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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Contraponto 6469 - "Aécio e o 'desfile' em carro aberto que só ele viu"

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11/10/2011

Aécio e o 'desfile' em carro aberto que só ele viu

Do Viomundo - 10 de outubro de 2011 às 21:11

do Minas Sem Censura

Depois do registro da ombusdskinna da Folha de São Paulo, que reclamou por seus artigos autolaudatórios, Aécio Neves assina um outro tipo de texto nesta segunda-feira, 10 de outubro de 2011.

Até o estilo muda: frases e expressões como, a padroeira “parece singrar suavemente sobre o mar de cabeças devotas”, “eletricidade emocional”, “conversível branco com estofamento de couro vermelho” e outros tró-ló-lós indicam a pretensão, aeciana, de se credenciar à Academia Brasileira de Letras. Que não anda lá muito criteriosa assim. Mas esse é outro assunto.

O cenário da prosa de hoje teria ocorrido durante a procissão de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, 1984. Nela, Tancredo dividia com Nossa Senhora, as atenções da multidão, segundo o neto em transe. Que formava um cordão com mais de um milhão de pessoas, em torno do Aero Willys onde estavam, “agasalhados pelo afeto da multidão”, ele e o avô. Insinua ele que a multidão o reconhecia e o “agasalhava”. Risível pretensão. Detalhe: eram mais de dois milhões de pessoas a pé, sendo impossível o “desfile” em carro aberto, que só ele viu!

Ah, a multidão, segundo o texto, saudava Tancredo como o “presidente da redemocratização”, numa campanha que “arrebatava corações e mentes dos brasileiros”. Aécio funde, de forma leviana, a assassinada campanha pelas “Diretas Já”, com o início titubeante da “campanha” pelos votos no restrito colégio eleitoral. Registre-se: a intensa devoção no Círio de Nazaré sempre acolheu manifestações políticas: em 1985, as duas que pontificaram foram pela reforma agrária e contra a discriminação racial. A manifestação política pró-Trancredo ocorrera no Sindicato dos Estivadores, à margem do evento religioso.

Mas, vamos lá. A gororoba de seu escrito é para dizer que Tancredo abdicaria de toda aquela “popularidade”, em nome das reformas estruturais, algumas delas antipáticas que teria que fazer, mas que distinguiriam o estadista. Aquele que não se rende a interesses paroquiais. Como quem recebe um espírito, ele foi longe buscar uma frase antes inaudita, do avô.

A escorregadela advinda da referência depreciativa às paróquias, em meio a um artigo tão cheio de fé e religiosidade, é perdoada. Ato falho de quem usa e abusa da fé alheia para introduzir seu sermão político.

Ao final, ele insinua que Dilma não é estadista. Que ele aprendeu a lição do avô. Logo, ele seria estadista. Silogismo aristótélico de primeiro grau.

Primeiro, ele poderia dizer qual medida antipopular que Tancredo adotou em Minas Gerais, abdicando de sua popularidade, que aliás só ocorrera em face de sua agonia e morte trágica. Em dois anos de seu governo (1983/84), nenhuma ousadia foi cometida. Tancredo não era dado a ousadias.

Em segundo, falando de interesses paroquiais, ele poderia descrever o porquê de ter nomeado como presidente da CODEMIG em Minas Gerais, o dono do jatinho que fica à sua disposição, ou as nomeações de Papaléo Paes (AP), Jungmann (PE), ou Wilson Santos (MT) como “aspones” em empresas públicas mineiras. Isso sem falar em dezenas de “fichas-sujas” impostos ao governo de seu sucessor, sendo que alguns deles condenados, outros com bem indisponíveis, alguns presos e muitos outros sob investigação.

Achando que sua historiografia farsesca passará impune, Aécio tenta se apresentar como “líder” político desde 1985. Chegou a bancar um documentário, que foi retirado do ar da TV Cultura de São Paulo, onde ele era apresentado como líder da juventude nas Diretas-já (SIC). Na verdade, à época, ele liderava boas festas em Belo Horizonte. Elegeu-se no rastro da comoção pela morte do avô. Deputado-surfista, nunca propôs as reformas ousadas que ele agora diz serem necessárias. Como governador sucateou o estado de Minas Gerais, que se afunda numa dívida de 70 bilhões!

Seus artigos cifrados e criptografados dizem, para poucos que entendem, o seguinte: eu acabarei com direitos trabalhistas, férias anuais, passarei a aposentadoria para os 70 anos, liquidarei a estabilidade de servidores públicos concursados, venderei o BB, a Caixa e a Petrobrás etc. É isso que resta aos “estadistas” neoliberais!

Eis o recado subliminar que ele manda à agiotagem financeira, às grandes construtoras, aos usineiros, ao FMI e similares. De quem pretende ser pároco.

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Contraponto 6074 - "O jato do Aécio e o aparelhamento numa estatal mineira"

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24/08/2011

O jato do Aécio e o aparelhamento numa estatal mineira

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O jato do Aécio e o aparelhamento numa estatal mineira

Rede Brasil Atual - Publicado em 23/08/2011

Por: Helena Sthephanowitz, especial para a Rede Brasil Atual

Em tempo de denúncias sobre jatinhos, causa estranheza os jornais nada divulgarem sobre o dono do"AeroAécio"

A imprensa poderia investigar e divulgar a história do dono do jatinho do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que foi aparelhado na presidência da estatal do governo tucano em Minas Gerais.

O senador tucano voa no jato prefixo PT-GAF (foto), avaliado em R$ 24 milhões. A assessoria de imprensa do senador tucano explica que o "Aeroaécio" pertence à empresa de táxi aéreo da família do banqueiro Gilberto de Andrade Faria, ex-dono do Banco Bandeirantes e padrasto de Aécio, falecido há 2 anos. O jato compõe a frota da empresa Banjet Táxi Aéreo Ltda. Os donos da Banjet são Clemente de Faria (filho do ex-banqueiro) e Oswaldo Borges da Costa Filho.

A coisa complica quando o então governador Aécio nomeia um dos donos da Banjet, Oswaldo Borges da Costa Filho, para a presidência de uma estatal mineira: a Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais).

Para piorar, a Codemig atua também junto a mineradoras, e Oswaldo Borges da Costa Filho - empresário de mineração, laureado pelo governo do estado - foi diretor-presidente da Companhia Mineradora do Pirocloro de Araxá, e atualmente ocupa cargo similar na Companhia Mineradora de Minas Gerais.

Tem muita coisa errada aí... onde o governo tucano de Minas parece viver, não numa república, mas numa corte imperial, numa mistura de família com estado, com cargos e negócios para amigos, que emprestam bens, misturando o público com o privado?
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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Contraponto 5472 - "Bloco Minas Sem Censura representa contra Aécio no MPF"

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02/06/2011

Bloco Minas Sem Censura representa contra Aécio no MPF


Do Viomundo - 01/06/2011

por Conceição Lemes

Nessa terça-feira,31 de maio, o Bloco Parlamentar “Minas Sem Censura” entregou ao Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, representação contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), sua irmã Andrea Neves da Cunha e a Rádio Arco-Íris.

Para o bloco, formado pelo PT, PMDB, PCdoB e PRB, “há fortes indícios de sonegação fiscal, ocultação de patrimônio e crime eleitoral”. É exatamente a apuração desses indícios que o “Minas Sem Censura” requereu ao Ministério Público Federal (MPF).

“Como em dezembro de 2010 o Aécio se tornou dono da rádio Arco-Íris, cujo valor de mercado é de R$ 15 milhões, se o patrimônio total declarado dele é R$ 617.938,42?”, quer saber o deputado Sávio Souza Cruz (PMDB), vice-líder do bloco. “Também por que Aécio indicou para presidir a Codemig justamente o dono da empresa do jatinho que ele viaja para cima e para baixo?”

“Não há como confundir com o [Antonio] Palocci”, diz Cruz ao ser questionado se a representação não seria retaliação ou recurso para desviar a atenção do caso envolvendo ministro Chefe da Casa Civil. “Nós começamos a denunciar os desmandos do Aécio no dia em que ele se recusou a fazer o teste do bafômetro. O caso Palocci só surgiu há cerca de 15 dias. Outra coisa. O Palocci declarou o patrimônio e pode até ter dificuldade para esclarecê-lo. Já o Aécio oculta o patrimônio e não quer esclarecer. O importante é que se investigue tudo e puna, doa a quem doer.”

O inferno astral de Aécio Neves começou na madrugada de 17 de abril, quando, parado numa blitz de polícia, rejeitou o teste do bafômetro e teve a carteira de motorista apreendida, pois estava vencida. A partir daí, o Bloco Parlamentar “Minas Sem Censura” foi revelando fatos até então desconhecidos, como a estranha frota de carros de luxo da rádio do senador, a história do jatinho e a denúncia à Justiça sobre a Rádio Arco-Íris.

A seguir, a íntegra da representação ao MPF:

Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral da República

ROGÉRIO CORREIA DE MOURA BAPTISTA, brasileiro, casado, Deputado Estadual à Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, CPF 471.025.006-53, Líder do Bloco Parlamentar “Minas Sem Censura”, formado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Republicano Brasileiro (PRB), ANTÔNIO JÚLIO DE FARIA, brasileiro, casado, Deputado Estadual à Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, CPF: 164.171.516-20, Líder da Minoria, e LUIZ SÁVIO DE SOUZA CRUZ, brasileiro, casado, Deputado Estadual à Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, CPF 359.815.396-15, todos com endereço na Rua Rodrigues Caldas, nº 30, Bairro Santo Agostinho, Belo Horizonte, Minas Gerais, comparecem perante V. Exa. , para oferecer REPRESENTAÇÃO, requerendo seja instaurado o competente procedimento para apurar SONEGAÇÃO FISCAL E OCULTAÇÃO DE PATRIMÔNIO por AÉCIO NEVES DA CUNHA, brasileiro, separado judicialmente, SENADOR DA REPÚBLICA, com endereço declarado na Rua Samuel Pereira, nº237, apto 1101, Bairro Anchieta, Belo Horizonte, Minas Gerais, inscrito no CPF sob o n.º 667.289.837-91, por ANDREA NEVES DA CUNHA, brasileira, solteira, empresária, com endereço na Avenida Bandeirantes, nº1975, apto 1601, Bairro Serra, CEP 30210-420, inscrita no CPF sob o n.º 551.224.007-25 e por RÁDIO ARCO IRIS LTDA, CNPJ 22731210/0001-92, com sede na Avenida Raja Gabaglia, n.º 1001, 1º andar, Luxemburgo, Belo Horizonte, pelos seguintes fatos e argumentos, para ao final requerer:

Do Primeiro Representado – Ocultação de Patrimônio ou Rendas

Conforme se demonstrará a seguir, o primeiro representado omite a realidade sobre o seu patrimônio e as suas rendas: A versão entregue à Justiça Eleitoral e à Receita Federal difere, em muito, daquela que suporta os seus elevados gastos e estilo de vida. Enquanto a primeira aponta um cidadão de pouco patrimônio, com rendas de servidor público, a real é a que lhe proporciona viagens constantes ao exterior, utilização de veículos de luxo, refeições e hospedagens em points do jet set nacional e internacional e a utilização de jatinhos particulares para o seu deslocamento.

Certamente, tais condutas e procedimentos não são próprios de um mero agente político, que ocupa cargos públicos desde os 18 anos de idade, quando então foi secretário particular do Governador de Minas Gerais.

O primeiro representado apresentou à Justiça Eleitoral, para seu registro de candidatura ao Senado da República no ano de 2010, a seguinte relação de bens, com os seguintes valores:

a) Apartamento no Rio de Janeiro, no valor de R$ 109.500,00;

b) Lote, no valor de R$ 6.639,73;

c) Lote, no valor de R$ 9.715,62;

d) Ações, no valor de R$ 0,09

e) Ações, no valor de R$ 217,26

f) Quotas de capital da IM Participações , no valor de R$ 95.179,12;

g) Empréstimo a NC Participações Ltda., no valor de R$ 8.544,12;

h) Objeto de Arte no valor de R$ 13.650,00;

i) 50% de imóvel rural, no valor de R$ 87.000,00;

j) Saldo em conta corrente no valor de R$ 331,07;

k) Aplicação financeira no valor de R$ 40.142,20;

l) Saldo em conta corrente no valor de R$ 10,00;

m) Aplicação financeira no valor de R$ 14.393,28;

n) Saldo em conta bancária no valor de R$ 496,93

o) Apartamento em Belo Horizonte no valor de R$ 222.000,00.

Total do patrimônio declarado : R$617.938,42

A declaração de bens apresentada pelo primeiro representado à Justiça Eleitoral possui os mesmos valores históricos, quanto ao patrimônio imobilizado, da declaração apresentada em 2006, quando de sua segunda candidatura a Governador de Minas Gerais, com pequenas variações.

Quanto ao patrimônio total, houve uma redução nominal em quatro anos da ordem de cerca de 20% (vinte por cento).Em quatro anos, o primeiro representado teve decrescido o seu patrimônio.

A remuneração do Governador do Estado de Minas Gerais, ocupação principal do primeiro representado no período de janeiro de 2003 a abril de 2010, era de R$ 10.500,00 (dez mil e quinhentos reais) brutos, nos termos da Lei Estadual 16.658.

Durante esse período, o primeiro representado realizou 11 (onze) viagens ao exterior às suas expensas, segundo dados colhidos junto à Assembleia Legislativa, muitas vezes em companhia da família e segundo notas de imprensa, freqüentemente a destinos de alto luxo como Aspen, estação de esqui nos Estados Unidos.

De abril de 2010 a Fevereiro de 2011, quando voltou a assumir mandato eletivo, o primeiro representado esteve desempregado. Entretanto, continuou realizando viagens ao exterior, com seus hábitos caros e pouco comuns à maioria esmagadora da população.

O primeiro representado tem uma de suas residências fixas na cidade do Rio de Janeiro, próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas, no Bairro de Ipanema, considerado de classe alta. Outra, em Belo Horizonte, também em um bairro considerado zona residencial nobre.

O imóvel situado em Ipanema, certamente tem valor muito superior ao declarado no imposto de renda do primeiro representado. Pela planta de valores da Prefeitura do Rio de Janeiro, para fins de IPTU, o valor venal de imóveis no endereço apontado na declaração do representado, é calculado tendo por base o valor de R$ 3.243,74 por metro quadrado de área construída. Entretanto, declara-se que seu valor é de módicos R$ 109.500,00 (cento e nove mil e quinhentos reais).

As despesas com manutenção de suas residências e de seu nababesco estilo de vida, compreendendo restaurantes de primeira linha, festas com celebridades, boates e viagens a bordo de jatos particulares são incompatíveis com os seus rendimentos declarados.

É bem verdade que o primeiro representado teve declarado em seu patrimônio a participação societária nas empresas NC Participações Ltda. (CNPJ 23205958/0001-14), no valor de R$ 9.819,00 (nove mil e oitocentos e dezenove reais) e da IM Participações e Administração Ltda. (CNPJ 28264463/0001-80) no valor de R$ 95.179,12 (noventa e cinco mil e cento e setenta e nove reais e doze centavos), esta com sede na residência de sua mãe, a Sra. Inês Maria Neves de Faria, com endereço na Rua Pium-i, n.º 1601, apto 901, em Belo Horizonte e agora, incorporada ao seu patrimônio a Rádio Arco-Iris Ltda., cujas operações serão detalhadas a seguir.

Com relação à empresa IM Participações e Administração Ltda., observe-se que em 2010 ela teve alterado o seu contrato social, reduzindo o valor geral das cotas e a participação do primeiro representado para R$ 14.153,00 (quatorze mil e cento e cinquenta e três reais).

Mas seria o rendimento auferido pelo primeiro representado por sua participação acionária nestas empresas que suportariam todas as elevadas despesas de seu estilo de vida ostentoso ou, a exemplo do que acontece comprovadamente com a empresa Rádio Arco-Iris, o primeiro representado utiliza-se diretamente de recursos ou de patrimônio destas e de outras pessoas jurídicas para fazer frente aos seus gastos faraônicos?

Mesmo que fosse fruto de sucessão familiar, tais rendimentos deveriam constar de seu imposto de renda, mesmo considerando que originalmente a família do primeiro e do segundo representado não possuem volume de patrimônio considerável . Pelo que se observa do site do TJMG, o patrimônio declarado do espólio do genitor do primeiro e da segunda representada, que ainda não foi partilhado, não monta R$1500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), também insuficientes para fazer face ao estilo de vida do representado.

Ao que se demonstra, o primeiro representado, face os seus rendimentos oficiais, apresenta sinais exteriores de riqueza incompatíveis com seus rendimentos, nos exatos termos do art. 6º da Lei Federal 8021/90, fruto de ocultação de patrimônio, de fraude fiscal ou de ambos.

Das Conexões Com Outras Empresas

Participação de Oswaldo Borges da Costa Júnior e Grupo Bandeirantes

O primeiro representado faz uso frequente de aviões particulares para seu deslocamento no Brasil e no exterior.

Constata-se por declarações dadas pelo representado à imprensa, o uso frequente de um jato particular, cujo valor de avaliação é de 24 milhões de reais, de propriedade da Banjet Taxi Aéreo Ltda., é feito graciosamente, por cortesia da empresa.

Ocorre que tal empresa, pertencente ao grupo econômico do extinto Banco Bandeirantes, liquidado em ruidosa nuvem de má gestão, tem como sócio administrador o Sr. Oswaldo Borges da Costa Filho, presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, nomeado para aquele cargo pelo primeiro representado.

No que toca ao Sr. Oswaldo Borges da Costa Filho, figura das mais influentes na área de mineração em Minas Gerais, tendo em vista sua posição privilegiada como presidente de uma grande estatal, o mesmo participa da diretoria ou é sócio proprietário de outras pessoas jurídicas. Tal influência passou a ser exercida a partir da posse do primeiro representado no governo de Minas. Antes disso, o Sr. Oswaldo Borges da Costa Filho nada mais era do que um nome nas colunas sociais.

São elas : Minasmáquinas S/A, BAMAQ S/A Bandeirantes Máquinas e Equipamentos, Companhia Mineradora do Pirocloro de Araxá COMIPA, Comercial de Veículos Delta Ltda., CGO Administradora e Corretora de Seguros Ltda. e OEC Memória do Automóvel Ltda.

Foi também proprietário de outras empresas, juntamente com o ex banqueiro Clemente de Faria, como a Star Diamantes Ltda., de sua propriedade quando já era presidente de empresa estatal.. A primeira e a segunda empresas citadas mantém relações comerciais com o Estado de Minas Gerais, da qual o primeiro representado foi Governador nos últimos dois mandatos e o Sr. Oswaldo foi e continua sendo presidente de estatal e membro de conselhos de administração de outras empresas.

Ainda sobre a Banjet Taxi Aéreo Ltda., CNPJ 23.348.345/0001-36, frise-se, pertencente ao mesmo grupo econômico do extinto Banco Bandeirantes, e que cede graciosamente suas aeronaves ao primeiro representado, aponte-se que suas aeronaves foram utilizadas na campanha de 2010 ao Governo de Minas e ao Senado da República pelos candidatos Antônio Anastasia, Aécio Neves e Itamar Franco. Estas informações estão no sítio eletrônico do TSE e o custo de tais locações superou o valor de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais). A Banjet ainda locou suas aeronaves ao PSDB nacional, pelo que consta da prestação de contas daquele partido, também registrada no TSE.

Estas informações apenas ilustram o perfil das empresas dirigidas pelo Sr. Oswaldo Borges da Costa Filho, figura das mais influentes no cenário empresarial mineiro.

Mas o que levanta suspeitas é o fato de que pertenceram ao grupo econômico do extinto Banco Bandeirantes, que tinha um de seus endereços na Avenida Rio de Janeiro, 600, Belo Horizonte, coincidentemente o mesmo endereço da empresa IM Participações e Administração Ltda., à época em que a genitora do primeiro representado, Inês Maria Neves Faria, era uma das gestoras do malfadado Banco, juntamente com o seu marido já falecido, o ex banqueiro Gilberto Faria.

Observe-se que a empresa IM Participações e Administração Ltda. é de propriedade do primeiro representado, da segunda representada e de sua mãe, viúva do ex banqueiro, conforme documento anexo.

Como é de praxe, são essas empresas de participação quem administram inteiras fortunas, para acobertar patrimônio de particulares, que não tem como justificar contabilmente a aquisição de ativos.

Haveria aí uma triangulação de patrimônio, de forma que não só a Banjet Taxi Aéreo Ltda., como outras empresas ligadas ao grupo econômico do extinto Banco Bandeirantes ou não fossem de co-propriedade do primeiro e da segunda representada ? Certamente. Tal triangulação seria possível uma vez que a genitora de ambos representados era gestora de empresas ligadas ao banco e sócia daqueles.

Da Representada – Rádio Arco-Iris Ltda.

Um dos instrumentos utilizados pelo primeiro representado para ocultação de patrimônio é a Rádio Arco-Iris Ltda.

A empresa Rádio Arco-Iris Ltda. (terceira representada) é de propriedade do primeiro e da segunda representados, segundo consta de registro extraído da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais.

A aquisição de cotas da empresa foi realizada pelo primeiro representado no ano de 2010, quando ainda se encontrava desempregado e, portanto, sem nenhuma renda formal.

Segundo o mesmo registro, a sociedade tem por objeto “a execução de serviços de radiodifusão sonora de quaisquer modalidades, em quaisquer localidades do país, desde que para tanto o Governo Federal lhe outorgue permissão e/ou concessões, podendo paralelamente explorar a propaganda comercial e a música funcional.”

Para a consecução de seu objeto social, a sociedade poderá ter os gastos de custeio exclusivamente vinculados aos seus fins.

Pressupõe-se pois que as despesas legítimas que podem ser utilizadas contabilmente para dedução na receita e via de consequência abatimento no lucro são aquelas afetas aos serviços de radiodifusão sonora e, paralelamente, exploração de propaganda comercial e a música funcional.

Assim, ter-se-ão como despesas ordinárias e possíveis de constar no passivo da terceira representada as referentes a aluguel de imóvel, compra e manutenção de equipamentos, salários e encargos trabalhistas, manutenção geral das suas dependências, bem como locação, manutenção e despesas referentes a veículos colocados à disposição das finalidades da empresa, dentre outros gastos, desde que não configurado o desvio das finalidades empresariais.

O recente episódio envolvendo o primeiro representado, Sr. Aécio Neves da Cunha, parado em operação policial na cidade do Rio de Janeiro, que ganhou repercussão nacional, face às infrações de trânsito cometidas por um Senador da República e ex-governador de Estado, não passariam de noticiário e de impressões de natureza política, não fosse o primeiro representado o condutor de um veículo de propriedade de uma empresa concessionária de serviço de radiodifusão, in casu, a terceira representada.

Constatou-se, à ocasião, que o primeiro representado conduzia o veículo Land Rover “TDV8 Vogue”, ano 2010, placa HMA 1003, de valor aproximado de mercado de R$255.000,00, adquirido após as últimas eleições pela “Rádio Arco-Iris”, de propriedade do segundo e da terceira representada.

Segundo informações fornecidas pela Assessoria de Imprensa do primeiro representado, o veículo ficava à disposição da família do primeiro e da segunda representada, que são irmãos, e era utilizado por eles durante seus deslocamentos de caráter particular e privado, no Estado do Rio de Janeiro.

Constatou-se também ser a empresa Rádio Arco-Iris, terceira representada, é proprietária de 12 veículos registrados no DETRAN-MG, sendo eles:

Observe-se que dos 12 veículos registrados em nome da Rádio Arco-Iris, seis deles, pelo menos, não guardam qualquer nexo com os veículos de utilização normal da empresa e para os fins do objeto empresarial. Indubitavelmente são automóveis de passeio, não utilitários, e de categoria de luxo.

Além disso, tratando-se de emissora com sede e transmissão na região metropolitana de Belo Horizonte, a frequente autuação de seus veículos, no Estado do Rio de Janeiro, também atesta que os veículos não são utilizados em serviços da empresa.

As multas aplicadas aos veículos de n.º 1 e de n.º 2 da lista acima, conforme site do DETRAN/MG, esclarecem que foram flagrados em excesso de velocidade em Búzios (RJ), Rio Bonito (RJ) em rodovias no Estado do Rio de Janeiro e também na cidade do Rio de Janeiro.

Não é crível que tais automóveis estivessem a serviço da Rádio Arco-Iris naquele Estado, tanto mais considerando que a mesma é uma Rádio que não possui departamento de jornalismo, atendo-se tão somente ao entretenimento do público jovem e adolescente através de programação musical e, vale lembrar, transmite sua programação na região metropolitana de Belo Horizonte.

Ad argumentandum , apesar de a Rádio Arco-Iris ser a retransmissora da Rádio Jovem Pan, e conforme declarado pela Assessoria de Imprensa do primeiro representado, possuir alto faturamento anual(sic), recebendo fatia considerável dos recursos públicos destinados a publicidade oficial (documento juntado) é inegável estar havendo desvio de finalidade patrimonial da empresa.

Mesmo sem entrar no mérito da destinação pelo primeiro e segundo representados de verbas públicas de publicidade ao terceiro representado, não se justifica a imobilização de patrimônio através de aquisição de veículos de luxo, imprestáveis à finalidade empresarial.

Obtempere-se que, a propriedade de tais veículos, por parte da terceira representada , poderão se prestar a:

a) contabilização de seu custeio como despesas da empresa. Assim, o pagamento dos altíssimos valores de seguro, IPVA, multas e taxas, são lançados como despesa e portanto dedutíveis para a apuração do lucro, o mesmo ocorrendo com as despesas de combustível, revisão e peças;

b) contabilização da depreciação patrimonial dos veículos, também dedutível para apuração do lucro;

c) contabilização dos possíveis contratos de arrendamento mercantil, se houver, como despesa corrente, também passível de dedução no lucro.

Tais operações contábeis, se ocorreram, configuram burla ao fisco e evidenciam o lançamento de despesas estranhas à atividade empresarial na contabilidade da empresa, reduzindo a base de cálculo para a apuração do quantum devido à Receita Federal, em todos os tributos e contribuições fiscais e parafiscais em que o lucro for a base de cálculo. Constitui, portanto, sonegação fiscal, devendo ser apurada para a responsabilização dos envolvidos.

Da aquisição da empresa pelo primeiro representado.

As cotas da Rádio Arco-Iris foram adquiridas pelo primeiro representado em 28/12/2010, com o valor declarado à Junta Comercial do Estado de Minas Gerais de R$88.000,00 (oitenta e oito mil reais) de um total de cotas da sociedade de 200.000 cotas, no valor total de R$200.000,00 (duzentos mil reais).

Sobre este item, deve-se considerar o seguinte:

a) O valor declarado à JUCEMG não representa necessariamente o valor real da empresa;

b) Somente os veículos registrados no DETRAN-MG em nome da empresa têm valor de mercado de aproximadamente R$715.000,00 (setecentos e quinze mil reais). – conforme Tabela FIPE

c) O valor comercial da concessão da Rádio Arco-Iris Ltda., retransmissora da Rádio Jovem Pan e ocupante do 6º lugar no ranking de audiência é de aproximadamente R$15.000.000,00 (quinze milhões de reais), segundo informações de mercado;

d) o primeiro representado não possuía patrimônio declarado para a aquisição de tal empresa, conforme já demonstrado.

Como dito, a empresa Rádio Arco-Iris é apenas um dos mecanismos utilizados pelo primeiro representado para ocultação de seu patrimônio e a prática de sonegação fiscal. Só foi detectada em função de mais um excesso público cometido pelo primeiro representado, o qual é useiro e vezeiro. Apenas a investigação criteriosa poderá detectar outros métodos de sonegação utilizados pelo primeiro representado, bem como a extensão dos danos ao erário.

Relatados os fatos, com os documentos que instruem a presente representação, REQUEREM:

A instauração do competente procedimento pelo Ministério Público Federal, objetivando a apuração dos fatos apontados, e em especial:

a) Com relação à terceira representada, apurar se as despesas relativas aos veículos de uso particular do primeiro e segunda representados estão sendo contabilizados para fins de dedução no lucro , bem como a depreciação dos mesmos;

b) Com relação ao primeiro representado, a apuração de omissão de receitas e de patrimônio, tendo em vista os evidentes sinais exteriores de riqueza incompatíveis com sua renda disponível;

c) Com relação à segunda representada, a responsabilização pela gestão fiscal da terceira representada;

d) Com relação às empresas IM Participações e Administração Ltda. e NC Participações Ltda., das quais o primeiro representado é co-proprietário, a verificação da utilização de suas rendas e patrimônio.

e) Com relação às empresas empresas IM Participações e Administração Ltda. e NC Participações Ltda., a verificação de qual é o seu patrimônio e quais empresas tem as mesmas em seu quadro acionário .

f) Demais providências necessárias por parte do Ministério Público Federal e da Receita Federal.

Colocam-se à disposição os representantes para as informações ou esclarecimentos ulteriores que se fizerem necessários.

Brasília, 30 de Maio de 2011

Deputado Rogério Correia

Líder do Bloco Minas Sem Censura

PT-PMDB – PCdoB – PRB

Deputado Antônio Júlio de Faria

Líder da Minoria

Deputado Luiz Sávio de Souza Cruz

Vice-Líder










terça-feira, 19 de abril de 2011

Contraponto 5211 - "Eu bebo sim, estou vivendo..."

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19/04/2011
Eu bebo sim, estou vivendo...

Do DoLaDoDeLá - 18/04/2011




Marco Aurélio Mello
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O episódio envolvendo o senador "Aébrio Frozen" e sua negativa em fazer o teste do bafômetro me fez lembrar de uma situação que vivi quando vendia minha força de trabalho para a Corte do Cosme Velho.

Um dia, um primo me telefonou para saber a quem procurar, para divulgar um congresso internacional que estava organizando. Ele é psiquiatra e disse que - na ocasião - seria apresentado o relatório da maior pesquisa já feita no país sobre consumo de álcool e drogas.

Achei interessante e perguntei se era possível ele adiantar algumas conclusões para o telejornal poder antecipar. Ele disse que sim. Sugeri a ele que a assessoria do evento procurasse formalmente a produção e oferecesse a pauta, porque me parecia que era notícia quente. Aí perguntei a ele qual tinha sido a principal conclusão do estudo e ele respondeu que foi a constatação de que o álcool era a pior droga usada pela nossa sociedade e que a pesquisa indicava a necessidade de limitar a publicidade, principalmente entre jovens. Sem chance, disse a ele. Este é um tema muito sensível à emissora porque a indústria de bebidas está entre os maiores anunciantes. Não o informei, mas tínhamos recomendação de não tratar do assunto, caso a abordagem se chocasse com os interesses comerciais da empresa. Dito e feito. A sugestão foi bem recebida, bem encaminhada, mas a reportagem não foi ao ar.

Outra que também ficou engavetada foi uma investigação de fraude em ICMS por uma grande cervejaria que, pouco tempo depois, coincidentemente, comprou uma cota de patrocínio para um grande evento esportivo da emissora.

Quando os interesses comerciais se impõem aos interesses jornalísticos fica difícil informar com isenção, não é mesmo? E a história da reportagem-denúncia que virou um terreno para a construção do parque gráfico, no Rio? Ih, são tantas histórias que se for contar todas dá um livro...

Marco Aurélio Mello*. Vinhedo, São Paulo, BrazilJornalista formado pela Metodista de SBC. Aluno convidado do curso de Comunicação de Massa e Sociedade Moderna da Universidade de La Crosse, Wisconsin, USA. Bolsista do 1º Curso de formação de Governantes da Fundação Escola de Governo. Desde 1987 trabalhou em imprensa especializada, sindical, produtora de TV e TV aberta (Editor do JN da Globo). Atualmente é editor especial do Jornal da Record.
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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Contraponto 5205 - "A encruzilhada de Aécio, por Noblat"

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18/04/2011
A encruzilhada de Aécio, por Noblat


Enviado por luisnassif, seg, 18/04/2011 - 14:17

Por OTAVIO BARROS

Do Blog do Noblat

A encruzilhada de Aécio

É dura a vida de um homem público. Qualquer deslize pode estragar sua biografia. Um grave deslize pode ser fatal para suas ambições.

O que ocorreu ontem de madrugada no Rio, com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), deveria lhe servir de dura advertência.

Ele foi detido por policiais dirigindo seu carro com a carteira de motorista vencida. E convidado a se submeter ao teste do bafômetro, recusou-se.

Um homem público da estatura dele tem obrigação de circular com documentos em dia.

Pior foi a recusa em ser testado para comprovar ou não que bebera além da conta.

Se estivesse sóbrio não se recusaria.

Aécio aspira ser candidato a presidente da República. Tentou ser no ano passado - não deu.

Tentará em 2014. Se perder, no problem. É jovem. Seu mandato de senador só terminará em 2018. Novamente poderá tentar se eleger.

Mas para ser candidato daqui a quatro ou oito anos, Aécio terá de mudar seu estilo particular de vida.

Muitas vezes ele se comporta como um adolescente. E, em algumas ocasiões, como um adolescente afoito que desconhece limites.

Aécio diz e repete para amigos que não sacrificará seus prazeres para chegar à presidência da República.

Sinto muito: caso insista em continuar flertando com o perigo, jamais chegará lá.

A política é cruel.

Uma campanha é crudelíssima.

Aécio sabe disso.

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sábado, 23 de outubro de 2010

Contraponto 3712 - "Privatizações do PSDB e espiões contra Aécio: alvos de Amaury"

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23/10/2010


Privatizações do PSDB e espiões contra Aécio: alvos de Amaury

Enviado por luisnassif, sab, 23/10/2010 - 12:01

Por Filipe Mazzini

do Terra

http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4749182-EI15315,00-Privatizacoes+do+PSDB+e+espioes+contra+Aecio+alvos+de+Amaury.html

Nos trechos extraídos de depoimento de Amaury à PF, o jornalista detalha seu envolvimento no caso da quebra de sigilo de tucanos e familiares de Serra
Foto: Reprodução

O depoimento do jornalista Amaury Martins Ribeiro Júnior, dado à Polícia Federal no último dia 15 de outubro e publicado nesta sexta-feira (22) pelo site do jornal O Estado de S.Paulo, relata a investigação que ele diz ter feito sobre o processo de privatização das empresas de telecomunicações durante a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e o esquema de espionagem que teria sido montado por pessoas próximas ao candidato presidencial tucano José Serra contra o então governador de Minas Gerais Aécio Neves, ambos do PSDB.

O depoimento também detalha os contatos que Amaury diz ter mantido com o jornalista Luiz Lanzetta, da empresa Lanza Comunicações, segundo Amaury contratada para cuidar das comunicações da pré-campanha da candidata Dilma Rousseff. Esses trechos podem ser lidos na reportagem: Jornalista afirma que Falcão, do PT, copiou sua investigação.

Em seguida, trechos inicias do depoimento publicado nesta sexta-feira. Ao falar sobre o motivo das investigações, Amaury Júnior diz o seguinte:

"...esclarece que trabalhava na compilação dos dados das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso em que tinha Ricardo Sérgio de Oliveira como operador principal da formação dos consórcios que participaram das privatizações das teles, cobrança de propina e criação do modus operandi para para internar valores escusos das Ilhas Virgens Britanicas no Brasil, que inclusive se compromete a oferecer para a juntada dos autos o material coletado ao longo do seu trabalho, o qual esclarecerá o detalhadamente o esquema mencionado acima".

Segundo o jornalista, a investigação - iniciada por vontade dele - começou quando Amaury trabalhava para o jornal O Globo, na sucursal de São Paulo, há cerca de 10 anos. Depois disso, ele ingressou no Jornal do Brasil, onde publicou a primeira reportagem sobre o assunto, envolvendo Ricardo Sérgio.

Em seu relato, Amaury Júnior diz ainda que:

"...em 2003 teve acesso a dados enviados pela promotoria de Nova Iorque à CPI do Banestado e à Polícia Federal, dos quais constava que Ricardo Sérgio movimentava milhões de dólares, por meio de doleiros, no exterior, inclusive em paraísos fiscais.

Ele lembra que publicou matérias jornalísticas sobre tais documentos e fatos, na revista Isto É, no ano de 2003, tendo sido, então, processado judicialmente, por danos morais, por Ricardo Sérgio.

O relato prossegue:

"...na sua defesa, na exceção da verdade, obteve ordem judicial destinada à CPI do Banestado para que fossem entregues todos os documentos que apontassem movimentação de valores de Ricardo Sérgio de Oliveira no exterior, além de outras pessoas relacionadas ao processo de privatização de empresas estatais brasileiras, dentre elas Gregório Marin Preciado, Carlos Jereissati, Ronaldo de Souza, sócio de Ricardo Sérgio, sempre com apontamentos de transações financeiras entre elas no exterior".

Amaury afirma no depoimento que no final de 2003 parou de escrever sobre o assunto, apesar de não ter deixado de investigar o caso, já que pretendia escrever um livro sobre o tema. Depois disso, foi trabalhar no jornal Correio Braziliense e em seguida, após sofrer um atentado, transferido para o jornal O Estado de Minas.

O jornalista prossegue no depoimento publicado:

"...em dezembro de 2007, tendo tomado ciência de que um grupo clandestino de inteligência estaria seguindo o então governador do estado, Aécio Neves, decidiu investigar quem eram os integrantes de tal grupo e a motivação de seus trabalhos; que, recorrendo as suas fontes na comunidade de informações, dentre elas Idalberto Matias de Araújo, obteve informação de que se tratava de grupo que trabalhava para José Serra, sob o comando do deputado federal Marcelo Itagiba, sendo que faziam parte do grupo o agente do SNI Luiz Fernandes Barcelos, o delegado Federal Pedro Birvane e outros dois agentes, um do SNI que não se recorda o nome, e outro da PF de nome Darlan".

Amaury relata ainda que, durante o ano de 2008, e diante das informações obtidas de Idalberto e outros agentes, decidiu retomar as investigações das privatizaçoes, naquele momento focando também pessoas ligadas a José Serra. O jornalista afirmou no depoimento:

"...utilizando os mesmos métodos de investigação anteriores, passou obter documentos em cartório, juntas comercias, órgãos de Justiça no Brasil e EUA, tendo obtidas procurações e outros documentos que apontavam para a existência de empresas - off shores sediadas em paraísos fiscais, em nome da filha de José Serra, Verônica Allende Serra e de seu esposo Alexandre Bourgeois; que funcionavam no mesmo escritório operado por Ricardo Sérgio de Oliveira, nas Ilhas Virgens; que investigou tais empresas, tendo ficado evidente, para o declarante, que as mesmas foram utilizadas para internação de valores em território pátrio".

Ainda segundo ele: "...para realizar tais investigações, necessitou fazer várias viagens nos anos de 2008 e 2009, principalmente para São Paulo-Capital, algumas para Brasília, sendo que as despesas de viagem e de obtenção dos documentos foram custeadas pelo órgão de imprensa no qual trabalha, ou seja, O Estado de Minas."

O jornal divulgou nota negando que tenha pago viagens do jornalista no período em que, segundo investigação da Receita Federal, foram acessados dados fiscais de integrantes do PSDB e familiares do candidato José Serra, em setembro e outubro de 2009.
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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Contraponto 3192 - "Caso da Receita: PF e mídia vão agir de forma republicana?"

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03/09/2010


Caso da Receita: PF e mídia vão agir de forma republicana?

Viomundo - 2 de setembro de 2010 às 17:49

por Luiz Carlos Azenha

Houve violação de sigilo na delegacia da Receita Federal em Mauá. Isso é liquido e certo. Como venho escrevendo, desde que surgiram as denúncias, é preciso cuidado. Assim como o sigilo fiscal é garantido constitucionalmente, o mesmo vale para a presunção de inocência.


1) Pode ter sido um esquema político (do PT? do próprio PSDB?); 2) Pode ter sido um esquema de bandidagem pura e simples; 3) Pode ter sido um caso plantado para utilização num momento eleitoral como este.

Como eu frisei anteriormente, embora nunca tenha participado de campanhas eleitorais, a não ser como jornalista, sei que em torno delas flutua um submundo: arapongas, ex-arapongas, policiais, ex-policiais, operadores, leões de chácara e outros tipos. Como informação é um dado essencial em qualquer campanha, é apenas natural que se busque informação sobre os adversários. É a origem dos dossiês que frequentam as campanhas brasileiras desde sempre.

Este é um submundo de alianças tênues, que flutuam de acordo com o poder (e o dinheiro). A informação hoje usada contra um partido pode se voltar contra outro, e vice-versa.

Além de investigar os petistas suspeitos, se houver, é importante que a Receita e a Polícia Federal considerem também os fatos conforme a conjuntura de setembro do ano passado, que é quando os vazamentos aconteceram. O que se passava, então? Uma disputa interna no PSDB entre os grupos políticos de Aécio Neves e José Serra. Meses antes, num jornal paulista, foi publicado o famoso artigo Pó pará, governador?, assinado por aliado de José Serra. No início de novembro, Aécio Neves foi acusado de bater numa acompanhante, em público.

O melhor texto que conheço a respeito foi escrito pelo Leandro Fortes, da CartaCapital. Foi reproduzido no Viomundo, na época: O dossiê do dossiê do dossiê. Leiam. Serve para refrescar a memória de todos.

Escreveu o Leandro Fortes, então:

“Em uma entrevista que será usada como peça de divulgação do livro e à qual CartaCapital teve acesso, Ribeiro Jr. afirma que a investigação que desaguou no livro começou há dois anos. À época, explica, havia uma movimentação, atribuída ao deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), visceralmente ligado a Serra, para usar arapongas e investigar a vida do governador tucano Aécio Neves, de Minas Gerais. Justamente quando Aécio disputava a indicação como candidato à Presidência pelos tucanos. “O interesse suposto seria o de flagrar o adversário de Serra em situações escabrosas ou escândalos para tirá-lo do páreo”, diz o jornalista. “Entrei em campo, pelo outro lado, para averiguar o lado mais sombrio das privatizações, propinas, lavagem de dinheiro e sumiço de dinheiro público.”

Amaury tem dito e reiterado que seu livro inclui apenas documentos oficiais e que não se baseia em quebras de sigilo. Mas será que o “outro lado” a que se refere o jornalista ficou apenas por conta dele? Teria havido outros operadores? Poderiam ser eles os responsáveis pelo que aconteceu em Mauá?

Gostaria muito que tudo ficasse devidamente esclarecido, se possível antes do primeiro turno. Seria melhor para a democracia brasileira. Temo, no entanto, que as informações virão à tona incompletas e deformadas pelos interesses políticos e partidários do momento. Mantido o padrão de 2006, teremos uma investigação midiática centrada apenas nos alvos que interessam a José Serra. Resta esperar uma ação rápida da PF, que não deixe pedra sobre pedra.
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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Contraponto 2084 - PSDB joga DEM para escanteio

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30/04/2010

Era uma vez uma sólida aliança PSDB-DEM

Blog do Zé Dirceu - Publicado em 29-Abr-2010

Serra e Aécio

Na surdina, bem ao estilo tucano que, dependendo da repercussão do fato, possibilita ir em frente, continuar no muro ou voltar atrás, o PSDB desencadeou a operação para jogar ao mar seu histórico e tradicional aliado DEM na eleição presidencial desse ano. Manobram a mil para retirar dos demos a vaga que estes pretendem de candidato a vice-presidente na chapa da oposição ao Planalto encabeçada por José Serra (PSDB-DEM-PPS).

Como quem não quer nada, com manobras desenvolvidas mais via imprensa, há semanas Serra vem alijando o DEM - hoje mais um fardo do que um apoio propriamente - do projeto de integrar sua chapa. A partir da eclosão do episódio José Roberto Arruda, ex-governador de Brasília (único eleito pelos demos em 2006), que ficou dois meses preso na Polícia Federal após ser descoberto no centro do escândalo de pagamento de propina a aliados políticos, o apoio da legenda se tornou um peso e os tucanos têm feito acrobacias para se livrarem dela.

Serra e o alto escalão tucano, então, fingem que até a eclosão do escândalo do DEM-Brasília, jamais tiveram como principal sonho a escolha de José Roberto Arruda para ser o companheiro de chapa do candidato da oposição a Presidência da República.

A manobra mais recente se desenvolve via ex-governador de Minas, Aécio Neves. Ontem e hoje, nos jornais e em onlines, Aécio assume estar conversando com seu primo, senador Francisco Dornelles (PP-RJ) para este ser vice-presidente na chapa de Serra. Dornelles, como bom mineiro (é sobrinho do avô de Aécio, o ex-presidente Tancredo Neves), mantém-se em silêncio e diz que só fala a respeito se o convite for oficializado.

Quer dizer, enquanto Aécio opera - com o máximo interesse para encontrar o vice de Serra, para o deixarem em paz na insistência para que seja ele, Aécio, esse vice - toda a linhagem de primeira grandeza do grão-tucanato mantém-se muda. Se vingar a articulação Aécio-Dornelles, livram-se do incômodo de ter um vice do DEM. Se não, continuarão fingindo que a manobra não foi com eles tucanos.

Foto: José Cruz/ABr
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domingo, 11 de abril de 2010

Contraponto 1882 - Serra, Aécio e Lula em discursos

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11/04/2010


Serra avisa aos gringos de olho no pré-sal: "O Brasil não tem dono"

Amigos do Presidente - por Zé Augusto - sábado, 10 de abril de 2010

Enquanto Lula e Dilma defendem que o Brasil e o pré-sal tem dono: é do povo brasileiro, José Serra (PSDB/SP) faz o contrário: disse em seu discurso de lançamento de candidatura que o "O Brasil não tem dono...".

Os "gringos" esfregaram as mãos.

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11/04/2010

Aécio "levanta a bola" em defesa da privataria, e Lula corta

Amigos do Presidente - por Zé Augusto - sábado, 10 de abril de 2010

Ao lado de Dilma Rousseff (PT), o presidente Lula criticou neste sábado o discurso do PSDB durante o pré-lançamento do nome do José Serra (PSDB) para a corrida presidencial deste ano, realizado em Brasília.

Lula e Dilma participaram de um encontro de centrais sindicais promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo (SP).

Estrategicamente, o presidente chegou ao evento por volta das 13h30, depois de ter acompanhado os discursos realizados pela oposição no evento na capital federal.

"Sou um homem de boa índole, mas em um momento auspicioso, o ex-governador de Minas (Aécio Neves) disse que eles (oposição) reforçariam as privatizações e foi muito aplaudido. Foi o momento de maior aplauso na festa dele. Eu não quero esses aplausos", disse Lula.

O presidente ainda mandou um recado para os adversários:

"Se não fosse o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES, nós teríamos sucumbido à crise. Quem fala isso pensa que tem de entregar os dedos, porque os anéis entregaram há muito tempo". (Grifo do ContrapontoPIG)

Aécio Neves fez um verdadeiro "fogo amigo", quando defendeu em seu discurso em Brasília as privatizações realizadas nos oito anos da gestão de Fernando Henrique Cardoso, uma política mal avaliada pela população, pela má qualidade dos serviços prestados, pelas altas tarifas, e pela prejuízo ao erário com a venda de valioso patrimônio público a preço de banana. Leia mais aqui.

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PITACO DO ContrapontoPIG

1 - Será que o Aécio estava "alegrete" ou estava mesmo era sacaneando o Serra?

2 - Já imaginaram a exploração do Pré-sal se a Petrobras tivesse sido privatizada como queriam FHC e Cia.?
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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Contraponto 1006 - Serra em sinuca?

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18/12/2009
Aécio sai do caldeirão e põe Serra na sinuca



Tijolaço - quinta-feira, 17 dezembro, 2009 às 18:25

Vocês recordam que, há cerca de 10 dias, o governador Aécio Neves anunciou que na sexta-feira passada, dia 11, teria um encontro definitivo com José Serra. Aécio já não se sentia em condições de suportar o lento processo de “cozimento” – fritura é coisa mais rápida – a que José Serra o submetia.

Serra o esnobou. Mandou dizer que nem mesmo tinha a ida ao Piauí em sua agenda.

A vingança dos mineiros é muda. Com palavras suaves, falando em unidade partidária, Aécio anunciou hoje que não disputa mais a vaga de candidato a Presidência, recolhe-se a uma candidatura a Senador por Minas e, consequentemente, a sair do cenário da disputa nacional.

Agora, Serra fica sem aternativa. Não adianta dizer mais que não é candidato.

Ou é, ou é.

Não tem mais a saída tática de retroceder para uma candidatura à reeleição em São Paulo, seu plano B diante do previsível processo de transferência de votos de lula para Dilma.

A eleição caminha para ser um plebiscito entre o neoliberalismo e um projeto nacionalista.

Resta o PMDB como incógnita. Com o “nocaute” de Arruda, o DEM ficou sem nome para vice de Serra e isso aguçou o paladar de alguns grupos peemedebistas.

O que não passou despercebido a Ciro Gomes, que começou a cutucar uma possível aliança do partido com o PT.

As duas questões irão se resolver naturalmente. Saiu de cena o único candidato tucano que não tinha gravado na testa, evidente, o anátema de Fernando Henrique Cardoso.

Brizola Neto
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domingo, 6 de dezembro de 2009

Contraponto 890 - Aécio teria pedido para Serra "amarelar logo"

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06/12/2009

Aécio teria pedido para Serra "amarelar logo"


Portal Vermelho - 5 de Dezembro de 2009 - 15h07

Não é apenas no DEM, ou entre o DEM e o PSDB, que os tempos bicudos para a oposição acirraram lutas internas. "Nos últimos 30 dias, a relação entre Aécio e Serra estremeceu", avalia o Correio Braziliense deste sábado (5). E reporta um signitifatvo diálogo em que o presidenciável tucano de Minas Gerais pede ao seu correligionário e rival de São Paulo que "amarele agora" para não "inviabilizar" o PSDB.
"Nos últimos 30 dias, a relação entre Aécio e Serra estremeceu. Em conversas reservadas, os tucanos comentam a respeito de um diálogo onde Aécio teria dito a Serra que se o paulista 'amarelasse agora', daria tempo para que ele (Aécio) viabilizasse uma candidatura de janeiro a abril. 'Se você amarelar em março, inviabiliza o partido', teria dito o governador mineiro, segundo relato dos próprios tucanos. Serra não disse nem sim nem não. Apenas afirmou que estava cedo para tratar disso, já que os dois tinham estados para governar" – relata o jornal de Braília.

"Caso o partido não decida o nome do candidato até o fim deste mês, ou até 15 de janeiro, a intenção de Aécio é sair de cena e deixar Serra sozinho como o nome do PSDB à sucessão presidencial. O governador mineiro se dedicaria então à sua candidatura ao Senado e à montagem do palanque em Minas Gerais. Ou seja, se o PSDB não se decidir, Aécio tomará a decisão pelo partido", completa o artigo.

Estranhamente, apenas o Correio Braziliense repercutiu a picante conversa entre os dois candidatos a candidatos oposicionistas. E mesmo a matéria da jornalista Denise Rothenburg neste jornal joga a informação para os últimos parágrafos; o título e o destaque vão para a tentativa de viabilizar uma cada vez mais difícil chapa única tucana, Serra-Aécio, agora com a vantagem suplementar de não contaminar a campanha oposicionista com um vice do DEM.

Nas entrelinhas da matéria, fica a impressão de que as duas alas tucanas preparam o seu discurso para o caso de uma derrota na eleição presidencial de 3 de outubro que vem. O grupo de Aécio dirá que Serra não "amarelou" a tempo de viabilizar o governador mineiro enquanto alternativa presidencial. E o grupo de Serra retrucará que Aécio inviabilizou a vitória ao se recusar a ser o vice na chapa pura.

Com informações do Correio Braziliense
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Contraponto 878 - Aécio vai pro Senado?


04/12/2009

Aécio prepara-se para anunciar sua candidatura ao Senado


Amigos do Presidente - Zé Augusto . Sexta-feira, Dezembro 04, 2009

Quem assistiu a propaganda partidária na TV do PSDB com Serra e Aécio (leia aqui como a propaganda saiu misturada ao noticiário do dinheiro na cueca), chega a pensar que o mineiro está disputando palmo a palmo a indicação com Serra.

Não é o que se fala nos bastidores. A popularidade de Lula, os bons ventos da economia e do emprego, o crescimento de Dilma, e os MENSALÕES do DEM e Azeredoduto, deixam Serra inseguro, e Aécio começa a declinar de ir para as urnas com a cara de oposição, uma oposição fragilizada, que se desmancha.

Aécio não vai admitir isso em público, mas tudo indica que, sentindo cheiro de derrota acachapante em uma eleição presidencial, Aécio já começa a empurrar o abacaxi de fazer o papel de oposição para Serra, e deverá partir para uma candidatura ao Senado, fazendo o discurso moderado, de conciliação, com vistas a reorganizar um bloco parlamentar após 2010, compondo a futura base governista, e abandonando o campo da oposição, deixando o legado demo-tucano de FHC para trás. Ele já ensaiou esse passo na eleição para prefeito em Belo Horizonte, aliando-se ao PSB e PT.

É provável que Aécio venha a negar à imprensa que disse isso nestes termos, pois se der a entender que já desistiu, seu cacife de ganhar visibilidade e importância nacional cai, mas vejam só essa matéria da Agência Estado:

... Aécio Neves (PSDB), já dá sinais de que está desistindo da disputa interna com o governador de São Paulo, José Serra.

Hoje (3), após se reunir com dois ex-presidentes do PSDB - o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-ministro Pimenta da Veiga - e com o secretário-geral da legenda, deputado federal Rodrigo de Castro (MG), Aécio disse que sua prioridade pessoal passou a ser a sucessão estadual, na qual trabalhará pela eleição de seu vice, Antônio Anastasia (PSDB).

Reservadamente, aliados do governador mineiro afirmam que no Palácio da Liberdade não se cogita que Serra decida se assume ou não a candidatura até o final de dezembro - data estabelecida por Aécio para abandonar a pré-candidatura presidencial.

O governador paulista quer empurrar a decisão para março. Por causa das festas de fim de ano, o governador mineiro afirmou nesta 5ª feira (03) que considera os primeiros dias de janeiro o período mais adequado anunciar sua candidatura ao Senado.

Sempre destacando que respeitará a decisão do partido e que não liderará um racha interno, Aécio abandou de vez o discurso de defesa das prévias partidárias e tem concentrado sua agenda em Minas.

Nos últimos dias, não tem se furtado a fazer elogios à eventual candidatura de Serra. "Tenho sido absolutamente claro e leal com o partido", insistiu. "Tenho manifestações de muita simpatia em várias partes do País, como também existem outros que preferem a candidatura do governador José Serra, até porque é uma candidatura extremamente vigorosa".

O mineiro também garantiu que não há hipótese de voltar atrás caso opte mesmo pela candidatura ao Senado. No encontro com Tarso, reafirmou ainda que não aceita ser vice de Serra numa chapa puro-sangue.

"Ansiedade"

Diante do atual cenário, o senador cearense apelou para que Aécio mantenha a sua pré-candidatura até "o momento da escolha". Afinado com o discurso do mineiro, Tasso afirmou que o "partido está louco para ter um candidato na rua". "Existe, não só por parte do governador Aécio Neves, mas por parte de todo partido uma ansiedade para que pelo menos durante o mês de janeiro nós tenhamos uma solução e já possamos ter um candidato definido na rua".

O senador classificou Aécio como uma "alternativa cada vez mais forte" na disputa presidencial do ano que vem. "Ele é uma opção real do partido. Cada vez mais uma opção que assusta muito os nossos adversários. A decisão dele tem de ser uma decisão no momento certo, no momento correto para que o partido não perca essa alternativa importante".
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Contraponto 746 - Briga de cachorro grande


19/11/2009
Serra, Aécio, FHC e O Globo: brigam os cachorros grandes


Vermelho - 18 de Novembro de 2009 - 20h14

José Serra e Aécio Neves cometem "um erro que pode ser fatal": fogem da herança do governo Fernando Henrique, "em vez de assumir suas virtudes". A tese é do jornalista global Merval Pereira em sua coluna desta quarta-feira (18). Nada como uma luta interna tucana – briga de cachorro grande, exacerbada pelo recente encontro Aécio-Ciro Gomes – para os podres do lado de lá chegarem à mídia.

Por Bernardo Joffily

Ciro em BH com Aécio: estratégia contestada
O gancho de Merval é a entrevista do governador de Minas com o também presidenciável do PSB, em que Ciro cobriu Aécio de elogios, dizendo até que "a minha candidatura não é necessária mais" se o "amigo de uma vida" conseguir "se viabilizar candidato a presidente da República".

Estratégia que "não serve para nada"

Poderia parecer um evento positivo para o PSDB. Mas a coluna no Globo, cheia de fel e maus agouros, mostra que não. Se é bom para Aécio é ruim para Serra, e portanto para Merval.

O veterano jornalista global é categórico: "a estratégia do governador mineiro não serve para nada, a não ser para criar um ambiente de constrangimento dentro do seu partido". Pior, foi uma "provocação pública a seu concorrente (Serra) e ao presidente de honra do PSDB (o ex-presidente FHC), em troca de nada", sentencia Merval, na coluna Passo em falso.

Por fim, um fernando-henriquista

Finalmente um brasileiro, Merval Pereira, ergue-se em defesa de FHC. Os compatriotas do venerável e injustiçado ex-presidente, mal agradecidos, nâo enxergam as virtudes do venerável ex-presidente.

Como diz o adágio, ninguém é profeta em sua terra. Ainda no sábado passado (14), El País – diário espanhol com ambições latino-americanas – publicou uma entrevista com Fernando Henrique onde o apresenta, sem rodeios, como "o homem que pôs o Brasil para funcionar" e fala até em um "milagre Cardoso" (sic).

Foi nessa entrevista que FHC perguntou-se candidamente: "Qual é a diferença entre meu governo e o de Lula no modelo econômico?". E respondeu-se: "Muito pouca, é basicamente social-democrata, quer dizer, respeito ao mercado, sabendo que o mercado não é tudo, e políticas sociais eficazes" (veja aqui a entrevista completa, em espanhol).

O entrevistador espanhol, Manuel Calvo, engoliu sem vacilar a patranha do "homem que pôs o Brasil para funcionar". Mas os ingratos brasileiros, com essa mania de ficar comparando índices de emprego, poder de compra do salário mínimo, preços da cesta básica e do cimento, e agora até apagões, não engolem. Para não falar dos que ainda querem saber de auto-estima, "patriotismo econômico" – como disse Lula – e integração latuino-americana, inclusive com os odiosos, demoníacos, abomináveis Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa.

Em todas as pesquisas de opinião em que se pediu para comparar os governos Lula e FHC, mesmo nos momentos mais periclitantes do "Mensalão", a resposta foi uma impressionante rejeição do ex-presidente. Merval Pereira é, talvez ao lado da Velhinha de Taubaté de Luis Fernando Verissimo, o último brasileiro a sustentar as "virtudes" do governo FHC.

"Lula está fazendo tudo certo"

Mais ainda: o destemido jornalista do Globo, Globo News e CBN interpela os tucanos que não saem em defesa do seu presidente de honra.

Aécio "estaria incorrendo num erro que pode ser fatal, o mesmo em que incorreram Serra e Alckmin, os dois tucanos batidos por Lula: evitar a “contaminação” do governo FH, em vez de assumir suas virtudes e defender o programa partidário", julga Merval. "O mesmo erro Serra está cometendo novamente, na tentativa de se mostrar uma alternativa confiável para eleitores de esquerda", lamenta o colunista.

Com a autoridade inconteste de um profissional de imprensa que proclama Cuba como "a pior ditadura do mundo" e nunca, jamais votou em um torneiro mecânico que não fala línguas estrangeiras, Merval Pereira atinge o ápice de sua análise:

"Até o momento, mesmo admitindo-se que exorbita de seu poder para tentar colocar em pé a candidatura de Dilma, é o presidente Lula quem está fazendo tudo certo."

Serra, preferido "até o momento"

Merval conclui a frase com um contraponto, admitindo "ser o PSDB que tem em José Serra o candidato preferido do eleitorado até o momento". Mas o colunista do Globo deixa entrever, com insuspeita franqueza, que isso não vale grande coisa.

Na eleição presidencial de 1994, em 3 de maio, o instituto Datafolha dava 42% de intenção de voto em Lula, e 16% em Fernando Henrique. Cinco meses depois, este se elegia no primeiro turno, graças ao Plano Real, que só em 1999 revelou-se ao público como um bombom envenenado, com uma doce crostra de chocolate envolvendo o recheio de cianeto de potássio.

Merval não se ilude: "A indefinição do PSDB, e sua divisão cada vez mais clara, contrastam com a unidade governista, mesmo que a candidata oficial seja ruim de voto e não tenha traquejo político. O que alimenta o apoio de um amplo leque de partidos à sua candidatura é a crença na capacidade de Lula transformar em votos para sua candidata sua grande popularidade."

Para Merval, o PSDB "teria" que "dar alguma segurança" aos partidos que se agrupam em torno do plano Lula-Dilma. Mas ele constata desesperançado que, "até o momento", o PSDB "não tem nem candidato nem proposta alternativa". E o conselho que oferece aos tucanos, "assumir" as "virtudes" do governo FHC, seria a receita garantida para piorar uma situação que já anda de ruim para péssima.

Será que irão assim até outubro?

Um dia alguma tese de doutorado há de examinar como, nos idos do segundo semestre de 2009, os comentaristas mais argutos e sagazes da grande mídia cansaram da incompetência, covardia e oportunismo dos seus aliados do PSDB, DEM e adjacências, e, por pura coerência antilulista, passaram a falar mal da oposição e bem do governo. Merval 'Lula-está-fazendo-tudo-certo" Pereira segue as pegadas da coleguinha global Miriam Leitão, que sentenciou três semanas atrás: "O Brasil tem governo demais e oposição de menos" (veja mais aqui).

O encontro Aécio-Ciro em Belo Horizonte nesta terça-feira até valeria uma apreciação sobre o sinuoso jogo de alianças do deputado socialista. Haveria lugar então para se questionar um presidenciável do campo do governo que só tem elogios para o oposicionista Aécio, a ponto de rifar sua própria postulação presidencial. Mas ala Serra e seus publicistas, como Merval, roubam a cena com sua biliosa reação – a ponto de se indagar se não é o caso de deixar que eles mesmos liquidem a fatura.

Será que eles caminharão assim até o matadouro de 3 de outubro, alfinetando-se a cada passo e armando camas de gato uns para os outros?

É improvável. A incongruência e a incompetência, em política, têm limites, impostos pelas camadas profundas do jogo político, ditadas pelos interesses dos atores coletivos em luta. Há interesses, poderosos, desejosos de enterrar a era Lula antes tarde do que nunca. Mas, a julgar pelo aqui e agora, eles vão ter um baita trabalho para se expressarem na sucessão, em meio a tamanha briga de tão grandes cachorros demo-tucano-midiáticos. (...)
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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Contraponto 731 - Aécio: se Serra vence, o Brasil para


17/11/2009

Aécio: se Serra vence, o Brasil para

Entrelinhas
- terça-feira, 17 de novembro de 2009

Com amigos assim, o governador José Serra deveria dispensar os inimigos. Só para lembrar: Aécio Neves é tão tucano como Serra e não pode mais deixar o partido para disputar a eleição de 2010. No PSDB está, no PSDB ficará. A nota é da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

NUNCA MAIS

Em conversa recente com empresários, Aécio Neves (PSDB-MG), cada vez mais empenhado em convencê-los de que teria mais condições de governabilidade na Presidência da República do que José Serra, insinuou que, se o tucano paulista ganhar as eleições de 2010, “o governo pode parar”. Tudo por causa da radicalização do PT e dos movimentos sociais. “E aí vai ser aquela saudade imensa [do presidente Lula]. Em quatro anos, ele [Lula] volta e nós nunca mais ganhamos as eleições neste país.”
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Contraponto 729 - Sai Serra entra Aécio ?


17/11/2009
Aécio está cheirando melhor que Serra

Esquerdopata - terça-feira, 17 de novembro de 2009

Pelas últimas manchetes midiáticas parece que o Vampiro recebeu uma estaca no coração e a nova esperança branca, branquinha, chama-se Aécio Neves.

A tática de abandonar completamente o estado de Minas e dedicar-se à coisas que cheirem melhor que o queijo parece ter funcionado.

Aos inocentes que acreditam em unicórnios, Protógenes e PHAs vejamos agora o comportamento do último, indivíduo que jamais passou nem perto da esquerda e que também sente um cheiro agradável em Aécio.
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sábado, 7 de novembro de 2009

Contraponto 646 - "E Aécio livrou-se da armadilha"


07/11/2009

E Aécio livrou-se da armadilha

Carta Capital 06/11/2009 16:53:04

Maurício Dias


A insistência da direção do PSDB em deixar para “os idos de março” a indicação do nome do partido que disputará a eleição presidencial em 2010 pode ser o fio shakespeariano de uma consequência política surpreendente: a desistência de José Serra à sua grande ambição política.

Até agora o governador de São Paulo, pela projeção das pesquisas de intenções de voto, é o nome que arrasta a maioria tucana. Some-se a isso o trânsito que ele tem como pré-candidato junto ao influente empresariado paulista. Influência política e econômica.

Mas e o opositor Aécio Neves?

Para o tucanato paulista, o governador de Minas é apenas um intruso no processo. Isso parece verdade. Para o PSDB, ele nunca teve chances de se tornar o candidato do partido à Presidência da República.

Os tucanos agiram como os carrascos de outros tempos agiam com os condenados especiais, para os quais encomendavam uma missa. Comportaram-se assim ao aceitarem a realização das prévias que escolheriam o nome do partido. Aceitá-las era parte do processo de liquidação da candidatura de Aécio. Serra nunca se dispôs a ser incomodado pela massa de filiados.

Aécio inicialmente parecia vitorioso. Mas, na sequência, percebeu que o PSDB tinha se tornado, para ele, um centro de abutres e não um ninho de tucanos.

A insistência de Serra em deixar para março de 2010 a indicação do partido era um golpe político. Março, a apenas sete meses da eleição, é uma data eleitoralmente próxima demais. Até lá todas as coalizões terão sido definidas e estará descartada a possibilidade de adesão à coligação PSDB-DEM. Além, é claro, do inexpressivo PPS.

Nesse caso, só restaria uma alternativa para a esperança eleitoral tucana. A possibilidade de formar a dobradinha Serra-Aécio. A união dos dois maiores colégios eleitorais do País para tentar bater a candidatura petista de Dilma Rousseff.

Aécio sempre foi o objeto de desejo de Serra. Ele agora, em movimento de antecipação, desfez essa possibilidade. Desistiu das prévias e anunciou a intenção de disputar o Senado.

Sem Aécio como vice é pouco provável, muito pouco provável, que Serra dispute a cadeira presidencial.
Aécio Neves fez a opção na hora certa e livrou-se da armadilha.

O governador mineiro fugiu astuciosamente de uma traição. Quem o teria alertado? Talvez a pesquisa pragmática encomendada, no momento adequado, pelo tucano e ex-banqueiro Ronaldo Cesar Coelho seja a resposta. Nota do redator: o pragmatismo, como se sabe, pode degenerar-se facilmente em falta de princípios.

Na pesquisa mencionada, a dobradinha Serra-Aécio, testada de forma favorável, tem muito bom desempenho.

Esperar março de 2010 para negar a formação dessa chapa puro-sangue deixaria Aécio Neves em posição absolutamente desconfortável dentro e fora do PSDB. E o preço político da decisão seria incalculável. O mais evidente seria o de enfrentar a pesada pecha de traidor.

Traição é mote desse episódio e o mês de março, especialmente, tem um grande significado nos processos políticos. Seja fato ou ficção. O golpe militar de março de 1964, no Brasil, é um fato. A ficção contém a esplendorosa tragédia Júlio César, escrita por William Shakespeare. Março ou, mais precisamente, os “Idos de Março” (Idibus Martius) marcam a traição sofrida por Caio Júlio César apunhalado pelos senadores romanos, com a participação do filho adotivo Brutus.

Talvez Aécio não queira pronunciar a frase: “Até tu, Serra?”
deixar para “os idos de março” a indicação do nome do partido que disputará a eleição presidencial em 2010 pode ser o fio shakespeariano de uma consequência política surpreendente: a desistência de José Serra à sua grande ambição política.

Até agora o governador de São Paulo, pela projeção das pesquisas de intenções de voto, é o nome que arrasta a maioria tucana. Some-se a isso o trânsito que ele tem como pré-candidato junto ao influente empresariado paulista. Influência política e econômica.

Mas e o opositor Aécio Neves?

Para o tucanato paulista, o governador de Minas é apenas um intruso no processo. Isso parece verdade. Para o PSDB, ele nunca teve chances de se tornar o candidato do partido à Presidência da República.

Os tucanos agiram como os carrascos de outros tempos agiam com os condenados especiais, para os quais encomendavam uma missa. Comportaram-se assim ao aceitarem a realização das prévias que escolheriam o nome do partido. Aceitá-las era parte do processo de liquidação da candidatura de Aécio. Serra nunca se dispôs a ser incomodado pela massa de filiados.

Aécio inicialmente parecia vitorioso. Mas, na sequência, percebeu que o PSDB tinha se tornado, para ele, um centro de abutres e não um ninho de tucanos.

A insistência de Serra em deixar para março de 2010 a indicação do partido era um golpe político. Março, a apenas sete meses da eleição, é uma data eleitoralmente próxima demais. Até lá todas as coalizões terão sido definidas e estará descartada a possibilidade de adesão à coligação PSDB-DEM. Além, é claro, do inexpressivo PPS.

Nesse caso, só restaria uma alternativa para a esperança eleitoral tucana. A possibilidade de formar a dobradinha Serra-Aécio. A união dos dois maiores colégios eleitorais do País para tentar bater a candidatura petista de Dilma Rousseff.

Aécio sempre foi o objeto de desejo de Serra. Ele agora, em movimento de antecipação, desfez essa possibilidade. Desistiu das prévias e anunciou a intenção de disputar o Senado.

Sem Aécio como vice é pouco provável, muito pouco provável, que Serra dispute a cadeira presidencial.
Aécio Neves fez a opção na hora certa e livrou-se da armadilha.

O governador mineiro fugiu astuciosamente de uma traição. Quem o teria alertado? Talvez a pesquisa pragmática encomendada, no momento adequado, pelo tucano e ex-banqueiro Ronaldo Cesar Coelho seja a resposta. Nota do redator: o pragmatismo, como se sabe, pode degenerar-se facilmente em falta de princípios.

Na pesquisa mencionada, a dobradinha Serra-Aécio, testada de forma favorável, tem muito bom desempenho.

Esperar março de 2010 para negar a formação dessa chapa puro-sangue deixaria Aécio Neves em posição absolutamente desconfortável dentro e fora do PSDB. E o preço político da decisão seria incalculável. O mais evidente seria o de enfrentar a pesada pecha de traidor.

Traição é mote desse episódio e o mês de março, especialmente, tem um grande significado nos processos políticos. Seja fato ou ficção. O golpe militar de março de 1964, no Brasil, é um fato. A ficção contém a esplendorosa tragédia Júlio César, escrita por William Shakespeare. Março ou, mais precisamente, os “Idos de Março” (Idibus Martius) marcam a traição sofrida por Caio Júlio César apunhalado pelos senadores romanos, com a participação do filho adotivo Brutus.

Talvez Aécio não queira pronunciar a frase: “Até tu, Serra?”
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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Contraponto 600 - Kfouri: Covardia de Aécio


02/11/2009


Assessoria de Aécio Neves diz que nota é caluniosa

Viomundo | Publicado em 01 de novembro de 2009 às 15:03
Atualizado em 01 de novembro de 2009 às 21:07

Por Juca Kfouri, em seu blog

Covardia de Aécio Neves

Aécio Neves, o governador tucano de Minas Gerais, que luta para ter o jogo inaugural da Copa do Mundo de 2014, em Belo Horizonte, deu um empurrão e um tapa em sua acompanhante no domingo passado, numa festa da Calvin Klein, no Hotel Fasano, no Rio.

Depois do incidente, segundo diversas testemunhas, cada um foi para um lado, diante do constrangimento geral.

A imprensa brasileira não pode repetir com nenhum candidato a candidato a presidência da República a cortina de silêncio que cercou Fernando Collor, embora seus hábitos fossem conhecidos.

Nota da assessoria do governador Aécio Neves (liguei e fui informado pela assessoria de que não há comentários adicionais do governador sobre o incidente narrado por Kfouri):

A Assessoria de Imprensa do Governador Aécio Neves informa que são inverídicas as afirmações publicadas hoje e as considera de natureza caluniosa.

A Assessoria de Imprensa lamenta a reprodução de falsas e graves afirmações sem o cumprimento da prática jornalística de ouvir o outro lado, transformando-as, assim, de mera especulação em ataque à reputação e imagem do governador de Minas Gerais.Estamos à disposição para mais informações nos telefones 31.3299.4101 e 31. 9956.6124







Fotos postadas pelo
ContrapontoPIG











Nota do Viomundo: Pois é, eu também acho que a imprensa não pode repetir com nenhum candidato a presidência da República a cortina de silêncio que cercou Fernando Henrique Cardoso, uma repórter da TV Globo e o exílio imposto à repórter e ao filho para não atrapalhar os planos de certo senador. Quem pagou as contas do exílio? Foi dinheiro público? A emissora colaborou? O que recebeu em troca? Ah, já sei, isso é irrelevante. Não diz nada sobre o caráter de FHC, nem sobre as relações carnais dele com a mídia.

Leia o editorial de O Globo em que o jornal argumenta que os eleitores têm o direito de saber sobre a vida pessoal dos candidatos. Isso na véspera das eleições presidenciais de 1989, quando Lula foi acusado de ter sugerido à namorada que abortasse a filha, Lurian. Lula era solteiro quando se envolveu com Miriam Cordeiro, que fez acusações ao petista na campanha eleitoral de Fernando Collor. Vejam se não é o cúmulo da hipocrisia. O eleitor pode saber tudo sobre alguns candidatos e nada sobre outros. Tem o direito de saber sobre a vida pessoal de Lula, mas não sobre a vida pessoal de Fernando Henrique Cardoso.
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