira, não é inoperante ao cuidar de casos ligados à mídia.
Pediu provas a Francis.
Ele tinha apenas a garganta, a pena e o veneno. Na iminência de uma indenização que poderia quebrá-lo, ficou atormentado, segundo relatos de amigos, e acabou morrendo do coração.
Francis continua a ser o que foi: o exemplo de um tipo de jornalista que se julga no direito de destruir reputações alheias sem a menor cerimônia.
De certa forma, ele foi o precursor de tantos outros colunistas que as empresas jornalistas recrutaram nos últimos anos, de Diogo Mainardi a Arnaldo Jabor, para citar apenas dois numa multidão.
Nada no atual caso Petrobras redime o horrendo papel de Francis no jornalismo brasileiro, e sua pérfida influência sobre tantos imitadores.
Curiosamente, a teoria de que Francis “vive” encontra eco até em “progressistas”, porque mostraria que a corrupção na Petrobras era viva na era FHC. Foi nos anos de FHC que ele foi processado.
De novo: tolice.
Se você investigar o período, vai notar apenas uma coisa que merece destaque. Naqueles anos, acusações contra a Petrobras jamais a vinculavam ao Executivo.
FHC jamais teve que dar nenhuma satisfação a Francis ou a quem fosse, ainda que tivesse indicado, como manda a Constituição, o presidente da Petrobras, Joel Rennó.
Essa “aproximação” é mais uma das novidades trazidas pela mídia nos anos do PT, com os (maus) propósitos conhecidos.
Quanto a Paulo Francis, continua a ser o que sempre foi: um exemplo a não ser seguido.
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