17/01/2015
Se esses 4 são contra, o papa só pode estar certo
Brasil 247 - 17 de Janeiro de 2015 às 10:44
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Num movimento que parece orquestrado, quatro
fundamentalistas da imprensa brasileira (Reinaldo Azevedo, Guilherme
Fiúza, José Roberto Guzzo e Ricardo Noblat) decidiram liderar uma guerra
santa contra o papa Francisco; o motivo: o fato de o pontífice declarar
que as religiões não devem ser insultadas, após condenar o ataque à
redação do Charlie Hebdo; para os jihadistas da imprensa brasileira, a
liberdade de expressão deve ser encarada como um valor absoluto, mesmo
que essa não seja a realidade da França (basta pensar no humorista
Dieudonné) nem dos Estados Unidos (alô, Wikileaks); ordem do Instituto
Millienium?
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Ricardo Noblat, do Globo, também usou uma metáfora para se referir ao caso. Disse que o papa Francisco "pisou feio na bola" (leia aqui). "Duvido que Francisco concorde com a morte como meio de se responder a uma ofensa. Mas foi a impressão que deixou", disse ele. Ou Noblat não leu o que o papa disse, ou foi mal-intencionado. Voltando à primeira declaração de Francisco, eis o que disse o pontífice: Não se pode ofender, ou fazer guerra, ou assassinar em nome da própria religião ou em nome de Deus".
Neste sábado, foi a vez de Guilherme Fiúza, também do Globo, que, para variar, misturou o assunto da semana com a política brasileira. "Talvez uma das figuras mais representativas deste momento esquisito seja o Papa Francisco. Sua Santidade tem provavelmente uma espécie de João Santana ao pé do ouvido, para soprar-lhe as últimas tendências do mercado", disse ele, condenando o que considerou uma defesa do Islã radical feita por Francisco (leia aqui).
Cartilha do Instituto Millenium
Nem todo mundo sabe, mas as famílias Civita e Marinho são sócias e mantenodoras do Instituto Millenium, um think tank criado para tentar organizar o "pensamento correto" da elite brasileira. É desse instituto, apoiado também por empresas como a Gerdau, que saem os Fiúzas, Mainardis, Magnolis, Guzzos, Contantinos e afins.
Pode-se imaginar que os quatro colunistas tenham tido a ideia simultânea de iniciar sua guerra santa contra o papa Francisco – hoje, uma das figuras mais populares e admiradas do mundo. Mas também não deve ser descartada a hipótese de uma blitz coordenada, como ocorreu em Paris com o ataque ao Charlie Hebdo e ao mercado judaico.
Se você não quiser refletir muito sobre as declarações do papa Francisco, nem é preciso. Basta olhar para quem levantou a voz contra suas declarações. Se os jihadistas da imprensa brasileira estão contra o papa, não tenha nenhuma dúvida: ele só pode estar certo.
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Nós é que sugerimos que se calem os 4 (Reinaldao, Fiuza, Guzzo e Noblat)!
ResponderExcluirSomos muito mais o Papa Fco.