14/03/2016
Vaias a Aécio e Alckmin celebram fim da hipocrisia
Brasil 247 - 14 de Março de 2016 às 08:51
Como o pau da Justiça que bate em Chico (o PT) não bate em
Francisco (o PSDB), ao contrário do que prometia fazer o
procurador-geral Rodrigo Janot, dois tucanos com ambições presidenciais,
Aécio Neves e Geraldo Alckmin, imaginaram que poderiam cavalgar as
massas em fúria na Paulista, mas saíram de lá escorraçados; o episódio
foi didático para ambos aprenderem, na marra, como a antipolítica
prepara o terreno para projetos fascistas, como o de Jair Bolsonaro, ou
de salvadores da Pátria, como o juiz Sergio Moro; agora, é hora de as
forças políticas responsáveis do País tentarem construir uma reforma
política séria, que ponha fim à atual relação entre Executivo e
Legislativo, implodida pela Lava Jato
247 – A
seletividade da Justiça no Brasil, somada ao engajamento político de
alguns meios de comunicação no Brasil, criou uma ilusão fatal para o
PSDB. Como seus dois principais presidenciáveis tucanos, Aécio Neves e
Geraldo Alckmin, sabem que o pau da Justiça que bate em Chico (o PT) não
bate em Francisco (o PSDB), ao contrário do que prometia fazer o
procurador-geral Rodrigo Janot, ambos passaram a viver numa bolha.
Iludidos por bajuladores, imaginaram que poderiam desfilar em glória
pela Paulista, onde seriam saudados como libertadores.
Ambos colheram o que mereceram, mas
terão, agora, que digerir as lições dos acontecimentos. Ao fomentar a
intolerância e o ódio político, os tucanos abriram o terreno para a
ascensão de um projeto fascista, personificado pelo deputado Jair
Bolsonaro, e para a ascensão de um eventual salvador da pátria,
personificado na figura do juiz Sergio Moro, caso ele venha a ter
ambições ambições políticas.
Agora, é hora das forças políticas responsáveis do País tentarem salvar o País, por meio de uma reforma política séria, que ponha fim à atual relação entre Executivo e Legislativo que foi implodida pela Lava Jato.
Caso contrário, os jacobinos do PSDB também terão suas cabeças cortadas, abrindo espaço para uma espécie de bonapartismo no Brasil.
De todo modo, as vaias a Alckmin e Aécio marcam o dia 13 de março de 2016 como o dia da morte da hipocrisia – o que também cobrará providências de Janot, caso ele tenha entendido a voz das ruas.
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