sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Contraponto 15.136 - "Não é piada. Aécio nomeou o pai para Cemig"

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24/10/2014

 

Não é piada. Aécio nomeou o pai para Cemig

 

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 Cafezinho - postado em outubro 24th, 2014 | 55 comentários


Por Miguel do Rosário,

O nepotismo de Aécio Neves é uma coisa tão monstruosa que parece até piada. Mas não é. Ele, de fato, carregou a parentalha toda para dentro do governo.

Irmã, tios, primas, e agora sabemos que até o pai ganhou a sua parte.

Aécio o nomeou para o conselho da Cemig, a estatal que cuida da energia do estado de Minas.

Esse é o cara que pretende dar “um choque de gestão” no Brasil?

Que fala em “meritocracia”?

Bom lembrar que o pai de Aécio pertencia à Arena, o partido da ditadura.

Aécio sempre escondeu o pai.

O tucano construiu sua imagem à sombra do avô, que era do PMDB e foi um dos articuladores da abertura política.

Ao final de uma campanha bastante agressiva, em que eleitores de Aécio saem às ruas pedindo uma nova ditadura militar, vê-se que o tucano tem mais a ver com o pai.

Tanto que nunca esqueceu dele. Deu-lhe o emprego mais cobiçado do serviço público: ser membro de um conselho de estatal.

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Pai de Aécio foi nomeado para conselho de estatal mineira durante seu governo

Ele trabalhou no conselho da Cemig entre 2003 e 2009 — mesmo período em que o tucano era governador do estado

JULIANA DAL PIVA, no Dia.

Rio – Aécio Ferreira da Cunha — pai de Aécio Neves, candidato à presidência pelo PSDB — exerceu diversos cargos públicos ao longo da vida. Foi duas vezes eleito deputado estadual e seis vezes deputado federal. Além disso, também integrou o conselho do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Morto em 2010, o último cargo que exerceu em vida foi a partir de uma nomeação realizada pelo governo de Minas Gerais no Conselho de Administração da Companhia Energética de MG (Cemig) durante a gestão do filho como governador.


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Clique na imagem acima para ver o infográfico completo

Na ata da nomeação ao qual o DIA teve acesso consta que na reunião do dia quatro de junho de 2003, primeiro ano de governo de Aécio, Cunha foi um dos escolhidos para integrar o conselho da empresa. O nome dele está relacionado em uma lista de oito “eleitos pelo acionista Estado de Minas Gerais”. Outros dois acionistas privados elegeram mais seis conselheiros. A remuneração paga para o comparecimento a uma reunião mensal, conhecido como jeton, é atualmente de R$ 6.090,91.

A Cemig é uma empresa de economia mista e de capital aberto, com mais de 130 mil acionistas particulares brasileiros e internacionais. No entanto, o governo mineiro possui a maioria das ações. O pai de Aécio Neves trabalhou no conselho entre 2003 e 2009 — mesmo período em que o tucano era governador do estado.

Procurada, a Cemig disse que os membros do Conselho de Administração são eleitos pelos acionistas da companhia em Assembleia Geral. “Não existe conflito de interesse”, informou por meio de nota. Aécio Neves disse também, por nota, que o pai foi escolhido de forma “transparente” e por “unanimidade”. Ele morreu aos 83 anos de insuficiência hepática.

Ao longo do segundo turno, Aécio foi acusado pela adversária, a presidenta Dilma Rousseff (PT) de nepotismo devido ao trabalho da irmã Andrea Neves no núcleo de Comunicação do governo durante sua gestão no governo de Minas Gerais. Andrea detinha controle sobre o reparte de verba publicitária e a família possui três rádios, além de um jornal no estado. Aécio também nomeou um tio e seis primos em outros cargos do governo. Ele refutou as acusações de nepotismo feitas por Dilma por considerar o trabalho da irmã voluntário.

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