domingo, 23 de maio de 2010

Contraponto 2285 - "Sobre Noam Chomsky"

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23/05/2010

Sobre Noam Chomsky
por Fernando Coe*

Bom dia amigos. O ContrapontoPig 2280 é muito interessante. Pra começar com Noam Chomsky, nome essencial da linguística do século XX, e opositor incurável da diplomacia americana, assim como do seu neoliberalismo desenfreado. Cidadão cosmopolitano, ele não comunga com as teorias de Adam Smith, pioneiro do liberalismo econômico nos meados século XVIII.
Seu livro, A Riqueza das Nações, foi a bíblia daquele momento econômico, e em grande medida até hoje rebervera no nossso planeta. Sua proposta foi o conhecido "laisser aller", "laisser Faire", "laisser passer" - deixa ir, deixa fazer, deixa passar, frase supostamente cunhada pelo grande comerciante francês Legendre, no século XVII, quando perguntado pelo ministro das finanças da França, Colbert. O ministro perguntou: O que posso fazer para lhe ajudar? A resposta de Legendre é a própria estrutura liberal e depois neoliberal. Poucos impostos, pouca intervenção estatal, muito liberalismo. Liberalismo este que valoriza o capital em detrimento do ser humano, do trabalhador, e em consequencia da família. O lucro passa a ser tudo. O restante imenso das possibilidades humanas são brutalmente esquecidas. Os trabalhadores do século XIX certamente tinham muito a dizer. Assistam o filme "DANS", ele vai narrar do trabalho nas fábricas neste período - jornada de 16 horas por dia e crianças de 10, 11, 12 neste regime de labuta.

O movimento operário, final do XIX e início do XX foi reação a esta escravidão avalizada pelos governos. Muita coisa melhorou neste sentido. progressos enormes descomprimiram a panela, e até hoje solta fumaça. Voltando as entranhas do texto, penso que não podemos viver sem a parte sadia do liberalismo, da produção, do bom desempenho econômico, afinal gostamos de um carrinho novo, uma boa educação para as crianças, saúde de qualidade, boa alimentação, e etc. etc e etc. Entretanto, se nossos irmãos, de amplitude, não estiverem bem, não estaremos, é isso que Noam Chomsky mostra bem no último parágrafo. Vejam o Rio de Janeiro. Enfim, Chomsky luta pela distribuição de renda, pela regulamentação do capital, pelo bom imposto e pelo cidadão do mundo, sem discriminações.

Ele não luta contra a empresa, ele luta pela preservação dela em condições mais humanas. É aí onde entra o egocentrismo humano, que é o próprio espelho do liberalismo e neoliberalismo, sem dar importância aos demais fatores da sociedade.

Portanto, cabe a sociedade, em geral, continuar, sem interrupções, pressionando governos no sentido de repartir melhor o pão, que ela mesma fabrica. Esta é uma luta eterna, e o velho Chomsky continua com sua espada erguida contra o complexo militar euroamericano. Não se iludam os europeus não são coadjuvantes. Viram a reação deles no tratado Iran-Brasil-Turquia? Mas isto é outra história... AbraçoFernando.

"Fernando Coe. Formando em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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