04/08/2015
PMDB deve assumir Casa Civil e mercado já espera "virada de mesa" de Dilma
Jornal GGN - Após notícias dando conta de que a presidente Dilma Rousseff (PT) pretende repaginar o governo com uma reforma ministerial, o colunista Ilimar Franco (O Globo) escreveu, nesta segunda (3), que a redução de pastas implicará em "menos PT, mais PMDB". A ideia é que o partido do vice-presidente Michel Temer, que comanda a articulação política em nome do Planalto, assuma a chefia da Casa Civil.
"Consultores políticos avaliam que ela [Dilma] tem de reinventar sua gestão. Os petistas vão torcer o nariz, mas o PMDB terá um peso maior. O aliado, que já tem a coordenação política, pode assumir a Casa Civil. Para esses consultores, a reforma virá depois que se saiba quem ficará a salvo das denúncias do procurador Rodrigo Janot [que deve entregar ao Supremo Tribunal Federal uma nova lista de políticos a serem investigados na Operação Lava Jato]."
A "virada de mesa" do governo Dilma tem maiores chances de dar certo após denúncias de corrupção atingirem não só a cúpula do Congresso - responsável por analisar pedidos de impeachment - como também ministros do Tribunal de Contas da União, que analisam as contas de 2014 com tendência à rejeição.
Segundo Ilimar, "investidores do mercado financeiro projetam um cenário com a permanência da presidente Dilma no poder. Esse é o recado que eles têm recebido de consultores políticos. Estes dizem que, após a avalanche de denúncias de corrupção, ela sairá menor e terá de reduzir o espaço do PT."
Nesse cenário, a tese de impeachment via Tribunal Superior Eleitoral também perdeu força até mesmo entre os seguidores de Aécio Neves, candidato derrotado na última disputa presidencial. "A realização de novas eleições já e a deposição de Dilma, e de seu vice Michel Temer, ficaram sem chão. Eles [consultores] relatam que há desânimo entre os aecistas."
"A principal razão da reversão de expectativas é institucional", escreveu Ilimar. "Perguntam: qual a autoridade de um TCU onde a conduta de três de seus ministros (Aroldo Cedraz, Raimundo Carreiro e Vital do Rêgo) está na berlinda? E questionam: qual a moral do presidente da Câmara [Eduardo Cunha] chicoteado pela delação do executivo Júlio Camargo?"
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