25/10/2014
Veja perde de 7 a 0 no TSE e irá reparar dano ao PT
Brasil 247 - 25 de Setembro de 2014 às 21:19
Revista foi condenada a publicar
direito de resposta em decisão tomada na noite da quinta-feira 25, no
Tribunal Superior Eleitoral; reportagem dizia respeito a suposta
chantagem, paga em dólar, para que dirigentes do partido, incluindo o
ex-presidente Lula, não fossem arrastados para a Operação Lava-Jato;
derrota da revista da Marginal Pinheiros foi acachapante; contou
com parecer favorável do procurador-geral Rodrigo Janot, os votos
de três ministros do Supremo Tribunal Federal (Dias Toffoli, Teori
Zavascki e Rosa Weber), além dos outros quatro integrantes do tribunal;
"Não está em jogo a liberdade de expressão, mas sim o direito de
resposta", ressaltou Toffoli; Veja tem histórico de derrotas na justiça.
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247 -
Foi pior do que Brasil e Alemanha na Copa do Mundo. Por sete votos a
zero, a revista Veja foi condenada, nesta noite, a reparar o dano
causado ao Partido dos Trabalhadores por uma reportagem publicada há
duas semanas.
No texto "O PT sob chantagem",
Veja acusava lideranças do PT, incluindo o ex-presidente Lula e o
ministro Gilberto Carvalho, de terem sido submetidos a uma chantagem
para que não fossem arrastados para o escândalo da Petrobras. Segundo a
revista da Marginal Pinheiros, o PT teria pago US$ 6 milhões, em dólar,
ao financista Enivaldo Quadrado para que os nomes de seus dirigentes não
fossem envolvidos no caso.
Como a reportagem não
apresentava qualquer prova ou indício da denúncia que fazia, o PT
representou contra a publicação no Tribunal Superior Eleitoral. Além de
contar com parecer favorável do procurador-geral Rodrigo Janot, a
posição do relator Admar Gonzaga foi acompanhada pelos outros seis
ministros do TSE – entre eles, três representantes do Superior Tribunal
Federal: Dias Toffoli, Teori Zavascki e Rosa Weber.
O direito de resposta, de
uma página, deverá ser publicado nesta ou na próxima edição de Veja – a
depender da intimação dos dirigentes da editora, hoje conduzida por
Giancarlo Civita e Fabio Barbosa. "Não se discute aqui qualquer
restrição à liberdade de imprensa, mas apenas o direito de resposta",
enfatizou Dias Toffoli.
Com a decisão desta quinta-feira, crimes de imprensa – que se tornam mais comuns em períodos eleitorais – começam a ser punidos.
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