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20/10/2015
Dilma: funcionário foi corrupto, não Petrobras
A presidente Dilma Rousseff disse, nesta sexta
(20), que os casos de corrupção investigados pela Operação Lava Jato não
podem ser creditadas às empresas, mas sim a funcionários que praticaram
as irregularidades; "Nós iremos tratar as empresas tentando,
principalmente, considerar que é necessário gerar emprego e renda no
Brasil. Isso não significa de maneira nenhuma ser conivente ou apoiar ou
impedir qualquer investigação ou qualquer punição a quem quer que seja,
doa a quem doer. Eu não vou tratar o Petrobras como a Petrobras tendo
praticado malfeitos. Quem praticou malfeitos foram os funcionários da
Petrobras, que vão ter que pagar por isso" afirmou
247 - A presidente Dilma Rousseff (PT) disse nesta
sexta-feira (20) que se casos suspeitos de corrupção na Petrobras
tivessem sido investigados durante o governo Fernando Henrique Cardoso
(1995-2002), do PSDB, já na década de 1990, o esquema descoberto pela
operação Lava Jato que envolve a estatal não ocorreria.
"Se em 1996 e 1997 tivessem investigado e tivessem naquele momento
punido, nós não teríamos o caso desse funcionário que ficou quase 20
anos praticando atos de corrupção. A impunidade leva a água para o
moinho da corrupção", disse ela.
Dilma disse também que os esquemas de corrupção agora são
investigados. "Hoje nós demos um passo e para esse passo devemos olhar e
valorizar. Não tem 'engavetador da República', não tem controle da
Polícia Federal, nós não nomeamos pessoas políticas para os cargos da
Polícia Federal. E isso significa que o Ministério Público e a Justiça e
todos os órgãos do Judiciário que o que está havendo no Brasil é o
processo de investigação como nunca foi feito antes." A presidente
também isentou as empresas dos "malfeitos" investigados pela Lava Jato,
dizendo que eles foram cometidos por funcionários.
Abaixo matéria da Agência Reuters:
Dilma: "malfeitos" investigados na Lava Jato foram feitos por funcionários, não empresas
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff procurou nesta
sexta-feira isentar as empresas dos "malfeitos" investigados pela
operação Lava Jato, da Polícia Federal, dizendo que foram cometidos por
funcionários e que o governo trata dessa questão considerando a
necessidade de geração de empregos e renda.
Questionada sobre a possibilidade das empresas envolvidas nas
investigações fecharem um acordo de leniência com o governo para manter
seus contratos de obras públicas e não serem declaradas inidôneas, Dilma
disse que não cabia a ela comentar essa possibilidade.
Um ministro do governo disse à Reuters na quinta-feira, sob condição
de anonimato, que já há consultas informais de algumas empresas sobre um
possível acordo de leniência.
"O que o governo fará é tudo dentro da legalidade. Nós iremos tratar
as empresas tentando, principalmente, considerar que é necessário criar
emprego e gerar renda no Brasil", disse a presidente na primeira
conversa com jornalistas desde que assumiu o segundo mandato.
"Isso não significa, de maneira alguma ser conivente, ou apoiar ou
impedir qualquer investigação ou qualquer punição a quem quer que seja,
doa a quem doer", acrescentou a presidente.
A presidente citou especificamente a Petrobras, que está no centro de
um escândalo bilionário de corrupção envolvendo funcionários,
empreiteiras e políticos. Para Dilma, a empresa não pode ser tratada
como se tivesse cometido irregularidades, que foram praticadas por
funcionários seus.
"Os donos das empresas ou os acionistas das empresas serão
investigados, porque a empresa não é ente que esteja desvinculado de ser
acionistas", disse.
"Eu não vou, por exemplo, tratar a Petrobras como a Petrobras tendo
praticado malfeitos, quem praticou malfeitos foram funcionários da
Petrobras que vão ter de pagar por isso", disse a petista.
IR
A presidente disse ainda que o governo vai propor novamente ao
Congresso a atualização da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física
em 4,5 por cento. Essa será a terceira vez que o governo propõe esse
patamar de reajuste.
Na última tentativa, o Congresso alterou o percentual para 6,5 por
cento e Dilma vetou a mudança. O veto será analisado pelos parlamentares
nas próximas semanas.
Dilma disse que se o veto for derrubado vai lamentar. "Sinto muito", disse.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro)
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