23/05/2010
Sobre Noam Chomsky
por Fernando Coe*

Seu livro, A Riqueza das Nações, foi a bíblia daquele momento econômico, e em grande medida até hoje rebervera no nossso planeta. Sua proposta foi o conhecido "laisser aller", "laisser Faire", "laisser passer" - deixa ir, deixa fazer, deixa passar, frase supostamente cunhada pelo grande comerciante francês Legendre, no século XVII, quando perguntado pelo ministro das finanças da França, Colbert. O ministro perguntou: O que posso fazer para lhe ajudar? A resposta de Legendre é a própria estrutura liberal e depois neoliberal. Poucos impostos, pouca intervenção estatal, muito liberalismo. Liberalismo este que valoriza o capital em detrimento do ser humano, do trabalhador, e em consequencia da família. O lucro passa a ser tudo. O restante imenso das possibilidades humanas são brutalmente esquecidas. Os trabalhadores do século XIX certamente tinham muito a dizer. Assistam o filme "DANS", ele vai narrar do trabalho nas fábricas neste período - jornada de 16 horas por dia e crianças de 10, 11, 12 neste regime de labuta.
O movimento operário, final do XIX e início do XX foi reação a esta escravidão avalizada pelos governos. Muita coisa melhorou neste sentido. progressos enormes descomprimiram a panela, e até hoje solta fumaça. Voltando as entranhas do texto, penso que não podemos viver sem a parte sadia do liberalismo, da produção, do bom desempenho econômico, afinal gostamos de um carrinho novo, uma boa educação para as crianças, saúde de qualidade, boa alimentação, e etc. etc e etc. Entretanto, se nossos irmãos, de amplitude, não estiverem bem, não estaremos, é isso que Noam Chomsky mostra bem no último parágrafo. Vejam o Rio de Janeiro. Enfim, Chomsky luta pela distribuição de renda, pela regulamentação do capital, pelo bom imposto e pelo cidadão do mundo, sem discriminações.
Ele não luta contra a empresa, ele luta pela preservação dela em condições mais humanas. É aí onde entra o egocentrismo humano, que é o próprio espelho do liberalismo e neoliberalismo, sem dar importância aos demais fatores da sociedade.
Portanto, cabe a sociedade, em geral, continuar, sem interrupções, pressionando governos no sentido de repartir melhor o pão, que ela mesma fabrica. Esta é uma luta eterna, e o velho Chomsky continua com sua espada erguida contra o complexo militar euroamericano. Não se iludam os europeus não são coadjuvantes. Viram a reação deles no tratado Iran-Brasil-Turquia? Mas isto é outra história... AbraçoFernando.
"Fernando Coe. Formando em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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