domingo, 19 de outubro de 2014

Contraponto 15.084 " 'Desconstrução' ampliou rejeição de Aécio Neves "


A desconstrução

As críticas da campanha da presidente Dilma, nos comerciais de TV, estão colando em Aécio Neves. As pesquisas qualitativas revelam, segundo analistas políticos, que os ataques fizeram a rejeição de Aécio ficar maior que a de Dilma. Por isso, os tucanos querem paralisar essa ofensiva e estão requerendo ao TSE que tire o adversário do ar ou lhes dê o direito de resposta.

Em outra nota, Ilimar informa que a "briga de galos" do último debate causou mais danos a Aécio do que a Dilma. O tucano, segundo ele, estaria perdendo a imagem de "bom moço".

Num dos comerciais do PT, questiona-se a recusa de Aécio ao teste do bafômetro, ocorrida numa blitz no Rio de Janeiro. "O que será, o que será que Aécio tem para esconder?". Com a pergunta feita de maneira intermitente por um locutor, o comercial mostra cenas do trabalho de prevenção ao uso de álcool no volante. O ex-presidente Lula já havia feito referência ao incidente com Aécio durante comício em Belém.

Pesquisas internas do PT também informam que trackings do partido apontam recuperação da presidente Dilma. É o que informa reportagem do jornal GGN:
Tracking do PT dá sinais de arrancada de Dilma

 
O tracking petista desta sexta-feira (17) aponta que a presidente Dilma Rousseff aparece 5 pontos a frente do adversário Aécio Neves (PSDB). O desempenho da candidata à reeleição coincide com o aumento da rejeição a Aécio, atestado tanto na última pesquisa Datafolha quanto no último estudo do Ibope.

De acordo com a pesquisa Datafolha, a rejeição à candidatura de Aécio cresceu quatro pontos na última semana e está em 38%. A de Dilma caiu 1 ponto, e agora a presidente é descartada por 42% do eleitorado. No Ibope, os dados são mais equilibrados: Dilma tem 36% de rejeição, ante 35% do tucano.

Na última semana, o tracking do PT registrava 2 pontos a mais para Dilma, um empate técnico com Aécio, com algumas oscilações diárias. As pesquisas Datafolha e Ibope daquela semana também apresentavam o mesmo cenário de empate, com diferença de 2 pontos para Aécio (51% a 49%, considerados os votos válidos).

Paralelamente ao aumento da rejeição de Aécio – aferido na semana em que o tucano passou a ser alvo da campanha de desconstrução encampada pelo PT – Dilma apresentou uma sensível melhora em sua avaliação de governo.

Para cientistas políticos ouvidos pelo GGN nesta quinta (16), a situação de empate, constatada até então pelas pesquisas, configura uma vitória para Dilma. Isso porque Aécio parecia surfar em uma onda azul resultante do desempenho surpreendente que teve no dia 5 de outubro, e teve, como ajuda extra, uma semana com agendas positivas – ganhou apoio político – enquanto Dilma enfrentava as denúncias na Petrobras. Ainda assim, ele não conseguiu, até o momento, abrir diferença em relação à petista. (Leia mais aqui).
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