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14/08/2015
Ministro do STF tira do comando de Cunha a análise das contas de Dilma
Luís Roberto Barroso determinou que o exame deve ser feito pelas duas Casas Legislativas, em sessão presidida pelo presidente do Senado
Jornal GGN - sex, 14/08/2015 - 11:11 Atualizado em 14/08/2015 - 11:13
Jornal GGN - "O julgamento das contas anuais do
Presidente da República pelo Congresso Nacional deve ocorrer em sessão
conjunta de ambas as Casas, e não de forma isolada", determinou o
ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Com
isso, a tratativa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de
ter o comando do julgamento das contas da presidente Dilma Rousseff não
será mais possível. Quem presidirá a sessão será Renan Calheiros
(PMDB-AL), do Senado.
A decisão foi uma resposta ao pedido da senadora Rose de Freitas
(PMDB-ES) para anular a sessão da Câmara que aprovou as contas dos
ex-presidentes Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio
Lula da Silva. Barroso não acatou o pedido, justificando que a prática
de somente a Câmara analisar as contas de presidentes ocorre há muitos
anos, e não seria razoável anular todas as sessões. Mas alertou que a
mudança pode ser adotada a partir de agora.
De acordo com o ministro, desde que a Constituição de 1988 foi
promulgada, apenas uma das casas legislativas examinam as contas de
presidente da República, e concordou que a análise deve ser conjunta.
Assim, a manobra do presidente da Câmara para acelerar a votação
das contas do governo Dilma na Casa, com vistas a um possível pedido de
impeachment, foi frustada. A decisão do ministro do STF ocorre
paralelamente ao isolamento de Cunha por parte do presidente do Senado,
Renan Calheiros, na guinada pela oposição dentro do Congresso.
Ainda que não admitindo a manobra, mas referindo-se a ela como
prática regimental da Casa, Cunha não disfarça a insatisfação com a
decisão de Barroso. Nesta quinta-feira (13), manifestou que entrará com
recurso no Supremo contra a medida.
Cunha pressupôs que o ministro do STF não tenha conhecimento sobre
as sessões do Legislativo. "Ele [ministro] parte de uma premissa de que
tudo que é em comissão mista é plenário do Congresso.
As medidas provisórias são votadas em comissão mista e vão a cada Casa. Além disso, o regimento comum prevê o rito que é adotado", explicou, afirmando que o recurso deve ser agravado até a próxima terça-feira (18).
As medidas provisórias são votadas em comissão mista e vão a cada Casa. Além disso, o regimento comum prevê o rito que é adotado", explicou, afirmando que o recurso deve ser agravado até a próxima terça-feira (18).
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