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07/10/2012
Joaquim Barbosa se diz eleitor de Lula e Dilma
Do Brasil 247 - 7/10/2012
Ele aponta “avanços inegáveis” na gestão petista e diz que não se arrepende dos seus votos no PT em 1989, 2002 e 2006, mesmo depois do escândalo do mensalão, assim como em 2010
Como virou ministro
“Eu passava temporada na Universidade da Califórnia, Los Angeles. Encontrei Frei Betto casualmente nas férias, no Brasil. Trocamos cartões. Um belo dia, recebo e-mail me convidando para uma conversa com [o então ministro da Justiça] Márcio Thomaz Bastos em Brasília.”
Encontro com Lula
“Vi o Lula pela primeira vez no dia do anúncio da minha posse. Não falei antes, nem por telefone. Nunca, nunca.”
Sobre seus votos em Lula em 1989, 2002 e 2006 (depois do mensalão)
“Vou te confidenciar uma coisa, que o Lula talvez não saiba: devo ter sido um dos primeiros brasileiros a falar no exterior, em Los Angeles, do que viria a ser o governo dele. Havia pânico. Num seminário, desmistifiquei: 'Lula é um democrata, de um partido estabelecido. As credenciais democráticas dele são perfeitas'. Eu não me arrependo dos votos, não. As mudanças e avanços no Brasil nos últimos dez anos são inegáveis. Em 2010, votei na Dilma.”
Sobre possível atuação política
“Nunca fiz política. Estudei direito na Universidade de Brasília de 75 a 82, na época do regime militar. Havia movimentos significativos. Mas estive à parte. Sempre entendi que filiação partidária ou a grupos, movimentos, só serve para tirar a sua liberdade de dizer o que pensa.”
Racismo
“A imprensa brasileira é toda ela branca, conservadora. O empresariado, idem. Todas as engrenagens de comando no Brasil estão nas mãos de pessoas brancas e conservadoras. O Brasil ainda não é politicamente correto. Uma pessoa com o mínimo de sensibilidade liga a TV e vê o racismo estampado aí nas novelas.”
Herança do Ministério Público
“O que eu tenho do MP é esse espírito de preocupação com a coisa pública. Mesmo porque não morro de amores por direito penal. Sou especialista em direito público.”
Prazer em condenar?
“É uma decisão muito dura. Mas é também um dever. O problema é que no Brasil não se condena. Estou no tribunal há sete anos, e esta é a segunda vez que temos que condenar. Então esse ato, para mim e para boa parte dos ministros do STF, ainda é muito recente.”
Consequências da Ação Penal 470
“Haverá uma vigilância e uma cobrança maior do Supremo. Este julgamento tem potencial para proporcionar mudanças de cultura, política, jurídica. alguma mudança certamente virá.”
Caso Collor e PC como mequetrefe
“Tinha um ex-presidente fora do jogo completamente. E, além dele, o quê? O PC, que era um mequetrefe.”
Herói?
“Isso aí é consequência da falta de referências positivas no país. Daí a necessidade de se encontrar um herói. Mesmo que seja um anti-herói, como eu.”
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PITACO DO ContrapontoPIG
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Arre égua!Milagre!
De repente sumiram:
- a fúria condenatória;
- o desequilíbrio emocional nas ações;
- o ódio mal disfarçado pelos acusados;
- o desprezo às leis: a condenação sem provas, a presunção de culpa.
Estaria Joaquim limpado a barra? Tirando a "suja"? Com que intenção?
Vejamos como se comportará nos julgamentos (se houver) dos outros mensalões.
Tem aí qualquer coisa estranha. Leonel Brizola diria: "Tem caroço neste angu".
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Nem parece o mesmo, que coisa.
ResponderExcluirA Constituição Federal foi maquinada com o intuito de preservar os bandidos da nação. Os bandidos que fizeram parte da constituinte são os que desfrutam atualmente das benesses to texto constitucional.
ResponderExcluirO ministro do STF ser indicado pelo governo para julgar o governo é no mínimo algo idiota demais para a gente pensar que a engrenagem funciona.