20/10/2014
Aécio entra de crista baixa na reta final da campanha
Tijolaço - 20 de outubro de 2014 | 18:57 Autor: Fernando Brito
Fernando Brito
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Talvez ainda faça algum, como que fez na Zona Sul do Rio, agora na Savassi ou nos Jardins, onde é incontestável o apoio maciço que recebe das pessoas mais ricas.
Mas, no geral, a situação de queda de Aécio entre os mais pobres e até em certa parte da classe média é de queda.
As pesquisas, depois da “surpresa” do primeiro turno, não podem fugir de uma certa prudência e conservadorismo vão começar – já começaram, mostrou o levantamento CNI/MDA que deu Dilma um ponto à frente – a ajustar os resultados.
Aécio tem estes números e estes números ajudam a explicar o seu semblante na foto.
Sabe, por exemplo, que a situação no Rio de Janeiro melhorou muito para Dilma, que já deixou muito para trás o equilíbrio que apareceu nas últimas pesquisas locais. Quem trabalha com pesquisas já dá de barato um resultado próximo de 60% dos votos válidos para ela, ou uma vantagem perto de 1,5 milhão de votos. O crescimento é forte na Baixada e na Zona Oeste do Rio de Janeiro, excluída a Barra da Tijuca.
No Nordeste, o avanço de Aécio foi muito pequeno e toda a dúvida fica no quanto Dilma recuperará da votação de Marina Silva em Pernambuco. Amanhã, ela e Lula desembarcam no estado, enquanto milhares de agricultores familiares marcaram um ato na vizinha Juazeiro (BA) que vai reunir o trabalhadores do semi-árido pernambucano também.
No Rio Grande do Sul a disputa segue embolada e o que há para Aécio ganhar sobre o eleitorado de Marina no Paraná e em Santa Catarina não é muito, pois ela ficou em torno de apenas 15% no turno inicial, pouco mais de 1,5 milhão de votos.
Restaria a ele esperar uma reversão em Minas, onde os votos de Marina também ficaram na casa do 1,5 milhão, ou 14%. Na base de uma transferência (otimista) de 2 para um em seu favor, teria 500 mil votos de vantagem, no que descreio.
Porque sua esperança, São Paulo, não aguentou o cronograma da esperteza e percebeu a seca.
Vai ganhar, ganhar com folga maior que os 4 milhões de votos do primeiro turno. Mas não chegará a dobrá-la, como precisava.
Na semana passada, eu disse que as pesquisas preparavam a “ultrapassagem” de Dilma. Se a margem for muito pequena, ainda podem tentar “segurar” os números.
Mas a tendência, hoje, é que não o façam, senão por um “amor ao perigo” que não andam podendo se dar ao luxo de ter.
Embora, a esta altura, valha tudo do lado de lá, até dizer que a seca do Cantareira é culpa da Dilma.
Que ninguém duvide de que, à última hora, a campanha de Aécio surja com alguma “bomba” – devidamente detonada nos jornais e na tela da Globo – para reverter o clima negativo que está instalado em sua campanha.
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