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05-01-2016
Como o Bolsa Família beneficia a economia do país
Do Portal Brasil
Oportunidades de Inclusão
Ninguém fica rico com o Bolsa Família, ninguém para de trabalhar, e toda a sociedade ganha.
Maior programa de transferência de renda condicionada do mundo, o Bolsa Família mantém 36 milhões de brasileiros fora
da extrema pobreza. O benefício, pago todos os meses às quase 14
milhões de famílias cadastradas, é pequeno: R$ 167, em média. Ninguém
fica rico com o Bolsa Família, ninguém para de trabalhar, mas todos
ganham muito – e não apenas os beneficiários diretos.
Graças ao reforço na renda dos mais
pobres, às oportunidades de inclusão produtiva – via cursos de
qualificação profissional e apoio ao empreendedorismo – e às próprias
condicionalidades do Programa, entre as quais a exigência de manter as
crianças na escola, com vacinação em dia e acompanhamento médico
regular, o Brasil comemora a queda da mortalidade, da desnutrição
crônica e do déficit de peso de suas crianças. Os estudantes agora
passam mais tempo em sala de aula, melhoram o rendimento escolar e
seguem os passos de Dorival rumo à universidade.
O Bolsa Família faz girar a roda da
economia. Com dinheiro – ainda que pouco – no bolso, milhões de
brasileiros antes excluídos do mercado de consumo vão às compras.
Movimentam comércio e indústria, geram emprego e renda. Na ponta do
lápis, pelos cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), cada R$ 1,00 investido no Programa estimula um crescimento de R$
1,78 na atividade econômica. Ao custo de apenas 0,5% do Produto Interno
Bruto (PIB).
Em apenas 12 anos, o Brasil venceu uma guerra de séculos.
Com o Bolsa Família, aliado à geração de 21 milhões de empregos, ao
aumento real de 71,5% do salário mínimo, à produção recorde de alimentos
e à merenda escolar distribuída diariamente a 43 milhões de crianças e
jovens, o País saiu pela primeira vez do Mapa Mundial da Fome, elaborado
pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
(FAO).
Melhor ainda: o aumento de renda entre
os pobres foi acompanhado por uma melhor condição de vida, que inclui
maior escolaridade e acesso a bens e serviços – como energia elétrica,
abastecimento de água e saneamento. Com isso, a pobreza multidimensional
(que leva em conta as diversas dimensões da pobreza) caiu nada menos que 88%: de 8,2% da população, em 2002, para 1%, em 2014.
E a luta continua. O desafio agora é
chegar às pessoas que continuam em situação de extrema pobreza, seja no
interior mais remoto do País ou nas grandes cidades, e levar o Estado a
quem ainda não tem acesso aos serviços públicos e vive fora de qualquer
rede de proteção social. Nos últimos quatro anos, a estratégia de Busca
Ativa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)
localizou 1,4 milhão de famílias com esse perfil. Brasileiros que antes
tinham quase nada e agora têm o Bolsa Família – e, com ele, as
oportunidades que virão.
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