segunda-feira, 20 de julho de 2015

Contraponto 17.263 - "Melo chama Gilmar pelo nome: conspirador !​"


20/07/2015

Melo chama Gilmar 
pelo nome: conspirador !​

Qual senador do PT pedirá o impeachment do “republicano” ? Delcídio ? – PHA


Conversa Afiada - 20/0702015






O Conversa Afiada reproduz artigo destemido e afiado de Ricardo Melo na Fel-lha (ver no ABC do C Af).

Foi Ricardo quem recuperou a palavra “esculhambação” para definir a situação que este Conversa Afiada descreveu em “Golpe é isso que está aí !”.

(Sobre o senador do PT que pediria o impeachment de Gilmar, o Conversa Afiada escalaria, se pudesse, o delcidio … )

Ao Ricardo (bravo !) Melo:

Conspiração não entra em recesso


Esta Folha (14/07) noticiou um fato da maior gravidade. Na residência oficial da Presidência da Câmara dos Deputados, o chefe da Casa, Eduardo Cunha, dividiu o “breakfast” com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o impagável Paulinho da Força, do partido Solidariedade. Além de guloseimas habituais, constou do cardápio nada menos que o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Boquirroto como sempre, Gilmar confirmou o debate sobre o assunto. “Ele [Cunha] falou dos problemas de impeachment, esses cenários todos”. Perguntados pela reportagem, Paulinho da Força e o presidente da Câmara tergiversaram, sem convencer. O texto afirma que o deputado do Solidariedade especulou que a derrubada da presidente (pois é disso que se trata) supõe um acordo entre Eduardo Cunha, o vice Michel Temer, Renan Calheiros, chefe do Senado, e o presidente do PSDB, Aécio Neves.

Se isto não é conspiração, é bom tirar a palavra do dicionário. Que diabo pode representar a reunião entre o terceiro nome da linha de sucessão do Planalto, um ministro da mais alta corte da Justiça e um parlamentar adversário obsessivo do governo –os três para discutir a deposição de uma presidente eleita?

A qualidade dos interlocutores dissipa dúvidas. A capivara é geral. O presidente da Câmara, de currículo mais do que suspeito, foi acusado de embolsar milhões de dólares em negociatas. O ministro Gilmar, dono de um prontuário de atitudes controversas, é conhecido por travar o fim do financiamento empresarial nas eleições.

A presença de Paulinho da Força mostra-se tão exótica quanto reveladora. Exótica porque se desconhece, pelo menos em público, qual credencial do insignificante Solidariedade para participar no colóquio. A contribuição mais relevante da legenda vem sendo a de responder “impeachment” a qualquer questão do cenário político.

Reveladora quando se sabe que o ex-sindicalista protagoniza vários processos e membros do seu grupo estão enrolados até o pescoço na Lava Jato. Detalhe: o partido destacou-se como o único a soltar nota de solidariedade, sem trocadilho, ao pronunciamento destemperado de Eduardo Cunha após ser acusado de beneficiário da corrupção. Nem a legenda dele, PMDB, atreveu-se a tanto.

Nesse clima, nenhum recesso parlamentar coloca tropas em descanso. A coisa é bem maior. Na verdade, a conspiração sempre prefere trabalhar à sorrelfa. Limites constitucionais, veleidades jurídicas e direitos elementares mais atrapalham do que ajudam num cenário de vale tudo.

As denúncias contra o ex-presidente Lula trazem novo exemplo. Vão das baixarias das “nove digitais” esgrimidas num documento tucano até acusações de… ajudar a expandir negócios do Brasil no exterior quando já havia deixado o cargo público! Por causa disso, Lula virou alvo de ação estimulada por um procurador notório pela campanha nas redes sociais contra o PT; e por outro que tem mais de 200 ocorrências de negligência no exercício da função. Já a fundamentação judicial nem zero tiraria em redação de vestibular.

Quem vai assumir a responsabilidade por tanta irresponsabilidade? A sensação é a de um conjunto de forças sem liderança. Sua única bandeira parece ser Delenda est PT. Em torno dela, cada um opera a seu bel prazer –Sergio Moro, Rodrigo Janot, procuradores excitados, Polícia Federal desgovernada, parlamentares paroquiais– tudo isso diante de um governo entre atônito e preocupado, mas sem iniciativa face à degradação das condições de vida da maioria. Cabe lembrar: nem sempre do caos nasce a ordem.


Sobre os 213 do Cunha, descritos na charge do Bessinha, veja a gloriosa relação.


Paulo Henrique Amorim

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